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Imunidades Tributárias

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IMUNIDADES
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
Noção básica: A imunidade tributária é a garantia constitucional conferida a alguns bens, pessoas, patrimônios ou serviços, os quais, em virtude de sua relevância, não poderão sofrer a incidência de determinados tributos. A doutrina conceitua imunidade tributária como sendo: 
“é a classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, contidas no texto constitucional, e que estabelecem de modo expresso a incompetência das pessoas politicas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que alcancam situações especificas” - PBC
“limitação da competência das pessoas para tributar” – CARRAZZA
!!! Ponto importante: destaque-se que imunidade não se confunde com isenção, pois naquela há hipótese de não-existência do fato gerador, ao passo que nesta, tem-se dispensa de pagamento do tributo instituída por lei infraconstitucional.
As imunidades tributárias são insertas no bojo da própria Constituição e isso tem uma razão de ser, pois compete à Constituição Federal definir a competência de cada ente, razão pela qual apenas ela poderia validamente criar exceções; já a isenção, por interferir apenas no exercício do poder de tributar, pode ser disciplinada em lei.
 IMUNIDADE x ISENÇÃO x NÃO-INCIDÊNCIA
A não incidência configura-se em face da própria norma de tributação, ou norma descritora da hipótese de incidência do tributo. Esta norma descreve a situação de fato que, se e quando realizada, faz nascer o dever jurídico de pagar o tributo. Tudo o que não esteja abrangido por tal descrição constitui hipótese de não incidência tributária. Em outras palavras, tudo que não é hipótese de incidência tributária é, naturalmente, hipótese de não incidência tributária. Objeto, pois, da não incidência são todos os fatos que não estejam abrangidos pela própria definição legal da hipótese de incidência.
Isenção é a exclusão, por lei, de parcela da hipótese de incidência tributária. Objeto da isenção, portanto, é a parcela que a lei retira dos fatos que realizam a hipótese de incidência da regra de tributação.
A imunidade, por seu turno, é uma limitação constitucional ao poder de tributar. Ou mais exatamente, é um obstáculo criado pela Constituição à incidência da norma jurídica de tributação. Quando a Constituição define o âmbito de um tributo, está limitando o poder de tributar. É desnecessária uma norma na Constituição afirmando que esse tributo não poderá ter como hipótese de incidência algo que esteja fora daquele âmbito. Trata-se de uma exclusão que é naturalmente decorrente da descrição do próprio âmbito constitucional do tributo. Não se trata propriamente de imunidade. Mas a Constituição pode afirmar que o tributo não incidirá sobre determinado fato, ou não será exigido de determinada pessoa, mesmo estando esse fato compreendido no âmbito constitucional do tributo, vale dizer, mesmo estando esse fato compreendido entre aqueles cuja tributação está constitucionalmente autorizada
* Distingue-se a isenção da imunidade porque a primeira está em norma infra-constitucional, enquanto a segunda está sempre na Constituição. No exemplo acima mencionado, tem-se que a primeira parte do dispositivo reproduz norma da Constituição ao afirmar a não incidência do ICMS sobre a exportação de mercadorias (desde que se trate de produtos industrializados), enquanto amplia aquela norma, que passa a abranger quaisquer mercadorias, mesmo aquelas qualificadas como produtos primários, ou industrializados semi-elaborados, e até os serviços. Na parte em que faz essa ampliação, deixa configurada uma isenção tributária.
** A diferença entre isenção e imunidade decorre da posição hierárquica das normas que as definem. Ainda que a Constituição diga que tal fato é isento do imposto, na verdade não se trata de isenção, mas de imunidade. E mesmo que a lei viesse a definir certa situação como imune ao tributo, ter-se-ia, com certeza, caso de isenção, e não de imunidade.
