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Critérios da autenticidade científica

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Teoria da avaliação morfofuncional / Aula 1 - Critérios da autenticidade científica
Introdução
Nesta aula, apresentaremos uma visão geral sobre os conceitos utilizados no processo de avaliação física.
Começaremos pela antropometria e sua importância para o profissional de Educação Física. Em seguida, conheceremos os tipos de avaliação e aprenderemos a escolher, de forma adequada, os testes para as características morfológicas e funcionais.
Abordaremos, também, os critérios de autenticidade científica e, por fim, listaremos os diferentes tipos de avaliação para cada tipo de aluno ou cliente.
Aspectos e importância da avaliação física
Estudar as características físicas humanas tem sido uma constante preocupação ao longo do tempo.
A necessidade de estudo e de classificação do corpo humano com base em seus aspectos morfológicos gerou a cineantropometria – técnica esta com antecedentes tão antigos quanto a existência do homem (MICHELS, 2000; ROSA; RODRIGUEZ-AÑES, 2002).
Vejamos como esse estudo evoluiu ao longo dos séculos:
Mas para que precisamos avaliar? Qual é a necessidade de conhecermos as características do corpo humano?
Uma das atribuições do profissional de Educação Física é aperfeiçoar o funcionamento do corpo humano, aprimorando os sistemas muscular, cardiorrespiratório, imunológico etc. Para isso, é necessário conhecer o estado atual do corpo.
Podemos, então, considerar a avaliação o momento mais importante dentro de todo e qualquer processo de intervenção. Afinal, é a partir dele que obtemos informações importantíssimas das características do indivíduo.
Nessa avaliação, é possível detectar os pontos fortes e fracos do indivíduo (ou do grupo), e, assim, direcionar, de forma muito mais eficiente, o processo de intervenção.
Avaliação = Verificação que objetiva determinar a competência, o progresso etc. de um profissional ou aluno.
De acordo com Pompeu (2004, p. 2), Rocha e Guedes Junior (2013, p. 19-21), e Heyward (2004, p. 45), os objetivos da avaliação são:
Avaliar o estado do indivíduo ao iniciar um programa;
Detectar deficiências;
Impedir que a atividade física seja fator de agressão ao corpo;
Acompanhar o crescimento, o desenvolvimento e o progresso do indivíduo;
Selecionar indivíduos para integrar equipes de competição;
Elaborar novos programas;
Desenvolver pesquisa.
Observações pré-avaliação
Quando iniciamos o processo da avaliação, devemos observar o local em que ocorrerá e o material que será utilizado.
O local deve ser bem iluminado e climatizado para conforto térmico, além de ter uma dimensão mínima de 2,5 m X 2,5 m para o avaliador poder circular ao redor do avaliado e realizar as medições.
Já o material precisa estar calibrado e higienizado (MORROW JUNIOR et al, 2014, p. 25-30).
Avaliado
É muito importante que, antes de iniciar o processo de avaliação e coleta de dados, o avaliado seja informado minuciosamente de todo o procedimento: como este ocorrerá e qual é seu objetivo.
Caso discorde ou não se sinta bem no decorrer do procedimento, ele precisa saber que pode se retirar sem nenhum problema.
O avaliado deve vestir-se de forma que as medidas possam ser feitas corretamente, respeitando os aspetos culturais.
O traje de preferência é a roupa de banho ou roupas que se ajustem aos contornos do corpo, e permitam realizar movimentos e exercícios físicos.
Para evitar possíveis problemas de constrangimento na coleta de dados, é aconselhável que a equipe de avaliação seja composta por dois avaliadores: medidor e anotador.
O medidor deve ter experiência na realização de avaliações e, de preferência, ser do mesmo sexo do avaliado.
Quando se trata de coleta de dados para pesquisas e trabalhos científicos, antes de iniciar o processo de avaliação, primeiro, o projeto de investigação precisa ser aprovado por um Comitê de Ética da Pesquisa (POMPEU, 2004, p. 2; MORROW JUNIOR et al, 2014, p. 25-30; GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P., 2006, p. 2-5).
Como todas as tarefas que as pessoas realizam, a avaliação pode ser feita de forma adequada ou não.
Quando é bem-feita, fornece informações importantes ao examinador e beneficia o examinado. Para isso, podemos seguir algumas diretrizes éticas listadas a seguir:
Não devemos causar danos físicos ou psicológicos.
Precisamos utilizar as avaliações de acordo com seus objetivos.
É necessário manter a confidencialidade dos dados da avaliação.
A avaliação não termina em si mesma, e nenhum teste é perfeito.
