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1 Praias Arenosas

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Praias Arenosas 
Morfodinâmica Costeira 
Profª Débora Machado 
Introdução 
 40% das costas ao redor do mundo; 
 Acúmulo de sedimentos: 
 Areia: 0,062mm < d < 2mm 
 Cascalho: 2mm < d < 64mm 
 
seixes 
Definições 
 King (1956): Praia é um ambiente sedimentar 
costeiro com composição variada, formado mais 
comumente por areia, e condicionado pela 
interação de ondas incidentes sobre a costa. Os 
limites externo (em direção ao mar) e interno 
(em direção à terra) de uma praia seriam 
determinados, respectivamente, pela profun-
didade a partir da qual as ondas passam a 
provocar movimento efetivo de sedimento sobre 
o fundo e pelo limite superior de ação de ondas 
de tempestade sobre a costa. 
Definições 
 Komar (1976): Praia é uma acumulação de sedi-
mentos inconsolidados de tamanhos diversos, 
como areia ou cascalho que se estende, em 
direção à costa, do nível médio de maré baixa 
até alguma alteração fisiográfica, como uma 
falésia, um campo de dunas ou simplesmente 
um ponto de fixação permanente da vegetação. 
Para incluir a porção subaquosa, o autor utiliza 
o termo litoral, cujo limite externo seria aquela 
profundidade na qual o sedimento não é mais 
transportado ativamente pelas ondas incidentes. 
Definições 
 Horikawa (1988): Considera praia como sendo 
aquela região de sedimentos inconsolidados, 
situada na região costeira, facilmente 
deformável pela ação das ondas, que se 
estende, em direção à terra, a partir da 
profundidade de mobilização efetiva de 
sedimento pelas ondas, até o limite máximo de 
ação de ondas de tempestade sobre a praia ou 
então até as dunas frontais, caso existam. 
Definições 
 Já Wicander e Monroe (2011): Consideram que 
praia é um depósito de sedimento não 
consolidado estendendo-se na direção da terra 
firme, a partir da maré baixa, até uma mudança 
na topografia, tal como uma linha de dunas de 
areia, um penhasco do mar ou o ponto em que 
começa a vegetação permanente. 
 
OU SEJA: 
Definições 
 As definições utilizadas para o termo “praia” 
podem diferir entre si, mas o caráter não 
coesivo dos sedimentos que a compõe fica 
evidente, assim como também a dominância de 
fatores hidrodinâmicos (ondas, correntes 
costeiras, marés). Nos casos em que a 
influência das marés supera a das ondas, 
estabelecem-se “terraços de maré” e não praias 
propriamente ditas (SHORT, 1985). 
Nomenclatura (Morfológica) 
Nomenclatura (Hidrodinâmica) 
 Do ponto de vista 
hidrodinâmico, existem 
três tipos de zonas em 
uma praia: 
 Zona de arrebentação 
(breaking zone); 
 Zona de surfe 
 (surf zone); 
 Zona de espraiamento 
(swash zone). 
 
 
Nomenclatura (Hidrodinâmica) 
 Zona de arrebentação (breaking zone): 
 Ao aproximar-se de águas progressivamente 
mais rasas, as ondas incidentes tendem a 
instabilizar-se e quebram, apresentando o 
modo de dissipação energética da onda sobre 
a praia. A forma como a onda quebra 
depende da declividade da praia, da altura e 
do comprimento da onda. 
 
 
 
 
Nomenclatura (Hidrodinâmica) 
 Zona de surfe (surf zone): 
 É função da inclinação da praia e por isso, 
está diretamente relacionada com o tipo de 
quebra e, de forma secundária, com a amplitude 
de maré. 
 Praias de baixa declividade são 
caracterizadas por extensas zonas de surfe, 
onde grande parte da energia é transferida para 
a geração de correntes longitudinais e 
transversais à praia (correntes de retorno) 
 
 
 
Nomenclatura 
 Praias inclinadas raramente possuem zona 
de surfe e, predominantemente, refletem a 
energia das ondas. 
 
 Zona de espraiamento (swash zone): 
 Pode ser explicada como sendo aquela 
região da praia delimitada entre a máxima e a 
mínima excursão dos vagalhões sobre a face 
praial. Nesta, as correntes longitudinais não se 
desenvolvem. 
 
