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Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Sumário Convergências e Diferenças entre Gestão Pública e a Privada 3 Gestão para Resultados 7 O Paradigma do Cliente 10 Formas de gestão de serviços públicos: formas de supervisão e contratualização de resultados 11 Supervisão da Prestação Indireta 13 Contratualização de Resultados 14 Resumo 17 Questões Comentadas 20 Lista de Questões Trabalhadas na Aula 32 Gabaritos 37 Bibliografia 37 Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercidos comentados - Aula 06 Convergências e Diferenças entre Gestão Pública e a Privada. Existem diversas diferenças entre a gestão pública e a gestão privada. Da mesma forma, as convergências também são inúmeras. Tanto na iniciativa privada quanto na gestão pública os gestores utilizam técnicas como o planejamento, o controle, a organização e a direção. Além disso, tanto no setor privado quanto no setor público são utilizadas técnicas de motivação e liderança, por exemplo. Muitas das funções administrativas são as mesmas, como as áreas de finanças e de recursos humanos1. Ambos os setores recebem pressões do meio externo, como fatores económicos, políticos e sociais. E lembrem-se dessa famosa "pegadinha": os gestores públicos podem e devem utilizar as modernas técnicas de administração, como a gestão por competências, a gestão por processos, as organizações em rede, a Qualidade Total, etc. Em ambas os gestores utilizam técnicas como o planejamento, o controle, a organização e a direção. São utilizadas técnicas de motivação e liderança nas duas Muitas das funções administrativas são as mesmas, como as áreas de finanças e de recursos humanos. Figura 1- Semelhanças entre a Gestão Pública e a Gestão Privada O que não deve ocorrer é uma utilização destas técnicas sem que o gestor tenha em mente as diferenças que existem entre a gestão privada e a gestão pública. Entre as principais diferenças podemos citar2: • A Administração Pública deve buscar o bem da sociedade, o interesse público. As empresas buscam a lucratividade e a maximização da riqueza dos seus acionistas; 1 (Robbins & Coulter, 1998) 2 (Paludo A. V., 2010) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 • Os governantes públicos estão voltados para sua eleição (ou reeleição), já os administradores privados buscam aumentar a lucratividade e satisfazer os acionistas; • As empresas devem suas receitas aos seus clientes. Os governos têm os tributos como fonte principal de receita (por isso muitas vezes dão mais importância aos "clientes" que podem aumentar suas receitas, como o Legislativo ou Executivo!); • Os clientes só pagam às empresas se consumirem seus produtos, mas pagam ao governo mesmo se não estão "consumindo" seus serviços; • As empresas normalmente operam em um ambiente competitivo (seus clientes podem trocar de fornecedor se não estiverem satisfeitos), já os governos operam geralmente em um monopólio (muitas vezes não temos alternativa de escolha); • Os cidadãos controlam o governo (por meio de seus representantes eleitos ou pelo controle social), já as empresas privadas são controladas pelo mercado; • A Administração Pública deve seguir os seus princípios constitucionais (LIMPE), mas a gestão privada não tem esta necessidade (ou tem em diferente grau, como no caso do princípio da legalidade - o gestor privado pode fazer tudo que não estiver proibido, já o gestor público só pode fazer o que estiver autorizado em lei!). Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 A Administração Pública deve buscar o bem da sociedade,o interesse público. As empresas buscam a lucratividade e a maximização da riqueza dos seus acionistas Os governantes públicos estão voltados para sua eleição (ou reeleição), já os administradores privados buscam aumentar a lucratividade e satisfazer os acionistas As empresas devem suas receitas aos seus clientes. Os governos têm os tributos como fonte principal de receita (por isso muitas vezes dão mais importância aos "clientes" que podem aumentar suas receitas, como o Legislativo ou Executivo !) Figura 2 - Diferenças principais entre a Gestão Pública e a Gestão Privada Já o Gespública3 cita as seguintes diferenças entre a gestão pública e a gestão privada: Gestão Privada Gestão Pública As organizações do mercado são conduzidas pela autonomia da vontade privada. Os órgãos ou entidades públicas são regidos pela supremacia do interesse público e pela obrigação da continuidade da 3 ( Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão Pública., 2014) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 prestação do serviço público, tratando a todos igualmente e com qualidade. As organizações privadas utilizam estratégias de segmentação de "mercado", estabelecendo diferenciais de tratamento para clientes preferenciais. 0 tratamento diferenciado restringe-se apenas aos casos previstos em lei. As organizações privadas buscam o lucro financeiro e formas de garantir a sustentabilidade do negócio. A administração pública busca gerar valor para a sociedade e formas de garantir o desenvolvimento sustentável, sem perder de vista a obrigação de utilizar os recursos de forma eficiente. A atividade privada é financiada com recursos de particulares que têm legítimos interesses capitalistas. A atividade pública é financiada com recursos públicos, oriundos de contribuições compulsórias de cidadãos e empresas, os quais devem ser direcionados para a prestação de serviços públicos e a produção do bem comum. A iniciativa privada tem como destinatários de suas ações os "clientes" atuais e os potenciais. A administração pública tem como destinatários de suas ações cidadãos, sociedade e partes interessadas, demandantes da produção do bem comum e do desenvolvimento sustentável. Na iniciativa privada, as decisões devem considerar os interesses dos grupos mais diretamente afetados. 0 conceito de partes interessadas no âmbito da administração pública é ampliado em relação ao utilizado pela iniciativa privada, pois as decisões públicas devem considerar não apenas os interesses dos grupos mais diretamente afetados, mas, também, o valor final agregado para a sociedade. A administração privada não tem o poder de regular e gerar obrigações e deveres para a sociedade. A administração pública tem o poder de regular e gerar obrigações e deveres para a sociedade, assim, as suas Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 decisões e ações normalmente geram efeitos em larga escala para a sociedade e em áreas sensíveis. O Estado é a única organização que, de forma legítima, pode definir unilateralmente obrigações em relação a terceiros. Gestão para Resultados O aumento das demandas pelos cidadãos de serviços públicos de qualidade, somado a uma crescente preocupação com o aspecto fiscal do Estado (pois o aumento dos tributos não pode ser a única solução para a melhoria dos serviços), levou ao processo de reforma do Estado. Dentre os aspectos mais importantes neste processo de reforma, está a mudança de mentalidade da gestão pública. De acordo com este novo modelo, o controle não pode ser mais focado nos procedimentos, nos elementos formais, como é a característica do modelo burocrático. Como prega o modelo gerencial, o que o Estado deve buscar são os resultados concretos das ações do governo, o atendimento das demandas dos cidadãos. O processo de gestão para resultados deve então direcionar toda a lógica da administração para a definição de objetivos e metas, alémda medição e do controle destes resultados. De acordo com Serra4: "A Gestão para Resultados é um marco conceituai cuja função é a de facilitar às organizações públicas a direção efetiva e integrada de seu processo de criação de valor público, a fim de otimizá-lo, assegurando a máxima eficácia, eficiência e efetividade de desempenho, além da consecução dos objetivos do governo e a melhoria contínua de suas instituições. " Vejam que a Gestão para Resultados visa maximizar o valor público através de uma metodologia que envolve a definição de objetivos e metas, o monitoramento das atividades na busca de resultados melhores. A gestão para resultados se originou na iniciativa privada. Com a evolução dos problemas na sociedade, que ficaram cada vez mais 4 (Serra, 2008) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 