Buscar

Produção 1 (coelho e suino) caderno

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rany da Silva Araujo – Produção Animal I – p1 – 2018.2 - UFRRJ 
Produção de coelhos 
O coelho era um animal selvagem solto na natureza, reproduzindo ao acaso em ar livre e hoje 
é domesticado pelo homem se encontrando em espaços mais reduzidos. As raças de coelhos 
foram introduzidas no Brasil na década de 60 e reproduzidas de forma empírica. Os objetivos 
de uma cunicultura vão desde estimação, produção de pelo, de carne e de pele, animais vivos 
para laboratórios e instituições de pesquisa, venda para reprodução e aproveitamento dos 
subprodutos. Atualmente, há uma diversidade de raças e variações através da influencia do 
homem. Enquanto as raças anãs e pequenas se direcionam para estimação, as médias e 
grandes se direcionam para o abate (carne e pele). 
*A coelha apresenta cio pós-parto fértil que não deve ser utilizado para a produção. Apresenta 
também cio durante a amamentação que pode ser utilizado. O coelho macho tem alta libido e 
a monta é feita na gaiola do macho. 
*No Brasil, não há vacina para as principais doenças que acometem os coelhos, então essas 
precisam ser importadas. 
Origem e história da domesticação: O coelho é originário do oeste da Europa. A Espanha já foi 
chamada de cuniculosa pela quantidade de coelhos de vida livre. Espanha significa terra dos 
coelhos. O império romano era um povo invasor, então os coelhos selvagens eram caçados 
para alimentação dos exércitos. Foram feitos parques murados (leporarias), onde os animais 
eram colocados depois de caçar, nesse ambiente os animais se reproduziam. Sendo assim 
foram os primeiros a cercar um ambiente para os coelhos. 
Coelhos selvagens: No geral, são tímidos e ariscos, e vivem sozinhos, se reproduzindo ao 
acaso. Na natureza, o acasalamento já acorre logo após o parto (no cio pós parto da coelha). 
No outono e no inverno, o coelho selvagem não reproduz devido ao período de luz. As 
temperaturas altas podem levar a esterilidade temporária dos coelhos machos. A coloração é 
“agouti”, ou seja, no mesmo pelo há coloração mesclada entre 3 faixas de gradação de cor. 
*Os coelhos machos em idade de reprodução brigam e atacam o testículo um do outro. Eles 
conseguem também retrair os testículos para a região inguinal. 
*As fêmeas apresentam uma dobra da pele no pescoço, chamada de papada. 
Coelhos domésticos: também é tímido, se estressando com facilidade, porém se torna dócil, 
sendo usado como animal de estimação. Essa docilidade também é importante no manejo 
reprodutivo. 
Cruzamento: No geral, um coelho macho tá para oito a cem fêmeas. Não se deve cruzar 
machos e fêmeas com parentesco. Cruzamentos com parentesco são utilizados somente para 
a formação de raças, na reprodução traria maior numero de “defeitos”. 
*A raça Chinchila tem uma coloração parecida com a do selvagem. Um cunicultor Frances 
cruzou diversas pelagens de coelhos para se aproximar a pele de Chinchila lanigena – animal 
selvagem raro com pele de alto valor. 
O período de gestação das coelhas é de média de 30 dias, com pouca variação. Podem nascer 
até 16 filhotes. Porém o ideal seria de 8 a 10, devido ao número de tetas da coelha – 8 tetas. 
Cecotrofia ou Cecotrofagia: Antigamente era chamada cropofagia, mas essa na verdade 
representa alguma questão como deficiência nutricional. Os coelhos produzem dois tipos de 
fezes, as fezes duras (fezes verdadeiras) que são bolinhas duras soltas e as fezes úmidas 
agrupadas por muco – cecotrofos. Eles apresentam bactérias funcionais no ceco. O animal se 
alimenta, mastiga, engole, ocorre a ação do suco gástrico com suas enzimas no estomago, no 
intestino delgado mais enzimas e absorção, no intestino grosso, a válvula íleo-cecal, em outros 
animais virariam fezes, no coelho as partículas menores e as água vai para o ceco e as 
bactérias “boas” se alimentam desse material. Apresenta musculatura de forma helicoidal que 
molda o cecotrofos que recebem camada de muco. O coelho lambe esse material diretamente 
do ânus. Na década de 60, criaram os coelhos em gaiolas suspensas na tentativa de impedir a 
cecotrofia. Foi observado que os coelhos se curvavam e ingeriam o material sem ele tocar o 
chão. Enquanto as fezes duras são muito ricas em fibras (30% de fibras) e pobres em proteínas 
(9 a 10%), os cecotrofos são ricos em aminoácidos, em ácidos graxos e em vitaminas C e do 
complexo B. Então o processo de cecotrofia é muito importante, principalmente na natureza 
porque ajuda a suprir nutricionalmente o que possa a faltar na alimentação. 
 
