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TRABALHO DE TEORIA DO CURRICULO

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O ciclo de políticas ressalta a natureza difícil e duvidosa da política educacional, destaca os sistemas micropoliticos e a ação dos profissionais que lidam com as políticas locais. Essa abordagem é baseada nos estudos de Stephen Ball e Richard Bowe que tentaram distinguir o sistema político, incluindo a noção de um ciclo continuo, composto por três esferas políticas, a política proposta, a política de fato e a política em uso. Porem Stephen Ball e Richard Ball acabaram com essa produção inicial, porque a linguagem usada mostrava uma rigidez que não era o que eles queriam para projetar o ciclo de políticas.
Para os autores os profissionais que atuam nas escolas, não são completamente tirados dos sistemas de formação e realizações de políticas e utilizam os dois modelos de texto considerados por Rolland Barthes, para diferenciar em que padrão esses profissionais que atuam nas escolas são envolvidos nas políticas. Para Ball e Bowe esses dois modelos de textos são resultados do sistema de formação da política.
Segundo Ball e Bowe o âmbito da pratica é onde a política está sujeita ao sentido e onde a política faz efeitos que podem significar mudanças na política original, para os autores as políticas não é colocada em uma arena, mas estão sujeitas a uma explicação, então a serem novamente criadas: 
os profissionais que atuam no contexto da prática [escolas, por exemplo] não enfrentam os textos políticos como leitores ingênuos, eles vêm com suas histórias, experiências, valores e propósitos (...). Políticas serão interpretadas diferentemente uma vez que histórias, experiências, valores, propósitos e interesses são diversos. A questão é que os autores dos textos políticos não podem controlar os significados de seus textos. Partes podem ser rejeitadas, selecionadas, ignoradas, deliberadamente mal-entendidas, réplicas podem ser superficiais etc. Além disso, interpretação é uma questão de disputa. Interpretações diferentes serão contestadas, uma vez que se relacionam com interesses diversos, uma ou outra interpretação predominará, embora desvios ou interpretações minoritárias possam ser importantes. (Bowe et al., 1992, p. 22)
Consequentemente essa abordagem aceita que os professores e os outros profissionais que tem um papel rápido no sistema de entender e produzir novo entendimento das políticas educacionais e com isso o jeito que eles pensam e acredita tem complicações para o sistema de realização das políticas. Em 1994 Ball aumentos o ciclo de políticas colocando dois contextos ao referencial original: o dos resultados e o da estratégia política, o quarto contexto do ciclo de políticas, dos resultados e efeitos interessa com assuntos de justiça, liberdade e igualdade, o conceito é que as políticas tenham efeitos em vez de resultados, será mais apropriado. 
A abordagem dos ciclos de políticas ela foi composta para determinar uma união entre estado e processos micropolíticos ou macro e micro análises, pela produção de um referencial teórico que inclui as duas dimensões e as contribuições dessa abordagem é que o ciclo de políticas tem uma expectativa pós estruturalista que as características colocam a não construção de conceitos e certezas do presente, um acordo critico, segundo Bernstein o papel da teoria é o de dar uma linguagem de descrição(1999), o uso do ciclo de políticas cerca vários procedimentos para coleta de dados, o emprego do ciclo de políticas estabelece que o pesquisador tenha a responsabilidade com o que é investigado, mostrar estratégias e atividades que são mais eficazes para lidar com as desigualdades vistas na políticas, é o pesquisador ajudar verdadeiramente para a discussão em torna da política, assim como para o seu entendimento crítico.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BALL, S.J. Cidadania global, consumo e política educacional. In: SILVA, L.H. A escola cidadã no contexto da globalização. Petrópolis: Vozes, 1998b. p. 121-137. 
BALL, S.J. Diretrizes políticas globais e relações políticas locais em educação. Currículo sem fronteiras, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. xxviixliii, 2001.
BOWE, R.; BALL, S.; GOLD, A. Reforming education & changing schools: case studies in policy sociology. London: Routledge, 1992.
BERNSTEIN, B. Estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Trad. de Tomaz Tadeu da Silva e Luís Fernando Gonçalves Pereira. Petrópolis: Vozes, 1996.
BERNSTEIN, B. A pedagogização do conhecimento: estudos sobre recontextualização. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 120, p. 75- 110, 2003.

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