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PROJETO BOVINOCULTURA LEITEIRA

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
MEDICINA VETERINÁRIA
	PROJETO – BOVINOCULTURA LEITEIRA
São Paulo.
2016
PROJETO - BOVINOCULTURA LEITEIRA
	
Trabalho apresentado como exigência parcial para a disciplina de Criação e Produção Animal, do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação do Prof. Luciano E. Polaquini.
São Paulo.
2016
Sumário 
Composição do rebanho	5
Melhoramento genético	6
Escala de produção\ano\mês	6
Sistema de produção	6
Critérios de seleção das vacas:	7
Critérios de descarte das vacas:	7
CRIA	8
Cuidados com as crias	8
Manejo alimentar de crias	8
Manejo sanitário de crias	10
RECRIA	13
 Manejo alimentar de novilhas leiteiras	13
Proteína	14
Energia	14
Fibra	15
Vitaminas e minerais	15
Manejo reprodutivo de novilhas leiteiras	15
Manejo pré parto	17
Manejo sanitário de novilhas leiteiras	18
VACAS SECAS E VACAS EM LACTAÇÃO	20
Manejo Alimentar de vacas secas	20
Operação de secagem	22
Manejo alimentar de vacas no período de transição	23
Manejo alimentar de vacas em lactação (primíparas e multíparas)	24
Manejo sanitário de vacas secas e em lactação	25
Vacas secas	25
Tratamento	26
Vacinações	27
Controle de carrapatos	27
Cascos	27
Limpeza	28
Ordenha	29
Limpeza da sala de ordenha	30
Manejo alimentar na maternidade	31
Manejo da vaca na maternidade	31
INSTALAÇÕES	33
Localização	33
Orientação	33
Bezerreiros 0-2 meses	33
 Bezerreiro 2-6 meses ................................................................................................36
Bezerreiro de 6-12 meses e Novilhas de 12 – 24 meses	40
Vacas em lactação – Primíparas e Multíparas	41
Vacas secas	42
Maternidade	43
Curral de volumosos e minerais	43
Curral de espera	45
Sala de ordenha	46
Batedouro	48
Sala de leite	49
Curral de manobra	51
Comedouros	52
Bebedouros	53
BIBLIOGRAFIA	55
Composição do rebanho
Meta: 5.500L/dia – 23kg 
5500/23 = 239 vacas em lactação ao ano
83% vacas em lactação 
17% vacas secas
VS = 17X239/83 = 48 vacas secas
239 + 48 = 287 total de vacas
NP= 287/12 = 23 partos/mês
23 --------------- 80%
X ---------------- 100%
80x=23x100
x= 2300/80
x= 28 vacas inseminadas
Bezerros de 0-2 meses = (23 bezerros X 2 meses ) = 46 x 0,96 = 44,16 = 44 Animais.
Bezerros de 2-6 meses = (23 x 4 ) = 92 x 0,97 = 89,24 = 89 Animais.
Bezerros de 6-12 meses = (23 x 6 ) = 138 x 0,99 = 136,62 = 136 Animais.
Novilhas de 12-18 meses = (23 x 6 ) = 138 x 0,99 = 136,62 = 136 Animais.
Novilhas de 18-24 meses = (23 x 6 ) = 138 x 0,99 = 136,62 = 136 Animais.
	Nº de vacas em lactação
	239 Animais
	Nº de vacas secas
	48 Animais
	Nº de bezerros 0-2 meses
	44 Animais
	Nº de bezerros 2-6 meses
	89 Animais
	Nº de bezerros 6-12 meses
	136 Animais
	Nº de novilhas 12-18 meses
	136 Animais
	Nº de novilhas 18-24 meses
	136 Animais
	Total
	828 Animais
Melhoramento genético
Os touros que se encontram na propriedade serão vendidos. 
A princípio será substituído por ano 20% (41 vacas) do rebanho de vacas Gir/SRD, animais com menor aptidão leiteira, por vacas Jersey. Essa raça possui um leite com elevado teor de gordura, característica importante no mercado. Nas regiões tropicais mostra elevada tolerância ao calor.
Nos animais que permanecerão na propriedade será feito transferência de embrião, os doadores serão da raça Jersey. Nos 20% de Jersey adquiridos será feita inseminação artificial. Ao final de 5 anos o rebanho será composto exclusivamente de vacas Jersey.
OBS: 205 ---------- 100%
 X ---------- 20%
 100X=205x20
 100x=4100
 X=4100/100
 X=41 vacas vendidas por ano
 Em 5 anos=205 vacas vendidas. 
Escala de produção\ano\mês
5500x30=165000 kg leite/mês
165000x12=1980000 kg leite/ano 
Sistema de produção 
Categorias:
- Vacas em lactação (primíparas) = Intensivo
- Vacas em lactação (multíparas) = Intensivo
- Vacas secas = Intensivo (2 meses)
- Maternidade = Intensivo (1 semana)
- Bezerras (0-2) = Intensivo
- Bezerras (2-6) = Semi-intensivo
- Bezerras (6-12) = Semi-intensivo
- Novilhas (12-18) = Semi-intensivo
- Novilhas (18-24) = Semi-intensivo
Critérios de seleção das vacas:
Puberdade;
Idade ao primeiro parto;
Peso ao primeiro parto;
Menor IEP;
Critérios de descarte das vacas:
Problemas reprodutivos = Não - Concepção;
Doenças podais (pernas e pés);
Mastite = Alta contagem de células somáticas;
Problemas na conformação do úbere;
Baixa produção de leite;
CRIA
A etapa de cria de bovinos leiteiros corresponde as categorias de bezerros de 0-2 meses, 2-6 meses e 6-12 meses. O que se busca nessa etapa é fazer um bom desmame e proporcionar um crescimento correto para que esses animais estejam aptos a se reproduzirem posteriormente. 
Cuidados com as crias
A saúde e o crescimento do recém-nascido dependem de uma série de fatores que ocorrem antes do nascimento, ao nascer e durante o período imediatamente após o nascimento (ESTRASULAS, 1998).
Os animais devem nascer num ambiente seco, limpo e sem estresse, evitando possíveis doenças durante as primeiras horas e dias. O manejo da parição é de extrema importância para um bom desenvolvimento do bezerro. Os partos chamados distócicos, caracterizados por dificuldade ou atraso no parto, o qual muitas vezes exige intervenção humana, são os mais propensos a causarem mortalidade.
Logo após o nascimento é importante o estímulo a respiração da bezerra, já que nesse primeiro momento de vida o animal tem dificuldade para respirar sozinho. Para reduzir o risco de infecção e septicemia faz-se necessário a desinfecção do umbigo.
Manejo alimentar de crias
 O colostro deve ser ofertado o mais rápido possível após o nascimento e deve permanecer como dieta única da bezerra nos 3 dias seguintes. O colostro é essencial para o recém-nascido adquirir imunidade. Deve-se administrar um mínimo de 2kg nas primeiras 6 horas de vida. 
 O aleitamento será feito de forma artificial, o que permite um controle da quantidade de leite fornecida, bem como ordenhas mais higiênicas e mais rápidas. Logo após o nascimento o bezerro é tirado da mãe e será feito os cuidados necessários para seu crescimento e desenvolvimento com o trabalho de funcionários bem preparados. O colostro será ofertado em mamadeiras (não esquecer da importância da angulação de 45º desta para com a goteira esofagiana). No mínimo 4 mamadas ao longo do dia, em intervalos de 3 horas. 
 Após o período do colostro, a bezerra deverá receber tanto a alimentação líquida (leite) como a sólida (ração) até o desmame. A ração deve ser preferencialmente grosseiramente moída ou peletizada. Deve-se manter sempre o alimento disponível e fresco para os animais, iniciando com pequenas quantidades diárias. Para estimular o consumo de ração, pode-se misturar um pouco no leite. A mamadeira deverá ser utilizada até o final das primeiras duas semanas de vida. Para forçar o bezerro a ingerir o concentrado deve-se ofertar 4L de leite por dia, estimulando assim o desenvolvimento do rúmen. A temperatura ideal do leite fornecido é de 37ºC.
