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Fenilcetonúria: Causas, Tipos e Bioquímica

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Conhecendo a Doença
A Fenilcetonúria (PKU) foi descrita pela primeira vez em 1934 pelo Dr. Folling que identificou a presença de ácido fenilpirúvico (metabólico da fenilalanina) na urina de um paciente. Essa identificação foi por meio da adição de cloreto férrico à amostra analisada.
(IMAGEM)
Em 1947, Jervis demonstrou que a doença ocorria por dificuldade de hidroxilação da fenilalanina em tirosina e em 1953, Jervis demonstrou que os pacientes apresentavam inativação da enzima fenilalanina hidroxilase no fígado.
(IMAGEM)
Uma deficiência na enzima fenilalanina Hidroxilase resulta na doença determinada Fenilcetonúria (PKU)
(IMAGEM)
Esta mudança no metabolismo pode está localizada em uma minúscula mutação de um único gene no cromossomo 12 e é neste gene que contém as instruções para fazer a fenilalanina hidroxilase.
Mais de 500 tipos diferentes de mutações genéticas foram identificados como resultantes de defeito funcional da enzima fenilalanina hidroxilase. Cada mutação ou combinação de mutações resulta em mais ou menos atividade enzimática na pessoa afetada.
O que é Fenilcetonúria?
A Fenilcetonúria é uma doença hereditária determinada por um alelo recessivo e ocorre no cromossomo par 12 que codifica a enzima fenilalanina hidroxilase (enzima hepática). As pessoas afetadas com essa doença não conseguem fazer a conversão de aminoácido fenilalanina em tirosina (importante para a formação dos neurotransmissores, dopamina e noradrenalina e percursora da melanina), pois não possuem ou está defeituosa a enzima fenilalanina hidroxilase (PAH).
Fenilcetonúria é uma doença rara e congênita, na qual a pessoa nasce sem a capacidade de quebrar adequadamente moléculas de um aminoácido chamado fenilalanina. Uma pessoa com Fenilcetonúria nasce com a atividade prejudicada da enzima que processa fenilalanina em tirosina.
A Fenilcetonúria como já vimos é uma hiperfenilalaninemia (produção grande de fenilalanina) que ocorre devido a deficiência da enzima (fenilalanina hidroxilase) que corresponde a 97% dos casos, no entanto ela pode ser causada devido a defeitos em outras partes da via catalítica que transforma fenilalanina em tirosina ou seja, é um tipo mais raro que corresponde a apenas 3% dos casos, além de outras duas que são elas PKU Leve e a PKU Benigna, totalizando assim 4 tipos de Fenilcetonúria. Descreverei agora essas quatro formas que dá origem a doença.
Bioquímica da Fenilcetonúria
A maior causa da Fenilcetonúria é a falta ou ineficiência dessa enzima: Enzima Fenilalanina Hidroxilase (PAH)
(IMAGEM)
Ela é responsável pela hidroxilação do anel benzênico da fenilalanina em tirosina.
A fenilalanina é um aminoácido essencial que possui na cadeia lateral um anel benzênico (Hidrofóbico). Menos de 50% é desviado para a síntese proteica, o restante sofre hidroxilação transformando-se em tirosina por meio da Enzima PAH.
(IMAGEM)
Reação prejudicada diretamente pela falta ou pouca atividade da Fenilalanina Hidroxilase
(IMAGEM)
Por causa da alteração, nessa enzima hepática, todo metabolismo fica comprometido, a fenilalanina se acumula, por não se transformar em tirosina, e acabam tomando vias metabólicas alternativas que formam as fenilcetonas, compostos tóxicos ao organismo.
(IMAGEM)
Tipos de Fenilcetonúria
Fenilcetonúria tipo I – Deficiência na atividade da enzima fenilalanina hidroxilase.
PKU Clássica – A atividade enzimática é menor que 1%, o que faz com que a concentração de fenilalanina sanguínea fique maior do que 20mg/dl, quando o normal seria de 2 a 6mg/dl. É responsável por quase dois terços dos casos de PKU.