Vantagens da criação de coelhos 
 Produzem muitos filhotes: 8 a 10 por parto (até 16). 
 A coelha tem um período de gestação de em média 30 dias. 
 A coelha pode ser acasalada ainda em lactação e por isso ter de 6 a 7 partos por ano. 
 Desmamam 6 a 7 láparos por parto. 
 Ocupam pequenos espaços: 10 fêmeas, um macho e suas crias precisam de uma área 
de 20m² para as gaiolas e os corredores. 
 São animais muito dóceis e os trabalhos da criação podem ser feitos por mulheres e 
adolescentes. Como, por exemplo, em criações para produção de carne para a 
população de países subdesenvolvidos e em pequenas produções em escolas agrícolas. 
 São abatidos entre 1,80 a 3,00 kg de peso vivo. 
 Do coelho tudo pode ser aproveitado: sangue, patas, cérebro, vísceras não comestíveis 
(estômago, intestinos), esterco, etc. Os cérebros de coelho podem ser usados na 
indústria farmacêutica para a produção de medicamentos. 
 Produz carne de ótima qualidade, rica em proteínas e com baixo teor de colesterol. 
 O coelho pode ser alimentado com restos de culturas, forragens e restos de horta em 
pequenas criações e produz carne de ótima qualidade para alimentar a família do 
homem do campo. 
 Uma pessoa trabalhando 8 horas por dia pode cuidar de uma criação de até 300 
matrizes em galpão. 
 Utiliza de espaço reduzido, sendo calculados 2 metros quadrados por animal. 
 O sistema de criação de coelhos é feito com fossas para os dejetos de baixo das 
gaiolas, o que permite o uso das mesmas como adubo. 
 
 
Dificuldades do criador 
 Não existe uma política para o desenvolvimento das grandes criações no Estado. 
 No Brasil, faltam vacinas contra as principais doenças. 
*Mixomatose – doença viral limitante para a criação de coelhos que não apresenta 
tratamento. Não é transmissível ao homem, mas compromete toda a criação. 
 Existem poucas associações de cunicultores 
 O criador deve fazer a sua pesquisa de mercado, para verificar o que produzir e quanto 
produzir e para quem vender. 
 O criador que desejar criar coelhos para ter lucro, deve buscar assistência técnica para 
começar bem a criação e fazer cursos, visitar criações de outros criadores para ter 
conhecimento da criação. 
 Há um obstáculo cultural com relação ao consumo da carne de coelho 
 
