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FACULDADES INTEGRADAS DE TAQUARA- FACCAT RESISTÊNCIA AO AAS NA DOENÇA CORONARIANA ESTÁVEL FARMACOLOGIA I DOCENTE PATRÍCIA MARTINS BOCK ACADÊMICA LETÍCIA QUEIROZ DA FONTE TAQUARA 2018 RESUMO Introdução: A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morte no mundo. O uso de AAS em pacientes que foram submetidos a angioplastia é grau de recomendação nível I. Nesses pacientes, a resistência ao AAS tem relação a pior desfecho. A não resposta ao AAS foi conceituada na década de 1990, partindo de estudos em pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) prévio, quando notou-se que desfechos cardiovasculares ocorriam com frequência em pacientes não respondedores. Estudos mais frequentes confirmaram esses achados, mostrando que a resistência ao AAS determina pior prognóstico mesmo em pessoas com DAC estável. As maneiras de quantificar a resistência do antiagregante avaliam seus efeitos, seja por dosagem de subprodutos do metabolismo da formação de TXA2, ou por quantificação do grau de bloqueio da COX1. Seja por agregometria óptica ou por citometria de fluxo. Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à ocorrência de resistência ao ácido acetilsalicílico em pacientes submetidos à ACP eletiva com DAC estável. Métodos: O estudo foi realizado com 198 pacientes que utilizaram AAS e clopidogrel, submetidos à angioplastia eletiva, no período de 2007/2010. Os pacientes foram recebidos pela equipe que anotava os dados clínicos de maior relevância e realizava o preparo para a angioplastia. A agregação plaquetária foi avaliada através da agregometria óptica. A resistência ao AAS foi avaliada utilizando como agonista o ácido araquidônico na concentração 0,5 mg/mL. Resultados: Notou-se que 13 pacientes apresentaram resistência ao AAS. O uso de estatina, bloqueador de canal de cálcio e inibidor de bombas de prótons não foram determinantes para maior ou menor chance do diagnóstico de resistência ao AAS. Nenhum dos resistentes apresentou queda de hemoglobina. Foi observado uma associação significativa entre a resistência ao AAS e maiores valores de PCR-t (p=0,02). Conclusão: Foi observado que níveis mais elevados de PCR-t tem relação com alta chance de ocorrer resistência ao AAS, e que sua prevalência nas pessoas que são submetidas a angioplastia coronariana percutânea eletiva é baixa. FARMACOLOGIA O ácido acetilsalicílico é ainda, depois de muitos anos, o fármaco de maior consumo em todo o mundo. É insolúvel e tem seus sais de sódio e cálcio facilmente solúveis. Foi descoberto e sintetizada como um anti-inflamatório, mas hoje a aspirina não é tão utilizada com esse propósito, sendo administrada, principalmente, como um medicamento cardiovascular, devido a sua capacidade inibitória da COX-1 plaquetária por um prolongado tempo, dessa forma, reduzindo sua agregação. Mesmo que a inibição plaquetária seja comum entre os AINEs, o efeito do AAS é mais duradouro, pois ele acetila de forma irreversível as enzimas COX, enquanto as proteínas podem ser substituídas na maioria das células, as plaquetas não têm a capacidade de realizar síntese novamente, ou seja, uma dose pequena do fármaco pode inativar permanentemente as plaquetas pelo seu tempo de vida. A aspirina inibe a síntese de TXA2 plaquetária por meio da acetilação irreversível de um resíduo de serina no sítio ativo da COX-1. Como há eliminação pré-sistêmica, a administração oral é relativamente seletiva para plaquetas. As plaquetas, não podendo sintetizar proteínas, após a administração da aspirina, não conseguem recuperar a síntese de TXA2, até a reposição do conjunto de plaquetas afetado. É recomendada em dose baixa em casos de tromboprofilaxia, para pacientes com alto risco cardiovascular, em quem os benefícios cardiovasculares superam o risco de sangramento gastrintestinal, que está relacionado com a dose. Ela é um ácido fraco, fica protonada no ácido do estômago, o que facilita sua passagem pela mucosa. Entretanto a maior parte da sua absorção ocorre no íleo, por causa da área de superfície extensa das microvilosidades. É hidrolisada de modo rápido por esterases no plasma e nos tecidos, particularmente no fígado, e produz salicilato, um composto com ações anti-inflamatórias próprias. Segundo o livro estudado, aproximadamente 25% do salicilato é oxidado; uma parte é conjugada e origina glicuronídeo ou sulfato antes da eliminação, e cerca de 25% são eliminados de forma inalterada. Sua meia-vida plasmática irá depender da dose, porém a duração de ação não está diretamente ligada à meia-vida, devido à natureza irreversível da reação de acetilação na qual o fármaco inibe a atividade da COX. Os salicilatos podem produzir efeitos tóxicos e sistêmicos. A aspirina pode causar alguns efeitos específicos, assim como outros salicilatos, tais como Salicilismo, que ocorre pela superdosagem crônica de qualquer salicilato, e Síndrome de Reye, um distúrbio raro e crianças que se caracteriza por encefalopatia hepática após uma doença viral aguda. ANÁLISE CRÍTICA O estudo analisado foi de grande valia, pois eu não conhecia sobre o assunto e achei interessante ler, pois acrescentará muito na vida acadêmica e profissional. Acredito que poderia haver mais informações dos medicamentos citados, não apenas do ácido acetilsalicílico, mas também do ácido aracdônico, que no estudo foi utilizado como agonista. A introdução está bem minuciosa, explicando todos os termos e abreviações dos quais eu ainda não possuía conhecimento. Os métodos utilizados foram os padrões, explicou detalhadamente como foi o processo da pesquisa. Notei que a equipe teve grande consideração pelos pacientes do estudo e trataram a todos adequadamente, em todas as etapas, com a presença de um médico responsável. Nos resultados deixou claro os fatores que não são significantes para avaliar a resistência, ou aqueles que não são consequências dessa resistência, o que, no início, me deixou um pouco confusa, mas, com uma segunda leitura, consegui entender. Foi uma leitura rápida e de fácil entendimento, contudo não mostrou muitos fatores que contribuem para haver resistência ao ácido acetilsalicílico.
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