complexos, e o aumento do peso do Estado na economia, esta GPR foi adaptada ao setor público. Entretanto, a definição de quais são os resultados que devem ser alcançados por uma empresa privada é mais fácil. Geralmente, uma empresa busca lucratividade, aumento de participação no mercado, etc. Já os governos devem buscar o aumento do valor público. De acordo com Moore5, o valor público se cria quando se realizam atividades capazes de proporcionar respostas efetivas e úteis às necessidades ou demandas que sejam politicamente desejáveis (consequência de um processo democrático), tenha sua propriedade coletiva e gerem mudanças sociais que modifiquem certos aspectos do conjunto da sociedade. Portanto, os objetivos da GPR são relacionados a três dinâmicas6: s Disponibilizar mais informações para os gestores públicos, de forma que estes possam maximizar o processo de criação de valor público, através do alcance de melhores resultados; s Contribuir para a melhoria da capacidade das autoridades e organizações públicas de prestar contas para a sociedade; s Ajudar à alocação descentralizada de objetivos e responsabilidades bem como à avaliação do desempenho daqueles que exercem as funções gerenciais - com o correspondente uso de incentivos e sanções. Ou seja, para que a GPR funcione o primeiro passo é podermos medir os resultados das ações e programas governamentais. Não adianta ter objetivos e metas que não podem ser quantificados ou controlados. Após a definição dos objetivos e metas e o monitoramento dos resultados (que podem ser de eficiência, eficácia e efetividade), temos de dar flexibilidade e autonomia aos gestores. Para que a gestão para resultados funcione no setor público, o paradigma burocrático deve ser atacado. Não faz sentido cobrar resultados, se não existem ferramentas de gestão à disposição dos agentes públicos encarregados de entregar estes resultados. Assim, o foco de controle deve ser alterado do controle de procedimentos para o controle de resultados. Dentro deste prisma, a flexibilidade gerencial deve ser utilizada como instrumento principal para o sucesso da GPR. 5 (Moore, 1995) apud (Serra, 2008) 6 (Serra, 2008) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Esta flexibilidade é importante nos três níveis, mas é fundamental no nível estratégico e no nível tático. Vemos os instrumentos abaixo como indicativos das medidas necessárias para que isto ocorra: > Flexibilidade maior na gestão dos próprios recursos - a prática de contingenciamentos deve ser reduzida e os recursos devem estar disponíveis de acordo com uma programação anual razoável, de forma que possa existir um planejamento eficaz; > Autonomia na contratação de pessoal - o gestor deve ter liberdade de escolher sua própria equipe e distribuir os cargos disponíveis. Outro aspecto importante dentro do processo de mudança atrelado a introdução da GPR é a mudança cultural dos servidores públicos. Assim, os incentivos e punições devem ser atrelados aos resultados individuais e coletivos alcançados. Dentro deste âmbito, devem ser introduzidos instrumentos motivacionais que atuem em duas frentes, os aspectos intrínsecos (que são derivados das necessidades, vivências e experiências de cada indivíduo) e os aspectos extrínsecos (que se referem ao ambiente de trabalho e as condições de trabalho, como o salário, infraestrutura, benefícios, etc.). De acordo com Paludo7, "Formalmente, na Administração Pública Federal, a gestão por resultados foi introduzida com o PPA 2000-2003, denominado Avança Brasil, sob a ótica de estruturação das ações de governo em programas, com objetivos e metas vinculados aos programas e ações." Segundo o autor, seja qual for o caminho escolhido para perseguir melhores resultados na gestão pública, dois temas são cruciais: o fortalecimento do planejamento orientado a atuação administrativa e a sua maior integração com o orçamento. Desta forma, os principais elementos da gestão para resultados seriam8: 7 (Paludo A. , 2013) 8 (Serra, 2008) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Estratégia na qual se define os resultados esperados de um organismo público Sistemas de informação que permitam monitorar a ação pública, informar à sociedade, avaliando-a Promoção da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, mediante um processo de melhoramento contínuo Uma cultura e um conjunto de ferramentas de gestão orientado à melhora dos resultados no desempenho das organizações públicas e seus funcionários Sistemas de contratação de funcionários de gerência pública, visando aprofundar a responsabilidade, o compromisso e a capacidade de ação dos mesmos Sistemas de informação que favoreçam a tomada de decisões dos que participam destes processos Figura 3 - Elementos da GPR. Fonte: (Serra, 2008) O Paradigma do Cliente A visão de que os governos deveriam tratar com mais cuidado seu "cliente/cidadão" está inserida dentro do movimento da Nova Gestão Pública. Desde os anos 80 do século passado, os governos estão buscando entender melhor quais são as características destes clientes/cidadãos, quais são suas necessidades e demandas para melhor atendê-los. Além disso, começou a existir uma maior cobrança destes cidadãos por mais informação das ações e programas do governo, ou seja, um aumento da transparência do Estado. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Anteriormente, a administração burocrática era voltada para dentro, ou seja, se preocupava mais com seus próprios problemas e necessidades. Desta forma, as necessidades e desejos dos cidadãos eram deixados em segundo plano. A "eterna" desconfiança que existia na administração burocrática em relação aos servidores também dificultava um melhor atendimento ao público. O controle de procedimentos (que é derivado desta desconfiança) não possibilitava ao servidor a flexibilidade de atender os clientes/cidadãos da maneira mais rápida e eficaz. Atualmente, este conceito de "cliente" evoluiu, pois, a noção do indivíduo como cliente, como é entendida no setor privado, não se adapta perfeitamente ao setor público. De acordo com a constituição, todos os indivíduos têm os mesmos direitos e deveres e devem ser tratados da mesma forma pelo Estado. No setor privado, um cliente mais "importante" é tratado como VIP, e têm um atendimento personalizado e especial. A própria noção de que existem deveres relacionados com a noção de cidadão é contrária à noção de cliente do setor privado. Além disso, a cultura organizacional reinante nas organizações públicas é autorreferida, ou seja, voltada aos interesses da burocracia, e não dos cidadãos que devem servir. Como não eram avaliados e premiados de acordo aos resultados obtidos e à satisfação dos clientes, estes servidores se condicionaram a satisfazer aos chefes e superiores,e não aos cidadãos. Outra diferença que existe entre o setor privado e o público na prestação de serviços de qualidade aos seus "clientes" são as restrições orçamentárias e financeiras que existem no setor público. Estas, de certa forma, acabam limitando a prestação de serviços de melhor qualidade em certas situações. Formas de gestão de serviços públicos: formas de supervisão e contratualizacão de resultados Serviço Público em sentido amplo é todo o leque de serviços que podem ser enquadrados no conceito de atividade pública, seja administrativa, seja legislativa, seja jurisdicional. Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo9, a definição de serviço em sentido amplo é o seguinte: 9 (Alexandrino & Paulo, 2009) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 "A expressão 'serviço público' é empregada como sinónimo de 'função pública'. Abrange, assim, o conjunto de todas as atividades que são exercidas sob regime jurídico de direito público. " Dessa forma, o sentido amplo de serviço público refere-se a toda e a qualquer atividade que a Administração Pública venha desenvolver para alcançar a sua finalidade de visar o bem da coletividade. Já Serviço Público em sentido restrito, para Di Pietro10, nada mais é do que aqueles serviços públicos propriamente ditos, senão vejamos: "Restritos são aqueles que confinam o serviço público entre as atividades exercidas pela Administração Pública, com exclusão das funções legislativa e jurisdicional; e, além disso, o consideram como uma das atividades administrativas, perfeitamente distintas do poder de polícia do Estado. " A autora distingue as ações sociais das jurídicas. Para ela, os serviços públicos em sentido restrito alcançam as atividades executadas de forma direta à sociedade, tanto pela própria Administração, quanto por aqueles cujo serviço lhes foram delegados. Além dos serviços internos ou administrativos, que fazem com que a "máquina administrativa" funcione. Os serviços públicos são prestados pelo Estado, no entanto, eles podem sem desempenhados por particulares, após sofrerem tratamento específico e controle pelo ente público. A competência para prestar os serviços públicos é tratada na Constituição Federal, de 1988. Observem, abaixo, algumas passagens como exemplo. Segundo nossa Carta Magna, no artigo 21, inciso X, compete à União manter o serviço postal e o correio aéreo nacional. Pessoal, isso é caracterizado como um serviço exclusivo e, consequentemente, obrigatório para o Estado. Outro tipo de serviço prestado pelo Poder Público, está descrito no artigo 223, conforme podemos observar a seguir: "Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão/ permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal. " 10 (Di Pietro, 2012) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Com isso, extraímos que a regulamentação da prestação de serviço de radiodifusão sonora e transmissão de sons e imagens é de competência obrigatória do Estado. No entanto, cabe ao poder público transferir por meio de concessões, permissões ou autorizações a execução desse tipo de serviço a terceiros. Pessoal, existe mais outro tipo de serviço em que o Estado é obrigado a prestar. São os serviços de educação, saúde, previdência social e associação social. Vale ressaltar aqui que há obrigatoriedade de prestação desses serviços pelo Poder Público, entretanto, não existe exclusividade para tal. Isso significa que a CF/88 autorizou que o setor privado poder exercer essas atividades juntamente com o Estado, mesmo que este não realize a transferência por meio de concessões ou permissões ou autorizações. Por fim, o inciso XI, do artigo 21, exemplifica um tipo de serviço que não é obrigatório para o Estado, no entanto, cabe a ele providenciar a sua efetiva execução por um particular. "Art. 21. (...) XI - explorar, diretamente ou mediante autorização> concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais. " Outros exemplos em que o Estado não tem a obrigatoriedade de prestar, mas sim de promover uma execução efetiva seriam os casos de fornecimento de energia elétrica, transporte rodoviário. Supervisão da Prestação Indireta Diferentemente da prestação direta de serviços público, na prestação indireta o que se observa é o fato de haver uma transferência da execução para particulares por meio do instituto denominado de delegação. Pessoal, é através da delegação que certo tipo de atividade pode ser transferido do setor público para o setor privado. Vale ressaltar que alguns autores denominam esta prestação indireta por descentralização por colaboração. A nossa CF/88 autoriza a transferência da execução do serviço público para particulares, no entanto, cabe lembrar que a titularidade continua pertencendo ao poder público. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Os tipos de delegação estudados são: concessão e permissão para se prestar determinada atividade. Para Di Pietro11: "As principais formas de prestação indireta abrangem: a) a concessão e a permissão de serviços públicos (...); b) a concessão patrocinada e a concessão administrativa, englobadas sob o título de parcerias público-privadas; c) o contrato de gestão como instrumento de parceria com as chamadas organizações sociais(...). " Pessoal, as formas de prestação dependem do tipo de serviço a ser prestado, não é verdade? Assim, pode-se prestar diretamente, pela Administração Direta ou Indireta, como também há a possibilidade de se prestar indiretamente, utilizando-se do instituto da delegação dos serviços aos particulares. Por fim, o que se deve ter em mente é que em qualquer uma das formas de prestação de serviço público, seja direta, seja indireta, cabe ao ente público federado, que o criou, a sua regulação. Portanto, é obrigatória que a regulação do serviço se dê por meio de criação de leis e normas necessárias para estabelecer as diretrizes de execução dos serviços, as normas técnicas, a resolução de conflitos. Isso pode ser claramente observado com a leitura do artigo 33 da Lei 9.074, de 1995, que estabelece normas para outorga das concessões e permissões de serviços públicos: "Art. 33. Em cada modalidade de serviço público, o respectivo regulamento determinará que o poder concedente (...) estabeleça forma de participação dos usuários na fiscalização e torne disponível ao público, periodicamente, relatório sobre os serviços prestados. " Contratualização de Resultados A contratualização de resultados é um instrumento associado ao modelo gerencial e a busca de uma gestão por resultados na Administração Pública. 11 (Di Pietro, 2012) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 O contrato de gestão (ou acordo-programa) é um pacto firmado pela Administração Pública, uma espécie de convénio administrativo, entre um órgão supervisor com outro órgão ou entidade da Administração Pública ou do Terceiro Setor. Através deste acordo, estabelecem-se indicadores, metas, a serem atingidas. Em troca disso, garantem-se os recursos para que este órgão alcance os resultados pretendidos. De acordo com o MPOG12, "Quando firmada dentro do próprio Poder Público, a contratualização visa ampliar a capacidade interna do governo de implantar políticas públicas setoriais, de forma coordenada e sinérgica. Quando ocorre entre o Poder Público e terceiros, visa estabelecer uma relação de fomento e parceria entre Estado e sociedade civil, para aexecução de atividades que, por sua essencialidade ou relevância para a coletividade, possam ser assumidas de forma compartilhada, observadas a eficácia, a eficiência e a efetividade da ação pública. " O acordo de resultados, assim, pode assumir três configurações. Uma delas é a formação de uma parceria entre o Poder Público e suas entidades (Administração Indireta), conferindo a estas uma maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira, devendo- se, em todo caso, observância às metas de desempenho, aos indicadores de eficiência. Como exemplos, podem ser citadas as agências executivas. A segunda configuração garante a assinatura de contratos de gestão com entidades não integrantes da Administração Pública . Nesse sentido, a Lei 9.637/1998, a qual trata das Organizações Sociais (OSs), dá a possibilidade de assinatura de contratos de gestão, ficando obrigadas a atingir metas relacionadas a serviços e atividades de interesse público, atividades relativas às áreas de ensino, cultura e saúde, por exemplo. Em contrapartida, recebem auxílio da Administração, mediante, por exemplo, transferência de recursos públicos, cessão de bens e servidores públicos. Já a terceira configuração seria a celebração entre o Poder Público e seus próprios órgãos (Administração Direta), ou seja, com unidades administrativas despersonalizadas. Essa última configuração tem sido objeto de críticas por parte da doutrina: a primeira apoia-se no fato de que órgãos, por serem despersonalizados, não poderiam assinar contratos; a segunda sustenta- 12 (MPOG, 2009) apud (Schwarz, 2009) Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 se na ideia de que o contrato não é lei, logo, não é o instrumento hábil ao incremento de autonomia financeiro-orçamentária. A explicação é que esses contratos se assemelham mais a uma forma de ajuste, um acordo, pela melhoria da gestão pública. 0 nome dado ao instituto é que é muito ruim. Este é, na realidade, um acordo operacional, espécie de convénio administrativo, por meio do qual o Poder Público garante maior autonomia administrativa aos órgãos, em troca de maior eficiência, com desenho de metas e de indicadores de desempenho. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Resumo Gestôo para Resultados O aumento das demandas pelos cidadãos de serviços públicos de qualidade, somado a uma crescente preocupação com o aspecto fiscal do Estado levou ao processo de reforma do Estado. Dentre os aspectos mais importantes neste processo de reforma, está a mudança de mentalidade da gestão pública. De acordo com este novo modelo, o controle não pode ser mais focado nos procedimentos, nos elementos formais, como é a característica do modelo burocrático. O processo de gestão para resultados deve direcionar toda a lógica da administração para a definição de objetivos e metas, além da medição e do controle destes resultados. A Gestão para Resultados visa maximizar o valor público através de uma metodologia que envolve a definição de objetivos e metas, o monitoramento das atividades na busca de resultados melhores. Os governos devem buscar o aumento do valor público. O valor público se cria quando se realizam atividades capazes de proporcionar respostas efetivas e úteis às necessidades ou demandas que sejam politicamente desejáveis, que tenha sua propriedade coletiva e gerem mudanças sociais que modifiquem certos aspectos do conjunto da sociedade. Portanto, os objetivos da GPR são relacionados a três dinâmicas: S Disponibilizar mais informações para os gestores públicos, de forma que estes possam maximizar o processo de criação de valor público, através do alcance de melhores resultados; S Contribuir para a melhoria da capacidade das autoridades e organizações públicas de prestar contas para a sociedade; S Ajudar à alocação descentralizada de objetivos e responsabilidades bem como à avaliação do desempenho daqueles que exercem as funções gerenciais - com o correspondente uso de incentivos e sanções. O foco de controle deve ser alterado do controle de procedimentos para o controle de resultados. Vemos os instrumentos abaixo como indicativos das medidas necessárias para que isto ocorra: > Flexibilidade maior na gestão dos próprios recursos -a prática de contingenciamentos deve ser reduzida e os recursos devem estar disponíveis de acordo com uma programação anual razoável, de forma que possa existir um planejamento eficaz; > Autonomia na contratação de pessoal - o gestor deve ter liberdade de escolher sua própria equipe e distribuir os cargos disponíveis. Outro aspecto importante dentro do processo de mudança atrelado a introdução da GPR é a mudança cultural dos servidores públicos. Assim, os incentivos e punições devem ser atrelados aos resultados individuais e coletivos alcançados. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 - Aspectos intrínsecos: que são derivados das necessidades, vivências e experiências de cada indivíduo; Aspectos extrínsecos que se referem ao ambiente de trabalho e as condições de trabalho, como o salário, infraestrutura,benefícios, etc. O Paradigma do Cliente A visão de que os governos deveriam tratar com mais cuidado seu "cliente/cidadão" está inserida dentro do movimento da Nova Gestão Pública. Atualmente,este conceito de "cliente" evoluiu,pois,a noção do indivíduo como cliente,como é entendida no setor privado,não se adapta perfeitamente ao setor público. De acordo com a constituição,todos os indivíduos têm os mesmos direitos e deveres e devem ser tratados da mesma forma pelo Estado. No setor privado, um cliente mais "importante" é tratado como VIP, e têm um atendimento personalizado e especial. A própria noção de que existem deveres relacionados com a noção de cidadão é contrária á noção de cliente do setor privado. A cultura organizacional reinante nas organizações públicas é autorreferida, ou seja, voltada aos interesses da burocracia, e não dos cidadãos que devem servir. Outra diferença que existe entre o setor privado e o público na prestação de serviços de qualidade aos seus "clientes" são as restrições orçamentárias e financeiras que existem no setor público. Formas de Gestão de Serviços Públicos: Formas de Supervisão e Contratualização de Resultados Serviço Público em sentido amplo é todo o leque de serviços que podem ser enquadrados no conceito de atividade pública, seja administrativa, seja legislativa, seja jurisdicional. Os serviços públicos são prestados pelo Estado,no entanto,eles podem sem desempenhados por particulares, após sofrerem tratamento específico e controle pelo ente público. A competência para prestar os serviços públicos é tratada na Constituição Federal, de 1988. Para os serviços de educação, saúde, previdência social e associação social, há obrigatoriedade de prestação desses serviços pelo Poder Público, entretanto, não existe exclusividade para tal. Isso significa que a CF/88 autorizou que o setor privado poder exercer essas atividades juntamente com o Estado Supervisão da Prestação Indireta Diferentemente da prestação direta de serviços público, na prestação indireta o que se observa é o fato de haver uma transferência da execução para particulares por meio do instituto denominado de delegação. Alguns autores denominam esta prestação indireta por descentralização por colaboração. A CF/88 autoriza a transferência da execução do serviço público para particulares, no entanto, cabe lembrar que a titularidade continua pertencendo ao poder público. Pode-se prestar diretamente, pela Administração Direta ou Indireta, como também há a possibilidade de se prestar indiretamente, utilizando-se do instituto da delegação dos Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 serviçosaos particulares. Em qualquer uma das formas de prestação de serviço público, seja direta, seja indireta, cabe ao ente público federado, que o criou, a sua regulação. Contratualizaçõo de Resultados O contrato de gestão (ou acordo-programa) é um pacto firmado pela Administração Pública, uma espécie de convénio administrativo, entre um órgão supervisor com outro órgão ou entidade da Administração Pública ou do Terceiro Setor. Através deste acordo, estabelecem-se indicadores,metas,a serem atingidas. Em troca disso, garantem-se os recursos para que este órgão alcance os resultados pretendidos. O acordo de resultados, assim, pode assumir três configurações. • Uma delas é a formação de uma parceria entre o Poder Público e suas entidades (Administração Indireta), conferindo a estas uma maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira, devendo-se, em todo caso, observância às metas de desempenho, aos indicadores de eficiência. • A segunda configuração garante a assinatura de contratos de gestão com entidades não integrantes da Administração Pública. Nesse sentido,a Lei 9.637/1998, a qual trata das Organizações Sociais (OSs), dá a possibilidade de assinatura de contratos de gestão, ficando obrigadas a atingir metas relacionadas a serviços e atividades de interesse público, atividades relativas às áreas de ensino,cultura e saúde,por exemplo. • Já a terceira configuração seria a celebração entre o Poder Público e seus próprios órgãos (Administração Direta), ou seja, com unidades administrativas despersonalizadas. Essa última configuração tem sido objeto de críticas por parte da doutrina: a primeira apoia- se no fato de que órgãos, por serem despersonalizados, não poderiam assinar contratos; a segunda sustenta-se na ideia de que o contrato não é lei, logo,não é o instrumento hábil ao incremento de autonomia financeiro-orçamentária. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Questões Comentadas 1. (CESPE - TRE-PI - ANALISTA - 2016 - ADAPTADA) Ao adotar um modelo de gestão por resultados, a administração pública prioriza procedimentos característicos de uma administração burocrática, haja vista que o planejamento passa a ser orientado à ação para o alcance de resultados O modelo de gestão por resultados é associado ao gerencialismo, não ao modelo burocrático. Ele envolve uma flexibilidade que é contrária aos princípios do controle burocrático, focados controle de procedimentos. Um controle "a priori". Desse modo, o gabarito é questão errada. 2. (CESPE - TRE-PI - ANALISTA - 2016 - ADAPTADA) Nos contratos de gestão celebrados entre a administração pública e os interessados em executar determinado serviço público, o foco principal é o acompanhamento e o controle dos procedimentos legais, sendo facultativa a determinação de metas e resultados a serem alcançados. Negativo. Na gestão por resultados, como o próprio nome indica, o foco está nos resultados da gestão, não no cumprimento de regras e procedimentos. A ideia é uma troca de maior flexibilidade na gestão por uma entrega de resultados pactuados. 0 gabarito é questão errada. 