Tipos de criações 
A criação caseira tem como objetivo produzir carne para sustento da família. São utilizadas 
poucas fêmeas: 5 a 10 fêmeas As instalações são simples, podem ser construídas pelo criador. 
Os animais podem não ter raça definida. A alimentação são forragens, restos de horta e restos 
de culturas. A desmama é feita por volta de 40 dias e coelha é acasalada após a desmama dos 
láparos. O número de partos por coelha e por ano pode ser de 3 a 4. 
As criações comerciais pequenas visam produzir carne para a família bem como a venda de 
animais para ter uma pequena renda complementar. São utilizadas de 40 a 50 matrizes. Pode 
ser cuidada pelas mulheres e adolescentes da família. As instalações podem ser simples. Se os 
animais criados forem de boa raça ou mestiços conhecidos, o criador pode ter melhores 
resultados. O ideal é alimentá-los com ração balanceada e uma forragem de boa qualidade 
para baratear o custo da alimentação.O desmama é feita a partir de 35 dias de idade e o 
acasalamento da fêmea pode ser feito no dia da desmama ou um pouco antes. O número de 
partos por coelha por ano pode ser de 4 a 6. O abate dos animais para carne é feito na criação 
e vendida para amigos, vizinhos, açougues, restaurantes, etc. 
As criações comerciais médias visam lucro. São utilizadas de 50 a 300 matrizes. À medida que 
aumenta o número de matrizes, o empate de capital é bem maior. As instalações devem ser 
melhoradas: galpões bem construídos, gaiolas de arame galvanizado; Devem ser escolhidas as 
melhores raças de acordo com o objetivo da criação. Deve haver o planejamento da produção: 
O que produzir? Quanto produzir? Para quem vender? Os animais que não reproduzem bem 
devem ser vendidos e substituídos por outros. A coelha é acasalada entre 10 a 30 dias pós 
parto e a desmama é feita entre 32 a 35 dias de idade dos láparos. O número de partos por 
fêmea por ano deverá ser 6 a 7. Se a produção for de carne, verificar onde abater os animais. 
As criações comerciais grandes utilizam mais de 300 matrizes. Devem ser escolhidas as 
melhores raças e construídas as melhores instalações. Deve funcionar como uma empresa 
agropecuária: deve ter seu próprio abatedouro, sua fábrica de ração, assistência técnica, 
curtume para aproveitamento das peles. A desmama acontece em 32 a 35 dias e cobertura 
pós parto: 10 a 20 dias. Deve ser feito planejamento da produção, melhoramento do rebanho, 
etc. 
Produção de carne 
Para produção de carne o criador tem que fazer todo o ciclo da criação: Ter as fêmeas e os 
machos para produzir os filhotes que após a desmama serão engordados e abatidos. As 
coelhas de raças boas para a produção de carne podem dar 6 a 7 partos por ano e levar ao 
abate 6 a 7 láparos por parto o que dá uma produção de 36 a 49 láparos para a venda por 
fêmea e por ano. Para que isso ocorra é necessário dar conforto, tranquilidade, boa 
alimentação e ajudar a coelha a cuidar dos filhotes, como será mostrado mais adiante no 
curso. Dessa forma os animais podem ser abatidos com 60 a 80 dias de idade, com pesos vivos 
de 1,80 a 2,50kg e com uma carcaça de 1,00 a 1,50kg. O rendimento de carcaça é em torno de 
60%, podendo variar de 58 a 67%. 
*Láparos = coelhos jovens 
*Até 36 láparos por fêmea por ano para a venda de carne é considerado prejuízo 
*Rendimento de carcaça: peso da carcaça dividido pelo peso vivo e multiplicado por 100. 
*Carcaça = o que sobra do animal (quando se tira as vísceras não comestíveis, pele, sangue). 
Características da carne: É considerada uma carne branca, parecida com a de frango, podendo 
ser preparada da mesma maneira, recomendada para pessoas que desejam uma alimentação 
saudável. É tenra, macia e saborosa. A carne de coelho é de excelente qualidade: rica em 
proteínas, com baixo teor de gorduras e colesterol. Apresenta pouquíssima gordura 
intramuscular A carne de coelho possui menor teor de colesterol e maior valor nutritivo (maior 
digestibilidade e maior valor biológico da proteína) que a carne de frango, suíno, vaca e 
bovino. 
 
Conversão alimentar: É a quantidade de ração ou alimento necessária para o animal ganhar 
um quilo de peso vivo. O animal em crescimento e engorda (da desmama ao abate) tem uma 
conversão de 2,8 a 4,0 kg para um quilo de peso vivo, dependendo do clima, da capacidade de 
conversão do animal da idade ao abate e da qualidade da ração. 
 
Tipos de carcaça: Carcaça que vem com cabeça e vísceras comestíveis (fígado, rins, coração e 
pulmões) - vendida por pequenos e médios criadores e carcaça sem cabeça e sem vísceras - 
vendida por abatedouros para coelhos ou grandes criadores que vendem o cérebro para 
laboratórios farmacêuticos e as vísceras comestíveis em bandejas separadas. 
Conversão alimentar de toda a criação (global) ou do rebanho: Na criação de coelhos o 
produtor tem que calcular a quantidade de ração consumida pelos animais por mês, por 
quinzena ou por semana e dividir pelos quilos de peso de coelhos vivos vendidos no mesmo 
período, assim ele calculará a conversão global da criação que é muito importante para 
calcular o custo de produção. Na conversão global estão incluídos os consumos dos animais da 
reprodução e dos animais em engorda. A conversão do rebanho pode variar de 3,50 a 5,50 kg 
de ração por quilo de peso vivo. O custo da alimentação pode representar em média 70 a 80% 
do custo de produção utilizando rações comerciais. Se o produtor mantiver na criação, fêmeas 
que produzem poucos filhotes para a venda, isso vai aumentar o custo da alimentação, pois as 
coelhas consomem mais ração quando em gestação e lactação. 
 
