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MODELO DE PRATICA TRABALHISTA

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Um roteiro geral poderia ser algo tão simples quanto isso:
1 – Rescisão Contratual
2 – Jornada de Trabalho
3 – Acidente de Trabalho
4 – Diferenças Salariais
5 – Adicionais
6 – Convenções Coletivas
7 – Danos Morais
8 – Seguro Desemprego
9 – FGTS
10 – Estabilidades
11 – Tutela Antecipada
Os requisitos essenciais da reclamação escrita estão dispostos no § 1º do artigo 840 da CLT, e no art. 319 do novo CPC, e são, resumidamente:
1 - a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida (§ 1º do art. 840 CLT, e art. 319, inc. I do CPC);
2 - a qualificação do reclamante e do reclamado (§ 1º do art. 840 CLT, e art. 319, inc. II do CPC);
3 – designação de rito;
4 - uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio (§ 1º do art. 840CLT, art. 319, inc. III do CPC);
5 – pedido (§ 1º do art. 840 CLT, art. 319, inc. IV do CPC);
6 – valor da ação (art. 319, inc. V do CPC);
7 – as provas que pretende produzir (art. 319, inc. VI do CPC);
8 – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação (art. 319, inc. VI do CPC);
9 - data e a assinatura do reclamante ou de seu representante (§ 1º do art. 840CLT);
1 – Endereçamento
Nos termos do art. 651 da CLT, a competência é determinada pelo local da prestação de serviços “ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro”.
2 – Qualificação das partes
Aqui vamos qualificar o trabalhador e o empregador da forma mais completa possível. Esta qualificação poderá ser útil, inclusive, quando estiver incluindo os dados no PJE.
Campos de qualificação do trabalhador:
[nome]
[nacionalidade]
[estado civil]
[CTPS]
[série da CTPS]
[UF da CTPS]
[RG]
[UF do RG]
[CPF]
[CTPS]
[PIS]
[data de nascimento]
[nome da mãe]
[logradouro]
[número]
[bairro]
[complemento]
[cidade]
[estado]
[CEP]
[e-mail]
Campos de qualificação do empregador:
[nome do empregador]
[personalidade jurídica]
[CNPJ]
[inscrição estadual]
[lougradouro]
[número]
[bairro]
[cidade]
[estado]
[CEP]
[e-mail]
Você pode utilizar estes campos para criar uma página de rosto no Roteiro de Entrevista, o que além de garantir que você terá todos estes dados para incluir na petição, poderá servir como uma fonte dos dados do cliente.
3 – Designação do rito
Fechando esta primeira parte da petição, iremos determinar e informar qual o rito processual que deverá ser seguido.
O rito é determinado pelo valor da ação, e isto nos remete ao próximo passo: a necessidade de apresentar um cálculo preliminar em todas as ações trabalhistas (mesmo as de rito ordinário). Mas ainda teremos um passo inteiro para ver isso detalhadamente, então, por ora, vejamos aqui, apenas, quais são os ritos existentes na Justiça do Trabalho:
Rito Ordinário
É o rito utilizado em todas as ações nas quais o valor da causa for maior do que 40 salários mínimos (R$ 35.200,00 na data de hoje).
Rito Sumaríssimo
É o rito estabelecido pela Lei 9.957/00 devendo ser utilizado quando o valor da causa for superior a 2 e inferior a 40 salários mínimos.
O que é mais importante lembrar sobre a petição inicial (porque é claro que tudo é importante):
1 - Não vale para dissídios (ações) coletivas;
2 - Não vale para entidades autárquicas, administração direta e fundações;
3 - O pedido pode ser certo e/ou determinado, mas sempre deve ser líquido, pois é preciso indicar o valor correspondente (art. 852-B, inciso I);
4 - Sempre é preciso indicar o endereço do empregador, pois não haverá citação por edital (art. 852-B, inciso II);
Rito Sumário
É o rito estabelecido pela Lei 5.584/70, devendo ser utilizado quando o valor da causa for de até 2 salários mínimos.
A este ponto, já podemos reunir estes 3 requisitos essenciais para montar a primeira parte de nossa ação trabalhista, ficando assim:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal do Trabalho da Comarca de [cidade] - [estado]
[10 espaços?]
[NOME DO RECLAMANTE], [nacionalidade], [estado civil – inclusive união estável], portador da CTPS nº [CTPS], série nº [série da CTPS]/ [UF da CTPS], do RG. N.º [RG], SSP/ [UF do RG], inscrito no CPF/MF sob o n.º [CPF], no PIS nº [CTPS], nascido no dia 00 de 00 de 0000, filho de [nome da mãe], residente e domiciliado na [logradouro], número [número], [bairro], [complemento], nesta cidade de [cidade], estado de [estado], CEP [CEP], apontando com o endereço eletrônico para contato o e-mail [email], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que a esta subscreve, com base no artigo 840, parágrafo 1º da CLT, c/c artigo 319 do CPC, oferecer, sob o rito [Rito],
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de
[NOME DA RECLAMADA], [personalidade jurídica], inscrita no CNPJ/MF sob o n.º [CNPJ], inscrição estadual nº [inscrição estadual], situada na [logradouro], número [número], [bairro], na cidade de [cidade], [estado], CEP nº [CEP], apontando como endereço eletrônico para contato o e-mail [email], faz ante os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
4 – A breve exposição dos fatos e do direitoE o principal motivo para isso é bem simples: é que a inicial da reclamação trabalhista, por expressa determinação legal (art. 840, I, da CLT), deve ser breve.
. Diferença de percentual do adicional de periculosidade
Durante todo o período em que perdurou o contrato de trabalho, o Reclamante laborou em atividade considerada perigosa pela NR 16, tendo recebido, contudo, apenas o percentual de 10%, restando violados, assim, os artigos 193, parágrafo 1º, e art. 200 da CLT, bem como os incisos XXII e XXIIIdo art. 7º da Constituição Federal.