3. (CESPE - TRT-PA - ANALISTA - 2016 - ADAPTADA) A gestão por resultados envolve o monitoramento e a avaliação de desempenho da instituição para a verificação dos resultados almejados, bem como a retroalimentação e a adoção de medidas corretivas decorrentes da avaliação. Para que a GPR funcione, precisamos medir os resultados das ações e programas governamentais. Não adianta ter objetivos e metas que não podem ser quantificados ou controlados. Após a definição dos objetivos e metas e o monitoramento dos resultados (que podem ser de eficiência, eficácia e efetividade), temos de dar flexibilidade e autonomia aos gestores. Para que a gestão para resultados funcione no setor público, o paradigma burocrático deve ser atacado. Assim sendo, a avaliação deve servir para podermos gerenciar melhor os programas e projetos públicos. Sem um processo de controle e avaliação Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 eficiente, não temos como implementar a gestão por resultados. O gabarito é mesmo questão certa. 4. (CESPE - TRT-PA - ANALISTA - 2016 - ADAPTADA) A administração por resultados no setor público tem como foco o alcance de metas orçamentárias/ independentemente do grau de satisfação do cidadão. A questão estava "bonitinha", mas o final da frase estragou tudo! O foco da gestão por resultados está no alcance dos resultados acordados (das metas), mas essas metas podem estar relacionadas com a satisfação do cidadão. Afinal de contas, o atendimento das demandas da população deve ser o foco da gestão pública. O gabarito é questão errada. 5. (CESPE - CADE- ANALISTA - 2014) Uma gestão eficaz de serviços públicos orientada por resultados implica a totalidade do atendimento das demandas da sociedade/ sem margens a atendimentos parciais. A frase não faz sentido. Ao contrário da gestão tradicional, que se preocupa mais com os processos e com os recursos envolvidos no atendimento à sociedade, a gestão por resultados está voltado para os desejos e demandas reais dos usuários dos serviços públicos. Entretanto, não é necessário estas demandas sejam atendidas "em sua totalidade" para que tenhamos uma gestão eficaz dos serviços públicos. Afinal de contas, temos recursos escassos e desejos e demandas imensos. O que a gestão por resultados busca é um direcionamento do foco da gestão pública para os resultados e para o atendimento das demandas da população. O gabarito é questão errada. 6. (CESPE - TRT-10 - TÉCNICO - 2013) Por visar atender o interesse público, a administração pública tem de alinhar suas ações e resultados às necessidades e expectativas dos cidadãos, mediante a assunção do compromisso de fazer o melhor no cumprimento da sua missão. Perfeito. De acordo com o paradigma do cliente e o modelo gerencial, a Administração Pública deve focar seus esforços na satisfação dos interesses e desejos dos seus usuários e clientes. Questão bem tranquila da banca. O gabarito é mesmo questão certa. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 7. (CESPE - ANAC - ANALISTA - 2012) A definição de indicadores de desempenho para fins de monitoramento poderá ser suprimida na implementação de um modelo de gestão de resultados. A gestão de resultados não pode suprimir os indicadores de desempenho, pois estes são cruciais no acompanhamento dos resultados dos órgãos. Sem medirmos os resultados, não temos como gerenciar por resultados, não é verdade? Os indicadores de desempenho possibilitarão ao gestor avaliar se as ações do órgão estão sendo eficientes, eficazes e efetivos. Deste modo, o gabarito é questão errada. 8. (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA - 2012) A atuação da organização pública alinhada ao paradigma do cliente na gestão pública procura dar ao cidadão-usuário atendimento semelhante ao que ele teria como cliente em uma empresa privada. Certa. O paradigma do cliente está relacionado com o movimento do consumerismo, do modelo gerencial. A ideia é a de que o setor público consiga atender os seus clientes ou usuários com a mesma atenção que o setor privado costuma tratar. Vejam que quando a banca fala de "atendimento semelhante", está tratando da qualidade do atendimento. O gabarito é questão certa. 9. (CESPE - STM / ANALISTA - 2011 ) No setor público, a noção de gestão para resultados relaciona-se ao atendimento das demandas dos cidadãos e à criação de valor público por meio de um gerenciamento integrado e eficiente de políticas, programas e projetos públicos. Perfeito. Ao contrário da gestão tradicional, que se preocupa mais com os processos e com os recursos envolvidos no atendimento à sociedade, a gestão por resultados está voltado para os desejos e demandas reaisdos usuários dos serviços públicos. Não bastaria que o órgão controle de modo eficaz seus processos e procedimentos de trabalho, mas sim que esteja alinhado com seus clientes e que consiga criar "valor público", ou seja, que entregue benefícios aos cidadãos. 0 gabarito é questão certa. 10. (CESPE - ANEEL / ANALISTA - 2010) A eficácia do modelo de gestão por resultados depende da definição de metas factíveis. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Perfeito. A gestão por resultados deve incluir a negociação de metas e objetivos em conjunto. De nada adianta estabelecer objetivos impossíveis para seus subordinados. Estes perceberão logo que a tarefa é inalcançável e não ficarão motivados para buscá-la. Por isso, a gestão por resultados deve envolver também o fornecimento de recursos adequados e autonomia para que o gestor possa buscar os resultados acordados. O gabarito é questão certa. 11. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) Ao adotar a gestão por resultados, o dirigente de uma organização deve sempre focar suas prioridades pessoais e desenvolver a seguinte sequência de ações: planejamento, controle e ação. Negativo. As prioridades que devem ser enfatizadas são as da organização, nunca as pessoais. Além disso, o controle não deve vir sempre antes da execução. 0 controle pode ocorrer antes, durante e depois da execução. O gabarito é questão incorreta. 12. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) Na gestão por resultados, desenvolvem-se ações contrárias às consideradas necessárias ao atendimento das demandas de accountability. Não existe este confronto entre os conceitos de gestão por resultados e Accountability. Este último conceito envolve a necessidade de que os agentes públicos prestem contas de seus atos, sendo responsabilizados pelos desvios. Além disso, engloba também uma responsividade aos desejos dos cidadãos, uma preocupação em atender bem a sociedade. Desta maneira, a gestão por resultados não deixa de exigir dos gestores a prestação de contas e a transparência dos seus atos. 0 que muda é o tipo de controle, que passa a ser focado nos resultados e não nos procedimentos. 0 gabarito é questão errada. 13. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) No âmbito da administração pública brasileira, a gestão por resultados tem foco distinto do verificado em programas de qualidade e excelência, visto que estes não contemplam a busca de resultados. Os programas de qualidade se preocupam sim com os resultados. Não existe este "foco distinto" entre a gestão da qualidade e a gestão para resultados. Deste modo, o gabarito é questão errada. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 14. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010 ) A adoção da gestão por resultados na administração pública implica a realização periódica de negociação e acordos que envolvam os objetivos e metas fixados, em compromisso, entre o Estado e cada órgão a ele subordinado. Perfeito. A gestão por resultados deve envolver sim a negociação de objetivos, metas e autonomia na gestão de recursos entre superiores e subordinados. Desta forma, as metas não podem ser inalcançáveis ou que não venham acompanhadas da autonomia necessária ao gestor que será responsável por atingi-las. 0 gabarito é questão certa. 15. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) A administração pública brasileira, embora caracterizada pela adoção de pressupostos da administração por objetivos, não dispõe de organizações pautadas concretamente em resultados. Beleza. A gestão para resultados é um paradigma a ser buscado, mas que ainda é de difícil aplicação no modelo burocrático predominante em nossa Administração Pública. Um dos problemas encontrados é que os gestores não dispõem de autonomia para gerir seus recursos. Com isso, fica difícil cobrar resultados. Além disso, o instrumento da contratualização de resultados ainda é muito pouco utilizado nos órgãos públicos. O gabarito é mesmo questão certa. 