Nomenclatura (Hidrodinâmica) 
 Os processos de espraiamento são importantes no 
transporte de sedimentos de uma praia, pois o fluxo e o 
refluxo dos vagalhões determinam se o sedimento será 
armazenado na praia ou retornará à zona de surfe, onde 
pode ser transportado. Normalmente se desenvolvem ai, 
feições rítmicas de expressão longitudinal à costa, como 
os cúspides praiais. 
Confg. da L.C. e Intens. Ondas 
 Praias Longas e Expostas (contínuas): 
 Praias do RS 
Config. da LC e Intens. Ondas 
 Praias Curtas e Curvadas (descontínuas): 
 Praias de SC; 
 Praias de Enseada; 
 Pocket Beaches (praia 
de bolso). 
Config. da LC e Intens. Ondas 
 Protegidas dentro de Baías (descontínuas): 
 Búzios, RJ; 
 Praias de Enseada; 
 Pocket Beaches. 
 
Morfodinâmica Praial 
 Morfodinâmica praial: Estudo das praias 
naturais, integrando observações morfológicas 
com dados de correntes e ondas numa 
descrição mais coerente e mais completa da 
praia e zona de arrebentação; 
 Wright, Short e Nielsen (1982): Seis categorias 
ou modelos de estágios praiais (resultados de 
muitos anos de observações morfodinâmicas, 
realizadas principalmente nas costas 
australianas) – Escola Australiana de Geomorfologia Costeira (1970) 
 
Modelos de Estágios Praiais 
 1. Dissipativo; 
 
 2. Intermediário: 
 2.1 Banco e Cava Longitudinal; 
 2.2 Banco e Praia Rítmicos; 
 2.3 Banco e Cavas Transversais; 
 2.4 Crista e Canal / Terraços de Maré baixa; 
 
 3. Refletivo. 
 
Parâmetros Importantes 
 De quebra da onda (): 
 Para distinguir os estágios praiais conforme a 
forma das ondas e a declividade da praia; 
 
 Da dinâmica e sedimentos (): 
 Para distinguir os estágios praiais conforme a 
característica do sedimento e das ondas. 
Parâmetros 
 Parâmetro Dimensionador de Surf () – Guza (1975) 
 
 
 
 
 Onde: 
 = amplitude da onda na arrebentação (Hb/2); 
  = freqüência angular da onda incidente (2/); 
 = aceleração da gravidade e; 
 tan  = inclinação do perfil praial. 
 
2
2tan
ba
g




ba
g
Parâmetro  
 Arrebentação Ascendente (Surging) : 
   2,5 
 Praias Refletivas 
 
 
 
 
Parâmetro  
 Arrebentação Megulhante (Plunging) e de Tombo 
(Collapsing) : 
 2.5    20 
 Praias Intermediárias 
 
 
 
 
Parâmetro  
 Arrebentação de Derrame (ou Deslizante) 
(Spilling) : 
   20 
 Praias Dissipativas 
 
 
 
 
Parâmetros 
 Parâmetro Adimensional Empírico () – Dean (1973) 
 
 
 
 
 Onde: 
 = altura da onda na arrebentação; 
 = período da onda; 
 = velocidade de sedimentação. 
 
 
s
s
H
T W
 
sH
T
sW
Parâmetro  
 Significado físico do parâmetro adimensional 
demonstrado por Dean (1973): 
 Indica se um grão de areia, colocado em suspensão 
pela passagem de uma onda, pode ou não se 
sedimentar durante o tempo em que o fluxo de água 
induzido pela propagação da onda é em direção a 
praia. Se isto acontecer, o sedimento vai se mover da 
arrebentação para a praia, produzindo um perfil de 
acresção (swell) mais refletivo. Em situação contrária, 
o grão ficando em suspensão por um período mais 
longo, tende a se deslocar em direção ao mar 
desenvolvendo um perfil de erosão (mais dissipativo). 
 (Calliari et al., 2003) 
 
 
Parâmetro  
 Wright & Short (1984) 
 Dinâmica e sedimento (tamanho do grão) 
 Parâmetro adimensional de Dean(1973) 
 