 Agua limpa e fresca deve estar disponível durante todo o tempo. O consumo de alimento sólido é estimulado pelo consumo de água. O cocho da ração não deve ser próximo da água porque ao beber a bezerra pode espalhar e deixar pingar água dentro da ração.
 O desmame pode ser feito em torno de 60 dias. É preciso atentar-se a um parâmetro principal antes de ocorrer esse desmame, a bezerra tem que estar comendo em torno de 600 a 800 gramas/dia de alimento sólido além de estar com no mínimo 2 a 2,5 do peso ao nascer. Esse desmame deve ser feito progressivamente para evitar ao máximo causar estresse ao animal. Durante essa fase, a ração pode ser fornecida à vontade até os 3 meses de idade (ESTRASULAS, 1998).
 Nesse período os bezerros podem ser colocados em instalações coletivas, atentar-se a possíveis estressespor competição. 
 A partir da desmama, o consumo de volumoso aumenta gradativamente, passando aos poucos a ser o principal alimento dos bezerros. É importante lembrar que a qualidade (teor de proteína, NDT, FDN e DIVMS) do alimento volumoso é fundamental, pois o ganho de peso médio diário do bezerro depende da composição química do volumoso. A dieta (volumoso + concentrado) deve conter 12% a 14% de PB, no mínimo 70% de NDT e DIVMS de 65% (EMBRAPA, 2012). A suplementação mineral também deve estar sempre presente, composta de vitamina E, zinco e selênio que irão fazer a diferença na reprodução.
 As pastagens para bezerros devem ser constituídas de forrageiras de boa qualidade (composição química e palatabilidade) e de porte baixo. Será usada a gramínea Coast-cross, pois apresenta boas características para pastejo, com elevada produção de matéria seca, alto valor nutritivo e boa capacidade de suporte, o que significa mais animal e mais leite por área. O solo deve ser adubado com NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), em pastejo rotativo e suplementado diariamente com 3kg de concentrado por vaca (EMBRAPA, 2000).
Os pesos dos animais podem ser utilizados para monitorar o crescimento das bezerras. Esta avaliação pode ser feita através do escore de condição corporal, diariamente, e, de 15 em 15 dias utilizando-se a balança. A condição corporal nesta fase deve ser entre 2,5 a 3,0. As bezerras fazem a transição da cria para a recria com 350kg. 
Imagem 1 – Bezerras Jersey 
Fonte: <https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/mfrural-produtos/124403-122400-487884-excelente-bezerras-jersey.jpg>
Manejo sanitário de crias 
As diarreias infecciosas e os problemas respiratórios são as doenças que mais causam mortes em animais jovens, no período de até 3 meses de idade. Na maioria dos casos, as mortes decorrem das condições de criação, como instalações e manejo inadequados, e alimentação deficiente.
Os 3 primeiros meses de vida são os mais críticos para o bezerro porque seu sistema imunológico – defesas contra os agentes causadores de doenças – ainda não está completamente desenvolvido. Por isso, é muito importante o bezerro mamar o colostro logo ao nascer.
E para evitar a ocorrência das diarreias, o importante é a higiene do ambiente e dos utensílios usados, lavando-os e desinfetando-os diariamente, além de se manter o local limpo, seco e abrigado de ventos frios. No caso dos bezerros recém-nascidos em confinamento, o chão deve ser lavado com frequência para que não ocorra acumulo de fezes no local.
Existe uma doença chamada tristeza parasitária que pode acometer os animais. A tristeza é transmitida pelos carrapatos e insetos hematófagos como moscas e pernilongos. É causada por dois agentes parasitários: o Anaplasma e a Babesia. A Babesia é transmitida pelos carrapatos e a anaplasma pelos insetos hematófagos.    Ambas são doenças que causam anemia grave podendo com frequência levar os animais a morte. No campo é muito difícil diagnosticar estas doenças separadamente com certeza absoluta. O tratamento para a tristeza parasitária deve ser realizado assim que os primeiros sintomas forem observados. Há no mercado vários tipos de medicamentos que são utilizados para o tratamento desta doença. Esta deve ser uma recomendação do Veterinário assistente na propriedade. Quanto mais precoce o tratamento, melhor a recuperação (EMBRAPA, 2002).
Os bovinos jovens são muito sensíveis às verminoses. Como as larvas de vermes estão disseminadas nas pastagens, os animais sob pastejo normal estão continuamente se infectando. Para que esta convivência esteja sob controle, deve-se combater os vermes de forma estratégica. De um modo geral no Brasil na época de temperatura fria que coincide com a seca as pastagens estão em seu pior momento com o capim sem desenvolvimento de porte baixo e as larvas não tem como sobreviver de forma normal, então a maior população de vermes está dentro dos animais. Assim sendo esta é a melhor época para se combater estes vermes. Se ocorrer a vermifugação dos animais no início meio e fim da época seca, ocorrerá um excelente controle destes parasitas, de forma econômica e eficiente. O uso de vermífugos com poder residual maior, como as avermectinas, pode facilitar este controle estratégico exigindo apenas duas vermifugações sendo uma no início e a outra no fim de seca. Outra forma de se vermifugar esta categoria, é a partir de três meses de idade, vermifugando todos os animais mensalmente até a idade de um ano (EMBRAPA, 2002).
A vacinação é outro ponto crucial para os bezerros. A vacinação contra a febre aftosa e brucelose é obrigatória para as fêmeas na idade entre três e oito meses de idade. A vacinação contra o carbúnculo sintomático deve ser realizada em todos os animais acima de três meses de idade sendo repetida de seis em seis meses até aos dois anos de idade.  É nesta idade que os animais estão mais sujeitos a desenvolver esta enfermidade. Como característica, é uma doença que afeta os animais com melhores escores corporais. Outra vacinação importante é a contra a raiva que deve ser aplicada anualmente, principalmente em regiões de surto quando grande parte do rebanho pode ser afetada pela doença. Vacina contra o botulismo e tétano também aos 4 meses. (EMBRAPA, 2002).
Lembre-se de sempre isolar do rebanho os animais doentes, sobretudo se houver perigo de disseminação.
Imagem 2 – Bezerra Jersey com 8 meses
Fonte: <http://www.milkpoint.com.br/mypoint/249899/f_bezerra_jerseynovilha_jerseymilkpoint_24290.aspx>
RECRIA
Manejo alimentar de novilhas leiteiras
Imagem 1 – Características físicas das vacas Jersey.
Fonte:< http://iepec.com/>
A fase de recria, que vai desde o desmame até a primeira cobrição, requer muita atenção dos produtores, pois as novilhas estão em crescimento e sofrem constantes mudanças com seu corpo, requerendo uma dieta equilibrada de acordo com suas necessidades. Dos 80-90 kg de peso vivo até a puberdade, o ganho de peso diário deve ser monitorado, não devendo ultrapassar 900g por dia. Este procedimento evita o acúmulo de gordura e menor quantidade de tecido secretor de leite, o que resultaria em menor produção de leite durante a primeira lactação. Após a puberdade, ganhos superiores são permitidos, desde que o animal não chegue a obesidade.
A idade do primeiro cio das novilhas é determinada pelo tamanho e peso do animal. Sendo assim, é necessário um plano de alimentação que permita que ela chegue o mais cedo possível ao peso ideal de cobrição. O peso vivo para cobrição das novilhas da raça Jersey é de 230 kg (BARBOSA; PEDROSO; NOVO; RODRIGUES;TUPY; BARBOSA; LIMA; 2002).
Assim como na fase de cria, as novilhas consumiram o feno coast cross, que é de excelente qualidade e muito recomendado na literatura.
Pastos de excelente qualidade e bem cuidados podem fornecer os nutrientes para o crescimento das novilhas, porém, precisamos também ofertar uma mistura mineral que deverá estar sempre á disposição. A suplementação volumosa na época seca pode ser feita com forragens verdes picadas, silagens ou Coast cross. É importante que os animais tenham cocho grande para todos se alimentarem de uma vez, impedindo a competição por alimento entre o grupo. 
As novilhas devem ter à sua disposição água fresca e limpa diariamente.
O monitoramento de desempenho das novilhas é feito observando-se o ganho de peso mensalmente. A avaliação de crescimento pode ser feita por pesagem ou pela avaliação corporal, sendo que, numa escala de 1 (magra) a 5 (obesa), as novilhas devem apresentar escore igual a 3 (BARBOSA; PEDROSO; NOVO; RODRIGUES; TUPY; BARBOSA; LIMA; 2002).