Não devemos confundir os resultados do teste com o valor pessoal.
Diferença entre testar, medir e avaliar
Os principais conceitos utilizados na avaliação que podem nos confundir são testar, medir e avaliar (POMPEU, 2004, p. 2; PITANGA, 2004, p. 11-14; ROCHA; GUEDES JUNIOR, 2013, p. 19-25; GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P., 2006, p. 2-5).
Testar
Usar um instrumento (protocolo), procedimento ou técnica para obter uma informação de conhecimento ou de habilidade.
Exemplo: Realizou-se a medição da massa corporal de uma mulher adulta jovem com base no protocolo estabelecido pela International Society for the Advancement of Kinanthropometry (ISAK), utilizando uma balança mecânica com precisão de 100 g (material).
Medir
Coletar as informações obtidas pelo teste. Na medição, atribui-se um número, um valor à característica que está sendo avaliada.
Exemplo: Foi encontrado na massa corporal da mulher adulta jovem o valor de 65 Kg.
Para a aplicação adequada da medida, devemos conhecer a resposta para três questões:
• O que medir?
• Por que medir?
• Como medir?
A precisão das medidas depende da exatidão dos instrumentos. Quanto mais refinado ele for, melhor será o resultado da medida. Mas, nesses casos, existem dois erros muito comuns. São eles:
Erro de medida
• Erro de equipamento – quando o equipamento não é aferido previamente;
• Erro de medidor – quando o medidor erra ao fazer a leitura do cronômetro, da trena etc.;
• Erro administrativo – quando existe algo errado na administração do teste.
Erro sistemático: Diferenças biológicas, como, por exemplo, medir a estatura no início e no final do dia.
Avaliar
Interpretar o resultado obtido – quando atribuímos qualidade quando a comparamos a valores de referência (nacional ou internacional). 
Exemplo: Comparar o valor do Índice de Massa Corporal (IMC) de 28 Kg/m2 de um homem adulto jovem e compará-lo às tabelas de IMC da World Health Organization (WHO);
Analisar se o homem está na média ou no padrão de normalidade do IMC, e acima ou abaixo dos padrões de referência na distribuição de sua massa corporal em relação a sua estatura.
ATENÇÃO
A principal diferença entre medida e avaliação é que a primeira abrange um aspecto quantitativo, e a segunda, um aspecto qualitativo.
Quadro resumo com as principais diferenças entre testar, medir e avaliar:
Relação entre teste, medida e avaliação
Como vimos anteriormente, existem diferenças entre os conceitos de testar, medir e avaliar, mas, no processo de avaliação física, todos se relacionam. Veja as classificações de cada um:
Teste
Neuromuscular;
Metabólico;
Postural;
Socioeconômico;
Antropométrico;
Psicomotor;
Psicossocial.
Medida
Objetividade/reprodutibilidade;
Confiabilidade ou fidedignidade;
Validade.
Avaliação
Diagnóstica;
Formativa;
Somativa.
A seguir, vamos entender essas categorizações.
Teste: tipos de avaliação com base no atributo investigado
A avaliação morfofuncional investiga atributos morfológicos e funcionais, examinando variáveis (características) psíquicas, metabólicas, neuromusculares e cineantropométricas.
Essa avaliação pode ser categorizada em:
Antropométrica;
Neuromuscular;
Metabólica;
Psicomotora;
Postural;
Psicossocial;
Socioeconômica.
Para um bom processo de avaliação, alguns princípios devem ser observados, tais como:
As medidas devem ser conduzidas com base nos objetivos do programa.
Devemos nos lembrar sempre da relação entre teste, medida e avaliação, já que a avaliação implica uma tomada de decisão.
Os testes e a avaliação devem ser conduzidose supervisionados por pessoas treinadas.
A interpretação dos resultados deve levar em consideração o indivíduo como um todo, abrangendo seus aspectos social, mental, físico e psicológico.
Tudo o que existe pode ser medido com testes eficazes ou buscando a reformulação de testes já existentes.
É necessário utilizar o teste que mais se aproxima da situação da atividade.
Nenhum teste ou medida é perfeito. Por isso, devemos usar sempre o melhor, mais atual e mais adequado à população testada.
Não existe teste que substitua o julgamento técnico, pois as medidas fornecem os dados para que o profissional tome uma decisão com relação ao programa de atividade.
Deve sempre existir o reteste para observar o desempenho.
Medida: critérios de autenticidade científica
Os critérios de autenticidade científica são os fundamentos adotados para assegurar a máxima precisão e firmeza dos testes que compõem o experimento.