Podemos dizer, em síntese, que:
a) Isenção é exceção feita pela lei à regra jurídica de tributação. o contribuinte acaba realizando o fato gerador, porem a lei que o isenta vai afastar o lançamento tributário 
b) Não incidência é a situação em que a regra jurídica de tributação não incide porque não se configura a sua hipótese de incidência. Pode ser: pura e simples, se resulta da clara inocorrência da hipótese de incidência da regra de tributação; ou juridicamente qualificada, se existe regra jurídica expressa dizendo que não se configura, no caso, a hipótese de incidência tributária.
c) Imunidade é o obstáculo criado por uma norma da Constituição, que impede a incidência de lei ordinária de tributação. o contribuinte acaba não realizando o fato gerador, não estando sujeito ao lançamento do tributo
A CF NÃO FALA EM ISENÇÃO, POIS ESTA ESTÁ NA LEI COMPLEMENTAR
A IMUNIDADE VAI ENALTECER OS VALORES CONSTITUCIONAIS E NÃO PODE SER ANIQUILADA POR E.C.
QUEM DA OS REQUISITOS PARA A IMUNIDADE É LEI COMPLEMENTAR: CTN
No dizer de Hugo de Brito Machado:
“A Constituição define o âmbito do tributo, vale dizer, o campo dentro do qual pode o legislador definir a hipótese de incidência da regra de tributação. A regra de imunidade retira desse âmbito uma parcela, que torna imune. Opera a regra imunizante, relativamente ao desenho constitucional do âmbito do tributo, da mesma forma que opera a regra de isenção relativamente à definição da hipótese de incidência tributária”
Qual o OBJETIVO da imunidade? é a preservação de valores considerados como sendo de superior interesse nacional, tais como a manutenção das entidades federadas, o exercício de atividades religiosas, da democracia, das instituições educacionais, assistenciais e de filantropia, bem como o acesso à informação.
EFEITO: impede que os entes da federação se lancem numa disputa tributária, tentando eventualmente retaliar uns aos outros através da cobrança de impostos, que teria como único perdedor o jurisdicionado. Ainda, tem como objetivo preservar o pacto federativo e o exercício de atividades que são características dos regimes democráticos, a saber, a liberdade religiosa e de informação.
ESPECIES:
SUBJETIVA:ligadas exclusivamente a certas pessoas ou entes da federação ex: imunidade reciproca (art. 150, VI, a, CF)
OBJETIVA: alcanca o livro, papel e o periódico (art. 150, VI, d, CF) carrazza: o sentido desta imunidade é dar meios materiais para que as pessoas possam divulgar suas ideiais
MISTA: alcança tanto pessoas quanto coisas
CARRAZZA (e Professora): todas as imunidades são subjetivas, pois atingem sempre pessoas (podendo ser físicas ou jurídicas
PRINCIPIO FEDERATIVO DA ISONOMIA DAS PESSOAS POLITICAS
 este principio está implícito e parte de dois postulados constitucionais:
Federação (art. 1)
Autonomia dos Municipios (art. 18, 29, 30)
 PBC: “a menção do constituinte eleva os Municipios, pacificando-os aos Estados-membro e Uniao. Não são eles entes menores, subordinados ao controle e supervisão das unidades federadas ou mesmo da Uniao. São pessoas jurídicas de direito interno, dotadas de representação politica, e que vao arguir competências privativas na lei fundamental”
Nada mais justo do que oferecer um tratamento igualitário entre as pessoas num processo, tributo (art. 150, III, CF), ou nas pessoas politicas constitucionais, dando a ambos as mesmas oportunidades. 
AS IMUNIDADES DO ART. 150
IMUNIDADE RECIPROCA: estende-se a todos os impostos (NÃO VINCULADOS), mas não as taxas e contribuições de melhoria. É vedado um ente federativo instituir imposto sobre outro ente. 
 Há de ser ressaltado que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não podem estar sujeitos uns aos outros, em virtude do princípio da isonomia, que preza pela igualdade dos entes federados. Incabível, assim, a sujeição de um ente político a outro.
 Tendo-se em vista que o federalismo é constituído pela autonomia e igualdade dos entes federativos, a imunidade recíproca é um instituto fundamental à sua concretização, assegurando, dessarte, o equilíbrio federativo entre os entes e o desenvolvimento harmônico das políticas públicas. Só dessa maneira estaria garantido o federalismo de cooperação ou de equilíbrio, em que se visa repartir de forma equitativa e equilibrada os poderes entre os entes federativos, possibilitando a cada um deles desempenhar sua função atribuída pela Constituição em prol do interesse público.
