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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA MÉTODOS DE COCÇÃO DE ALIMENTOS NUT152 – Técnica Dietética I Profa. Itaciara Larroza Nunes PRÉ-PREPARO (Misé en Place) • Operações preliminares: limpar, separar, picar, misturar. 1- Operações preliminares de divisão: Subdivisão simples (cortar/picar) Subdivisões de partes. 2- Operações preliminares de união: Misturar Bater Amassar/sovar DECANTAR CENTRIFUGAR Separação de dois líquidos Separação de dois sólidos PRÉ-PREPARO (Misé en Place) Subdivisão com separação em partesSubdivisão com separação em partes DESCASCAR PENEIRAR PRÉ-PREPARO (Misé en Place) Subdivisão com separação em partesSubdivisão com separação em partes ESPREMER FILTRAR/ COAR CENTRIFUGAR Separação de um sólido e um líquido Dos processos de subdivisões obtemos o FATOR DE CORREÇÃO (FC) dos alimentos, o qual pode será maior ou menor de acordo com a técnica e tipo de alimento. PRÉ-PREPARO (Misé en Place) 2- Operações preliminares de união dos alimentos: SOVAR/AMASSARBATERMISTURAR Cocção •Fontes de calor ou combustível- álcool, querosene, carvão, lenha, gás, eletricidade, raios infravermelhos Consiste em aplicar calor ao alimento modificando as características físicas, químicas e sensoriais, além de reduzir ou eliminar microrganismos. 2 ☞☞☞☞ Convecção:Convecção:Convecção:Convecção: transmissão do calor pelo deslocamento das moléculas aquecidas. (líquidos) ☞☞☞☞ Condução:Condução:Condução:Condução: transmissão de calor por contato de uma molécula a outra (chapa) ☞☞☞☞ Irradiação:Irradiação:Irradiação:Irradiação: transmissão de calor pelo ar e através de vácuo em forma de ondas (microondas) MÉTODOS DE COCÇÃO MÉTODOS DE COCÇÃO PROCESSOS BÁSICOS DE COCÇÃO CALOR SECO = DESIDRATAÇÃO DO ALIMENTO CALOR ÚMIDO= Hidratação do alimento/dissolução Quantidade de água deve ser mínima Fervura c/sem tampa Submeter o alimento ao meio aquoso fervente até que esteja apto para consumo (≅ 100ºC) Vapor Submeter o alimento ao vapor d´água ou de outros líquidos com ou sem pressão Pocher ou escalfar Cocção em pequena quantidade de líquido quente, abaixo da ebulição, sem tampa COCÇÃO – Calor úmido Fonte: ARAÚJO et al. Alquimia dos Alimentos. Brasília:Senac, 2007. 557p PANELA DE PRESSÃO Calor seco direto Grelhar Cocção em chapa de metal quente/grelha Refogar- sem/com tampa Utiliza a gordura e água interna do alimento Saltear (diferente de refogar por ser rápido e usado para alimentos pré-cozidos) Submeter o alimento à cocção dividido em pequenas porções/tempo curto/pouca gordura Poêler 1º= Recipiente bem fechado, tº branda c/ar e suco interno; 2º= recipiente aberto e Tº aumentada para corar Calor seco indireto Assar Cocção em forno ou espeto Fritar Imergir o alimento em óleo sob alta Tº COCÇÃO – Calor seco Fonte: ARAÚJO et al. Alquimia dos Alimentos. Brasília:Senac, 2007. 557p Ensopar com tampa Refogar acrescentando líquido frio necessário para amaciar Guisar sem tampa Semelhante ao refogar, porém com adição de pouco líquido. Brasear sem e c/ tampa Cocção lenta (chama ou forno), alta Tº c/gordura, forno c/adição de líquido Estufar Refogar acrescentando pouco ou nenhum líquido. Lenta em seu próprio suco. Abafar Aquecer em pouca gordura, apenas untar, bem tampado, fogo alto, próprio suco COCÇÃO – Calor misto Fonte: ARAÚJO et al. Alquimia dos Alimentos. Brasília:Senac, 2007. 