As novilhas deverão ser pesadas rotineiramente, sempre no mesmo horário e na mesma rotina, a fim de calcular o ganho médio diário. Uma pesagem por mês é suficiente, mas pesagens a cada 15 dias podem ser feitas em caso de disponibilidade de mão-de-obra e infraestrutura. Em fazendas com grande número de animais pode-se realizar uma amostragem representativa e pesar o maior número de animais possíveis (MARTINEZ, 2010).Proteína
Normalmente antes da puberdade a dieta deverá ser um pouco mais rica em proteína e o nível de consumo um pouco mais alto. Deverá buscar fornecer dieta com 14 a 15% de proteína bruta e nível de consumo de 2,15% do Peso vivo. Após a puberdade, o teor de proteína pode cair para 13 a 14% e o nível de consumo para 1,65% do Peso vivo. Em ambas as situações, recomenda-se manter 30 a 35% de proteína solúvel nas rações. A proteína não degradável no rúmen não deve exceder 25 a 30% da proteína total. Novilhas requerem proteína de alta qualidade e utilizam muito eficientemente a proteína degradável no rúmen (MARTINEZ, 2010).
Energia
O requerimento energético de novilhas é influenciado principalmente pelo tamanho, taxa de crescimento e ambiente. Existem duas maneiras de se conhecer o requerimento energético de uma novilha. Primeiro: dietas podem ser formuladas com densidade energética variável e fornecidas à vontade, permitindo que a novilha selecione o seu consumo energético. Segundo: formulações específicas são fixadas, geralmente altas, e uma quantidade conhecida é oferecida ao animal. De maneira geral, o consumo de energia pode ser ajustado para um ganho diário de 0,750 a 0,900 kg de peso vivo, ou então, 290 kcal de energia metabolizável por quilo de peso metabólico (MARTINEZ, 2010).
Fibra
Normalmente se verifica o oferecimento de altos níveis de fibra e forragem de baixa qualidade para controlar o consumo energético de novilhas. Na verdade, o requerimento por Fibra em Detergente Neutro (FDN) para novilhas ainda não estão bem definidos, especialmente para o conhecimento do limite mínimo. Mas, por segurança, não formular dietas com menos de 19% de FDN. Por outro lado, teor de fibra acima de 60 a 70% pode limitar o consumo de alimento. Como o nível energético, afeta diretamente o ganho de peso, o acompanhamento deste por meio da pesagem dos animais é de grande importância (MARTINEZ, 2010).
Vitaminas e minerais
Os produtos disponíveis no mercado, como o premix, por exemplo, são suficientes para suprir as necessidades diárias por vitaminas e minerais (MARTINEZ, 2010).
Manejo reprodutivo de novilhas leiteiras
O manejo reprodutivo é todo o manejo virado para a reprodução e gestação da fêmea e visa a idade ao primeiro parto que deve ser o mais jovem possível dentro do manejo daquele rebanho. Normalmente, a idade ao primeiro parto deve ser de 24 meses, porém, o primeiro cio é desencadeado através do peso do animal. Quanto mais jovem a fêmea parir, melhor (CARVALHO; NOVAES; MARTINS; ZOCCAL; MOREIRA, RIBEIRO; LIMA; 2002).
As novilhas primíparas passam por um momento muito complicado, o estresse aumenta, pois, elas estarão sendo inseminadas pela primeira vez, parindo pela primeira vez, ordenhadas pela primeira vez e o manejo será diferente do que ela já passou. O tratamento será diferenciado e deverá ter um cuidado especial, levando em consideração que ela deverá ganhar peso, o estresse é maior, terá crescimento corporal devido a gestação e começará a produzir leite. Essas fêmeas devem ficar separadas das multíparas (fêmeas que pariram mais de uma vez). 
Imagem 2 – Inseminação artificial em novilhas
Fonte: < http://www.cptcursospresenciais.com.br/>
A observação das novilhas é muito importante para a detecção do cio. Os sintomas do cio são: corrimento vulvar cristalino, vulva intumescida, comportamento homossexual, inquietude, redução do consumo voluntário, reflexo de tolerância. No caso do cio silencioso, só podemos detectar o cio através do cio sincronizado. As novilhas detectadas em cio pela manhã devem ser inseminadas à tarde, e aquelas detectadas em cio à tarde, inseminadas na manhã seguinte (POLAQUINI, 2016).
Quando as vacas estão no terço final da gestação é quando o feto tem maior desenvolvimento e exige mais da fêmea. Este animal deve ser mantido em ambiente tranquilo, com o mínimo de estresse e ter sempre alimento de boa qualidade e água tratada à disposição (CARVALHO; NOVAES; MARTINS; ZOCCAL; MOREIRA, RIBEIRO; LIMA; 2002).
No manejo reprodutivo, um dos cuidados mais importantes será o controle da gestação por meio da escrituração zootécnica. O primeiro registro reprodutivo do animal deverá ser a inseminação artificial, quando este ainda se encontra na fase de novilha. As cobrições devem ser registradas com a data do cio e da inseminação artificial e também o número da partida do sêmen e de doses utilizadas. Todas as repetições de cio devem ser anotadas, mesmo aquelas em que o animal não seja acasalado. Nesses casos, deve-se anotar o motivo. Também deveremos registrar o diagnóstico de prenhes realizado pelo médico veterinário (MARTINS, BRIGHENTI, CAMPOS, RIBEIRO, CÓSER, CARVALHO, CARVALHO).
Além da confirmação da gestação, o diagnóstico permite identificar os animais que não ficaram gestantes e os que não repetiram o cio. Doenças e outras alterações do sistema reprodutivo também podem ser diagnosticadas e devem ser anotadas. Confirmada a gestação, é possível calcular a data provável do parto, por meio de tabelas próprias baseadas em 285 dias de gestação. A data provável é importante para a adoção de diferentes manejos nutricionais e sanitários para a fêmea gestante. 
O registro do parto deve ser feito anotando-se o tipo de parto (normal ou difícil), a data e a identificação da cria, com número e sexo. Ocorrências como natimorto, retenção de placenta e abortos também devem ser registrados com anotações da data e outras observações pertinentes (MARTINS, BRIGHENTI, CAMPOS, RIBEIRO, CÓSER, CARVALHO, CARVALHO).
Manejo pré parto
O pré-parto ou período de transição é compreendido pelos últimos 30 dias de gestação, quando há o desenvolvimento final do feto e da glândula mamária. O manejo pré-parto visa preparar a vaca para uma nova lactação e deve se iniciar pela adaptação do animal à dieta das vacas em lactação, ou seja, recebendo o mesmo volumoso das vacas em lactação e iniciando-se o fornecimento de concentrado, em menores quantidades (0,5 a 1% do peso vivo).
A saúde da vaca no início da lactação depende em grande parte do que acontece durante o pré-parto, por isso muita atenção deve ser dada ao escore da condição corporal. Vacas devem parir com condição corporal boa, não devendo estar muito gordas. No último mês de gestação, os nutrientes são direcionados para a glândula mamária e, principalmente, para o útero, para atender a demanda de crescimento final do bezerro. Mudanças no escore da condição corporal, durante esse período são pequenas. Vacas gordas (ECC> 4,0) não devem ser super condicionadas e podem apresentar grande queda de consumo de alimentos nos últimos dias antes do parto e no início de lactação e são mais susceptíveis a doenças metabólicas como cetose, esteatose hepática (fígado gorduroso) e retenção de placenta (MARTINS, BRIGHENTI, CAMPOS, RIBEIRO, CÓSER, CARVALHO, CARVALHO).
Encerrar a lactação de uma vaca gestante nos dois últimos meses de gestação, de modo que ao interromper a produção de leite a glândula mamária possa descansar, se preparar para a próxima lactação e produzir um colostro de boa qualidade. No caso das novilhas esta preparação vem naturalmente já que ela nunca pariu (MARTINS, BRIGHENTI, CAMPOS, RIBEIRO, CÓSER, CARVALHO, CARVALHO).