  < 1 Refletiva 
 1 < < 6 Intermediária 
  > 6 Dissipativa 
 
 
Sequência da Evolução Morfológica 
 Modelo de Praia de Banco Único - Segundo 
Wright & Short (1984) 
 
  < 1 Refletiva 
 1 <  < 6 Intermediária 
  > 6 Dissipativa 
 
 
1. Estágio Dissipativo 
  > 20, chegando facilmente a 400. 
 Ω > 6 
 
 
 
 
 
 
 
Praia do Mar Grosso 
 
 
1. Estágio Dissipativo 
 Granulometria geralmente fina; 
 Baixa inclinação; 
 Arrebentação deslizante; 
 
 
 
 Um ou mais bancos, 
intercalados com cavas largas 
 (100m) e rasas (1-2m) 
 
 
 
1. Estágio Dissipativo 
 Zonas de surf bem desenvolvidas; 
 Alto setup e baixo runup 
 Alta energia de ondas; 
 
 Praia e bancos 
 sem 
variações longitudinais 
 
 Presença de undertow 
 Ausência de RIP’s 
Cor. Longitudinais fracas ou ausentes 
 
 
 
1. Estágio Dissipativo 
2. Estágios Intermediários 
 Elementos dissipativos e refletivos. 
 2.1 Banco e Cava Longitudinais (LBT - Longshore 
Bar and Though); 
 2.2 Banco e Praia Ritmicos (RBB – Rhythymic 
Bar and Beach); 
 2.3 Banco e Cava Transversais (TBR – Transver-
se Bar and Rip); 
 2,4 Crista e Canal / Terraço de Maré Baixa 
(RR/LTT - Ridge e Runnel / Low Tide Terrace). 
 
 
 
2.1 Banco e Cava Longitudinais 
 (LBT - Longshore Bar and Though) 
 Sequência acresciva do dissipativo; 
 Relevo banco-cava bem mais acentuado; 
 Face da praia mais inclinada (alto runnup); 
 Presença de ritimicidades (cúspides) no 
swash; 
 Banco com características dissipativas; 
 Face da praia com características mais 
refletivas; 
 Possível presença de RIP’S 
 
 
 
2.1 LBT 
Estágio banco e cava-longitudinal 
Estágio banco e cava-longitudinal 
2.2 Banco e Praia Ritmicos 
 (RBB - Rhythymic Bar and Beach) 
 Banco crescente e cava profunda; 
 Banco e face da praia com muita ritmicidade; 
 Ondulações (horns) de 100 a 300 m; 
 Presença de cúspides; 
 Protuberâncias – mais dissipativas; 
 Fracas correntes de retorno (RIP’S); 
 Variações longitudinais; 
 Baías - mais refletivas. 
 
 
 
2.2 RBB 
2.3 Banco e Cava Transversais 
 (TBR - Transverse Bar and Rip) 
 Horns dos bancos se soldam à praia; 
 Apresenta a maior segregação ao longo da 
costa (regiões dissipativas e refletivas); 
 Alta dissipação e setup sobre as partes rasas se 
alternam com condições refletivas com baixo 
setup e alto runnup (nas pequenas baías) 
ocupadas por fortes Rips; 
 As barras transversais podem persistir por 
longos períodos, mas podem sofrer 
modificações no espaçamento. 
 
 
2.3 TBR 
Estágio banco transversal e rip 
Estágio banco transversal e rip 
2.4 Crista e Canal/ Terraço Maré 
Baixa (RR/LTT – Ridge e Runnel / Low Tide Terrace) 
 Possui uma faixa de areia relativamente baixa, 
moderadamente dissipativa logo abaixo do nível 
de maré alta e banco soldado (terraço); 
 Face praial: mais íngreme e refletiva; 
 Fracas rips podem estar presentes (atrofiadas), 
irregularmente espaçadas; 
 Cavas paralelas a praia (como resultado da 
migração da barra de swash) estão presentes 
próximo a barra pendente entre a face praial e o 
terraço de maré baixa; 
 
 
 