O parágrafo 1º do art. 193 da CLT estabelece expressamente o percentual a ser aplicado em condições de periculosidade, in verbis:
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
No entanto, a Reclamada pagava apenas o equivalente a 10%, afrontando assim a lei de regência, bem como o entendimento consolidado no E. TST, no sentido de que nem mesmo norma coletiva pode alterar o percentual definido em lei:
RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INSTALADOR. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA DE PAGAMENTO EM PERCENTUAL INFERIOR AO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. Não se pode flexibilizar o direito constitucionalmente reconhecido ao adicional de periculosidade por meio de norma coletiva que permite a sua fixação em percentual inferior ao legalmente estabelecido. Ademais disso, despicienda a produção de prova técnica para a constatação do direito ao referido adicional quando este é pago ao empregado, ainda que por mera liberalidade do empregador e em percentual inferior ao legalmente previsto. Inteligência da Súmula nº 453 do TST. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR: 3587620135090084, Data de Julgamento: 10/12/2014, Data de Publicação: DEJT 12/12/2014 - grifos nossos)
Pelo exposto, observa-se claramente que é devido o pagamento do adicional de periculosidade, com base em sua remuneração (todas as verbas de natureza salarial, apuradas mês a mês em regular liquidação), no percentual de 20%, sendo devida, ainda, a integração na remuneração para todos os efeitos legais (Súmula 132 do TST), com incidência reflexiva em todas as verbas, inclusive rescisão contratual, devendo ser abatido os valores recebidos a mesmo título (percentual menor que o devido) para efeito de compensação.
. FGTS
O Reclamante tem direito aos depósitos mensais de FGTS com relação ao principal e reflexos das verbas salariais, com a consequente multa de 40%, em conta vinculada, totalizando preliminarmente o valor de 1.302,93.
A Reclamada deverá, ato contínuo, entregar as guias e documentos necessários para seu levantamento, nos termos do artigo 20, inciso I da Lei 8.036/90, o que deverá ser regularizado durante a liquidação de sentença, ou então, diante de impossibilidade, requer que seja realizado o pagamento de forma indenizada.
. Descontos
Em decorrência das verbasde natureza salarial devidas em virtude desta ação são devidos descontos de INSS, conforme a legislação de regência, totalizando preliminarmnte o valor de R$ 1.279,67, devendo tal valor ser descontado do valor pago pela Reclamada, e repassado ao INSS.
Anote-se que a Reclamada deverá pagar a parte cabente a ela, no total de 20% de todas as verbas salariais, devendo o INSS ser intimado para apurar os valores a ele devidos, bem como para fiscalizar eventual descumprimento.
Destarte, requer, desde já, a compensação destes valores do total devido na presente reclamação.
x
Esta fundamentação foi adaptada de um modelo criado por mim para o site Valor do Trabalho, que em casos de diferença do adicional de periculosidade sempre leva em consideração um juiz do trabalho padrão, semelhante ao que definimos acima, e que é contrário à tese defendida.
Então, neste caso, como sabemos que ele considera possível a redução do percentual quando previsto em Convenção Coletiva, deixaremos a transcrição do texto legal como está, e também o exemplo da jurisprudência, e até poderíamos acrescentar alguma doutrina, e um ou mais exemplos da jurisprudência predominante nos tribunais superiores.
Se, de outro lado, já soubéssemos que ele não aceita esta tese da redução por Convenção Coletiva, e que suas decisões sempre são curtas, e que ele nunca cita doutrina e exemplos de Jurisprudência (também funciona como um algoritmo, lembra da parte I deste artigo?), deveríamos certamente retirar a transcrição do texto legal, e talvez apenas citar o entendimento consolidado no TST e apenas o número de um ou dois exemplos de jurisprudência.
Isto é adaptar-se ao auditório.
. Pedido, prova, opção pela audiência de conciliação e valor da ação
O pedido na ação trabalhista, como já disse, deve estar completamente destacado da fundamentação, e atender aos outros requisitos do processo civil. Ou seja, deve ser certo e/ou ou determinado, possível e líquido.
A ação trabalhista muitas vezes contém mais de um tipo de pedido (declaratório, condenatório, mandamental e cominatório) e você deve estar atento para incluir todos eles corretamente. Por exemplo, numa ação em que se requer o reconhecimento de dispensa sem justa causa, é preciso realizar o pedido declaratório (o reconhecimento da dispensa sem justa causa) e os pedidos condenatórios (as verbas rescisórias).
Também incluem-se aqui os pedidos acessórios, o de gratuidade de Justiça, os reflexos e os requerimentos finais (processuais), onde, inclusive, estará o pedido pela produção de provas, a opção pela audiência de conciliação e o valor da ação.
No caso que estamos imaginando para seguir com nosso estudo, ficaria mais ou menos (ainda revisaremos tanto a fundamentação quanto o pedido, na próxima parte deste artigo) assim:
Ante ao exposto, RECLAMA:
o recebimento da diferença do adicional de periculosidade, no percentual de 20% sobre a remuneração do Reclamante, referente a todo o período trabalhado, totalizando preliminarmente o valor de R$ 11.284,33, bem como a integração na remuneração para todos os efeitos legais, e incidência em todas as verbas de direito, rescisórias, FGTS, multa de 40%.
o recebimento dos depósitos mensais de FGTS de todas as verbas com natureza salarial requeridas nesta ação, com a consequente multa de 40% sobre o valor devido no momento da rescisão, totalizando preliminarmente o valor de R$ 1.302,93 com a entrega de todos os documentos e guias necessárias para levantamento junto à CEF (conteúdo mandamental), ou, na impossibilidade, seu pagamento indenizado;
A compensação dos valores recebidos à mesmo título, e a realização dos descontos referidos nesta petição, tudo de acordo com o cálculo prévio em anexo, totalizando preliminarmente o valor de R$ 1.279,67;
a intimação do representante da Previdência Social, para apuração e cobrança dos valores devidos em decorrência desta reclamatória;
a incidência de juros e correção monetária na forma da lei;
que sejam remetidos ofícios para a Delegacia Regional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, e à Receita Federal, informando as irregularidades noticiadas, para que sejam tomadas as medidas cabíveis, uma vez que a situação do Reclamante pode estar se repetindo com outros funcionários da Reclamada.
que a incidência de imposto de renda, se devida em decorrência do recebimento acumulado das verbas, seja suportada pela Reclamada, uma vez que tal não ocorreria se as verbas tivessem sido recebidas no período correto;
a condenação da Reclamada em 10% de honorários advocatícios de sucumbência, calculados sob o valor final da ação, nos termos do que dispõe o art. 20 do CPC;
Todos os cálculos acima apresentados representam uma estimativa para fins de distribuição, baseados na última remuneração do Reclamante e sem a inclusão de reflexos, devendo ser apurados em regular liquidação de sentença, e acrescidos, ainda, de juros e correção monetária, até a data do efetivo pagamento.