A interferência humana no parto deve ser mínima. Os partos distócicos ocorrem com pouca frequência e neste caso a interferência deve ser de maneira a causar o mínimo de danos, tanto à vaca quanto ao bezerro. Uma ajuda leve para evitar complicações não fará mal algum para ambos, porém, casos que se apresentam de forma mais grave devem ser acompanhados pelo médico veterinário ou sob sua supervisão. A decisão de chamar o veterinário deve ser tomada o quanto antes.
Manejo sanitário de novilhas leiteiras
O manejo sanitário correto deve iniciar com atenção para as anotações das ocorrências dentro do rebanho. Somente com os dados passados é que podemos analisar e tomar iniciativas para suprimir ou implementar medidas que possam auxiliar o manejo sanitário do rebanho. Sem estas informações, não podemos melhorar os índices zootécnicosdos animais (CARVALHO, NOVAES, MARTINS, ZOCCAL, MOREIRA, RIBEIRO, LIMA, 2002). 
Em torno de vinte a trinta dias antes do parto este animal deve ser levado para a baia maternidade, que preferencialmente deverá ser um local próximo ao curral, facilitando a observação diária. A existência de um piquete ou baia maternidade facilita a interferência que se fizer necessária no decorrer do parto. Em rebanhos nos quais se faz esta observação, os problemas no parto são resolvidos de forma mais rápida e com maior sucesso e menor índice de natimortos (MARTINS, BRIGHENTI, CAMPOS, RIBEIRO, CÓSER, CARVALHO, ROCHA).
É bom lembrar que no período final de gestação o animal sofre as maiores transformações. Geralmente ficam mais pesados, o que dificulta a locomoção e reduz a capacidade de competição, exigindo, portanto, maiores cuidados.
O momento de maior desafio sanitário para vacas de aptidão leiteira é durante o pré-parto até o pós-parto imediato, conhecido como período de transição, que compreende de 21 dias antes do parto até 21 dias pós-parto. Neste período, o risco de ocorrência das enfermidades infecciosas e metabólicas é intenso. Aproximadamente 75% das doenças ocorrem no primeiro mês após o parto, associado principalmente às mudanças que ocorrem das três últimas semanas de gestação até as três semanas posteriores ao parto. A transição da vaca gestante não lactante para não gestante lactante é marcado por intensas mudanças hormonais e metabólicas, associadas à diminuição da ingestão de alimentos, ao grande crescimento do concepto e consequentemente ao balanço nutricional negativo (energético, protéico, mineral e vitamínico). Todas estas mudanças deste período apresentam profunda relação entre si e impactam na saúde, produção e rentabilidade de vacas de aptidão leiteira (ALVARENGA, 2013).
Práticas de manejo e monitoramento de vacas durante o período de transição visando o controle de enfermidades devem observar, registrar e avaliar o consumo do animal, a disponibilidade de alimento, condição corporal, escore de locomoção (cascos), condições de ambiente e instalações em relação ao conforto animal. É importante começar pelo básico, buscando amenizar o estresse físico e ambiental, oferecer alimento e água frescos e de fácil acesso, evitar superlotação e trabalhar o agrupamento dos animais (ALVARENGA, 2013).
No parto o animal perde em média 80 quilos de peso referentes ao peso do feto, líquidos fetais e às membranas que envolvem o próprio feto. Isto provoca uma mudança muito brusca em poucas horas levando desconforto ao animal. É um momento de muito estresse e é neste momento que podem aparecer inúmeros problemas para os quais se deve ficar atento (MARTINS, BRIGHENTI, CAMPOS, RIBEIRO, CÓSER).
VACAS SECAS E VACAS EM LACTAÇÃO
Manejo Alimentar de vacas secas 
O período seco é apontado como o mais importante para uma boa lactação é considerado o termino de uma lactação e o inicio da lactação seguinte. É um período de pequenas exigências metabólicas para grandes demandas, resultando na produção de colostro e leite.
Imagem 1 – Vaca seca
Fonte: <http://www.mfrural.com.br/busca.aspx?palavras=vaca+jersey>
Este período tem geralmente a duração de 60 dias, sendo não apenas um período de descanso para a vaca mas também de grandes mudanças, tendo como importante implantar um bom melhoramento zootécnico, a fase de lactação é o ponto inicial para o sucesso da próxima lactação.
Na alimentação e manejo das vacas durante o período seco, devemos dividir em duas fases, sendo de secagem até 21 dias antes do parto e de 21 dias até o parto.
Da secagem até 21 dias ante do parto – Esta é a fase que ocorre o descanso do rúmen, cascos e glândulas mamarias. As vacas devem consumir uma dieta rica em alimentos volumosos, tendo como indicação o capim coast- cross. Os animais devem ganhar peso de forma moderada, sendo assim eles devem começar a receber de 0,5 estando em boas condições corporais a 0,1% do peso vivo de concentrado 20 a 30 dias antes da parição. É necessário reduzir os níveis de cálcio e sal para evitar a febre do leite e o edema do úbere, no caso do sal comum. Importante balancear a dieta das vacas no pré- parto com base em proteína, fibra, mineral (mine e macro) e vitaminas A, D e E. Use dieta que contenham 12 e 14% de PB com base de MS (volumoso e concentrado). (VASCONCELOS, 2001).
De 21 dias até o parto – É a fase de preparação para nova lactação, é quando inicia o fornecimento de concentrado (adaptação da microbiota ruminal). Na alimentação neste período será necessário evitar o uso de bicarbonato e sal comum, fornecendo dieta completa, assim diminui a perda de peso e aumenta o consumo de MS. Vacas e novilhas gestantes durante a época das chuvas manejadas em boas pastagens podem ganhar 700 a 800 g/cabeça/dia sem suplementação com concentrado, desde que tenham forragem em quantidade adequada, ou seja, que possibilitem consumo de MS de 2,7 a 3,0% de seu peso vivo. Vacas e novilhas com 400kg de peso vivo consomem 12 a 14%kg de MS ou cerca de 60 a 70kg de ponta de capim adubado e de boa qualidade (VASCONCELOS, 2001).
Durante épocas secas do ano, os animais devem ser suplementados com silagem de milho, sorgo, gramíneas (coast-cross), além de 1,0 a 1,5kg de farelo de soja ou equivalente em proteína para ganharem 1,0kg/cabeça/dia.
Na fase final do período seco, mais precisamente três semanas antes do parto, nesta fase a vaca passa por mudanças hormonais e metabólicas decorrente da proximidade do parto, ocasionadas pelo aumento da demanda de nutrientes, crescimento acelerado do feto, produção de colostro, depressão da imunidade, mudança de ambiente e a queda do consumo alimentar. 
Amenizar os impactos negativos proporcionados por estas mudanças é fundamental para oferecer uma transição adequada para o inicio da lactação.
Tendo por objetivo manter o máximo consumo de alimento nesta fase. Para que não ocorra o declínio no consumo medidas de manejo serão adotadas, pensando sempre em manter um maior conforto para os animais, são elas:
- Evitar superlotação entre lotes;
-Evitar grandes mudanças de ambiente;
-Acesso fácil à agua limpa e fresca;
-Ambiente limpo e seco;
-Locais de fácil visualização.
Operação de secagem
Antes que se inicie a fase de secagem é necessário verificar se algum animal esta com mastite, se algum animal estiver com a doença deve ser tratado antes de ser conduzida a secagem (DANIELA RESENDE CARRIJO; PAULO ARARIPE, 2011).
A vaca estando sadia será iniciado os procedimentos de esgotamento total do úbere e em seguida é colocado um antibiótico (próprio para vacas secas) no úbere. Logo depois o animal deve ser transferido para um pasto pobre, sem fornecimento de concentrados, apenas agua a vontade. Essa medida é muito importante, pois cessa os dois principais estímulos de leite (alimentação e presença de bezerro na sala de ordenha). Continuando assim, a vaca em uma semana não produzira mais leite, podendo então receber uma alimentação farta (com alto requerimento pré- parto). 
É de extrema importância mesmo sendo raro, observar periodicamente o úbere no período final da secagem, pois se ele apresentar algum sinal de inflamação será necessário proceder outra ordenha seguida da aplicação de antibiótico (DANIELA RESENDE CARRIJO; PAULO ARARIPE, 2011).