16. (CESPE - INMETRO - ANALISTA - 2009) A contratualização é uma prática importante na administração pública pós-reforma do Estado, pois possibilita instituir práticas de planejamento, avaliação e monitoramento da execução por parte do Estado e o terceiro ou órgão público contratado. Os contratos de resultados podem ser firmados com quase todas as instituições, principalmente as estatais e aquelas do terceiro setor, excetuando-se as entidades privadas, qualificadas como organizações sociais. A questão está incorreta, pois as Organizações Sociais (OSs) também celebram contratos de gestão com o Estado. Este é o instrumento que pactua as metas a serem alcançadas pela OS, em contrapartida aos recursos públicos que elas recebem. O gabarito é questão errada. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 17. (CESPE - TCU / ACE - 2008) O controle dos resultados de forma descentralizada, na administração pública/ depende de um grau de confiança limitado nos agentes públicos, que, mesmo com estrito monitoramento permanente, devem ter delegação de competência suficiente para escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas. Perfeito. De acordo com a mudança gerencialista em direção ao controle de resultados, deve ser dada autonomia para o gestor poder buscar os melhores resultados possíveis dentro do contexto que trabalha. Entretanto, esta autonomia não é total e este servidor deve ser constantemente monitorado pelos órgãos de controle. O gabarito é questão correta. 18. (CESPE - TRT-RJ - ANALISTA - 2008) A adoção da gestão pública por resultados limita a autonomia do gestor público na forma como implementar a produção dos serviços públicos, em função dos resultados acordados. É exatamente o contrário que ocorre. A gestão por resultados visa ampliar a autonomia do gestor, e não limitar esta autonomia. Para que este possa atingir os resultados, deve ter maior flexibilidade e autonomia. O gabarito é questão incorreta. 19. (CESPE - TRT-RJ - ANALISTA - 2008) Os indicadores utilizados na gestão pública por resultados têm como finalidade exclusiva o monitoramento do atingimento dos resultados propostos em seus objetivos. A questão está incorreta, pois os indicadores têm diversos objetivos, como os de avaliar a eficiência, eficácia e efetividade de uma política pública ou ação governamental. Não são somente os resultados diretos que são avaliados. Desta maneira, se retirássemos a "finalidade exclusiva" da frase ela se tornaria correta. Fiquem sempre atentos quando o CESPE "colocar": sempre, nunca, exclusivamente etc. O gabarito é questão errada. 20. (CESPE - INMETRO - ANALISTA - 2007) No modelo gerencialista, em comparação ao burocrático, a autonomia do administrador público é ampliada, para que os objetivos contratados sejam atingidos. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Beleza. Neste modelo gerencialista, o pressuposto é que devem ser dadas autonomia e flexibilidade maiores ao servidor! Desta forma, podem- se cobrar os resultados acordados. O gabarito é questão correta. 21. (CESPE - TRT-10 - TÉCNICO - 2013) À semelhança das organizações privadas, a administração pública utiliza estratégias de segmentação de mercado, estabelecendo diferenciais de tratamento para clientes preferenciais. A gestão pública não pode nem deve fazer uma segmentação de mercado. Isto é uma característica da gestão privada que não se aplica no setor público. Temos na Administração Pública o princípio da isonomia. Assim, o gestor público só pode tratar de modo diferenciado as pessoas que se enquadram em alguma necessidade especial, de acordo com a lei. Deste modo, temos os casos de atendimento personalizado para os idosos, as gestantes, as crianças, sempre que isto se fizer necessário e descrito em algum normativolegal. 0 gabarito é mesmo questão errada. 22. (CESPE - TRT-10 - TÉCNICO - 2013) Diferentemente das organizações privadas, as organizações públicas são regidas pela supremacia do interesse público e pela obrigação da continuidade da prestação do serviço público. Perfeito. Ao contrário das organizações privadas (que buscam o retorno aos seus acionistas), as organizações do setor público buscam melhorar as condições de vida da coletividade. Por esta maneira, não podem deixar de prestar seus serviços, mesmo quando existe um problema financeiro ou orçamentário. Já a iniciativa privada pode descontinuar a oferta de seus produtos sempre que tiver alguma alternativa melhor ou quando o serviço não for mais rentável. O gabarito é questão certa. 23. (CESPE - MI - ANALISTA - 2013) O interesse mobilizador da gestão privada é a lucratividade; o da gestão pública é a efetividade. Perfeito. Uma empresa sem lucro não consegue manter-se viável por muito tempo. Já a gestão pública busca gerar impactos positivos na comunidade em que opera. Estes indicadores que medem os efeitos na sociedade das políticas públicas são chamados de indicadores de efetividade. A redução da criminalidade em um município, por exemplo, é um dos objetivos buscados pelo gestor público. O gabarito é questão certa. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 24. (CESPE - MI - ANALISTA - 2013) As organizações públicas assemelham-se às organizações privadas na medida em que também necessitam da aplicação dos processos administrativos de planejamento, organização, direção e controle, porém diferenciam-se na forma de aplicação. Exato. As organizações públicas e privadas têm diversos processos semelhantes, como o planejamento e o controle de suas atividades. Entretanto, as organizações privadas costumam ter muito mais flexibilidade na aplicação de suas ferramentas. Já as organizações públicas têm muitos dos seus processos, como o de controle, descritos detalhadamente em lei. A forma de aplicação dos processos é diversa mesmo. Assim sendo, o gabarito é questão certa. 25. (CESPE - MI - ANALISTA - 2013) Em consonância com o princípio da legalidade, na gestão pública, em oposição à gestão privada, é lícito fazer apenas o que se determina em lei. Beleza. Este é o "velho" princípio da legalidade. Ao contrário da gestão privada (que pode fazer tudo que não seja proibido), a gestão pública só pode fazer o que é determinado por lei. Assim, o gabarito é questão certa. 26. (CESPE - MI - ANALISTA - 2013) Semelhantemente à gestão privada, cabe à gestão pública a publicidade dos seus atos a fim de demonstrar transparência de suas ações para a coletividade. Negativo. Esta obrigação cabe somente à gestão pública. A gestão privada não tem a obrigação de dar publicidade a todos os seus atos, a não ser os que a legislação obriga a tal. Desta maneira, podem existir dados e informações que a empresa privada pode legalmente omitir da sociedade, se desejar. O gabarito é questão errada. 27. (CESPE - ANAC - ANALISTA- 2012) O setor privado visa ao lucro, ao passo que a administração pública visa ao bem-estar da coletividade. Beleza. Este é exatamente o conceito básico da principal divergência entre estes dois tipos de gestão. Enquanto a gestão privada busca a maior lucratividade possível para os seus acionistas, a gestão pública busca Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 oferecer melhores serviços para a coletividade. O gabarito é mesmo questão certa. 28. (CESPE - ANAC - ANALISTA- 2012 ) Assim como a estrutura organizacional do setor privadof a administração pública também apresenta uma estrutura verticalizada, burocratizada e flexível. Pegadinha na área! A gestão que costuma apresentar uma estrutura verticalizada e burocratizada é a gestão pública, não a gestão privada. Por outro lado, é a gestão privada que normalmente se mostra mais flexível. A gestão pública, por causa do princípio da legalidade, é muito mais "engessada". Desta maneira, o gabarito é questão errada. 