  Importa frisar que a imunidade mútua não alcança todos as pessoas jurídicas da administração pública indireta, não englobando as entidades exploradoras de atividade econômica. Dessa forma, as empresas públicas e as sociedades de economia mista só fruirão de tal imunidade quando prestadoras de serviços públicos, desempenhando atividades exclusivas do Estado. Na hipótese de atuarem como instrumento do Estado na economia, exercendo atividade econômica, não serão agraciadas pela imunidade recíproca.
IMUNIDADE PARA TEMPLOS: trata-se de reafirmação do principio da liberdade de crença e pratica religiosa. Nenhum óbice há de ser criado para impedir ou dificultar esse direito de todo cidadão. 
 Em se tratando de um bem imóvel, não há que se falar em incidência de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), ou mesmo na hipótese de localização em zona rural do local para o culto religioso em de Imposto Territorial Rural (ITR).
Entretanto, destaca-se que a imunidade tem campo protetivo que ultrapassa as metragens das edificações onde se estabelece a igreja, compreendida no sentido amplo do termo. Na verdade, a debatida imunidade alcança igualmente o patrimônio, a renda e, até mesmo, os serviços estritamente relacionados à atividade religiosa, ao principal objetivo da igreja. Tal compreensão extensiva decorre da norma constitucional do §4° do art. 150.
Todos os serviços de natureza predominantemente religiosa, tais como missa, batizados, orações, rituais sofrerão imunidade acerca da incidência de Impostos de competência Municipal (ISS). Igualmente a premissa é verdadeira quanto à incidência do IPVA, desde que o veículo automotor seja de propriedade da instituição religiosa com o qual o pároco, seja ele(a) pastor(a), rabino(a), baba orixá(a), o utilize no exercício paroquial. Entretanto, na utilização do veículo em destinação diversa aos serviços de cunho predominantemente religiosos retornará aos status a quo incidindo IPVA sobre a propriedade do mesmo. 
IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLITICOS: A sustentação para tal imunidade é a liberdade política (art. 1 º, V, CF), pois, o partido político, como aduz Eduardo Sabbag, “é criatura constitucional que dá sustentação e autenticidade ao regime democrático e ao liberalismo, situando-se entre as dimensões estatal e não estatal, em um campo intermediário de “quase-estatalidade”, porém com fins marcadamente públicos” 
A imunidade aos partidos políticos goza de evidente importância ao Estado Democrático. Assim, o mencionado artigo, mostra que, um dos fundamentos de nossa República, o pluralismo político, é ratificado na Magna Carta através da desoneração dos impostos de tais entidades. 
Com a intenção de propalar a sua ideologia, muitos partidos costumam criar fundações. Ressalta-se que a imunidade tributária atinge também as entidades ligadas aos partidos políticos (exemplo: Fundação Pedroso Horta, do PMDB). 
Para usufruir desta imunidade, devem os partidos políticos estarem registrados no Tribunal Superior Eleitoral (art. 17, §2 º, CF). Assim, os partidos não registrados e estrangeiros, que pregarem finalidades opostas ao regime democrático, não serão beneficiados pela norma imunizadora. 
IMUNIDADE DOS LIVROS, JORNAIS E PERIODICOS: pretende, através desta norma legal, é garantir a liberdade de comunicação e de pensamento, compreendida liberdade de imprensa e ao mesmo tempo, facilitar a difusão da cultura e a própria educação do povo. Evidentemente, o intuito maior do legislador ao dispor sobre a imunidade tributária dos livros, jornais, revistas e periódicos foi estabelecido, única e exclusivamente, para assegurar a proteção e preservação daqueles veículos que são utilizados para a divulgação de informações, de forma a disseminar a cultura entre os brasileiros.
 e os livros digitais? Atualmente também tem a garantia do beneficio da imunidade
 jornais e periódicos (anúncios e propagandas)...

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