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Recomendações Nutricionais de Referência Prof. Rebeca Sakamoto Conceito DRI´s Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes) Conjunto de valores de referência para ingestão de nutrientes a serem utilizados no PLANEJAMENTO e na AVALIAÇÃO DE DIETAS de indivíduos e de populações SAUDÁVEIS. Incluem 4 conceitos de referência: EAR, RDA, AI e UL Conceitos de referência 1)EAR (Estimated Average Requirement) Necessidade média estimada. 2) RDA (Recommended Dietary Allowance) Ingestão dietética recomendada. 3) AI (Adequate Intake) Ingestão Adequada. 4) UL (Tolerable Upper Intake Level) Limite superior tolerável de ingestão. Referências nutricionais Conceitos Necessidade nutricional Necessidade nutricional é definida pela quantidade de energia e de nutrientes biodisponíveis nos alimentos que um indivíduo sadio deve ingerir para suprir todas as suas necessidades fisiológicas Recomendação nutricional Recomendações nutricionais compreendem a quantidade de energia e de nutrientes que devem conter os alimentos ingeridos para satisfazer as necessidades nutricionais de todos os indivíduos sadios. Evolução histórica Historicamente, no sec. XIX, as recomendações nutricionais tiveram início com a observação sobre a ausência de determinados alimentos na dieta de indivíduos e as manifestações clínicas de deficiências. Os estudiosos associaram então, a possibilidade de que os alimentos contivessem substâncias essenciais, e que estariam presentes apenas em determinados grupos de alimentos. DRIs tiveram origem dos relatórios das RDAs publicados desde de 1941 até 1989 pela National Academy of Sciences e Recommended Nutrient Intakes. No século XX, com a evolução tecnológica e a descoberta de uma série de vitaminas, os EUA foram o primeiro país a estabelecer um conselho de especialistas para estudar recomendações nutricionais. Atualmente, este conselho é conhecido como Food and Nutrition Board (FNB) e se reúne periodicamente para revisar as recomendações. A FAO/OMS organizou-se alguns anos depois e também realiza periodicamente encontros para revisar e publicar recomendações de vitaminas, minerais e elementos traços. A partir de 1997, após reuniões de diversos comitês, foram publicadas recomendações sob a denominação de DRIs. DRIs – Dietary Reference Intakes OBJETIVOS Estabelecer recomendações individuais de ingestão; Prevenir doenças crônicas; Facilitar pesquisa em nutrição e orientação; Estabelecer normas de segurança ; Cálculo da necessidade de energia tanto para indivíduos saudáveis como para grupos especiais. Recomendações de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e hidrossolúveis (tiamina, riboflavina, niacina, vit. B6, folato, vit. B12 e C). Recomendações de minerais (ferro, zinco, cálcio, fósforo, iodo, magnésio, manganês, selênio, cobre, cloro, sódio e potássio) VANTAGENS Elas não são apenas uma revisão das antigas RDAs e RNIs e, sim, um novo conceito de recomendação nutricional. Isto porque, em primeiro lugar, as DRIs se apresentam como um grupo de quatro valores de referência e não apenas um. Em segundo lugar, seu objetivo é não somente a prevenção de deficiências nutricionais, como as antigas RDAs e RNIs, como também a diminuição do risco de doenças crônicas não transmissíveis. APLICAÇÃO DAS DRIs • Avaliação e planejamento de dietas para grupos e indivíduos; • Rotulagem de alimentos; • Programas de avaliação alimentar; • Desenvolvimento de novos produtos. EAR (Estimated Average Requirement) Necessidade média estimada É um valor de ingestão diária de um nutriente que se estima que supra a necessidade de metade (50%) dos indivíduos saudáveis de um determinado grupo de mesmo gênero e estágio de vida. Conseqüentemente, metade da população teria, a esse nível, uma ingestão abaixo de suas necessidades. APLICAÇÃO É o nível de ingestão dietética diária que é suficiente para atender as necessidades de um nutriente de praticamente todos (97 a 98%) os indivíduos saudáveis de um determinado grupo de mesmo gênero e estágio de vida. Se o desvio padrão da EAR está disponível e os requerimentos para o nutriente em questão apresentam distribuição normal, então: RDA = EAR + 2 desvios-padrão RDA - Ingestão Dietética Recomendada (Recommended Dietary Allowance) IA- Ingestão Adequada (Adequate Intake) • É utilizada quando não há dados suficientes para a determinação da RDA. Pode-se dizer que é um valor prévio à RDA. • Baseia-se em níveis de ingestão ajustados experimentalmente ou em aproximações da ingestão observada de nutrientes de um grupo de indivíduos aparentemente saudável. É o valor mais alto de ingestão diária continuada de um nutriente que aparentemente não oferece nenhum efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos de um estágio de vida ou gênero. A medida que a ingestão aumenta para além do UL o risco potencial de efeitos adversos também aumenta. O UL não é um nível de ingestão recomendado. O estabelecimento do UL surgiu com o crescimento da prática de fortificação de alimentos e do uso de suplementos alimentares. O UL ainda não está estabelecido para todos os nutrientes. UL- Limite Superior Tolerável de Ingestão (Tolerable Upper Intake Level) Aplicação da UL NRC (National Research Council). - Dietary Reference Intakes: for Vitamin C, Vitamin E, Selenium and Carotenoids. Washington, D.C., National Academy Press, 2000, 506 p. Vitamina C – 2000 mg/dia Baseada no efeito adverso da diarréia osmótica α tocoferol – 1000 mg/dia Baseada no efeito adverso da hemorragia Selênio – 400 μg/dia Baseada no efeito da adverso da selenose Suco de 49 laranjas pequenas 14g de Castanha do Brasil 3,33Kg de margarina vegetal PORTANTO Como não é possível conhecer a exata necessidade do indivíduo em relação a um determinado nutriente nem a ingestão habitual, se assume que: A EAR é a melhor forma de estimar as necessidades de um indivíduo. Porém , como há variação intrapessoal nas necessidades, o desvio padrão das necessidades indica o quanto a necessidade individual de um nutriente pode se desviar da mediana da necessidade (EAR) da população. A média da ingestão observada é a melhor estimativa da ingestão habitual do indivíduo. Porém, como a ingestão varia dia-a-dia, o desvio padrão da variação intrapessoal é um indicador da magnitude da diferença entre a ingestão observada e a ingestão habitual. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Tirapegui J, Ribeiro SML. Avaliação Nutricional: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2009. Usos e aplicações das Dietary Reference Intakes – DRIs ILSI/ SBAN; 2001. Disponível em: http://www.sban.com.br/educ/pesq/LIVRO-DRI- ILSI.pdf http://www.asbran.org.br/arquivos/dris.pdf Acesso: 13 mai 2013; http://brasil.ilsi.org/publications/gp/DRI.htm Acesso: 13 mai 2013; http://www.weblaranja.com/nutricao/valor_diario.htm Acesso: 13 mai 2013; www.egastroped.com.br/mar07/aplicacao_pratica_das_dris.ppt Acesso: 13 mai 2013 Obrigada
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