Abate de coelhos: O abate nas criações pequenas pode ser feito pelo criador, num local limpo 
para que a carcaça não seja contaminada com sujeira e que se apresente com bom aspecto 
para preservar a qualidade da carne. Nas criações médias e industriais o abate deve ser feito 
em abatedouros com inspeção estadual ou federal, pois assim será mais fácil a comercialização 
do produto. Fases do abate: Jejum de ração, atordoamento, sangria, esfola (retirada da pele), 
retirada das vísceras, lavar a carcaça com água limpa, deixar escorrer, colocar na geladeira ou 
em câmara de resfriamento (em torno de 4°C) e se houver necessidade congelar, devidamente 
embaladas. 
 
Venda de animais para laboratório e instituições de pesquisa: o coelho é muito utilizado 
como animal de laboratório por ser dócil e ocupar pequenos espaços. Os cursos de medicina, 
veterinária e zootecnia principalmente os utilizam em experimentos. Alguns compram coelhos 
recém desmamados e outros mais velhos. 
 
Produção de peles: Peles provenientes dos animais abatidos para produção de carne, a 
maioria de cor branca. São peles de tamanho pequeno porque o coelho para carne é abatido 
antes dos 90 dias. Essas peles podem ser curtidas e utilizadas para artesanato. Tem pouco 
valor comercial. Podem ser vendidas secas, congeladas ou curtidas para artesãos. 
Peles valiosas: O produtor poderia escolher raças coloridas de pele valiosa. Para que a pele 
seja valiosa o animal deve ser abatido mais tarde. Dependendo da raça 5 meses ou mais para 
que as peles sejam de grande tamanho e com a cor definitiva da raça. Os animais não podem 
estar em muda, ou seja, trocando os pelos, pois isso desvaloriza as peles. No Rio de Janeiro 
não temos mercado para essas peles. Apenas no sul do Brasil existem criações desse tipo. A 
carne desses animais é de boa qualidade e vai ser vendida. 
Retirada da pele ou esfola: A pele pode ser retirada fechada, após o atordoamento e sangria 
com o animal pendurado pelas patas posteriores, fazendo-se cortes nas patas dianteiras e 
posteriores e um corte em V em volta das regiões do ânus e genital. A seguir vai-se puxando a 
pele que vai se soltando e sai inteira. Se a cabeça não foi cortada é preciso soltar a pele. 
Conservação da pele para armazenamento e posterior curtimento: Retirar o gordura que fica 
na região sem pelos. Congelada: Dobrar bem a pele para retirar ao máximo o ar e colocar em 
bolsa plástica para o congelamento; Podem ser armazenadas várias peles na mesma 
embalagem. Podem ser guardadas até um ano. Peles secas: Após a retirada da pele se ela 
estiver fechada fazer um cabide de madeira ou de arame encapado com plástico e colocar a 
pele com os pelos para dentro e a região sem pelos para fora. Deve ficar bem esticada. Colocar 
à sombra num lugar bem ventilado e protegido de insetos. Deixar secar bem e depois guardar 
em caixas de papelão com naftalina ou outro inseticida. Não pode ficar assim muito tempo, 
pois ela não foi tratada quimicamente, os pelos cairão e ela rasgará como papel. 
Venda de animais para reprodução: Podem ser vendidos machose fêmeas jovens para outros 
criadores, devendo ser escolhidos animais sem defeitos, de ninhadas numerosas e saudáveis. 
O preço dos animais vendidos para reprodução é bem maior que o obtido com a venda da 
carne. É preciso ter conhecimentos de melhoramento animal para vender animais com uma 
boa carga genética 
Produção de pelos da raça Angorá: Tem pelos com mais de 7 cm de comprimento. É 
considerada uma lã antialérgica. O animal é tosquiado ou depilado como as ovelhas. É um 
animal que precisa de cuidados especiais. Existem poucos criadores no Brasil, em São Paulo e 
no Rio Grande do Sul. A lã é exportada para a Argentina. 
 