E para que venha ao final obter a satisfação dos seus direitos, requer ainda as seguintes providências processuais:
notificação da Reclamada para apresentar a defesa que entender cabível, sob pena de revelia;
a designação de audiência de conciliação (art. 319, VII do CPC);
a produção de todos os meios legais de prova, como a oitiva de testemunhas, a realização de perícia técnica, etc.
o depoimento pessoal do representante legal da Reclamada, ou de preposto que tenha conhecimento dos fatos, sob pena de confissão quanto à matéria de fato;
a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, uma vez que nos termos dos artigos 98 à 102 do CPC, o Reclamante encontra-se atualmente em situação econômica que não lhe permite pagar as custas do processo e os honorários de advogado sem prejuízo do sustento próprio ou da família;
Termos em que, dando à causa o valor de R$ XXX (veremos isso na próxima parte do artigo) para efeitos de distribuição, e requerendo a total procedência da presente Reclamação, com a condenação da Reclamada nos pedidos formulados e verbas pleiteadas, acrescidas de juros moratórios e correção monetária na forma da lei, custas processuais, verba honorária advocatícia e demais cominações legais,
Pede deferimento,
Local e data.
Assinatura.
MM. JUÍZO TRABALHISTA – _______ª VARA DO TRABALHO DE _____________
RECLAMANTE (CTPS, PIS, nome da mãe), por meio de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem à presença de V. Excelência com fulcro no art. 840 da CLT propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra RECLAMADA, pelos argumentos que seguem abaixo.
DA JUSTIÇA GRATUITA
A reclamante não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais sem prejuízo do próprio sustento como se infere dos documentos em anexo que comprovam a situação de desemprego (CTPS) e saldo negativo em conta bancária, extrato em anexo (§ 4º do art. 790, CLT).
Ademais, percebia remuneração mensal inferior a 40% do teto da previdência social, preenchendo, portanto, os requisitos para concessão do referido benefício.
Assim sendo, requer a concessão das benesses da gratuidade judiciária prevista no art. 790, § 3º da CLT.
OBS: Com a Reforma, faz-se necessário comprovar a remuneração inferior ao limite legal, sendo, a partir de então, insuficiente a declaração.
DO CONTRATO DE TRABALHO
A reclamante foi admitida pela reclamada em 01.08.2012 na função de Auxiliar de Serviços de Higiene, com salário inicial de R$ 710,00 mensais. Sua jornada se dava de segunda à sexta feira das 07:00hs as 16:00hs com 1 hora e 30 minutos de intervalo para descanso e refeição, bem como dois sábados no mês das 07:00hs as 11:00hs entre 01.08.2012 a 20.06.2016.
Posteriormente, passou a laborar de segunda à sexta feira das 06:00hs as 13:00hs e aos sábados (dois por mês) das 07:00hs as 13:00hs até a sua dispensa.
Teve o contrato rescindido por iniciativa do empregador sem motivoem 01.11.2016 cumprindo aviso prévio até 30.11.2016 com último salário de R$ 1.493,92.
Em suma a reclamante vem à juízo deduzir verbas que não foram pagas durante o contrato de trabalho,assim, após explanados os motivos de fato e de direito, requer seja a presente reclamação, julgada procedente.
DA DOENÇA OCUPACIONAL E ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA
A função da obreira era de Auxiliar de Serviços de Higiene nas dependências da reclamada que consiste em uma clínica de análises e especialidades com atendimento diário através de diversos profissionais em áreas específicas como pediatria, reumatologia, neurologia, ginecologia, etc.
Atendia em torno de 53 médicos que ali atuavam, cada um em salas reservadas destinadas ao atendimento aos pacientes, sendo responsável pela limpeza do local e dos banheiros após os atendimentos. Iniciava a jornada com a limpeza de todas as salas e os banheiros, fazia o café, repunha o material que faltava nas salas, sendo que a limpeza era feita com rodo, vassoura, pano e produtos de limpezas diversos.
Ocorre que após o ingresso na reclamada, a obreira passou a sentir fortes dores na coluna e nos joelhos, pois trabalhava com movimentos repetitivos e esforço físico desmoderado para sua idade, já que durante duas vezes na jornada, era responsável pelo abastecimento dos bebedouros carregando um galão de 18 litros do primeiro para o segundo andar e vice e versa, isso durante todo o contrato de trabalho.
Por não suportar mais as dores, procurou um médico especialista em coluna e joelhos ocasião em que constatou as seguintes lesões:
a) Joelho Direito: Sinais de osteoartrose fêmoro-tibial e fêmoro-patelar; Lesão osteocondral na tróclea do fêmur na faceta lateral; Cisto cortical na borda posterior do platô tibial lateral; Condropatia patelar; Alterações degenerativas nos cornos anteriores e posteriores de ambos os meniscos; Derrame articular; Corpo livre intra-articular; Edema subcutâneo. (exame realizado em 18.06.2014).
b) Coluna Lombar: Anterolistese grau I entre L4-L5 com redução dos espaços discais L4 a S1. Pequenos osteófitos marginais anteriores.(exame realizado em 18.08.2015).
c) Coluna Lombar: Espondilólise de L4; Espondilolistese grau I de L4 sobre L5; Sinais de espondiloartrose; Discopatias degenerativas; Abaulamentos discais nos níveis supracitados. (exame realizado em 08.11.2016).
d) Joelho Direito: Edema subcutâneo; Derrame articular; Sinais de osteoartrose fêmoro-tibial e fêmoro-patelar; Alterações degenerativas nos cornos anteriores e posteriores de ambos meniscos; Condropatia patelar grau IV. (exame realizado em 08.11.2016).
Pois bem. É evidente que a obreira sofre das patologias ora apontadas como demonstra os laudos e que tais doenças não lhes acometiam antes de ingressar na reclamada.
Trata-se de acidente de trabalho típico em que as condições de labor, contribuíram diretamente para a lesão sofrida pela obreira durante o pacto laboral.
Vejamos o disposto no art. 19 da lei 8.213/91:
“Art. 19. Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
Ainda, extrai-se do art. 20 da referida Lei de Benefícios:
“Art. 20. Considera-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
(...)
II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função das condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
Com efeito, estamos diante de acidente de trabalho consubstanciado em doença do trabalho/ ocupacional desencadeada durante o pacto laboral entre a obreira e a reclamada.
Ao tomar conhecimento das patologias e diante da intensidade das dores, a reclamante informou a empresa de que não poderia mais exercer aquelas atividades e que precisava se afastar perante o INSS para percepção do auxílio doença.