2.4 RR/LTT 
 Variações em refletividade e dissipação estão 
associadas as fases da maré. 
 A praia é dissipativa em maré baixa e refletiva 
em maré alta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 RR/LTT 
3. Estágio Refletivo 
  < 2,5 
 Ω < 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Estágio Refletivo 
 Declividade alta; 
 Berma bem desenvolvida; 
 Sedimento grosso (areia média ou grossa); 
 Ausência de bancos (e de zona de surf); 
 Poucas linhas de arrebentação; 
 
 
 
 
 
 
3. Estágio Refletivo 
 Energia é refletida na face da praia; 
 Energia de onda extremamente baixa; 
 Quebra da onda se dá na face da praia; 
 Alto runup, exercendo papel erosivo; 
 Presença de cúspides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelo de Praia de Banco Único 
Segundo Calliari (notas pessoais): 
 Estudos de longa escala temporal (praias 
morfologicamente distintas entre si e sujeitas a 
clima de ondas também distintos), avalizou a 
proposição de modelos sequenciais de evolução 
morfológica; 
 Formação e migração em direção ao mar de bancos 
arenosos em eventos de alta energia. Os bancos 
passam a estocar a maior parte do sedimento móvel 
da praia, assumindo formas preferencialmente 
lineares (dependendo da magnitude do evento); 
 
Modelo de Praia de Banco Único 
 Com o decaimento energético subseqüente, a 
assimetria das ondas incidentes transporta 
sedimentos em direção à praia através da migração 
dos bancos nesta direção; 
 Observa-se o desenvolvimento de ritmicidades 
topográficas de grande escala de comprimento sob 
a forma de bancos em crescente e mega-cúspides; 
 Estados sucessivamente menos energéticos 
tendem a concentrar o estoque de sedimentos cada 
vez mais próximos da face praial, formando bancos 
transversais que se soldam às cúspides existentes 
na face da praia. 
 
Modelo de Praia de Banco Único 
Resumindo: 
 Evento de Alta Energia 
 Formação e migração do banco em direção a 
offshore; 
 Formas predominantemente lineares: 
 Dependendo da intensidade do evento; 
 Sedimento móvel da praia fica concentrado na 
parte subaquosa. 
 
Modelo de Praia de Banco Único 
 Evento de Alta Energia 
 
Elaine Goulart 
Modelo de Praia de Banco Único 
 Diminuição Gradual da Energia das 
Ondas 
 Sedimento passa a ser transportado em 
direção a costa: 
 Migração dos bancos. 
Desenvolvimento de ritmicidades topográficas 
de grande escala de comprimento: 
Bancos em crescente e mega-cúspides. 
Modelo de Praia de Banco Único 
 Estoque de sedimentos cada vez mais 
próximo da face praial; 
 Bancos transversais que se soldam às 
cúspides existentes na face da praia. 
 
Modelo de Praia de Banco Único 
 Diminuição Gradual da Energia das 
Ondas 
Elaine Goulart 
Modelo de Praia 
de Banco Único 
Sequência da Evolução 
Morfológica 
Considerações Finais 
 Estado modal pode variar lateralmente: 
 Diferentes tamanhos de grão; 
 Variação na energia das ondas; 
 O desenvolvimento de cada estágio depende do 
anterior; 
 Praia de sedimento fino: Dissipativo; 
 Praia de sedimento grosso: Refletivo; 
 Estágios relacionados a alta energia são mais 
comuns: (O tempo para um estágio de baixa energia se 
desenvolver e entrar em equilíbrio é maior). 
Considerações Finais 
 Estados modais intermediários estão relacio-
nados com grande variabilidade de estado. 
 Quando o estado da praia é intermediário, 
mudanças consideráveis no perfil podem 
ocorrer sem que o "estado" mude. 
Sequência Evolutiva 
Sequência Evolutiva 
 Desde que, para qualquer estado inicial, a 
energia absoluta é maior à direita do que à 
esquerda da região estável, a praia fica 
dissipativa mais rapidamente do que fica 
refletiva. A direção da mudança vai depender do 
desequilíbrio instantâneo expresso por: 
D =  - e 
 
 Onde :  valor instantâneo 
 e valor de equilíbrio 
 
 
Sequência Evolutiva 
 D (+):mudança para estágios mais dissipativos; 
 D (-): mudança para estágios mais refletivos; 
 É claro que se a praia for ou estiver totalmentedissipativa um desequilíbrio positivo (D+) não 
leva a nenhuma mudança de estado, embora a 
largura da zona de surfe aumente. Igualmente 
para praia totalmente refletiva (D-). 
 