29. (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA- 2012) Na gestão de organizações privadas, utilizam-se estratégias de segmentação do mercado, definindo-se diferenciais de tratamento para grupos. Na gestão pública, por outro lado, não se deve, por uma questão de isonomia, discriminar grupos de pessoas. Os casos de tratamento diferenciado, nas organizações públicas, devem-se restringir aos previstos em lei. A frase da banca está perfeita. Ao contrário da gestão privada, que pode criar diversos tipos de relacionamento e tratamento diferenciado, a gestão pública só pode criar um tratamento diferenciado quando ele se justifica legalmente. Este é o caso dos idosos, das gestantes etc. O gabarito é mesmo questão certa. 30. (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA- 2012) As organizações públicas, em sua gestão, devem utilizar estratégias de segmentação do mercado iguais às adotadas pelas organizações privadas, estabelecendo diferenças específicas de tratamento para os grupos diferenciados de cidadãos. Negativo. Vejam como estas questões são recorrentes, não é mesmo? A segmentação de mercado, como o próprio nome indica, é uma prática da gestão privada. Na gestão pública, isto não é possível. Você consegue imaginar uma "ala vip" em um hospital público? Isto seria um escândalo. O gabarito é questão errada. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 31. (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA- 2012) A organização pública que pretende ter uma postura empreendedora deve buscar inovações por meio de ações similares às organizações privadas, como, por exemplo, realizar tudo que não for proibido em lei. O problema desta questão é que existe o princípio da legalidade na Administração Pública. 0 gestor não tem, no setor público, esta flexibilidade de fazer tudo o que não é vedado pela lei. Deste modo, o gabarito é questão incorreta. 32. (CESPE - STM / ANAL ADM. - 2011 ) Apesar de partilharem de algumas funções básicas, gestores públicos e privados têm posições antagónicas quanto ao aspecto económico e à orientação dos negócios sob sua responsabilidade. Naturalmente, os gestores privados buscam o lucro, enquanto os gestores públicos devem buscar atender a todos seus "usuários" de maneira isonômica e atender a sociedade da melhor maneira possível. Portanto, o gabarito é questão correta. 33. (CESPE - AGU- AGENTE ADM. - 2010) Há diferenças fundamentais entre a administração de empresas e a administração pública gerencial. Uma delas diz respeito à receita: a das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços; a do Estado resulta principalmente de contribuições obrigatórias, os impostos, sem contrapartida direta. Perfeito. Uma das principais diferenças da gestão pública e da gestão privada é essa coercibilidade que existe na cobrança de tributos. A relação entre o usuário e o gestor privado é direta - se o usuário não estiver satisfeito, não comprará os serviços. Já no setor público, as receitas são garantidas pelos tributos. O gabarito é, assim, questão correta. 34. (CESPE - TRE / BA - ANALISTA - 2010) No Brasil, a gestão privada, em relação à gestão pública, é mais flexível no que se refere ao tratamento de questões administrativas no âmbito das funções de planejamento, organização, direção e controle. No setor público, o tratamento dessas questões é determinado, principalmente, pelas peculiaridades da burocracia sistémica predominante nesse setor. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Perfeito. O modelo de gestão privado é mais flexível porque não está condicionado ao modelo burocrático e legal que "amarra" a gestão pública. Existe uma maior liberdade e facilidade na tomada de decisão porparte do administrador privado. 0 gabarito é, portanto, questão correta. 35. (CESPE - TRE-BA / ANALISTA - 2010) Enquanto a gestão privada, visando o interesse da sociedade, procura satisfazer os interesses de indivíduos e grupos que consomem seus produtos e(ou) serviços, a gestão pública, em uma concepção pós- burocrática, busca o lucro em suas atividades para que possa obter recursos para satisfazer o interesse e promover o bem- estar geral dos cidadãos por meio da prestação de serviços públicos de qualidade. A gestão pública não busca o lucro. Esta é uma "pegadinha" muito comum em provas de concurso. Mesmo quando nos referimos à gestão empreendedora, que busca novas parcerias e receitas, o objetivo não é o lucro. A meta é a prestação de serviços de qualidade, para o bem da sociedade. 0 gabarito é questão errada. 36. (CESPE - ANATEL / ANAL ADM. - 2006 ) Embora muitos princípios aplicados na modernização da administração pública sejam oriundos de modelos típicos da gestão privada, esta continua, de forma geral, visando ao lucro, enquanto a gestão pública tem por objetivo cumprir sua função social e atender ao interesse público. A gestão pública pode e deve aplicar técnicas de gestão mais modernas, como: a gestão da qualidade total, o benchmarking, a reengenharia, etc. Mas isto não significa, naturalmente, que seus objetivos deixem de ser a geração de valor público - ou seja - a prestação de serviços de qualidade aos cidadãos. O gabarito é questão correta. 37. (CESPE - TRE-MA / ANAL JUD - 2005) Enquanto a receita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Perfeito! As empresas devem "convencer" seus clientes a comprar seus produtos e serviços. O Estado recebe suas receitas de modo "compulsório", ou seja, o cidadão não tem escolha e não recebe nenhum serviço específico em troca. A questão está correta. 38. (CESPE - STM / ANAL JUD - 2004) Como técnica exclusiva da administração empresarial, a análise e a melhoria de processos não se aplicam aos objetivos dos sistemas de administração pública. A análise e a melhoria dos processos não são exclusivas da gestão empresarial! A gestão por processos pode e deve ser utilizada na gestão pública! Prestem atenção, pois esta é uma pegadinha recorrente em questões de concurso! A frase está incorreta! Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. 1. (CESPE - TRE-PI - ANALISTA - 2016 - ADAPTADA) Ao adotar um modelo de gestão por resultados, a administração pública prioriza procedimentos característicos de uma administração burocrática, haja vista que o planejamento passa a ser orientado à ação para o alcance de resultados 2. (CESPE - TRE-PI - ANALISTA - 2016 - ADAPTADA) Nos contratos de gestão celebrados entre a administração pública e os interessados em executar determinado serviço público, o foco principal é o acompanhamento e o controle dos procedimentos legais, sendo facultativa a determinação de metas e resultados a serem alcançados. 3. (CESPE - TRT-PA - ANALISTA - 2016 - ADAPTADA) A gestão por resultados envolve o monitoramento e a avaliação de desempenho da instituição para a verificação dos resultados almejados, bem como a retroalimentação e a adoção de medidas corretivas decorrentes da avaliação. 4. (CESPE - TRT-PA - ANALISTA - 2016 - ADAPTADA) A administração por resultados no setor público tem como foco o alcance de metas orçamentárias, independentemente do grau de satisfação do cidadão. 5. (CESPE - CADE- ANALISTA - 2014) Uma gestão eficaz de serviços públicos orientada por resultados implica a totalidade do atendimento das demandas da sociedade, sem margens a atendimentos parciais. 6. (CESPE - TRT-10 - TÉCNICO - 2013) Por visar atender o interesse público, a administração pública tem de alinhar suas ações e resultados às necessidades e expectativas dos cidadãos, mediante a assunção do compromisso de fazer o melhor no cumprimento da sua missão. 7. (CESPE - ANAC - ANALISTA - 2012) A definição de indicadores de desempenho para fins de monitoramento poderá ser suprimida na implementação de um modelo de gestão de resultados. 8. (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA - 2012) A atuação da organização pública alinhada ao paradigma do cliente na gestão pública procura dar ao cidadão-usuário atendimento semelhante ao que ele teria como cliente em uma empresa privada. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 9. (CESPE - STM / ANALISTA - 2011) No setor público, a noção de gestão para resultados relaciona-se ao atendimento das demandas dos cidadãos e à criação de valor público por meio de um gerenciamento integrado e eficiente de políticas, programas e projetos públicos. 10. (CESPE - ANEEL / ANALISTA - 2010) A eficácia do modelo de gestão por resultados depende da definição de metas factíveis. 11. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) Ao adotar a gestão por resultados, o dirigente de uma organização deve sempre focar suas prioridades pessoais e desenvolver a seguinte sequência de ações: planejamento, controle e ação. 12. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) Na gestão por resultados, desenvolvem-se ações contrárias às consideradas necessárias ao atendimento das demandas de accountability. 13. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) No âmbito da administração pública brasileira, a gestão por resultados tem foco distinto do verificado em programas de qualidade e excelência, visto que estes não contemplam a busca de resultados. 14. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) A adoção da gestão por resultados na administração pública implica a realização periódica de negociação e acordos que envolvam os objetivos e metas fixados, em compromisso, entre o Estado e cada órgão a ele subordinado. 15. (CESPE - ABIN / ANALISTA - 2010) A administração pública brasileira, embora caracterizada pela adoção de pressupostos da administração por objetivos, não dispõe de organizações pautadas concretamente em resultados. 16. (CESPE - INMETRO - ANALISTA - 2009) A contratualização é uma prática importante na administração pública pós-reforma do Estado, pois possibilita instituir práticas de planejamento, avaliação e monitoramento da execução por parte do Estado e o terceiro ou órgão público contratado. Os contratos de resultados podem ser firmados com quase todas as instituições, principalmente as estatais e aquelas do terceiro setor, excetuando-se as entidades privadas, qualificadas como organizações sociais. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 17. (CESPE - TCU / ACE - 2008) O controle dos resultados de forma descentralizada, na administração pública, depende de um grau de confiança limitado nos agentes públicos, que, mesmo com estrito monitoramento permanente, devem ter delegação de competência suficiente para escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas prefixadas. 18. (CESPE - TRT-RJ - ANALISTA - 2008) A adoção da gestão pública por resultados limita a autonomia do gestor público na forma como implementar a produção dos serviços públicos, em função dos resultados acordados. 19. (CESPE - TRT-RJ - ANALISTA - 2008) Os indicadores utilizados na gestão pública por resultados têm como finalidade exclusiva o monitoramento do atingimento dos resultados propostos em seus objetivos. 20. (CESPE - INMETRO - ANALISTA - 2007) No modelo gerencialista, em comparação ao burocrático, a autonomia do administrador público é ampliada, para que os objetivos contratados sejam atingidos. 21. (CESPE - TRT-10 - TÉCNICO - 2013) À semelhança das organizaçõesprivadas, a administração pública utiliza estratégias de segmentação de mercado, estabelecendo diferenciais de tratamento para clientes preferenciais. 22. (CESPE - TRT-10 - TÉCNICO - 2013) Diferentemente das organizações privadas, as organizações públicas são regidas pela supremacia do interesse público e pela obrigação da continuidade da prestação do serviço público. 23. (CESPE - MI - ANALISTA - 2013) O interesse mobilizador da gestão privada é a lucratividade; o da gestão pública é a efetividade. 24. (CESPE - MI - ANALISTA - 2013) As organizações públicas assemelham-se às organizações privadas na medida em que também necessitam da aplicação dos processos administrativos de planejamento, organização, direção e controle, porém diferenciam-se na forma de aplicação. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 25. (CESPE - MI - ANALISTA - 2013) Em consonância com o princípio da legalidade, na gestão pública, em oposição à gestão privada, é lícito fazer apenas o que se determina em lei. 26. (CESPE - MI - ANALISTA - 2013) Semelhantemente à gestão privada, cabe à gestão pública a publicidade dos seus atos a fim de demonstrar transparência de suas ações para a coletividade. 27. (CESPE - ANAC - ANALISTA- 2012) O setor privado visa ao lucro, ao passo que a administração pública visa ao bem-estar da coletividade. 28. (CESPE - ANAC - ANALISTA- 2012) Assim como a estrutura organizacional do setor privado, a administração pública também apresenta uma estrutura verticalizada, burocratizada e flexível. 29. (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA- 2012) Na gestão de organizações privadas, utilizam-se estratégias de segmentação do mercado, definindo-se diferenciais de tratamento para grupos. Na gestão pública, por outro lado, não se deve, por uma questão de isonomia, discriminar grupos de pessoas. Os casos de tratamento diferenciado, nas organizações públicas, devem-se restringir aos previstos em lei. 30. (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA- 2012) As organizações públicas, em sua gestão, devem utilizar estratégias de segmentação do mercado iguais às adotadas pelas organizações privadas, estabelecendo diferenças específicas de tratamento para os grupos diferenciados de cidadãos. 31. (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA- 2012) A organização pública que pretende ter uma postura empreendedora deve buscar inovações por meio de ações similares às organizações privadas, como, por exemplo, realizar tudo que não for proibido em lei. 32. (CESPE - STM / ANAL ADM. - 2011) Apesar de partilharem de algumas funções básicas, gestores públicos e privados têm posições antagónicas quanto ao aspecto económico e à orientação dos negócios sob sua responsabilidade. 33. (CESPE - AGU- AGENTE ADM. - 2010) Há diferenças fundamentais entre a administração de empresas e a administração pública gerencial. Uma delas diz respeito à receita: a das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços; Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 a do Estado resulta principalmente de contribuições obrigatórias, os impostos, sem contrapartida direta. 34. (CESPE - TRE / BA - ANALISTA - 2010) No Brasil, a gestão privada, em relação à gestão pública, é mais flexível no que se refere ao tratamento de questões administrativas no âmbito das funções de planejamento, organização, direção e controle. No setor público, o tratamento dessas questões é determinado, principalmente, pelas peculiaridades da burocracia sistémica predominante nesse setor. 35. (CESPE - TRE-BA /ANALISTA - 2010) Enquanto a gestão privada, visando o interesse da sociedade, procura satisfazer os interesses de indivíduos e grupos que consomem seus produtos e(ou) serviços, a gestão pública, em uma concepção pós-burocrática, busca o lucro em suas atividades para que possa obter recursos para satisfazer o interesse e promover o bem-estar geral dos cidadãos por meio da prestação de serviços públicos de qualidade. 36. (CESPE - ANATEL / ANAL ADM. - 2006) Embora muitos princípios aplicados na modernização da administração pública sejam oriundos de modelos típicos da gestão privada, esta continua, de forma geral, visando ao lucro, enquanto a gestão pública tem por objetivo cumprir sua função social e atender ao interesse público. 37. (CESPE - TRE-MA / ANAL JUD - 2005) Enquanto a receita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. 38. (CESPE - STM / ANAL JUD - 2004) Como técnica exclusiva da administração empresarial, a análise e a melhoria de processos não se aplicam aos objetivos dos sistemas de administração pública. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Gabaritos. 1. E 14. C 27. C 2. E 15. C 28. E 3. C 16. E 29. C 4. E 17. C 30. E 5. E 18. E 31. E 6. C 19. E 32. C LU• 20. C 33. C 00• n 21. E 34. C uo! 22. C 35. E 10. c 23. C 36. C 11. E 24. C 37. C 12. E 25. C 38. E 13. E 26. E Bibliografia Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão Pública. (2014). Modelo de Excelência em Gestão Pública. Programa GESPÚBLICA. Brasília: SEGEP. Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo descomplicado. São Paulo: Forense. Di Pietro, M. S. (2012). Direito Administrativo. São Paulo: Atlas. Paludo, A. (2013). Administração Pública (3a ed.). Rio de Janeiro: Elsevier. Paludo, A. V. (2010). Administração pública: teoria e questões (Io ed.). Rio de Janeiro: Elsevier. Robbins, S. P., & Coulter, M. (1998). Administração (5o ed.). Rio de Janeiro: Prentice-Hall. Serra, A. (2008). Modelo aberto de gestão para resultados no setor público. (E. Montes-Bradley y Estayes, Trad.) Natal, RN: SEARH. Administração Pública p/ Analista do TRF-1° Região Teoria e exercícios comentados - Aula 06 Por hoje é só pessoal! Estarei disponível no e-mail abaixo para qualquer dúvida.