A reclamada por sua vez, quedou-se inerte, quando deveria emitir a CAT nos termos da Lei de Benefícios.
Ora Excelência, é clara a atitude da reclamada em obstar o direito do reclamante a estabilidade acidentária prevista no art. 118 da lei 8.213/91, para que não fosse preenchido os requisitos da súmula 378 do C. TST, quais são, o afastamento do trabalho superior a 15 dias e percepção do auxílio doença acidentário perante o INSS.
Além do desrespeito a norma cogente de ordem pública, ou seja, à Constituição Federal, que elenca como direito fundamental o direito à saúde e ao meio ambiente equilibrado, a atitude da reclamada fere de morte o art. 22da lei 8.213/91, que versa:
“Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte da ocorrência e, em caso de morte, imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.”
Pois bem, a jurisprudência tem decidido no sentido de que mesmo que ausentes os requisitos para percepção da estabilidade acidentária, se o motivo da ausência foi por impedimento malicioso do empregador, considera-se implementada tais condições por aplicação do art. 129 do CC/2002.
Assim é o que dispõe o Relator Juiz Convocado Altino Pedrozo dos Santos, ao julgar Recurso de Revista nº 512927/1998.6 pela 1ª Turma do C. TST, vejamos:
"EMENTA: RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA. REQUISITOS. ARTIGO 118 DA LEI N.º 8.213/1991. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE PELA EMPRESA. O afastamento do serviço por período superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário constituem pressupostos para a aquisição do direito à estabilidade provisória prevista no artigo 118 da Lei n.º8.213/1991. No entanto, se tais exigências não foram atendidas pelo trabalhador por culpa exclusiva do empregador, que deixa de cumprir a obrigação de comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social (art. 22, caput, da Lei Nº 8.213/1991), é lícito considerá-las implementadas, à luz da regra contida no artigo129 do CC/2002 (grifo nosso).
Nessa toada decide o Ministro Barros Levenhagen no mesmo Recurso de Revista, vejamos:
ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA. LEI Nº 8.213/91. NÃO-EMISSÃO DA CAT PELA EMPRESA. É certo que a jurisprudência desta Corte, consubstanciada na Orientação Jurisprudencial nº 230 da SBDI-1, é de que o afastamento do trabalho por prazo superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença-acidentário constituem pressupostos para o direito à estabilidade prevista no art. 118 da Lei nº8213/1991, assegurada por período de 12 meses, após a cessação do auxílio-doença. Ocorre que o afastamento da incidência do precedente em apreço deve-se ao fato de o Regional ter consignado que a empresa, não obstante tivesse plena ciência do acidente de trabalho, obstou ao empregado o direito de adquirir o afastamento formal pelo INSS com a percepção do auxílio-doença acidentário, requisito previsto no art. 118 da Lei nº 8.214/91, e com o conseqüente reflexo na aquisição da estabilidade provisória, quando furtou-se à entregar a CAT na época própria, apesar das várias licenças médicas oriundas do acidente, encontrando-se subjacente à decisão recorrida a aplicação do art. 9º da CLT. Não compartilho, ainda, com a tese de que a não-comunicação pelo empregado à entidade sindical do acidente ocorrido implicaria o afastamento do direito à indenização relativa ao período estabilitário, uma vez que a ilação que se extrai do art. 22, § 2º, da Lei nº 8.213/91 é de que a obrigação de comunicar o acidente é da empresa, tendo o legislador atribuído ao trabalhador apenas a faculdade de fazê-lo. Recurso conhecido e desprovido. (RR-787.253/2001, Rel. Min. Barros Levenhagen, DJ 16/4/2004);
Mister se faz a aplicação do art. 9º da CLT no caso em tela, considerando que ao furtar-se da emissão da CAT a reclamada buscou impedir a garantia de emprego do reclamante.
Não há o que se falar também que o empregado ou entidade sindical poderiaemitir a CAT na ocasião, o que na prática aplicaria a percepção do auxílio doença B31 ao invés do auxílio doença acidentário, B91, requisito para estabilidade.
Portanto, deve ser considerada a implantação dos requisitos para percepção da estabilidade acidentária nos termos da fundamentação, condenando a reclamada à imediata reintegração da reclamante bem como pagamento dos salários e demais verbas pelo período afastado até a reintegração.
Caso V. Excelência entenda de forma diversa pela reintegração da reclamante, requer a condenação da reclamada ao pagamento de indenização substitutiva considerando o período estável previsto na lei 8.213/91.
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS
Em decorrência das patologias ora apontadas, a reclamante teve considerável redução da capacidade laborativa, o que será comprovado através da perícia médica.
Havendo a redução da capacidade laborativa em decorrência de ato omissivo ou comissivo do empregador, nasce para a reclamante o direito a reparação com supedâneo nos arts. 7º inciso XXVIII da CF/88 e 186 e 927 do Código Civil de 2002.
Nesse liame, a responsabilidade civil da reclamada é extracontratual, uma vez que ocorreu infração a deveres previstos em normas gerais de direito à proteção do trabalhador, norma não prevista no contrato de trabalho.
Ainda, a responsabilidade é subjetiva, que demanda comprovação da culpa além do nexo causal e o dano sofrido pelo reclamante.
No presente caso o dano emerge das patologias que acometem a obreira, a culpa é demonstrada pela omissão da reclamada em não tomar medidas para redução dos riscos a acidentes de trabalho cujo direito é consagrado no art. 7º, inciso XII da Carta Maior.
Por fim, o nexo causal deve ser considerado como causalidade direta, ou seja, aquela em que há vinculação imediata entre a prestação de serviço e consequente doença do trabalho, o que será comprovado através da perícia médica.
Por derradeiro, configurada a responsabilidade civil da reclamada, deve esta indenizar a reclamante por danos materiais decorrente da redução da capacidade laborativa, seja emergentes ou lucros cessantes.
Nesse liame, o Código Civil prevê que em caso de a “a ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até o fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu”, consoante art. 950 do referido diploma.
Ainda no diploma civil no art. 950, parágrafo único, faculta ao prejudicado o direito de receber a indenização arbitrada de uma só vez.
Cumpre salientar que o reclamante não poderá realizar qualquer atividade laboral, sendo assim, deve ser considerado que a lesão sofrida acarreta a redução da capacidade de trabalho, o que lhe enseja o direito ao pagamento de indenização por danos materiais cujo o quantum indenizatório deve corresponder a extensão do dano segundo o art. 944 do CC.