557p Branqueamento Pré-cocção em água fervente, curto tempo, seguido de resfriamento imediato em água gelada para dar firmeza, manter cor, inativar enzimas, inibir microrganismos AUXILIARES DE MÉTODOS DE COCÇÃO Gratinar Proporcionar colorido à superfície do alimento já cozido. Pode-se usar Salamandra, fornos com resistência superior Banho-Maria Auxiliar de método de cocção para alimentos delicados, que não podem ser submetidos diretamente ao calor forte, manutenção de temperatura 3 MÉTODOS CONTEMPORÂNEOS DE COCÇÃO Microondas - São ONDAS eletromagnéticas, de alta freqüência, muito CURTAS - Não são fontes de calor mas SIM DE ENERGIA - Válvula MAGNETRON - converte a energia elétrica em energia eletromagnética (microondas). - Vibração das ondas de alta freqüência (2450 MHz) faz com que as moléculas dos alimentos vibrem a 2.450 milhões de vezes por segundos causando atrito entre as mesmas, e este atrito é que gera calor e cozinha. FORNO COMBINADOFORNO COMBINADO Usa dois tipos de calor: seco e úmido – separados ou em conjunto. Câmaras separadas proporcionando cocção de vários alimentos ao mesmo tempo VANTAGENSVANTAGENS: economia de espaço, tempo, menor nº de funcionários, cocção com menos água e gordura FUNÇÕESFUNÇÕES BÁSICASBÁSICAS: VAPOR: atinge 100 ºc, 3 min.; vários alimentos podem ser cozidos ao mesmo tempo sem contaminação de odores. VAPORIZAÇÃO RÁPIDA: 105-120 ºC. Produtos com alto teor de amido. CONVECÇÃO: o ventilador circula o ar quente, grelhar, gratinar, fritar. BIO-VAPORIZAÇÃO (BANHO MARIA): temperatura entre 30-98 ºC. Cozinhar peixes, frutos do mar pudins, produtos embalados a vácuo. COMBINADO: vapor + ar quente; temperatura entre 100-250 ºC; assados prolongados, panificação. REGENERAÇÃO: reaquecer o alimento (4-6 minutos) com controle de temperatura e umidade. RECIPIENTES PARA COCÇÃO 1. o pH do alimento 2. o tempo de duração da cocção 3. teor de água da preparação. 4. a área de contato 5. temperatura de sistemas aquosos 6. agitação 7. presença de agentes quelantes no alimento 8. O tempo de uso do utensílio Os principais fatores que afetam a migração dos elementos componentes do material das panelas incluem WHO-FDA (1989) especifica como níveis toleráveis para o alumínio: 7mg/kg de peso. Késia Diego QUINTAES. UTENSÍLIOS P PARA ARA ALIMENTOS E IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS. Rev. Nutr., Campinas, 13(3): 151-156, set.,/dez., 2000 1) alumínio/silício/ferro e, 2) alumínio/silício/manganês. As concentrações de alumínio nos alimentos é tipicamente baixa, usualmente inferior a 5 mg/kg, e sua ingestão diária varia de 3 a 36 mg. PANELA DE ALUMÍNIO “A transferência de alumínio em água com sal (10 gramas em 4 litros) foi de 20 miligramas por litro (mg/L) após 3 horas de fervura, quando o admissível seria de 12 a 14 mg/dia” http://www.usp.br/agenciausp/repgs/2005/pags/287.htm PANELA DE AÇO INOXIDÁVEL Também contendo ferro encontramos o aço inoxidável 304 10% de níquel, 18% de cromo ~70% de ferro. Késia Diego QUINTAES,, Jaime AMAYA-FARFAN, Fernanda Mariana TOMAZINI, Marcelo Antônio MORGANO, Dilza M. B. MANTOVANI. Migração de minerais de panelas brasileiras de aço inoxidável, ferro fundido e pedra- sabão (esteatito) para simulantes de alimentos. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 24(3): 397-402, jul.-set. 2004 Késia Diego QUINTAES. UTENSÍLIOS P PARA ARA ALIMENTOS E IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS. Rev. Nutr., Campinas, 13(3): 151-156, set.,/dez., 2000 50 a 88% para o ferro, 11 a 30% para o cromo 0 % a 31% para o níquel. 70 a 73% de ferro, 18 a 19% de cromo 8 a 9% de níquel A composição da liga de inox mais encontrada "Apesar de conterem o equivalente a 78% de ferro, as panelas de inox liberam uma quantidade de ferro insignificante para o organismo“. 4 Késia Diego QUINTAES,, Jaime AMAYA-FARFAN, Fernanda Mariana TOMAZINI, Marcelo Antônio MORGANO, Dilza M. B. MANTOVANI. Migração de minerais de panelas brasileiras de aço inoxidável, ferro fundido e pedra-sabão (esteatito) para simulantes de alimentos. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 24(3): 397-402, jul.-set. 2004 Por sua vez, o níquel poderia ser tóxico, dependendo da quantidade ingerida ≥250mg/kg de dieta”. A ingestão média de níquel estimada é de 150-700 µg/dia, A contribuição de níquel na ingestão diária devida a migração deste durante a cocção dos alimentos emutensílios de inox é pequena; é estimado um acréscimo médio de 0,01 a 0,21mg/l. PANELA DE AÇO INOXIDÁVEL NÍQUEL Nos alimentos in natura as maiores concentrações de níquel são encontradas nas nozes, sementes de leguminosas, mariscos, cacau e derivados. As maiores concentrações são encontradas em alimentos enlatados, açúcares e conservantes, pães e cereais, Késia Diego QUINTAES. UTENSÍLIOS P PARA ARA ALIMENTOS E IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS. Rev. Nutr., Campinas, 13(3): 151-156, set.,/dez., 2000 KULIGOWSKI, J., HALPERIN, K.M. Stainless steel cookware as a significant source of nickel, chromium, and iron. Archives of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.23, n.2, p.211-215, 1992. PANELA DE AÇO INOXIDÁVEL CROMO Utensílios de inox são fonte considerável de cromo na alimentação, contribuindo com um acréscimo de 0,01 a 0,31 mg/l no alimento preparado. O requerimento nutricional do cromo para adultos, segundo a RDA, é de 50-200 µg/dia (1989) Os valores obtidos demonstraram que em cada 100.g de porção servida havia um acréscimo de 1,02.mg de ferro. PARK, J., BRITTIN, H.C. Increase iron content of food due to stainless steel cookware. Journal of the American DieteticAssociation, Chicago, v.97, n.6, p.659-661, 1997. PANELA DE FERRO FUNDIDO “Seus resultados indicaram a ocorrência de um aumento de 46 a 51% no ferro biodisponível do alimento, quando utensílios de ferro são usados na elaboração culinária”. Atualmente, estas panelas são fabricadas com liga de ferro fundido (GG- 10), a qual contém além do ferro, certas quantidades de manganês e zinco Késia Diego QUINTAES,, Jaime AMAYA-FARFAN, Fernanda Mariana TOMAZINI, Marcelo Antônio MORGANO, Dilza M. B. MANTOVANI. Migração de minerais de panelas brasileiras de aço inoxidável, ferro fundido e pedra-sabão (esteatito) para simulantes de alimentos. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 24(3): 397-402, jul.