RAÇAS 
A raça criada depende do objetivo da criação: 
Para carne: as de porte médio e gigante 
Para pele: as mais valorizadas são as grandes, mas as médias também podem ser criadas. 
Em países desenvolvidos até as peles das raças pequenas são comercializadas por sua beleza 
 
Raças gigantes (mais de 5kgs) 
Exemplos: Gigante branco de Bouscat, Gigante branco alemão, Gigante de Flandres, Chinchila 
gigante, etc. 
Começam a reprodução, as fêmeas a partir de 6 meses e os machos a partir de 7 meses. Os 
gigantes são mais difíceis de encontrar e seu custo pode chegar a 4 vezes mais que as raças 
médias. O macho gigante pode ser cruzado com as fêmeas de raça média. 
 
Raças médias (de 3,5 a 5kgs) 
Exemplos: Nova Zelândia branca, Califórnia, Fulvo ou Leonado de Borgonha, Borboleta médio, 
etc. 
Começam a reprodução as fêmeas com 4 meses e os machos com 5 meses. Produzem 8 a 10 
filhotes por parto. Desmamam 6 a 7 filhotes por parto. Crescem e engordam bem. Tem carne 
de ótima qualidade. São muito adaptadas as nossas condições. As peles podem ser 
aproveitadas. 
 
 Raças para produção de peles 
Podem ser gigantes ou médias e até pequenas sendo que as peles maiores são mais valiosas. 
São raças de pele muito bonita como: Azul de Viena, Castor Rex, Prateado Champanhe, 
Chinchila, Borboleta, etc. São raças difíceis de encontrar no Rio de Janeiro puras. As raças 
brancas também tem pele valorizada quando são de tamanho grande. 
 
Raças pequenas (menos de 3,5kg) 
Exemplos: Japonês, Negro e fogo, Havana,Holandês, Pequenos prateados, Pequenos Bélier,etc. 
Começam a reprodução aos 3 meses e meio as fêmeas e 4 meses e meio os machos. São 
animais muito bonitos, existindo em muitas criações brasileiras, misturadas com as outras 
raças mais criadas. 
 
QUESTÃO: Diga as duas raças de coelho mais criadas e as suas características: 
Resposta: As raças de porte médio: Nova Zelândia branca e Califórnia. Começam a reprodução 
as fêmeas com 4 meses e os machos com 5 meses. Produzem 8 a 10 filhotes por parto. 
Desmamam 6 a 7 filhotes por parto. Crescem e engordam bem. Tem carne de ótima qualidade. 
São muito adaptadas as nossas condições. As peles podem ser aproveitadas. 
Fatores a considerar para começar uma cunicultura: 
 Objetivos de criação, pesquisa de mercado e a escolha do lugar: deve ser próximo ao 
mercado consumidor, longe de outras criações, optar por áreas livres de doenças graves, em 
área rural, terrenos secos, bem drenados e que permitam a construção das instalações a custo 
baixo que tenha luz e água potável. 
 
 Existem 3 tipos de pelos que compõem a pelagem: a cerda (lisa), a lãzinha (ondulada) e 
a mista (em parte rígida em parte ondulada). Enquanto no inverno o animal apresenta os três 
tipos de pelo, no verão apresenta majoritariamente a cerda e pouco dos outros pelos. 
 
 Ventilação pode ser natural ou controlada. A ventilação remove o ar viciado, auxilia a 
manter a temperatura dentro da faixa de conforto; 
o CO2 – respiração 
o NH3 – amoníaco – decomposição da urina 
o H2S – gás sulfurico – decomposição e fermentação das fezes 
o Metano 
 
 A luminosidade leva ao estimulo óptico que ao chegar ao hipotálamo leva a liberação 
de Gnrh que na hipófise vai estimular a liberação de FSH e LH que tanto no macho quanto na 
fêmea leva ao aumento da libido, aumentando a produção espermática nos machos e 
maturação de óvulos nas fêmeas. 
As fêmeas reprodutoras precisam de 12, 14 às 16h de luz/dia. 
Os machos reprodutores precisam de no mínimo de 10 h de luz/dia. 
A intensidade luminosa incidida no coelho deve ser de 20 a 30 lux. 
Os coelhos de engorda comem mais a noite e não é necessário de luz acessa. 
 
