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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Práticas de BQI 345 Bromatologia DETERMINAÇÃO DE CINZAS E PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO MINERAL Professor: José Humberto Alunos: Camila Stefany C. Ribeiro 94353 Clarissa de Souza Nunes - 94375 Dandara Baia Bonifácio - 94371 Danielly Nogueira Santos - 94376 João Pedro Miranda – 84945 VIÇOSA/MG 2018/2 INTRODUÇÃO A cinza representa, em uma amostra de alimento, o material composto de resíduos inorgânicos que são resultados da queima de matéria orgânica da mesma. Ela é constituída principalmente de grandes quantidades de Potássio, Sódio, Cálcio, e Magnésio, além de pequenas quantidades de Alumínio, Ferro, Cobre, Manganês e Zinco, e traços de Iodo e Flúor, entre outros elementos. A forma de determinação de cinzas nos alimentos mais usada é a incineração da amostra em mufla utilizando altas temperaturas e tempos determinados. A cinza obtida pode não ter, necessariamente, a mesma composição que o conteúdo mineral presente originalmente no alimento, pois pode haver perda por volatilização ou alguma interação entre os constituintes da amostra. (Universidade de Brasília, 2015) A farinha de linhaça é constituída por um alto teor de cinzas quando comparada as demais farinhas como a de trigo integral, por exemplo. Isso é resultado de um alto teor de matéria inorgânica da mesma, que após os métodos de extração, como o superaquecimento/incineração, por exemplo, pode ser quantificada com certa precisão. (Maciel, 2006). Quando preparadas, as cinzas podem ser utilizas para análises que visam determinar o conteúdo de minerais específicos. É comum o emprego de técnicas de volumetria em elementos que ocorrem em grandes quantidades nos alimentos, com Cálcio, Potássio e Sódio, sendo, relativamente, barato e rápido. Já para análise de elementos que ocorrem em pequenas quantidades, como Selênio, Níquel e Zinco, geralmente empregam-se métodos instrumentais mais sensíveis como a es espectrofotometria de absorção atômica. (Menezes, 2016). A aula prática em questão teve por objetivos determinar o teor de cinzas da amostra de Farinha de Linhaça; realizar a preparação de solução mineral a partir destas cinzas; discutir os resultados obtidos e elaborar relatório de aula. METODOLOGIA No dia 26 de setembro de 2018 às 14 horas foi realizada a aula prática de determinação de determinação de cinzas e preparação da solução mineral, sob supervisão da professora Virgínia e do aluno de doutorado Matheus. A prática foi feita da seguinte maneira: Antes de começar a aula, o técnico de laboratório colocou o cadinho de porcelana no forno mufla e o aqueceu a 550 C por 1 hora, após esse tempo deixou-se resfriar até 150-200 C na própria mufla, transferiu- o para o dessecador e deixou o mesmo a resfriar até a temperatura ambiente. A aula começou e os alunos fizeram os seguintes procedimentos: – Utilizou-se uma balança analítica e pesou-se o cadinho. Após esse procedimento anotou-se o peso, acrescentou-se 2,5 gramas de amostra. – Colocou-se o cadinho com amostra na mufla e aqueceu gradualmente até atingir 600 °C permanecendo nesta temperatura no mínimo por duas horas. – Após duas horas, a mufla foi desligada e deixou-se o cadinho resfriar até 150 C aproximadamente. Observou-se a coloração das cinzas. – Transferiu o cadinho para o dessecador e deixou- o resfriar até a temperatura ambiente. – Pesou-se o cadinho com as cinzas. Para a preparação da amostra para a determinação dos minerais, foram feitas as seguintes etapas: – Adicionou-se 5 ml de HCl (1 + 1) ao cadinho com cinzas e aqueceu em chapa quente até a evaporação completa do HCl. – Repetiu a operação com mais 3 ml de HCl e aqueceu novamente até restar de 0,5 a 1,0 ml de líquido no cadinho. – Resfriou o cadinho e transferiu quantitativamente para um balão de 100 ml. Completou o volume com água deionizada. – Filtrou-se, recuperando o filtrado em um frasco devidamente limpo e rotulado. RESULTADOS Após o término dos procedimentos, chegou-se aos seguintes resultados: Peso do cadinho vazio (g) Peso do cadinho com a amostra (g) Peso do cadinho com as cinzas (g) Peso da amostra (g) Peso das cinzas (g) 24,6556 27,1233 24,7273 2,4677 0,0717 Cálculo da porcentagem de cinzas na amostra: %cinzas = g de cinzas / g de amostra x 100 %cinzas = 0,0717/ 2,4677 x 100 = 2,90554 ≈ 2,90% DISCUSSÃO Após o cadinho com a amostra ter sido aquecido pela mufla a 600°C, as cinzas tinham pontos escuros na sua coloração, o que indica que os minerais não foram todos oxidados, ou seja, tem matéria orgânica para ser queimada. Esse problema se dá devido à quantidade de horas que o cadinho com a amostra foi submetido à mufla, o mesmo permaneceu por 2horas, sendo que o ideal são 4 horas. Porém, o resultado obtido foi muito bom, já que o teor de cinzas na amostra foi de 2,90% e o da literatura é de 2,89% ± 0,14 para a farinha de linhaça. Esse resultado mostra que, mesmo ainda tendo pontos escuros na cinza, a matéria orgânica foi quase toda oxidada, pois o valor obtido foi muito próximo da literatura. (Ciência Rural, v.44, n.1, jan, 2014.) CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROSO, A. K. M. et al. Linhaça marrom e dourada: propriedades químicas e funcionais das sementes e dos óleos prensados a frio. Ciência Rural, v. 44, n. 1, 2014. MACIEL. L.M.B; Utilização da Farinha de Linhaça no Processamento de Biscoito Tipo “Cracker”: Características Físico-Químicas, Nutricionais e Sensoriais. Alagoas, 2006. MENEZES. E. W; PURGATTO, E. Determinação de Cinzas em Alimentos. Universidade de São Paulo, 2016. Universidade Federal de Brasília; Curso de Ciências Farmacêuticas. Relatório de Bromatologia: Determinação de Cinzas em alimentos. Brasília, 2015.
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