Em suma, conclui-se que o manejo das vacas secas é extremamente importante para que se tenha alta produção na ordenha subsequente. A secagem deve ser feita sob condições sanitárias adequadas e as vacas devem receber uma dieta diferenciada das vacas em lactação, estudos recomendam que a vaca deva apresentar um escore de condição corporal (ECC) de 3,40 a 3,75 no dia do parto. Assim, o estresse do parto é reduzido, estendendo até, mesmo a vida produtiva do animal (DANIELA RESENDE CARRIJO; PAULO ARARIPE, 2011).
Manejo alimentar de vacas no período de transição
De três semanas antes até três semanas depois do parto, as vacas estão em uma fase crítica. Pois ocorrem grandes mudanças de demanda fisiológicas. As medidas de alimentação e manejousadas nas ultimas semanas de gestação afetam profundamente a incidência de doenças no inicio de período de lactação.
Vacas sem problemas peri- parto produzem mais leite, esta é a face de maiores incidências de doenças metabólicas, sendo necessário um maior controle.
Tem como estratégia, primeiramente, preparar o rúmen para que possa oferecer dietas com alta densidade nutricional no início da lactação, minimizando perdas de peso e otimizando produção de leite e eficiência reprodutiva. Assim estimulara o crescimento de bactérias que metabolizam lactato e também o crescimento das papilas ruminais, visando maximizar absorção dos nutrientes. 
Segundamente, prevenir a queda acentuada da concentração sanguínea de cálcio ao parto. Pois devido uma grande quantidade de cálcio presente no leite, ocorre uma menor concentração de cálcio sanguíneo. 
Terceiramente, redução da imunodepressão. Fisiologicamente as células sanguíneas brancas (leucócitos = células de defesa) apresentam menor capacidade de fagocitose (capacidade de "engolir" as bactérias) aumentando assim a susceptibilidade do animal à infeções uterinas e da glândula mamária. Fatores hormonais relacionados ao parto (alto estradiol e cortisol) e fatores estressantes, como diminuição da ingestão de matéria seca peri-parto (Balanço energético negativo), são os prováveis responsáveis por esta diminuição da capacidade de fagocitose pelos leucócitos (VASCONCELOS, 2001).
Infelizmente, a Ingestão de Matéria Seca começa a declinar em torno da terceira semana pré-parto, e este declínio é em torno de 30%. Quando a gestação é gemelar, o declínio inicia em torno da quinta semana pré-parto. Com a associação do declínio da IMS com o aumento dos requisitos pelo feto, torna-se necessário aumentar a densidade nutricional da dieta nas três semanas antes da data prevista do parto, enquanto em vacas com gêmeos, a alteração deve ocorrer com 5 semanas pré-parto (VASCONCELOS, 2001).
Manejo alimentar de vacas em lactação (primíparas e multíparas)
Imagem 2 – Vaca em lactação
 Fonte: <http://www.jerseyvale.com.br/empresa.php>
O pico de produção de leite ocorre entre 45 a 60 dias após o parto e o pico de consumo ocorre após esse período e por isso nesta fase é normal a perca de peso das vacas, pois a produção de leite é maior que o consumo de nutrientes. Isso ocorre porque a vaca consegue utilizar a reserva de gordura acumulada em seu organismo. Já a proteína tem pouca reserva e são pouco utilizadas nesta fase de lactação.
Deve aumentar na dieta a concentração de PB, que pode ser de 18 a 20% na base de MS. Este teor de PB na verdade varia em função do consumo de MS e da produção de leite da vaca.
É importante lembrar que quanto melhor a qualidade do volumoso (PB e energia ou digestibilidade in vitro de MS) e teor de fibra em detergente neutro a quantidade de concentrado na diet. Para diminuir a quantidade de concentrado é importante ter um volumoso de melhor qualidade e assim reduzir no custo da alimentação.
O período de pós- parto é dividido em três fases, sendo a primeira de 1 a 100 dias, a segunda de 101 a 200 dias e a terceira de 201 a 305 dias.
1 a 100 dias – com vacas em balanço energético negativo. É quando a produção de lite é maior do que o consumo de alimentos, gastando mais energia do que consumindo a dos alimentos, usufruindo da reserva de gordura, assim perdendo peso.
É importante ajustar os nutrientes da dieta, a densidade da dieta precisa ser aumentada para impedir a perda de peso, se no efetuar a melhora da dieta ocorrera: queda na produção, excessiva perda de peso, baixo pico de produção e aumentam os riscos de cetose.
Assim como uso excessivo de concentrado pode causar: acidose ruminal, torção do abomaso, queda na porcentagem de gordura do leite e depressão no consumo de alimento.
101 a 200 dias – É quando deve ocorrer o consumo máximo de matéria seca. Nessa fase ocorre a diminuição da produção de leite e o aumento do consumo de MS, a vaca para de usar a reserva corporal, pois o consumo de energia de produção de leite ode ser adquirido no consumo do alimento. Sendo necessário consumir grande quantidade de alimento para se manter no pico de produção por um maior tempo.
201 a 305 dias – Vacas em balanço energético positivo. A produção de lite e o consumo de alimento diminuem e a vaca consome mais energia do que gasta com a lactação. As vacas devem ganhar peso gradativamente com dieta base de alimento volumoso de qualidade media e quantidade limitada de concentrado.
Manejo sanitário de vacas secas e em lactação 
Vacas secas 
A fase seca é uma etapa muito importante dentro do ciclo produtivo para manter a saúde da glândula mamária, maximizar a produção e a reprodução. Além disso, esta fase representa um ótimo período para prevenção e eliminação de infecções intramamárias, que são um dos principais fatores de risco para a manifestação de mastite clínica no início da lactação (VICTOR SANCHES; GABRIEL RENAN CONSTANTINO RIALTO; PAULO ARARIPE, 2013).
Nas duas ultimas semanas após a secagem e nas três semanas após o parto a vaca tem uma menor resistência corpórea, ficando pré- disposta a infecções intramamarias, que são um dos principais fatores de risco para a manifestação de mastite. Com isto o controle sanitário nesse período se torna ainda mais difícil.
Com relação ao método de secagem, existem dois métodos mais comuns:
1) Método de secagem abrupta, que consiste na interrupção da ordenha em dia pré-estabelecido. Neste dia realiza-se a ordenha completa do animal e a aplicação imediata do tratamento de vaca seca em todos os quartos (tetos). (VICTOR SANCHES; GABRIEL RENAN CONSTANTINO RIALTO; PAULO ARARIPE, 2013).
2) Método de secagem intermitente, que consiste em ordenhar a vaca somente uma vez por dia durante um período de 3 a 4 dias e, ao final da última ordenha, fazer o tratamento de vaca seca. Levando em conta que a vaca não deve ficar por mais de 24 horas sem ordenha no período de secagem, pelo fato de aumentar demais as probabilidades de infecções (VICTOR SANCHES; GABRIEL RENAN CONSTANTINO RIALTO; PAULO ARARIPE, 2013).
Para as vacas de alta produção, seria recomendado que diminuísse a quantidade de concentrado na semana anterior a secagem, ofertando somente volumoso, assim diminuirá a produção de leite.
Após o parto e durante o período seco é importante manter uma dieta adequada, pois vacas magra no pré- parto tem maiores chances de gerar bezerros fracos, assim como vacas gordas no pré- parto também são prejudiciais, por serem menos econômicas e por ter maiores chances de apresentar um quadro de cetose (distúrbio alimentar).
Tratamento 
O Tratamento de Vaca Seca, também conhecido como Terapia de Vaca Seca, é uma das formas mais importantes e eficazes de controlar a mastite durante o período seco. Este procedimento consiste em aplicar a cada teto um antibiótico de longa ação com indicação específica para o combate à mastite após a última ordenha.
Visando principalmente eliminar os casos de mastite subclínica e prevenir a ocorrência de mastite nas primeiras semanas após a secagem (período de alto risco), o tratamento de vaca seca apresenta maior taxa de cura (70-90%) e menor custo em relação aos tratamentos feitos durante a lactação, pois não é necessário descartar o leite com resíduos de antibióticos. Além disso, é possível usar maiores concentrações de antibióticos, garantindo a eficiência do tratamento em reduzir o número de novas infecções intramamárias que causariam mastite clínica nas primeiras semanas após o parto (VICTOR SANCHES; GABRIEL RENAN CONSTANTINO RIALTO; PAULO ARARIPE, 2013).