 
Outros Modelos - Sunamura 
 SUNAMURA (1988): Abrangente revisão sobre 
os resultados de diversos autores referentes a 
ao comportamento evolutivo das sequências 
morfológicas dos sistemas praiais; 
 Praias de micro-maré (regime de energia média a alta, decli-
vidade moderada, granulometria fina a grossa e transporte predominan-
temente transversal a costa); 
 Banco único: 
 8 estágios – 2 extremos e 6 intermediários; 
 3 intermediários na sequência acresciva; 
 3 na sequência erosiva. 
 
 
Outros Modelos - Sunamura 
 Parâmetro K* 
 
 , onde d = diâmetro do grão. 
 
 Para o cálculo de K* são utilizadas as médias 
diárias do período e altura da arrebentação; 
 Nota-se que  e K relacionam de maneira muito 
semelhantes as mesmas variaveis; 
 
 
2
2
* b
H
k
gT d

Outros Modelos - Sunamura 
 5 < K* < 20 - Morfologias intermediárias de 
ritmicidade pronunciada (tanto no banco quanto 
na face praial); 
 K* > 10 - A partir do extremo refletivo, estima-se 
o início da sequência erosiva; 
 K* > 20 - Quando ultrapassa este valor, 
acontece a linearização do banco / migração 
mar afora (offshore). 
 
 
Outros Modelos - Sunamura 
Modelos Praiais de Múltiplos B. 
 Modelos de praia que não considerem a 
ocorrência de sistemas com dois ou mais 
bancos têm sua aplicabilidade em praias de 
bancos múltiplos muito restrita, pois 
desconsideram completamente as modificações 
produzidas no espectro energético incidente 
pelos bancos. Exceto pelo extremo dissipativo 
da sequencia erosiva do modelo de Wright e 
Short (1983), nenhum outro se ocupou desta 
questão até os estudos recentes de Aagaard 
(1991), Short (1992) e Short & Aagaard (1993). 
 
 
Modelos Praiais de Múltiplos B. 
 Em costas oceânicas caracterizadas pela 
alternância de ondas de tempestade ou de 
ondulações de alta energia com períodos de 
ondulações de baixa energia: 
 Os bancos  feições dinâmicas, migrando em 
direção ao mar durante tempestades e em 
direção à costa durante regimes de menor 
energia (Lipmann et al, 1993); 
 Em costas protegidas de ondulações, sistemas 
de múltiplos bancos, muito estáveis, podem 
desenvolver-se (Davidson-arnott e MacDonald, 
1989). 
Modelos Praiais de Múltiplos B. 
 Nestes sistemas são evidentes as diferenças 
dinâmicas e morfológicas apresentadas pelos 
bancos que os compõe; 
 Geralmente os bancos proximais são mais 
móveis e instáveis do que os distais, pois estes 
requerem níveis de energia mais elevados para 
serem mobilizados, condições alcançadas 
geralmente durante e logo após tempestades 
 (Lipmann et al., 1993; Birkemeier, 1984 e Aaga-
ard, 1991). 
 
Modelos Praiais de Múltiplos B. 
 SHORT E AAGAARD (1993): 
 Bancos externos: 
 Mais profundos; 
 Mais energia para serem mobilizados; 
 Mais estáveis; 
 Bancos internos: 
 Menos profundos; 
 Mais móveis; 
 Banco externo recebe as maiores ondas; 
 Diferenças nas ritmicidades entre bancos. 
Modelos Praiais de Múltiplos B. 
 Treze (13) estágios; 
 Banco externo mais 
dissipativo; 
 Banco interno mas 
refletivo; 
 Diferenças em Hb; 
 
Parâmetro de Bancos Múltiplos 
 Na tentativa de determinar o número de bancos 
a ser formado em uma praia, Short e Aagaard 
(1993) introduziram o Parâmetro de Banco (B*) 
dado por: 
 
 
Onde: Xs = largura da zona de surf (até o gradiente de 
fundo não mudar mais) ; 
  = declividade da zona de surf e 
 Ti = período das ondas de tempestades (médio). 
*
tan
s
i
B
T



Parâmetro de Bancos 
Modelos Praiais de Múltiplos B. 
Parâmetro de Bancos 
 Segundo indica o próprio parâmetro, sistemas 
de banco duplo se estabelecem mais 
provavelmente em praias de granulometria fina 
com baixa declividade, dominadas por 
ondulações de curto período (menor que 10 s) e 
expostas a ação episódica de ondas de 
tempestade. 
 