De acordo com Pompeu (2004, p. 4-9), tal segurança pode ou não ser quantificada estatisticamente.
Esses critérios incluem:
A figura a seguir apresenta a relação entre fidedignidade e validade:
Avaliação: tipos de avaliação com base no momento de realização
De acordo com Rocha e Guedes Junior (2013), e Freitas et al (2014), neste quesito, a avaliação pode ser classificada em:
Etapas da avaliação morfofuncional
Um bom processo de avaliação na área de Educação Física segue fases determinadas que o organizam.
Para alcançar essa organização, podemos nos basear na proposta adaptada de Guedes, D. P. e Guedes. J. E. R. P. (2006, p. 16), que inclui as seguintes etapas:
Definir a finalidade do programa de avaliação;
Selecionar os atributos ou as características a serem avaliadas;
Determinar o referencial para compararmos os resultados obtidos;
Selecionar os instrumentos e materiais necessários;
Aplicar adequadamente os instrumentos e usar corretamente os materiais;
Registrar as informações coletadas;
Analisar as informações com base no referencial selecionado;
Reportar os resultados.
Orientações e observações gerais
De certa forma, não existe um conjunto fixo de orientações administrativas a serem aplicadas no processo de avaliação, mas algumas considerações são importantes quando pensamos na divisão desse processo.
Essa divisão inclui as seguintes fases com seus respectivos objetivos:
Atividade proposta
Como estudamos aqui, os momentos de uma avaliação – independente de seu destino – apresentam objetivos e necessidades de realização bem distintos.
Apresente os objetivos das avaliações diagnóstica, somativa e formativa.
Avaliação diagnóstica – examinar, fornecendo uma informação prévia acerca dos aspectos enfocados;
Avaliação formativa – identificar os déficits para que sejam superados;
Avaliação somativa – verificar o resultado final.
Exercícios
1. Analise a seguinte situação:
Um profissional de Educação Física com larga experiência no mercado no ramo da avaliação antropométrica foi chamado pela Federação Aquática do Rio de Janeiro para avaliar todos os atletas de natação da cidade – federados e participantes dos campeonatos nacionais.
Diante dessa demanda, o profissional escolheu o protocolo que melhor atenderia ao grupo com que iria trabalhar, reuniu as ferramentas necessárias para o trabalho e coletou todas as informações necessárias.
De posse de todos esses dados, ele preparou o laudo com os perfis dos atletas para apresentar à federação que o contratou.
Nesse caso, dentro dos conceitos de cientificidade, três momentos distintos ocorreram. Com base no que estudamos, assinale a opção com a sequência CORRETA que atende aos momentos descritos nesse fragmento de texto:
Avaliar, medir e testar.
Medir, avaliar e testar.
Testar, avaliar e medir.
Testar, medir e avaliar.
Medir, testar e avaliar.
2. Analise a seguinte situação:
Na sala de avaliação de uma academia, um profissional de Educação Física realizou a avaliação antropométrica de 10 alunos. Mas, logo depois, o adipômetro do estabelecimento quebrou e foi trocado por outro de modelo diferente.
Decorridos três meses da primeira avaliação, aqueles 10 alunos retornaram para uma reavaliação. O profissional de Educação Física coletou, então, novamente as medidas de suas dobras cutâneas.
Ao comparar as avaliações, ele observou que, da primeira para a atual, o valor das medidas de todos os alunos havia sido reduzido significativamente.
Diante desse fato, é possível afirmar, com total certeza, que essa redução considerável das dobras cutâneas se deve à prescrição de exercício para os alunos? Justifique sua resposta.
GABARITO
Não é possível garantir isso, já que o adipômetro utilizado na segunda avaliação dos alunos é de um modelo diferente daquele usado na primeira, o que gera uma influência direta no valor das medidas.
3. Para que uma avaliação destinada à prática de exercícios físicos seja eficaz e eficiente, é necessário que se proponha a examinar o indivíduo, pelo menos, em três valências básicas. São elas:
Composição corporal;
Parâmetros de frequência cardíaca;
VO2 máximo e flexibilidade.
Quais são as áreas em que se divide uma avaliação funcional, e o que é avaliado em cada uma delas?
Área antropométrica – avaliação de índices antropométricos, composição corporal e somatótipo;
Área neuromuscular – avaliação da força (resistência ou potência), da flexibilidade, da agilidade e da velocidade;
Área metabólica – avaliação das características de frequência cardíaca, pressão arterial e parâmetros ventilatórios (como VO2 máximo).

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