Neste compasso dispõe a jurisprudência, vejamos:
RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DOENÇA OCUPACIONAL. CARTEIRO. AGRAVAMENTO DE HÉRNIA DE DISCO . CONCAUSA. Presentes os requisitos necessários à configuração da responsabilidade civil: dano, nexo causal e a culpa do empregador, diante da conclusão do laudo pericial de que as atividades de carteiro desempenhadas pelo autor contribuíram para o agravamento da doença degenerativa da coluna lombar do autor, tem o empregador o dever de indenizar (grifo nosso). Recurso de revista não conhecido. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. A indenização por danos materiais foi deferida com base no laudo pericial , que concluiu pela perda parcial da capacidade laborativa do autor em decorrência do agravamento de sua doença degenerativa na coluna vertebral ocasionada pelas atividades desenvolvidas, tendo o valor sido majorado em face dos critérios de idade e data do acidente de trabalho bem como a expectativa de vida do autor, o que não viola os arts. 186 e 884 do Código Civil (grifo nosso). Recurso de revista não conhecido. HONORÁRIOS PERICIAIS. Infere-se do v. acórdão regional que o reclamado foi sucumbente no objeto da perícia. Decisão em consonância com o disposto no art. 790-B da CLT e na Súmula 236 do TST. Recurso de revista não conhecido. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SINDICAL. Os honorários advocatícios são devidos tão somente nos termos da Lei nº 5.584/70, quando existente, concomitantemente, a assistência do sindicato e a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal ou a impossibilidade de se pleitear em juízo sem comprometimento do próprio sustento ou da família. Súmulas 219 e 329 do C. TST. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR: 956005320085040512 95600-53.2008.5.04.0512, Relator: Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: 20/10/2011, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/11/2011)
DOENÇA OCUPACIONAL. HÉRNIA DE DISCO. CONCAUSA. INDENIZAÇAO POR DANOS MATERIAL E MORAL. CABIMENTO. Havendo prova da ocorrência do dano alegado, bem assim do nexo de causalidade entre a moléstia e o trabalho, excluída a hipótese de culpa exclusiva do empregado, ao empregador incumbe a obrigação de indenizar, prevista no art. 927 do CC, por danos causados ao empregado (grifo nosso). A existência de causa concorrente à doença ocupacional não afasta a responsabilidade civil do empregador, para a qual é desnecessário nexo etiológico exclusivo. (...)(TRT-4 - RO: 990003720065040030 RS 0099000-37.2006.5.04.0030, Relator: MILTON VARELA DUTRA, Data de Julgamento: 10/02/2010, 30ª Vara do Trabalho de Porto Alegre).
Para fins de liquidação do pedido, a reclamante se socorre da tabela da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) utilizada para cálculo de indenização em casos de invalidez permanente, que, para o caso em tela, prevê o percentual de 25% de redução da capacidade laboral, pela “imobilidade do segmento tóraco-lombo-sacro da coluna vertebral”.
Neste mesmo sentido, prevê a tabela em caso de repercussão em partes de membros superiores e inferiores, como a perda completa da mobilidade do joelho com percentual de redução em 25% da capacidade laboral, v.g. tabela em anexo.
Pelo que requer a reclamante a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos materiais, correspondente a 25% ou outro percentual que for apurado em perícia, aplicado sobre o último salário da obreira e pagos, levando em conta sua estimativa de vida até os 74 (setenta e quatro anos), sob a forma do art. 950, § único do Código Civil, ou seja, de uma só vez.
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Em consequência das doenças adquiridas durante o pacto laboral e por intermédio deste, a reclamante teve redução significativa da sua capacidade laboral, o que lhe causa sérios danos de ordem íntima, bem como intranquilidade e sofrimento.
Nos dias atuais, muito se fala em “indústria do dano moral” decorrente do crescente número de ações aventureiras, acreditando o autor que o mero aborrecimento significa lesão aos direitos imateriais.
Esta situação muitas vezes atrapalha o cidadão que realmente foi lesado, que busca no judiciário a reparação do dano sofrido, porquanto os magistrados tendem repelir as aventuras judiciais, acabam por julgar o quantum indenizatório de forma ínfima prejudicando aquele que teria direito real de reparação.
Daí porque, importante se faz a obrigação do advogado fundamentar o pedido, esclarecer e apontar o dano sofrido, para que não seja entendido pelo magistrado que a ação em debate é mais uma das aventuras judiciais em busca do enriquecimento fácil pela “indústria do dano moral”.
Primeiramente, cabe trazer à baila o conceito de dano moral, nos dizeres do professor Yussef Said Cahali (O Dano Moral – ed. Revista dos Tribunais), vejamos:
“O dano moral é a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridadefísica, a honra e os demais sagrados afetos, classificando-se desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimônio moral (honra, reputação, etc) e dano que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade, etc), dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)”.(grifo nosso).
Na legislação atual o dano moral está previsto no art. 5º inciso V e X da Constituição Federal, vejamos:
“art. 5º...
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por dano material, moral ou à imagem;
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
Acrescentando, o Código Civil prevê que aquele que comete ato ilícito causando dano a alguém, tem o dever de repará-lo, inteligência dos artigos 186 e 927.
Nessa toada, a jurisprudência vem decidindo que a doença ocupacional adquirida em decorrência do pacto laboral, enseja a indenização por danos morais, vejamos:
HÉRNIA DE DISCO. NEXO CAUSAL. DEVER DE INDENIZAR DANO MORAL E MATERIAL. Esforço excessivo ao erguer objeto, com resultado danoso (Hérnia de Disco) que comprometeu a saúde do reclamante, invalidando-o para as atividades anteriores e reduzindo parcialmente sua capacidade para o trabalho em geral, de tudo acarreta o dever da empresa de indenizar os manifestos prejuízos materiais e morais daí decorrentes,inclusive sob a forma de pensionamento (grifo nosso) (incidência dos artigos 186 e 927 do Código Civil). Recurso do reclamante ao qual se dá parcial provimento para acrescentar à condenação indenização por dano moral, além do dano material já deferido pela origem. (TRT-2 - RECORD: 395200708202005 SP 00395-2007-082-02-00-5, Relator: RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS, Data de Julgamento: 02/03/2010, 4ª TURMA, Data de Publicação: 12/03/2010).