 Área de piso de coelheira ou gaiola necessária por categoria animal: 
1 reprodutor: 0,40 a 0,50 m² 
1 femea reprodutora: 0,40 a 0,50 m2 
Animais desmamados (x=40 dias) 4 a 5 – 0,50m² 
 
 Estudo do clima: As temperaturas ideais para criação de coelhos estão entre 10 a 30°C 
no interior das instalações, ideais entre 15 e 26° C. O calor prejudica a reprodução, diminui o 
peso dos animais que comem menos e podem até morrer, a cobertura é prejudicada e deve 
ser feita no momento mais fresco do dia. O frio leva a morte dos recém nascidos que precisam 
de temperatura mais elevada. Os coelhos consomem mais e o custo da alimentação aumenta. 
A cobertura é prejudicada e deve ser feita no momento mais quente do dia. 
 
 A umidade ideal é de 60 a 80%. Se a umidade estiver elevada demais pode levar a 
alergias respiratórias. 
 
 
 
Tipos de instalações para coelhos 
Coelheiras ao ar livre: 
No verão, devem ser protegidas do sol direto. O comprimento deve ser no sentido leste- oeste 
Materiais: madeira, alvenaria, bambus. Telhas: barro, amianto pintadas de branco por fora, 
sapê, etc. 
Dimensões: Altura dos pés: varia com o número de andares: um andar- 0,8 a 1m; 2 andares- 
0,50m.; Frente: 0,70m de altura; Fundos: 0,50m de altura; Profundidade: 0,60m; Largura: 0,80 
a 0,90m 
Galpões semiabertos com gaiolas de arame 
O galpão para coelhos deve ser fechado nas cabeceiras onde se localizarão as portas no 
sentido leste e oeste. 
A altura das paredes laterais pode variar de 0,50 m a 1,40 m. O pé direito de galpão (altura que 
vai do chão até o encontro com o telhado) pode ser de 2,20 a 3,50m dependendo da largura 
do galpão. A largura pode variar de 4 a 10m. 
Os espaços sem paredes devem ter tela. 
Galpões com paredes muito baixas devem ter cortinas. 
O piso do galpão deve ter corredores cimentados entre as gaiolas e uma vala ou fossa de terra 
ou areia para que armazenar a urina e as fezes. A fossa serve de esterqueira. Se o galpão tiver 
piso todo cimentado vai ser necessário varrer as fezes e lavar o piso a cada dois ou três dias e 
retirar a água com rodo para que não aumente a umidade ambiente. É muito trabalhoso. 
As gaiolas são de tela de arame galvanizado. A tela do piso deve ser mais resistente e com 
arame mais grosso que a das laterais. A porta se localiza na frente. A gaiola pode ter 
manjedoura para colocar o capim. Tamanhos: 0,70 a 0,90m de frente X 0,50 a 0,60 m de 
profundidade por 0,35 a 0,45m de altura. O espaço de piso por animal será: 
Gaiolas de 0,90 x 0,60m = 0,54 m² 
Gaiolas de 0,80 x 0,60m = 0,48 m² 
Gaiolas de 0,85 x 0,70m = 0,59m² 
 Nessas gaiolas podemos colocar: 1 macho ou 1 fêmea ou 4 a 7 coelhos em engorda. 
 
O ninho pode ser colocado por fora (externo) ou dentro da gaiola (interno). Pode ser feito de 
madeira, de chapa ou de plástico. No Brasil o mais usado é o de madeira, interno. Podem ser 
semi - fechados para que a coelha se sinta mais protegida. 
Tamanho: 0,40m de profundidade x 0,30m de frente x 0,40m de altura na parte de trás e 
0,15m de altura na parte da frente. 
Se for de madeira o fundo do ninho deve ter pequenos furos para ajudar na saída da umidade 
da urina dos filhotes. O ninho ideal é o ninho externo. 
 Os comedouros e bebedouros nas criações pequenas podem ser usados vasilhames de barro 
pesados para colocar a ração e a água. Em criações que usem gaiolas de arame,o comedouro 
de chapa já vem com a gaiola. O melhor bebedouro é o automático que vai ser colocado num 
cano de PVC que passa nas gaiolas, um por gaiola. É preciso ter uma caixa de água para o 
galpão e ela deve ser colocada na sombra para que a água não esquente no verão. 
Outros equipamentos: 
 Manjedoura: é o local na gaiola usado para colocar o capim. Nas coelheiras se não 
houver manjedoura amarrar o capim em pequenos molhos e pendurá-los. 
 Tatuador: É usado para tatuar o número na orelha das fêmeas e dos machos para 
reprodução nas criações médias e grandes. 
 Vassoura de fogo ou lança chamas: Usado para queimar os pelos e a poeira que se 
acumula nas instalações de coelhos. 
 Balança: Usada para pesar os animais e a ração. 
 