Praias de Meso e Macro Maré 
 Davis (1964): 
 Micromaré < 2m; 
 Mesomaré – 2 a 4m; 
 Macromaré > 4m 
 Efeitos da Maré: 
 Transporte de sedimento transversal; 
 Deslocamento da face praial; 
 Deslocamento da zona de surf; 
 Shoaling sobre o perfil praial (maré cheia). 
Praias de Meso e Macro Maré 
Praias de Meso e Macro Maré 
 Na intenção de englobar as praias meso e 
macro-tidais na classificação Morfodinâmica 
moderna, Masselink & Short (1993), introdu-
ziram o "Parâmetro de Variação Relativa da 
Maré” (Relative Tide Range Parameter - RTR): 
 
 
 
Onde: TR = variação média da maré de sizígia (m); 
 Hb = Altura significativa das ondas na arrebentação. 
 
 
b
TR
RTR
H

Praias de Meso e Macro Maré 
 RTR < 3 
 Praia de micromaré 
 Podem ser classificadas segundo Wright e 
Short (1984) 
 
 RTR > 3 
 Efeito da maré deve ser considerado 
Praias de Meso e Macro Maré 
 Zona de maré alta: 
 Dominada por processos de zona de surf 
(intermitente); 
 Zonas inter e submaré: 
 Shoaling; 
 Correntes de maré; 
 Processos de antepraia superior. 
 
Praias de Meso e Macro Maré 
 Praias de mesomaré (Short, 1991): 
 Grupo 1 
 Alta energia de ondas ; 
 Íngremes; 
 Ausência de bancos ; 
 Refletivas na maré cheia ; 
 Dissipativas na maré baixa. 
 
Praias de Meso e Macro Maré 
 Praias de mesomaré (Short, 1991): 
 Grupo 2 
 Face praial pouco íngreme; 
 Energia de onda moderada; 
 Sistemas de bancos e calhas rasas; 
 Refletivas na maré cheia; 
 Dissipativas na maré baixa. 
 
Praias de Meso e Macro Maré 
 Praias de mesomaré (Short, 1991): 
 Grupo 3 
 Transição entre praia e planície de maré; 
 Energia de onda muito baixa; 
 Face da praia íngreme, sedimentos grossos; 
 Abrupta transição para planície de sedimentos 
finos; 
 Multiplos bancos de pequena altura; 
 Refletivas na maré cheia; 
 Dissipativas na maré baixa. 
 
Praias de Meso e Macro Maré 
 Segundo Short (1994), utilizando os parâmetros 
 e RTR é possível classificar todas as praias 
oceânicas abertas e muitas praias estuarinas 
(desde que dominadas por ondas e 
influenciadas pela maré) de acordo com suas 
morfologias tridimensionais e dinâmica de 
ondas. 
 Em síntese, através de cinco variáveis: Hb, Ti, 
, RTR e s são fornecidos os elementos-chave 
para uma classificação global de praias 
arenosas. 
 
Estudos de Caso 
 RS - Querência: 
 Dissipativa 
 Areia muito fina 
 Ω > 7 
 Baixa mobilidade 
 
Estudos de Caso 
 Querência: 
 
Elaine Goulart 
Estudos de Caso 
 RS- Sarita: 
 Intermediária 
 Ω ~= 5 
 Alta mobilidade 
 
Estudos de Caso 
 RS- Concheiros: 
 Intermediária/ 
Refletiva; 
 Ω <= 5 
 Alta mobilidade 
 
 
 
Estudos de Caso 
 Concheiros: 
 
Elaine Goulart 
Estudos de Caso 
 Concheiros: 
 
Elaine Goulart

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