DOENÇA OCUPACIONAL. HÉRNIA DE DISCO. CONCAUSA. INDENIZAÇAO POR DANOS MATERIAL E MORAL. CABIMENTO. Havendo prova da ocorrência do dano alegado, bem assim do nexo de causalidade entre a moléstia e o trabalho, excluída a hipótese de culpa exclusiva do empregado, ao empregador incumbe a obrigação de indenizar, prevista no art. 927 do CC, por danos causados ao empregado. A existência de causa concorrente à doença ocupacional não afasta a responsabilidade civil do empregador, para a qual é desnecessário nexo etiológico exclusivo. (...)(TRT-4 - RO: 990003720065040030 RS 0099000-37.2006.5.04.0030, Relator: MILTON VARELA DUTRA, Data de Julgamento: 10/02/2010, 30ª Vara do Trabalho de Porto Alegre).
Pois bem, consoante narrado os dizeres do professor Yussef Said Cahali, a privação ou diminuição de bens que tem valor precípuo a vida do homem, incluindo a integridade física, perfaz a ocorrência do dano moral, nascendo o direito a reparação do dano para o ofendido.
No caso em tela, a reclamante teve sua integridade física comprometida, reduzida consideravelmente, algo que levará para o resto da vida, lhe causando sérios constrangimentos e sofrimento de ordem íntima.
Através da lei 13.467/17 a CLT fora alterada para inclusão dos critérios de fixação da indenização por danos morais a depender da gravidade do dano.
Dispõe o art. 223-A da CLT que à reparação de danos de extrapatrimoniais decorrentes da relação de emprego, aplica-se o texto consolidado, o qual define a responsabilidade do empregador em caso de omissão ou ação que resulte ofensa na esfera moral do empregado.
Com efeito, a CLT no art. 223-G, prevê o valor a ser arbitrado pela gravidade da lesão, sendo:
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido;
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido.
É certo que, diante da lesão à saúde do empregado e sua integridade física, sendo permanente a redução da capacidade laboral, a ofensa é de natureza gravíssima, devendo a reclamada ser condenada nos termos do inciso IV supracitado.
Por estas razões, requer de V. Excelência, a condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no montante de 50 vezes o último salário contratual da reclamante.
DAS HORAS EXTRAS NÃO PAGAS
No mês de Janeiro/2016, a obreira cobriu férias da empregada Maria, quando sua jornada passou a ser de segunda à sexta feira das 07:00hs as 19:00hs com 1 hora e 30 minutos de intervalo intrajornada.
Extrai-se da jornada narrada que a reclamante extrapolava o limite diário previsto no art. 7º inciso XIII da CF de 8 horas e semanal de 44 horas, cujo excesso resultava em 15 horas extras semanais, porém não foram pagas com o acréscimo previsto na cláusula 10ª da CCT em anexo (2015/2016) no importe de 100% para após 2 horas extras diárias.
Portanto, requer a condenação da reclamada no pagamento de 15 horas extras semanais com acréscimo de 100% no período em que a obreira cobriu férias da empregada Maria, além dos reflexos em DSR e com este, aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 40%.
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Muito embora a obreira recebesse adicional de insalubridade, o grau apurado estava em dissonância com a realidade do seu local de trabalho. Percebia o percentual de 20% (grau médio).
No Perfil Profissiográfico, verifica-se que o risco em que a obreira estava exposta é de grau médio pela exposição a agentes biológicos “microorganismos”.
Ademais não há acordo com convenção coletiva nos termos do art. 611-A, XII da CLT quanto ao enquadramento do grau de insalubridade diverso do que consta na NR 15 do M.T.E.
Importante destacar que a reclamante realizava limpeza da clínica, exposta a resíduos biológicos de procedimentos cirúrgicos realizados nas salas dos médicos em que a obreira era responsável pela limpeza e recolhimento desse material. Ficava exposta a sangue, seringas usadas, curativos, gesso dos pacientes.
Ademais, os pacientes atendidos na clínica portavam câncer, AIDS, dentre outras doenças transmissíveis. Ressalta-se que a obreira laborava utilizando-se de máscaras e luva látex para evitar o contato físico com os agentes biológicos.
Muito embora recebesse o adicional de 20% previsto no art. 192 da CLT, as condições de trabalho da reclamante se assemelham aos empregados que trabalham em contato permanente com objetos de uso de pacientes com doenças infecto contagiosas, bem como a coleta de lixo urbano, dada a rotatividade de uso dos banheiros de cada sala onde os pacientes eram atendidos, cujo grau de nocividade é considerado máximo segundo o anexo 14 da NR 15 do M. T. E, fazendo jus ao percentual de 40%.
Assim sendo, requer a condenação da reclamada no pagamento do adicional de insalubridade no importe de 40% sobre o salário mínimo com reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 40%.
A fim de evitar o enriquecimento ilícito da obreira, requer desde já, o abatimento dos valores pagos a mesmo título durante o pacto laboral.
DO DESCONTO INDEVIDO NO TRCT
Prática muito rotineira que vem sendo adotada pelas empresas em imputar ao empregado o pagamento da complementação de 10% sobre a multa do Fundo de Garantia, utilizando-se o Termo Rescisório para mascarar a fraude trabalhista.
Vejamos no item 95.5 do TRCT da obreira o crédito de R$ 2.631,60 a título de 50% sobre o FGTS. Já nos descontos, infere-se do campo 115.5 o desconto de R$ 2.866,27 cuja diferença, segundo as empresas é o pagamento do FGTS do mês da rescisão como se vê no campo 95.4 no valor de R$ 234,67.
Entretanto, ao verificar o extrato analítico, vemos que a multa de 40% sobre o FGTS da obreira totaliza o valor de R$ 2.105,28, sendo que se somada a multa com o valor depositado do FGTS do mês da rescisão, totaliza o valor de R$ 2.339,95, sendo este ovalor que deveria ser creditado (campo 95.5 + 95.4) e logo após descontado na mesma proporção.
Ocorre que a reclamada, imputou a obreira o pagamento dos 10% que lhe cabia pagar, sendo a diferença de R$ 526,32 que se trata da contribuição social nos termos do demonstrativo em anexo. Em suma, a reclamada lançou como crédito no TRCT da obreira, a multa do FGTS de 40% acrescido dos 10% a título de contribuição que lhe cabia.
Em outras linhas, se consignou no TRCT o crédito da multa do FGTS de 40% acrescido do FGTS do mês da rescisão, não poderia proceder o desconto considerando os 10% da contribuição que lhe era obrigação pagar. É manifesta a fraude que a reclamada comete no caso dos autos.