Vacinações
Uma vacina obrigatória é a da aftosa, que deve ser aplicada de acordo com a região do Pais, como indicado pelos órgãos de defesa sanitária do Estado. Outra vacinação importante é a contra a raiva, que deve ser aplicada anualmente, principalmente em regiões de surto quando grande parte do rebanho pode ser afetada pela doença. Existe no mercado um número grande de vacinas contra várias doenças, como leptospirose,rinotraqueíte infecciosa dos bovinos - IBR, diarréia bovina a vírus - BVD, mamite, campilobacteriose, colibacilose e outras tantas que devem ser indicadas, para cada caso, pelo veterinário responsável pelo rebanho. Cada caso vai exigir uma conduta específica de acordo com a recomendação do veterinário (EMBRAPA, 2002).
Controle de carrapatos 
Com uma infestação de carrapato, as vacas secas e lactantes devem tomos banhos carrapaticidas. Estes banhos devem ser realizados a cada 21 dias, com um total de 5 a 6 banhos, o banho pode ser dado por aspersão ou "pour-on". Se o carrapaticida utilizado tiver maior tempo residual, estes banhos podem ser mais espaçados com intervalos de 35 dias. O importante é combater os carrapatos de maneira que não permita o desenvolvimento de teleóginas (fêmeas de carrapatos adultas). (EMBRAPA, 2002).
Cascos 
A preservação do casco é uma das maiores preocupações do manejo sanitário, pois com cascos desgastados ou inflamados por motivos de deficiência alimentar, em caso do animal estar confinado ou se estiver em pasto em períodos de chuva (amolecimento do casco causado pelo barro) prejudica na locomoção do animal, assim também como prejudica na produção, a vaca apresentara perda de peso e não demonstrara cio ( interfere no IEP), podendo ocorrer a perda do animal.
Limpeza
A exposição das vacas a agentes causadores da mastite ocorre, muitas vezes, no ambiente onde elas vivem. O manejo de dejetos, o tipo e os procedimentos de limpeza da cama, limpeza da sala de espera e ambiente de ordenha são fatores que exercem forte influência sobre a higiene dos animais. Desta forma, a higiene das vacas leiteiras pode ser usada como um indicador do bem-estar animal, pois fornece informações sobre o bem-estar dos animais e eficiência do manejo da fazenda (VEIGA, TOMAZI, 2011).
Práticas de manejo como a formação de lotes com alta densidade de animais, limpeza inadequada das baias, camas mal manejadas, alta umidade do ambiente, falta de higiene nos piquetes de vacas secas, e uso de locais naturais (açudes e lagos) para fornecimento de água, estão relacionadas com aumento da contaminação ambiental e da CCS (parâmetro usado como indicador de sanidade da glândula mamária do rebanho e de qualidade do leite).
Imagem 3 - Sistema de avaliação visual para determinação do escore de higiene.
Fonte:<www.vetmed.wisc.edu/dms/fapm/fapmtools/4hygiene/hygiene.pdf >
O grau de sujeira nos membros do animal pode facilitar na resolução do manejo inadequado: pernas sujas resultam do acúmulo de barro e problemas no caminho ao qual as vacas percorrem; cauda suja pode estar relacionada ao acúmulo de fezes; flancos com acúmulo de sujeira indicam problemas com a cama ou local onde os animais se deitam; e tetos e úberes sujos resultam da combinação de todos estes fatores. 
A avaliação de escore de higiene nos procedimentos de manejo é uma prática eficiente e recomendada para a redução na CCS e risco de mastite. Manter uma porcentagem alta de vacas limpas requer inspeções e intervenções constantes no ambiente e instalações, o que pode intensificar a mão-de-obra, porém trazer benefícios à produção e qualidade do leite e bem-estar aos animais do rebanho (VEIGA, TOMAZI, 2011).
Ordenha 
Serão conduzidas as vacas a serem ordenhadas de forma organizada, com calma e sem mudanças bruscas de rotina, formara a linha de ordenha de modo que sejam ordenhadas sempre em primeiro lugar as novilhas e vacas saudáveis e por último as vacas mais velhas ou que tenham apresentado mastite ou outra doença.
Imagem 4 – Ordenha das vacas
Fonte: <http://www.milkpoint.com.br/mypoint/agripoint/f_vacas_jersey_no_momento_da_ordenha_2590.aspx>
Deve garantir que os tetos das vacas estejam sempre limpos e secos no momento da ordenha, e assim retirar os três primeiros jatos de leite em uma caneca de fundo escuro e observar o seu aspecto. Se estiver alterado, com presença de grumos, pus, amarelado ou aquoso, é sinal de mastite clínica. Com isso o leite alterado devera ser separado e descartado, o animal que apresentar alterações indicativas de mastite clínica devera ser separado e tratado de acordo com a recomendação do veterinário local.
É importante garantir que os ordenhadores tenham hábitos apropriados de higiene e recebam treinamento para desempenhar suas atividades, abordando cuidados especiais com a higienização das mãos e evitar que sujeiras caiam no balde enquanto o leite está sendo retirado (caso seja necessária a ordenha manual).
Em relação a limpeza dos tetos, serão lavados somente os tetos sujos, limpando especialmente as extremidades, usando mangueira de baixa pressão. Evitar molhar o úbere. Caso seja necessário desinfetar, devera cobrir totalmente o teto e aguardar 30 segundos. Para secar os tetos é usado o papel toalha, sendo de cima para baixo para a sujeira não entrar no esfíncter.
Iniciar a ordenha dentro de um minuto após a preparação do úbere. Deveram ser colocadas as teteiras com os cuidados necessários para minimizar a entrada de ar no sistema e ajustá-las. Após a ordenha fazer a imersão completa dos tetos em desinfetante apropriado, cobrindo completamente os tetos com o desinfetante. Não se esquecer de descartar as sobras de desinfetante usado no final do dia. Deveram ser usados desinfetantes apropriados, formulados especialmente para a higienização dos tetos.
É muito importante garantir que as vacas se mantenham de pé após a ordenha, fornecendo alimento no cocho após a ordenha, pois se deitar a vaca ira sujar o úbere e aumentara o risco de infecção. 
Limpeza da sala de ordenha
É importante ter sala de ordenha adequadamente construída e em bom estado de conservação.
Quantidade suficiente de agua 
Fazer a limpeza da sala de ordenha após cada sessão, removendo todas as matérias orgânicas (fezes, urina e leite).
Lavar as paredes com jato da agua com auxilio de uma vassoura
 Efetuar mensalmente a desinfecção da sala de ordenha, a não ser que haja recomendação especial, como por exemplo, em caso de um surto de doença. Antes da aplicação do desinfetante, limpar e lavar a sala, e retirar o excesso de água.
Manejo alimentar na maternidade 
Neste período as vacas devem atingir o pico de consumo de MS até a decima semana após o parto, estando no pico, devem consumir 4% do peso vivi de MS, se ordenhadas três vezes ao dia aumenta cerca de 5%. O teor MS deve estar entre 50 a 70% (teores de umidade de 50% reduzem o consumo de alimento). É recomendada a dieta completa, sendo não mais que 60% de concentrado na MS.
A dieta deve conter no mínimo 1,7 hcal/kg de MS de energia liquida, que equivale a 73% de NDT na MS, sem, entretanto, baixar o nível de fibra em detergente neutro ficar abaixo de 28% da MS. O nível de PB na dieta deve ser 18 a 19% na MS, das quais 35 a 40% devem ser sobre passante (“by pass “ ou não degradável no rúmen). Vacas com produção acima de 35kg/dia devem passar a receber alguma fonte de gordura acima da quinta semana pós-parto. 
 Manejo da vaca na maternidade
Providenciar um ambiente seguro e confortável e alimentação adequada à fêmea antes do parto.
Dispor de pasto maternidade próximo ao estábulo, para facilitar a observação diária destes animais.
Garantir pastagem de boa qualidade, água farta e limpa e de fácil acesso.
Garantir que a área maternidade seja sombreada, cercada, situada em local plano e seco.