PKU Leve – Ocorre quando a atividade enzimática é de 1 a 3% e os níveis plasmáticos de fenilalanina encontram-se entre 10 e 20mg/dl.
PKU permanente ou benigna – A atividade enzimática é superior a 3% e os níveis de substrato encontram-se entre 4 e 10mg/dl, ou seja, situação em que não ocorre qualquer sintomatologia clínica.
Causas
A Fenilcetonúria é causada por uma mutação genética. É uma doença hereditária, ou seja, que passa de pais para filhos. O pai e a mãe devem passar o gene defeituoso para que o bebê apresente a doença. Os pais pode ser portadores da doença e ela não se manifestar fazendo com que estes não saibam da sua existência, mas isto não impede que a criança seja afetada.
Se não for realizado o teste do pezinho, a doença não será identificada precocemente e irá manifestar-se aproximadamente aos 3 ou 4 meses do bebê, onde ocorre atraso no desenvolvimento motor (bebê não rola ou não segura bem a cabeça, por exemplo), irritabilidade ou apatia.
Os bebês com Fenilcetonúria não possuem uma enzima chamada fenilalanina hidroxilase, necessária para quebrar fenilalanina, um aminoácido importante, pois é parte integral de todas as proteínas do nosso corpo.
Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina e de duas substâncias associadas a ela automaticamente crescem no organismo. Tais substâncias são prejudiciais ao sistema nervoso central e podem causar dano cerebral.
Sintomas de Fenilcetonúria
Crianças recém-nascidas com Fenilcetonúria inicialmente não apresentam sintomas. Sem tratamento, porém, os bebês geralmente desenvolvem sinais da doença dentro de alguns meses. Os sintomas podem ser leves ou graves e podem incluir:
Deficiência cognitiva
Problemas comportamentais ou sociais
Convulsões, tremores ou movimentos espasmódicos nos braços e pernas.
Hiperatividade
Crescimento atrofiado
Dermatite atópica
Tamanho da cabeça pequena (microcefalia)
Pele clara e olhos azuis, porque fenilalanina não pode se transformar em melanina - o pigmento responsável pelo cabelo e tom de pele.
Pode ainda ocorrer hipopigmentação na pele, cheiro característico da pele, cabelos e urina parecido com cheiro de rato devido à presença do ácido fenilacético e dificuldades no sono e perda de interesse pelo que o rodeia.
O bebê pode ainda sofrer consequências como microcefalia, dificuldades de aprendizagem e outras desordens se a mãe tiver a doença e não tratá-la devidamente, deixando o bebê exposto a altas doses de fenilalanina. 
A forma mais grave é conhecida como Fenilcetonúria clássica. Crianças com esse tipo da doença, se não receberem tratamento, podem desenvolver deficiência intelectual permanente.
Tratamento de Fenilcetonúria
O bebê que nasce com Fenilcetonúria deve ser tratado desde que seja feito o diagnóstico da doença, através do teste do pezinho ainda na maternidade, e ele prolonga-se por toda a vida.
A Fenilcetonúria é uma doença tratável. O tratamento consiste em uma dieta extremamente baixa em fenilalanina, especialmente durante o crescimento da criança. A dieta deve ser seguida rigorosamente, pois desvios podem prejudicar e levar à recorrência dos sintomas e a complicações mais graves. Aqueles que mantêm a dieta durante a vida adulta possuem saúde física e mental ideal – muitos especialistas defendem a ideia de que a dieta deve durar por toda a vida do paciente, por mais que os sintomas já tenham desaparecido.
A fenilalanina é encontrada principalmente em leites, ovos e outros alimentos comuns. Adoçante com aspartame também contém fenilalanina, por isso todos os produtos que o contém devem ser evitados.
Na consulta médica: Especialistas que podem diagnosticar Fenilcetonúria são:
Clínico geral
Genética médica
Endocrinologia
Gastroenterologia 		Sinônimos: PKU, Fenilcetonúria neonatal.
