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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - EVZ ENGENHARIA DE ALIMENTOS MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS Prof.a. Dra. Iolanda Aparecida Nunes Leticia Chaves Gama Loren Ramos Silvério Márcia Cristina da Silva Nicole Mesquita Amorim ENUMERAÇÃO DE BACTÉRIAS ÁCIDO-LÁTICAS MESÓFILAS Goiânia - GO Novembro de 2018 INTRODUÇÃO As bactérias ácido lácticas compõem uma microbiota de forma significativa, apontando os principais responsáveis pela inibição e destruição de outros microrganismos incluindo os patogênicos. Essas bactérias são utilizadas como culturas iniciadoras em alimentos fermentados, possuindo ação probiótica e também são conhecidas pela produção de várias substâncias antimicrobianas, potencialmente utilizadas na bio-conservação de alimentos. As principais substâncias antimicrobianas produzidas por estas bactérias ácido lácticas são: ácidos orgânicos; peróxido de hidrogênio; diacetil; dióxido de carbono; e, bacteriocinas. Bacteriocinas, em especial, são peptídeos biologicamente ativos que apresentam atividade antimicrobiana contra diversos microrganismos, inclusive patógenos. Dentre as diversas bacteriocinas já descritas, a nisina é a mais estudada e a única considerada totalmente segura para ser utilizada em alimentos. A presença de microrganismos nos alimentos é um resultado da contaminação dos animais vivos, dos equipamentos, dos manipuladores e do ambiente de processo. Esses, precisam de certas condições e fatores para desempenharem suas funções de forma eficaz, causando danos no alimento e para o consumidor a partir das alterações químicas, físicas e organolépticas. Para que a quantidade de microrganismos se adeque aos padrões aceitáveis pela legislação brasileira e ter conhecimento necessário durante o processamento do alimento, faz-se a contagem de indicadores de condições gerais nos alimentos, pois em números elevados poderão causar deterioração ou redução de vida de prateleira dos produtos e alimentos. O método do Número Mais Provável (NMP) é uma maneira utilizada para estimar a contagem de alguns tipos de microrganismos, como coliformes totais, coliformes fecais, alguns termotolerantes, EC , Enterobactérias, bactérias ácido-láticas, entre outros. OBJETIVO Inocular e realizar a contagem/enumeração de todas as colônias de bactérias ácido-láticas mesófilas, desenvolvidas nas placas de Petri dentro do padrão exigido em uma amostra de carcaça de frango. MATERIAIS E MÉTODOS Materiais: Carcaça de Frango; Água Peptonada Tamponada 1%; Água Peptonada 0,1%; Ágar MRS; Tubos de Ensaio; Placas de Petri; Pipeta; Vórtex. Métodos: Inicialmente, foi preparada a amostra para ser enumerada as bactérias ácidos-láticas. A amostra foi preparada com 25 g de carcaça de frango e 225 mL de água peptonada tamponada 1%, sendo esta utilizada como a diluição 10-1. Em seguida, foi preparada as diluições 10-2 e 10-3. Para se fazer a diluição 10-2, pegou-se um tubo de ensaio contendo 10 mL de água peptonada 0,1% e colocou-se 1 mL da diluição 10-1. Homogeneizou-se a solução e, a partir dela, preparou-se a diluição 10-3, seguindo o mesmo processo de obtenção da diluição anterior. Para enumerar as bactérias ácidos-láticas, preparou-se placas em ágar MRS. Para cada diluição foram feitas duas placas em dupla camada. As placas foram preparadas adicionando-se 1 mL da solução e 15 mL de ágar MRS. Após a solidificação do ágar, colocou-se a segunda camada, também de 15 mL. Após preparar todas as placas, estas foram incubadas a 30°C por 72 horas. Passado este tempo fez-se a contagem de colônias de bactérias ácidos-láticas. RESULTADOS E DISCUSSÃO O limite de precisão e repetibilidade para a contagem de bactérias ácido láticas mesófilas é aquelas placas com menos de 300 colônias, em duas diluições sucessivas e mais de 15 em pelo menos uma placa. Caso tenha crescimento de outras bactérias, além das láticas, é necessário confirmar colônias (Gram e catalase) e mencionar no laudo. Neste caso, não houveram crescimento de nenhuma outra bactéria que não fosse lática. Para a contagem das colônias nas placas, na diluição de , as duas placas foram divididas em quadradinhos, formando um total de 26 em cada, onde contou-se somente em um e, posteriormente, multiplicou-se pela quantidade de quadradinhos. Já nas posteriores, diluições de e , com duas placas cada, não precisou-se dividir, logo, foi apenas contadas as quantidades de colônias. Para o resultado final de contagem de colônias de cada diluição, fez-se a média entre os resultados das placas destas diluições. Os resultados obtidos nas placas de Petri para cada diluição foram apresentados no quadro abaixo. Quadro 1. Resultado da contagem de colônias das bactérias láticas mesófilas. CONCLUSÃO Percebeu-se após a contagem de bactérias láticas totais (média de 4,4 x UFC/ mL) que as mesmas iam diminuindo de quantidade de acordo que a diluição aumentasse. Para a amostra utilizada, observa-se que a quantidade de bactérias lácticas presentes obteve um valor significante. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2034819/mod_resource/content/1/Aula%20Bruno.pdf
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