Assim sendo, requer a sua condenação no ressarcimento à obreira ao desconto indevido de R$ 526,32 nos termos da fundamentação.
Requer ainda seja expedido ofício ao Ministério do Trabalho e Emprego para que fiscalize a reclamada se esta vem cometendo algum ilícito na prática aqui denunciada.
DA MENSALIDADE SINDICAL
Sem ser sindicalizada ou vinculada ao sindicato de classe, a obreira sofria descontos reiterados no seu salário no valor de R$ 25,50 a título de mensalidade sindical, o que fere de morte o disposto na súmula 666 do TST e no PN 119 do TST.
Logo, requer a condenação da reclamada no pagamento de R$ 25,50 descontados mensalmente durante todo o pacto laboral.
DAS DIFERENÇAS DAS VERBAS RESCISÓRIAS
O campo 23 do TRCT informa a remuneração da obreira que deve ser considerada para fins de cálculo das verbas rescisórias, vez que percebia parcelas habituais de natureza salarial como o adicional de insalubridade.
Ocorre que a reclamada realizou o pagamento das verbas rescisórias considerando o salário base da obreira sem o adicional de insalubridade pago habitualmente, o que contraria a súmula 139 do C. TST.
Vejamos o campo 50 (saldo salarial) cujo valor resultou R$ 1.101,50 (30 dias) quando deveria ser a remuneração considerando as verbas de natureza salarial pagas habitualmente que resultou no mês da rescisão o valor de R$ 1.493,92.
Assim, requer a condenação da reclamada no pagamento das diferenças das verbas rescisórias pagas sobre a remuneração da reclamante e não sobre o salário base, a saber, o aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS acrescido de multa de 40%.
MULTAS DOS ARTIGOS 467 E 477 DA CLT
Requer a condenação da reclamada ao pagamento da multa prevista no art. 467 da CLT em caso de não adimplemento das verbas incontroversas em audiência.
Outrossim, requer a condenação ao pagamento da multa prevista no § 8º do art. 477 da CTL pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias.
DOS PEDIDOS:
Ante todo o exposto requer:
1 – A concessão dos benefícios da justiça gratuita nos termos do art. 790, § 3ºe 4º da CLT.
2 – A citação da reclamada para que, querendo, apresente defesa no momento oportuno sob pena de incorrer em revelia e seus efeitos jurídicos.
3 – A condenação da reclamada à imediata reintegração da reclamante bem como pagamento dos salários e demais verbas pelo período afastado até a reintegração OU caso V. Excelência entenda de forma diversa pela reintegração da reclamante, requer a condenação da reclamada ao pagamento de indenização substitutiva considerando o período estável previsto na lei 8.213/91 correspondentes aos salários e reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 40%.........................R$ 18.356,22 (dezoito mil trezentos e cinquenta e seis reais e vinte e dois centavos).
4 - A condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos materiais, correspondente a 25% ou outro percentual apurado em perícia, aplicado sobre o último salário da obreira e pagos, levando em conta sua estimativa de vida até os 74 (setenta e quatro anos), sob a forma do art. 950, § único do Código Civil, ou seja, de uma só vez.......................................................................................R$ 58.227,00 (cinquenta e oito mil duzentos e vinte e sete reais).
5 - A condenação da reclamada ao pagamento de indenização por danos morais...................................................R$ 74.650,00 (setenta e quatro mil seiscentos e cinquenta reais).
6 - A condenação da reclamada no pagamento de 15 horas extras semanais com acréscimo de 100% no período em que a obreira cobriu férias da empregada Maria, além dos reflexos em DSR e com este, aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 40%....................................................................................R$ 8.234,65 (oito mil duzentos e trinta e quatro reais e sessenta e cinco centavos).
7 - A condenação da reclamada no pagamento do adicional de insalubridade no importe de 40% sobre o salário mínimo com reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 40%..................................................................R$ 30.358,80 (trinta mil trezentos e cinquenta e oito reais e oitenta centavos).
8 – A condenação da reclamada no ressarcimento à obreira ao desconto indevido.........................................................R$ 526,32 (quinhentos e vinte e seis reais e trinta e dois centavos).
9 - A condenação da reclamada no pagamento de R$ 25,50 descontados mensalmente durante todo o pacto laboral........R$ 1.530,00 (um mil quinhentos e trinta reais)
10 – A condenação da reclamada no pagamento das diferenças das verbas rescisórias pagas sobre a remuneração da reclamante e não sobre o salário base, a saber, o aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS acrescido de multa de 40%...........................................R$ 3.567,09 (três mil quinhentos e sessenta e sete reais e nove centavos).
11 – Multas dos artigos 467 e 477 da CLT........................................................................................R$ 4.356,80 (quatro mil trezentos e cinquenta e seis reais e oitenta centavos).
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial provas documental e testemunhal sem prejuízo de outra que se fizer necessária durante a instrução processual.
Requer em caso de condenação, seja os valores corrigidos e atualizados segundo o art. 883 da CLT e súmulas 200 e 381 do TST, aplicável o índice da TR nos termos do art. 879, § 7º da CLT.
Sendo julgada procedente esta reclamação, requer seja a reclamada condenada no pagamento de honorários sucumbenciais no percentual de 15% nos termos do art. 791-A da CLT.
Outrossim, em caso de sucumbência no objeto da perícia, requer a isenção dos honorários periciais, uma vez que a reclamante comprova a insuficiência de recursos financeiros para tal encargo agravado pelos parcos créditos trabalhistas aqui deferidos, ou, caso V. Excelência entenda de forma diversa, requer sejam os honorários arbitrados no mínimo previsto pelo CSJT, disposição do art. 790-B, § 1º da CLT.
Por derradeiro requer seja a reclamada compelida a trazer nos autos todo e qualquer documento relativo a relação de emprego sob pena de confissão nos termos do art. 400 do NCPC.
Dá-se a causa o valor de R$ 199.806,88 (cento e noventa e nove mil oitocentos e seis reais e oitenta e oito centavos).
Termos em que
Pede deferimento
Advogado/OAB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ª VARA DO TRABALHO DA REGIÃO DO CARIRI
NEYMAR DA SILVA, brasileiro, solteiro, bancário, portador do RG nº xxxx SSP/CE, inscrito no CPF sob o nº xxxxxx, CTPS nº xxxx, série 001, PIS xxx, nº 100, bairro: centro, CEP: xxxxx, na cidade de Juazeiro do Norte – Ceará, por intermédio dos seus advogados que esta subscreve, nos termos da procuração em anexo, vem, perante Vossa Excelência propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face da empresa BANCO AZUL, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº xxxxxxxxx, titular do e-mail: bancoazul@gmail.com, com sede na Rua xxxxxx, nº 1950, bairro: centro, CEP: xxxxxx, na cidade de Juazeiro do Norte – Ceará, pelo rito sumaríssimo de acordo comos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos.
I) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Ressalta-se que o reclamante não dispõe de condições financeiras suficiente para arcar com as custas processuais e os honorários advocatícios, requerendo, desde já, os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 790, § 3º, § 4º da CLT.
II) DOS FATOS E FUNDAMENTOS
O reclamante foi admitido pela empresa reclamada em 05.12.2016 para exercer a função de bancário na agência da empresa, localizada em Juazeiro do Norte – Ceará, recebendo salário mensal no valor de R$ 2.800,00 (dois mil, e oitocentos reais). A jornada de trabalho desempenhada pelo reclamante era de 06 horas por dia, de segunda a sexta.
A demissão do reclamante ocorreu em 26.07.2018, por iniciativa do empregador, sem justa causa. Ocorre, Excelência, que na demissão a reclamada deixou de conceder o aviso prévio, assim como não o indenizou. Ou seja, o reclamante não trabalhou, nem recebeu o aviso prévio de forma indenizada.
A reclamada deixou de honrar com as verbas rescisórias, às quais o reclamante tinha direito, deixando também de entregar as guias para o saque do FGTS (os valores mensais correspondentes estavam depositados corretamente – R$ 4.480,00 reais), e habilitação no seguro-desemprego.
Frisa-se que o reclamante jamais gozou férias durante toda a vigência do contrato de trabalho.
a) DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO
Como o reclamante foi demitido sem justa causa, surge para o mesmo o direito ao aviso prévio indenizado, de acordo dom o disposto no artigo 487 da CLT.
Desse modo, cabe à reclamada efetuar o pagamento de aviso prévio indenizado correspondente ao período de 33 dias, incidindo sobre as demais verbas trabalhistas. Assim, o reclamante faz jus, portanto, ao recebimento de aviso prévio indenizado no total de R$ 3.080,00 reais.
b) DAS FÉRIAS VENCIDAS E PROPORCIONAIS
O contrato de trabalho entre o reclamante e a reclamada teve sua vigência no período compreendido entre 05.12.2016 à 26.07.2018, porém, o reclamante jamais chegou a gozar férias, como garante o art. 130, I, da CLT.
Assim, o reclamante tem direito a receber as férias vencidas correspondentes ao período laborado de 2016/2017 (férias simples acrescidas de 1/3), bem como a receber o período de férias proporcionais de 05.12.2017 a 26.07.2018, acrescido do terço constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7º, XVII da CF/88.
Sendo assim, de acordo com a legislação pertinente, o reclamante faz jus ao recebimento de 01 período de férias não gozadas relativo a 2016/2017 acrescidas de 1/3 (R$ xxxxx), mais o valor de férias proporcionais correspondentes a 08 meses + AP (R$ xxxxxx).
Desse modo, requer a condenação da reclamada, ao pagamento das férias vencidas, referente aos períodos de 2016/2017 de forma simples; e das férias proporcionais, referente ao período 2017/2018, com adicional de 1/3 constitucional, conforme art. 7ª, XVII da CF, considerando-se como base legal para cálculo o salário de R$ xxxxxx (xxxxxx).
c) DO SALDO DE SALÁRIO
De acordo com o disposto no artigo 64 da CLT, O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração.
Parágrafo único – Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á para o cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.
Assim, o reclamante por ter trabalhado 26 dias no mês da rescisão (julho/2018), faz jus ao recebimento de R$ xxxxx (xxxxxxx) a título de saldo de salário.
d) DO 13º PROPORCIONAL
Por ter trabalhado o equivalente a 08 meses no ano de 2018, o reclamante faz jus ao recebimento de 13º proporcional, totalizando R$ 1.866,67(hum mil, oitocentos e sessenta e seis reais, e sessenta e sete centavos)
e) MULTA DO ART. 477, § 8º DA CLT
A reclamada não entregou ao reclamante, no ato da rescisão do contrato de trabalho, as guias para saque do FGTS e para habilitação no seguro-desemprego. Dessa forma, requer a condenação da reclamada ao pagamento da multa prevista no § 8º do art. 477 da CTL no valor de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais) pelo atraso no pagamento das verbas rescisórias e entrega das guias para saque do FGTS e habilitação no seguro-desemprego.
f) DO SEGURO-DESEMPREGO
O reclamante faz jus ao recebimento de 4 parcelas referentes ao seguro-desemprego, totalizando R$ 11.200,00 (onze mil e duzentos reais).
III) DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
1) Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, devido à difícil situação econômica do reclamado, que não possui condições de custear o processo, sem prejuízo próprio;
2) A notificação da Reclamada para comparecer à audiência a ser designada para querendo apresentar defesa a presente reclamação e acompanha-la em todos os seus termos, sob as penas da lei;
3) Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação, condenando a empresa Reclamada ao:
a) Pagamento do Aviso Prévio indenizado (33 dias), no valor de R$ xxxx (xxxxx); pagamento de 01 período de férias não gozadas relativo a 2016/2017 acrescidas de 1/3 (R$xxxxx), mais o valor de férias proporcionais correspondentes a 08 meses + AP (R$ xxxxx); pagamento de R$ xxxxxx (xxxxx) a título de saldo de salário correspondentes a 26 dias trabalhados; pagamento de 13º proporcional, totalizando R$ xxxx (xxxxxx); pagamento de 04 parcelas referentes ao seguro-desemprego, totalizando R$ xxxxx (xxxxxx);
b) condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no § 8º, do art. 477 da CLT, e, em não sendo pagas as parcelas incontroversas na primeira audiência, seja aplicada multa do art. 467 da CLT, tudo acrescido de correção monetária e juros moratórios. Requer, ainda, seja a Reclamada condenada ao pagamento dos honorários advocatícios no patamar de 15% sobre a condenação, bem como das custas processuais.
Protesta provar o alegado por todos os meios no Direito admitidos, notadamente pela juntada posterior de documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal, tudo desde logo requerido.
Dá-se à causa o valor de R$ xxxxxx (soma de todos os pedidos).
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Juazeiro do Norte, Ceará, 27 de agosto de 2018.
Advogado
OAB

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