Diagnóstico de Fenilcetonúria
Fenilcetonúria pode ser facilmente detectada por meio de um simples exame de sangue. Em todos os estados brasileiros, o exame de triagem para a doença, chamado popularmente de teste do pezinho, é exigido para todos os recém-nascidos como parte do painel de triagem neonatal. O teste normalmente é realizado por meio da retirada de algumas gotas de sangue do bebê antes da saída dele do hospital.
Se o teste inicial é positivo, exames de sangue e urina são feitos para confirmar o diagnóstico.
Alimentos para Fenilcetonúricos
Os alimentos para Fenilcetonúricos são, especialmente, os que têm quantidades mais baixas do aminoácido fenilalanina, como frutase legumes porque os pacientes com esta doença não conseguem metabolizar esse aminoácido.
Alguns produtos industrializados têm nos rótulos informação sobre a presença de fenilalanina no produto e qual é a sua quantidade, como gelatina de ágar, refrigerante não diet, picolé de frutas, açúcar ou polvilho, por exemplo, por isso, é importante que o paciente ou os pais do paciente confiram nos rótulos dos alimentos se o alimento tem ou não fenilalanina e qual a sua quantidade.
A quantidade de fenilalanina permitida em um dia varia de acordo com a idade e o peso do paciente. O nutricionista faz um cardápio de acordo com a quantidade permitida de fenilalanina que inclui todas as refeições e como prepará-las para facilitar a compreensão e a adesão ao tratamento dos pacientes e dos pais em caso de crianças.
Alimentos que devem ser evitados na Fenilcetonúria
Os alimentos que têm mais quantidade de fenilalanina não são eliminados da dieta, mas são consumidos em quantidades muito pequenas que são determinadas pelo nutricionista que acompanha o paciente e são:
Carne, peixe e ovo;
Feijão, milho, lentilhas, grão-de-bico;
Amendoim;
Farinha de trigo e aveia;
Produtos dietéticos à base de aspartame.
Também é necessário evitar os alimentos preparados com estes ingredientes, como bolos, biscoitos e outros.
Porque a fenilalanina é tóxica para os Fenilcetonúricos
A fenilalanina é tóxica para os Fenilcetonúricos porque apesar de presente normalmente nos alimentos, ela deve ser transformada por uma enzima específica chamada fenilalanina hidroxilase, sendo uma parte utilizada em forma de aminoácido para compor os tecidos e a outra deveria ser transformada em outro aminoácido chamado de tirosina. Nos Fenilcetonúricos, a falta da enzima para digerir a fenilalanina faz com que seu excesso se transforme no ácido pirúvico, um componente  encontrado na urina ou no suor, que no sangue impede outros processos metabólicos que inibem a produção de certas gorduras e que, por fim, afeta o desenvolvimento neurológico do indivíduo. Por isso é que a fenilalanina é tóxica para os Fenilcetonúricos.
Fenilalanina hidroxilase
A fenilalanina hidroxilase é o nome da enzima que digere a fenilalanina. Os Fenilcetonúricos não a possuem e, por isso, para eles ela se torna tóxica.
Quando a fenilalanina fica no sangue em excesso e não se transforma em tirosina, ela se transforma numa substância tóxica chamada de ácido pirúvico. Esse ácido é um componente encontrado na urina ou no suor e que, quando se acumula no sangue, impede outros processos metabólicos, afetando o desenvolvimento neurológico do indivíduo, causando lesões cerebrais irreversíveis.
Fenilalanina emagrece
A fenilalanina é um composto que ajuda a emagrecer, pois atua no cérebro, diminuindo a sensação de fome. Ela ainda espanta o mau humor, confere mais energia, atua como analgésico e melhora a capacidade de aprendizado. Recomenda-se a suplementação com 1 a 2 gramas por dia de fenilalanina para emagrecer. 
 		
Para que serve a fenilalanina
A fenilalanina serve para compor a célula do corpo humano, além de ser um componente essencial dos tecidos corporais. Ela é considerada um aminoácido essencial porque o organismo não a consegue sintetizar, sendo importante ingerir uma quantidade suficiente na alimentação para que o organismo fique equilibrado e produza adrenalina e tirosina em quantidades suficientes para a saúde do organismo, pois estão envolvidos em uma série de reações bioquímicas importantes.

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