Evitar a presença de outros animais junto às fêmeas gestantes próximo ao parto.
Conduzir as fêmeas gestantes ao pasto maternidade um mês antes da data do parto.
Fornecer alimentação suplementar para garantir a produção adequada de colostro e leite após o parto.
Observar o úbere das vacas para detectar anormalidades como aparecimento de edema.
Observar as vacas no pasto maternidade, pelo menos duas vezes por dia, pela manhã e à tarde, para que seja possível prestar os devidos socorros em caso de anormalidade.
Lavar as mãos com água e sabão, desinfetá-las e usar luvas sempre que houver necessidade de interferência no trabalho de parto.
Utilizar somente instrumentos limpos e desinfetadosno caso de necessidade de intervenção.
Garantir que o local esteja limpo e seco no momento do parto.
Limpar e desinfetar o local após o parto.
INSTALAÇÕES
Localização 
O local onde serão construídas todas as unidades de produção deve ter uma boa drenagem, ser levemente inclinado, firme, protegido contra frios e deverá ser um local ensolarado. Deve-se ter fonte de energia e fornecimento de água potável (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009).
Orientação
Há uma regra básica que deve ser respeitada, onde só não é aplicada em bezerreiros, essa regra é que o eixo longitudinal da obra deve estar orientado no sentido Leste-Oeste, para evitar superaquecimento pelas fontes de insolação, para que no inverno o sol entre no interior da instalação (SOUZA).
Bezerreiros 0-2 meses
Por serem animais frágeis deve-se ter muito cuidado, onde tem que evitar frio, vento, altas temperaturas e umidade. Com isso é recomendo que os animais fiquem em baias individuais, para não ter contato com as fezes dos outros (SOUZA).
O bezerreiro será composto por um galpão de 26,5m X 13,2m, com 44 baias individuais de 1,50m X 1,80m (imagem 1 e 2), com distância de 1,0 m um do outro, para comportar todos os animais que nasceram na propriedade (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009).
Este galpão terá paredes de aproximadamente 1,50m, onde acima disso será aberto, para entrada de sol, o telhado será feito com telhas de cerâmica, para que não haja superaquecimento. As baias individuais terão uma elevação do nível do chão, onde será feito com madeira e terá uma mínima abertura entre elas para passagem de fezes e urina do animal. Essas baias poderão ser tanto de ferro (imagem 3) tanto de madeira (imagem 4). Na parte da frente terá um mini cocho ou baldes para administração de água, e uma para a administração de concentrado ou volumoso e um espaço que terá uma angulação de 45º graus para a colocação da mamadeira com leite e concentrado (imagem 5).
Entre essas baias terá um corredor de 2,0m para passagem dos funcionários e dos próprios animais. Para limpeza do local terá uma local onde os animais serão realocados para lá quando for horário da limpeza das baias. Esse local terá 10,0m X 10,0m e será totalmente de pasto, para estimulação dos bezerros a comer volumosos (imagem 6). (SOUZA).
 Imagem 1 – Divisão do galpão do bezerreiro de 0-2 meses.
 Imagem 2 - Diâmetro das baias individuais.
Imagem 3 – Composição das baias individuais de ferro
Fonte: < http://www.fazendacapelanova.com.br/site/?page_id=64 >
Imagem 4 – Composição das baias individuais de madeira
Fonte:< http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/sistemas-de-producao/mais-carinho-no-manejo-de-bezerros-leiteiros-uma-experiencia-bem-sucedida-33726n.aspx >
Imagem 5 – Baldes e angulação da mamadeira.
Fonte: < http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/sistemas-de-producao/mais-carinho-no-manejo-de-bezerros-leiteiros-uma-experiencia-bem-sucedida-33726n.aspx >
Imagem 6 – Área para quando houver limpeza das baias.
Bezerreiro de 2-6 meses 
Nessa idade os bezerros não tão frágeis, igual ao de 0-2 meses, com isso há junção dos bezerros fazendo em si baias coletivas. (SOUZA).
Essas baias tem a capacidade de suportar de 8 - 9 animais por baia, onde tem que ter 2,0 x 2,5 por cabeça. Será necessário 9 baias coletivas para suportar os animais da fazenda, onde serão 8 baias para oito animais de 16,0m X 20,0m (Imagem 1) e 1 para 9 animais de 18,0m X 22,5 m (imagem 2), com isso a área total para essa construção e de 146,0m x 20,0m (imagem 3).
Essas baias terão área coberta (imagem 4) e área de pasto (imagem 5), a área coberta será feita com chão de madeira onde estará localizado também o cocho com concentrado, esse cocho deve medir 0,5 a 0,7m por cabeça. Na área de fora será a área de pastagem, onde será também localizado o bebedouro, onde deve ser feito de alvenaria ou de tijolo ou de plástico (imagem 6). (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009).
Essas baias serão separadas por cercas (imagem 7), a área de pastagem deve ser maior que a área coberta.
Imagem 1 - Diâmetro das baias coletivas de 8 animais.
Imagem 2 - Diâmetro da baia coletiva de 9 animais.
Imagem 3 – Área total de 9 baias.
Imagem 4 – Área coberta.
Fonte: < http://www.vallee.com.br/novidades/pneumonia-em-bezerros >
Imagem 5 – Área de pasto.
Fonte: < http://www.mfrural.com.br/detalhe/gado-leiteiro-jersey-81299.aspx >
 
Imagem 6 – Cerca que separa os animais.
Fonte: < http://www.leitefazenda.com.br/rebanho.php >
Bezerreiro de 6-12 meses e Novilhas de 12 – 24 meses
Nessa idade os animais irão para piquetes-pasto, onde serão 6 piquetes que terão 200m2 por cabeça em área de pasto e 2,5 m2 por cabeça em área de abrigo. Tendo uma área total para cada piquete de 13,600m2 de área de pasto e de 170m2 de área de abrigo (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009). 
Os piquetes serão separados assim:
Animais de 6 - 12 meses serão 136 animais divididos em dois piquetes com 68 cada.
Animais de 12 - 15 meses também serão 136 animais divididos em dois piquetes com 68 cada.
Animais de 15 - 24 meses que serão alojados nos outros dois piquetes que sobraram com 68 cada.
Os comedouros e bebedouros devem ser de acordo com os descritos abaixo.
Imagem 1 - Área de pasto e área de abrigo.
Fonte: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfSloAB/instalacoes-bovinos-leite >
Imagem 2 – Piquetes de recria.
Fonte: <http://ideagri.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=172> 
Vacas em lactação – Primíparas e Multíparas
Local onde as vacas com confirmação da prenhes irão para ter uma intensificação na alimentação e etc., para ter um bom tempo de lactação.
O local também será piquete-pasto, onde terá 200m2 por cabeça em área de pasto e 2,5m2 por cabeça em área de abrigo (SOUZA).
Serão divididos em dois:
Vacas primíparas – vacas de 1º parto
Vacas multíparas – vacas que já tiveram mais de um parto.
Imagem 1 – Área de pasto.
Fonte: < http://www.mfrural.com.br/detalhe/vendo-gado-jersey-jersolanda-172806.aspx>
Vacas secas
Local onde as vacas prenhas serão levadas 3 meses antes do parto, para ocorrer secagem do leite. Onde serão piquetes de 300m2 por cabeça de área de pastejo contendo abrigos com comedouros e bebedouros (SOUZA).
Imagem 1 - Local das vacas secas.
Fonte: <http://bovileite.blogspot.com.br/ >
Imagem 2 – Comedouros das vacas secas.
Fonte: < http://bovileite.blogspot.com.br/ >
Maternidade
Local onde as vacas irão 1 semana antes do parto e permanecerão ate o terceiro dia após o parto (SOUZA).
Disposto por:
Curral de volumoso,
Curral de espera, 
Sala de ordenha
Batedouro 
Curral de volumosos e minerais
Serve tanto para alimentação quanto para descanso dos animais, é constituído por cercas, cochos para volumosos, saleiro e bebedouros.
A área necessária por bovino é de 5m2, onde poderá ser quadrada, circular ou retangular, com comedouros duplos (acesso ambos os lados). Devera conter bebedouros e comedouros, onde devera ter um espaço à frente dos mesmos para o comprimento do corpo da vaca que devera ser de 2,0m e um espaço para circulação de 0,70 X 2,00 por vaca (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009).
