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08/04/2018 1 CÓLERA AVIÁRIA INTRODUÇÃO Doença infecciosa aguda Aves domésticas, aquáticas e silvestres Alta morbidade e mortalidade Forma septicêmica (lesões hemorrágicas) Forma crônica menos frequente Sinônimo: Pasteurelose aviária Septicemia hemorrágica 08/04/2018 2 ETIOLOGIA Pasteurella multocida* Gram negativa Cresce ágar sangue Não cresce MacConkey Aerobiose ou anaerobiose Ag capsulares (A*, B, D, E, F) 16 Ag somáticos (1, 3 e 4) ETIOLOGIA Patogenicidade variável Amostras + patogênicas – Encapsuladas Perda ou ausência cápsula – Baixa patogenicidade Faz parte microbiota normal TGI e TR 08/04/2018 3 OCORRÊNCIA Cosmopolita Perus mais suscetíveis que galinhas Aves jovens mais resistentes Raramente aves com ↓ 6 semanas manifestam a doença Mais comum início ou pico postura Endêmica animais silvestres Infecção normalmente ocorre – fatores estressantes FATORES ESTRESSANTES Deficiência alimentar Condições de manejo inadequadas Sobrecargas fisiológicas (início de postura) Alterações climáticas acentuadas Infestação parasitária Infecções concomitantes (Mycoplasma gallisepticum) 08/04/2018 4 EPIDEMIOLOGIA Porta de entrada – Mucosa laringe* – Trato respiratório superior* – Mucosa digestiva – Membrana conjuntiva – Lesões de pele Morbidade e mortalidade – 20% (galinhas), 80% outras aves – Mortalidade pode ultrapassar 50% EPIDEMIOLOGIA Aves que se recuperam – portadoras Eliminação agente – Secreções (boca, narina, olhos) Contaminam água, ração e meio ambiente – Não é muito resistente ambiente e desinfetantes Sensível dessecação, luz solar e desinfetantes comuns Dissemina-se facilmente mesmo lote e entre lotes 08/04/2018 5 PATOGENIA Pós infecção multiplicação na orofaringe – disseminação para pulmões. Bactérias virulentas – intestino, fígado e baço Choque endotóxico Formas hiperaguda, aguda e crônica Fatores de virulência do agente Presença de cápsula – ácido hialurônico (A) – semelhante a ag do hospedeiro Proteína da membrana externa (OMP) Dermonecrotoxina termolábil protéica (A e D) – rinite atrófica dos suínos, lesões supurativas de pele e mortalidade em perus Gravidade e lesões – LPS - endotoxinas 08/04/2018 6 SINAIS CLÍNICOS HIPERAGUDA – Morte sem sinais clínicos e lesões – Endotoxinas AGUDA – Prostração – Penas eriçadas – Corrimento nasal – Fraqueza – Anorexia – Cianose crista – Diarréia mucóide ou verde-mucóide SINAIS CLÍNICOS CRÔNICA (sem a meses) Evolução da forma aguda Amostras menos virulentas Localizadas Edema barbelas (uni ou bilateral) Cianóticas Edema coxim e tendões Aumento volume articular – Dificuldade locomoção Edema região ocular e laringe 08/04/2018 7 Edema de barbela EXSUDATO CASEOSO CABEÇA INCHADA 08/04/2018 8 08/04/2018 9 08/04/2018 10 08/04/2018 11 SINAIS CLÍNICOS CRÔNICA Poedeiras e reprodutoras ↓ postura (50%) ovos inférteis LESÕES Depende forma apresentação doença AGUDA Exsudato serofibrinoso - peritoneal e pericárdica Hiperemia de vísceras abdominais Petéquias e hemorragias mucosas e serosas – Coração, gordura abdominal, moela, intestino e pulmão 08/04/2018 12 HEPATOMEGALIA, PETÉQUIAS E NECROSE LESÕES – Focos de necrose (baço, rins e medula óssea) – Pneumonia (+ graves perus) – Postura abdominal – Ooforite – Atresia folículos ovarianos – Peritonite fibrinosa 08/04/2018 13 LESÕES CRÔNICOS Exsudato fibrinoso, supurativo, necrosante (caseoso) - fibroplasia Artrite – massas caseosas Peritonite Meningite – exsudato caseoso - torcicolo LESÕES Pneumonias Salpingite Edema facial Ouvido médio, saco conjuntival e barbela Necrose (fígado, pulmão, oviduto) 08/04/2018 14 DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO Sinais clínicos Lesões Aumento abrupto mortalidade (forma aguda) + Lesões de caráter vascular e necrosante DIAGNÓSTICO DEFINITIVO Isolamento e identificação – Swab cavidade nasal – Medula óssea – Sangue coração – Fígado – Lesões localizadas 08/04/2018 15 DIAGNÓSTICO DEFINITIVO Isolamento e identificação – Ágar sangue e ágar dextrose 5% soro ave – Incubação 37ºC 24 a 48 horas – Ágar MacConkey – P. haemolytica – Testes bioquímicos DIAGNÓSTICO ADICIONAL Inocular 0,2 mL material contaminado IP ou SC Morte 24 a 48 hs Camundongos, hamsters, coelhos 08/04/2018 16 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NewCastle (sinais) Staphylococcus Colibacilose Salmonelose TRATAMENTO Drogas mais usadas: Penicilina (- galinhas) Estreptomicina (-galinhas) Eritromicina Clorafenicol Clortetraciclina Oxitetraciclinas (500g/ton – 2 sem – mortalidade) Sulfonamidas (dose) 08/04/2018 17 TRATAMENTO Sulfamerazina - 0,5% ração ou 0,2 água Sulfaquinoxalina – 0,05% ou 0,025% Sulfametazina – 0,5 – 1% ou 0,1% 5 a 7 dias 6 – 8 semanas – crônica PREVENÇÃO E CONTROLE Granjas de poedeiras e matrizes – histórico da doença Vacinas vivas e bacterinas Vias SB (bacterinas), membrana da asa (vivas) 2 doses 10 – 12 (12 -16) e 16 (18) e 20ª semanas 08/04/2018 18 CONTROLE Boas práticas manejo (estresse, doenças imunossupressoras) Remover aves afetadas, morte, destino adequado de carcaças Evitar fontes - roedores, aves silvestres, gatos Limpeza e desinfecção Respeitar vazio sanitário Saúde Pública Relatos em humanos e animais domésticos Osteomielites – mordeduras de gatos ou ratos Sinusites e problemas respiratórios – suínos Grupos – Veterinários, trabalhadores de granja e de abatedouros
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