-set. 2004 PANELA DE PEDRA SABÃO- esteatita Késia Diego QUINTAES,, Jaime AMAYA-FARFAN, Fernanda Mariana TOMAZINI, Marcelo Antônio MORGANO, Dilza M. B. MANTOVANI. Migração de minerais de panelas brasileiras de aço inoxidável, ferro fundido e pedra-sabão (esteatito) para simulantes de alimentos. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 24(3): 397-402, jul.-set. 2004 A panela não-curada pode liberar níquel em quantidade tóxica à saúde humana. A Pedra-Sabão, cujo nome científico é esteatita, é uma pedra resistente, porém altamente maleável. Esta rocha possui Mg, Fe, Ca, Mn, Ni, entre outros metais Caldeirão - modelo cilíndrico Caldeirão Basculante Forno industrial modular – para assados Pode ser elétrico ou a gás. A cocção se faz pela circulação de ar quente produzida por ventiladores Forno de convecção 5 Cook chill • Alimentos ao natural, preparados e cozidos de maneira convencional, são divididos em porções, acondicionados em embalagens descartáveis ou em recipientes adequados e padronizados, resfriados e estocados em baixa temperatura (0ªC a 3ºC). Devem ser regenerados antes do consumo. Chapas Grelhas Banho-maria Salamandra Fritadeira de imersão AÇÃO DO CALOR SOBRE OS COMPONENTES QUÍMICOS MODIFICAÇÕES VINCULADAS AO ASPECTO EXTERNO MUDANÇAS DE VOLUME 1. PERDA DE ÁGUA EM PRODUTOS ASSADOS desidratação superficial Duração da exposição ao calor Intensidade da fonte de calor Superfície do alimento tratado MUDANÇAS DE VOLUME Aumento de volume por re-hidratação. MUDANÇAS DE VOLUME 1. PERDA DE GORDURA POR FUSÃO Tempo de cocção Temperatura de cocção Quantidade da gordura no alimento e sua temp. de fusão MODIFICAÇÕES VINCULADAS AO ASPECTO EXTERNO MUDANÇAS DE COLORAÇÃO Natureza do alimento Composição química Sistema de cocção aplicado MODIFICAÇÕES VINCULADAS AO ASPECTO EXTERNO 6 MUDANÇAS DE CONSISTÊNCIA Coagulação das proteínas Gelatinização do amido Dextrinização do amido MODIFICAÇÕES VINCULADAS AO ASPECTO EXTERNO MUDANÇAS DE SABOR Captação de sabores Liberação de substâncias voláteis Desenvolvimento de sabores característicos Volatização de substâncias aromáticas Solubilização de substâncias MODIFICAÇÕES VINCULADAS AO ASPECTO EXTERNO MODIFICAÇÕES VINCULADAS AO ASPECTO QUÍMICO Efeitos das temperaturas de cocção sobre as proteínas Até 100ºC (microondas e água) Inativação enzimática de lipase e proteases Melhora da digestibilidade Redução de antinutrientes Entre 100 e 140 ºC (pressão e assados) Reação de Maillard Redução da digestibilidade por formar ligações covalentes Entre >140ºC (fritura e grelhar) Reação de Maillard Destruição de aminoácidos como cistina e triptofano Redução da digestibilidade por formar ligações covalentes Mineral Cru (mg/100g) Cozido (mg/100 g) Perdas (%) CÁLCIO 135 69 49 COBRE 0.80 0.33 59 FERRO 5.3 2.6 51 MAGNÉSIO 163 57 65 MANGANÊS 1 0.4 60 FÓSFORO 453 156 65 POTÁSSIO 821 298 64 ZINCO 2.2 1.1 50 CONTEÚDO DE MINERAIS EM FEIJÕES CRUS E COZIDOS FONTE: FENNEMA, 1993. EFEITOS DO BRANQUEAMENTO NAS PERDAS DE MINERAIS DO ESPINAFRE Mineral Sem branquear (mg/100g) Branqueado(mg/ 100 g) Perdas (%) POTÁSSIO 6.9 3.0 56 SÓDIO 0.50 0.3 43 CÁLCIO 2.2 2.3 0 MAGNÉSIO 0.3 0.2 36 FÓSFORO 0.6 0.4 36 FERRO 821 298 64 ZINCO 2.2 1.1 50 FONTE: FENNEMA, 1993. Perdas de folato por cozimento em diferentes vegetais