O piso deverá ser confeccionado com pedras graníticas regulares ou de alvenaria forrado com areia, mais devera ter cuidado de considerar declividade de 1 a 2% dos comedouros para as canaletas localizadas nas laterais ou no centro do curral (SOUZA).
As divisórias deveram ter altura de 1,60m e compostas por esteios de madeira tratada com seção entre 15 a 20 cm, espaçamento de 18,0m entre si, por tabuas de 15x3cm, ou 17 x 3,5cm, ou 20 x 4 cm, assentadas do lado interno do curral. A madeira deve ser utilizada de lei (braúna, aroeira, ipê e etc). (SOUZA). 
 
Imagem 1 – Curral de volumosos e minerais da Fazenda Chaparral – Santa Maria/RN
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
Imagem 2 – Curral de volumoso de alvenaria com forro de areia.
Fonte: < http://www.universidadedoleite.com.br/conteudocat/2/11/Bem-estar_Animal >
Curral de esperaÉ anexo ao estabulo de ordenha, onde é utilizado para reunir as vacas que serão ordenhadas. Esse curral deve ser coberto para oferecer mais conforto e sombra às vacas (SOUZA).
A área necessária para esse curral é de 2,5m2 por cabeça, deve ter as mesmas técnicas que o curral de volumoso, mas somente deverá conter bebedouro. Deverá conter lava-pés logo na entrada para que haja redução da sujeira vindo do pasto, deverá conter 6,00 x 1,00 x 0,20, ter ralo no fundo para limpeza periódica, esse fundo deve ser revestido de argamassa de impermeabilização (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009). 
Será necessário também pedilúvio coberto de 2,50 x 1,00 x 0,20, que terá que conter soluções preventivas/ curativa para os cascos, tronco de vacinação de 1,50m por cabeça, brete pulverizador, balança e embarcadouro (SOUZA).
Imagem 1 – curral de espera com portão eletrônico para empurrar as vacas.
Fonte: <http://www.milkpoint.com.br/mypoint/215247/p_eficiencia_de_ordenha_na_nova_zelandia_do_piquete_ao_piquete_nova_zelandia_leite_a_pasto_kiwi_blog_eficiencia_de_ordenha_tecnologia_de_ordenha_milking_producao_de_leite_5227.aspx >
Sala de ordenha
Existem vários tipos de sala de ordenha, mas o que será utilizado nesse projeto é o modelo de escama de peixe com fosso. Será utilizado esse modelo por que permite um manejo dos animais em grupo aumentando sua eficiência na ordenha (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009).
O galpão de ordenha deve ter 6,6 m de largura, com o pé direito de no mínimo 3 metros e com fosso de 1,8 m de largura por 0,9m de profundidade. Podendo ter uma ou duas alas para a ordenha, nesse projeto será utilizado o de duas alas onde será ordenhado 8 animais por vez (SOUZA).
Imagem 1 – Sala de ordenha da Fazenda Chaparral – Santa Maria/RN 
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
Imagem 2 – Sistema espinha de peixe.
Fonte: Instalações para gado de leite – área de CRA/DEA/UFV – Cecília de F. Sousa et al.
Imagem 3 – Sala de ordenha com fosso
Fonte: Instalações para gado de leite – área de CRA/DEA/UFV – Cecília de F. Sousa et al.
Imagem 4 – Sistema espinha de peixe - Planta.
Fonte: Instalações para gado de leite – área de CRA/DEA/UFV – Cecília de F. Sousa et al.
Batedouro
Local de pernoite das vacas, formado por piquetes cercados, localizados próximo ao curral distancia de 1,0 km, contendo saleiro, bebedouro e comedouros coberto para distribuição de volumoso (SOUZA).
Imagem 1 – Batedouro
Fonte: < www.clubeamigosdocampo.com.br >
Sala de leite
Local de filtração, refrigeração e armazenamento do leite após a ordenha, antes de ser entregue ao latrocínio beneficiado (SOUZA).
A sala deve ter 20 a 25 m2, ter pé direito de 2,50m, ter paredes azulejadas ate 2,50m, piso lavável ter cobertura de laje e conter janela para ventilação com tela fina para evitar a entrada de insetos.
Devera ser equipada com pia para limpeza dos utensílios, torneiras com agua quente, espaço para equipamento de armazenagem e resfriamento ate o momento do transporte.
Devera ter uma sala para a colocação de maquinas como compressor do resfriador, bomba de vácuo do sistema de ordenha mecânica e bomba d’agua que faz circular agua gelada do refrigerador ao pré-resfriador. O pé-direito dessa sala poderá ser mais baixo em relação ao de leite (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009).
Imagens 1 - Tanques de resfriamento.
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
Curral de manobra 
Utilizado para realização de marcação, apartação, embarque e desembarque, tratamento de feridas, banho carrapaticida. A área necessária é de 1,8 m2 por cabeça. (Acácio Sânzio de Brito, Fernando Viana Nobre, José Ronil Rodrigues Fonseca, 2009)
Essa área contém:
Curraletes de aparte – área cercada para separação dos animais por categoria.
Seringa – formada por duas cercas que se afunilam em direção ao brete, para condução dos animais ao tronco.
Tronco de contenção.
Apartador – conduzir o animal a rampa de embarque e para apartar.
Balança – acompanhamento do desenvolvimento do animal.
Rampa de embarque – embarque e desembarque dos animais em veículos. Deve ter 1,20 de altura por 3,6 de comprimento.
Brete carrapaticida – facilita o controle das ectoparasitas, constituído por lava-pés, área de pulverização que deve ser coberta e área para escorrimento do excesso da solução.
Imagem 1 – Curral de manobra visto de cima.
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
Imagem 2 – Curral de manobra
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
Comedouros
Os comedouros devem medir 1,25 m, deve ser sempre sentido Leste-Oeste e com a parte mais baixa da cobertura para o norte, para evitar o contato direto do sol com os alimentos. Os chochos devem ser simples ou duplos com acesso para ambos os lados, os mesmos devem ter uma superfície bem lisa, arredondado, drenos com tampões no fundo, e uma leve declividade de 1 % (SOUZA). 
A cobertura do cocho deve ter altura média de 1,80 m, para facilitar a entrada e saída dos veículos que reabastece utilizado também uma régua de madeira, ou arame aproximadamente a 1,40m do chão para evitar que as vacas subam no cocho (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009).
Imagem 1 – Cocho simples e duplo.
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
Imagem 2 – Cocho para minerais.
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
Bebedouros 
Terá que suportar o oferecimento de 20 a 40 litros de água por animal por dia. Feito de alvenaria de ½ tijolo maciço, com revestimento natado de 1:3 ou 1:4. O piso devera ser de tijolo ou concreto, com 5 cm aproximadamente de espessura. A altura do bebedouro deverá ter 60 a 75 cm para adulto e 50cm para bezerros, o comprimento deve ser de acordo com a quantidade de agua a ser oferecida (SÂNZIO, VIANA, FONSECA, 2009). 
O bebedouro de pasto pode ser circular ou retangular, deverá ter reabastecimento automático, onde devera ter condições de armazenar 50% da necessidade diária media para cada animal, para evitar transbordamento devera acrescentar 10 cm de altura nas bordas (SOUZA).
Imagem 1 – Bebedouro retangular da Fazenda Chaparral – Santa Maria/RN.
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
Imagem 2 – Bebedouro circular
Fonte: Livro Bovinocultura leiteira - Informações técnicas e de gestão, SEBRAE, 2009.
BIBLIOGRAFIA
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DUARTE, Prof.: Leonardo Assis, Instalações para bovinos de leite, Governo do estado do ceará, PSVS e ENTEC. Disponível em: < http://www.psvs.com.br/leodutra/files/2015/11/aula-3-instala----es-para-bovinos-de-leite2.pdf > Acesso em: 10/09/2016
SOUSA, Cecília de f., Instalações para gado de leite, UFV. Disponível em: < http://www.ufv.br/dea/ambiagro/arquivos/GadoLeiteOutubro-2004.pdf> Acesso em: 10/09/2016

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