Reprodução e manejo reprodutivo 
Como iniciar a reprodução: 
• Compra dos animais para a reprodução: Em boas criações. 
• Idade para começar a reprodução: Depende do tamanho da raça. 
• Qualquer que seja a raça deverá ter 80% do peso adulto. 
• Proporção macho/fêmea: 1 para 8 a 10 
• O macho adulto pode cobrir duas a três fêmeas por dia durante dois a três dias 
seguidos, descansando uma semana após as coberturas. 
Manejo da cobertura da coelha: 
 Verificar o peso da fêmea e se ela está saudável 
 Olhar a vulva da coelha que deve estar colorida e inchada: vermelha é o melhor 
momento para cobrir a coelha, corresponde ao cio. 
 Levar a fêmea até a gaiola do macho. 
 Presenciar a cobertura. Se necessário ajudar segurando a fêmea para que o macho 
possa cobri-la. 
 O macho cai para um dos lados arrancando pelos da nuca da fêmea. 
 Uma monta só é suficiente. 
 Retirar a fêmea da gaiola e anotar nas fichas do macho e da fêmea. 
Diagnóstico da gestação: Pode ser feito apalpando com cuidado o ventre da coelha por fora 
para sentir os fetos. É feita entre 10 a 15 dias após a monta. É preciso praticar muito para 
poder ter certeza se a coelha está gestante. Deve ser feito com delicadeza para evitar abortos. 
Como a gestação da coelha dura em média 30 dias o pequeno criador muitas vezes não faz a 
palpação. Nos 15 a 20 dias no ninho a mortalidade é considerada normal até 15%. Algumas 
criações têm de 25 a 30% de mortalidade. 
Canibalismo: a coelha pode comer os recém-nascidos por deficiência de proteína ou sal na 
ração, falta de água antes e após o parto, tara (genética), estresse. *Se for tara genética após 3 
tentativas, considera-se que ela não pode ser mãe. 
Cuidados durante a gestação: Local tranquilo, conforto, limpeza, boa alimentação e água. As 
coelhas não devem estar nem muito magras nem muito gordas durante a gestação. 
Temperatura e umidade do ar dentro da faixa recomendada. 
Cuidados antes do parto: Antes: do Colocar o ninho com cama na gaiola da fêmea gestante 
dois a três dias antes parto. No dia do parto: a coelha arranca pelos da barriga para forrar o 
ninho para os láparos. Ela prepara um ninho bem quentinho, pois eles nascem sem pelos, com 
os olhos fechados. 
Lactação: As coelhas produzem leite rico em proteína, gordura e sais minerais. A produção de 
leite aumenta no momento do parto; atinge o pique com 21 dias e depois começa a diminuir. 
Se a coelha não foi acasalada após o parto a lactação dura em média 42 dias. A primeira 
mamada ocorre logo após o parto. Depois a maioria das coelhas amamenta uma vez num 
período de 24h. A coelha não fica dentro do ninho com os filhotes. 
Comportamento dos láparos: Os láparos nascem sem pelos e com os olhos fechados. Por volta 
dos 10 dias estarão com os olhos abertos e já terão pelo. Nos primeiros 15 dias vivem dentro 
do ninho. Depois já começam a entrar e sair dele. Aos 20 dias os ninhos internos podem ser 
retirados das gaiolas. Em torno de 20 dias, começam a comer ração, mas ainda mamam. 
Adoção de láparos recém-nascidos: Deve ser feita quando as coelhas têm mais de 10 filhotes 
ou de 1 a 3. A coelha aceita os filhotes da outra desde que não deixemos cheiros estranhos no 
seu ninho. A adoção de recém-nascidos deve ser feita logo após o parto. A diferença de idade 
entre as ninhadas deve ser no máximo 72 horas. 
Os ninhos devem ser olhados diariamente para retirar os mortos e verificar se a temperatura 
está correta e se a ninhada está fria e úmida. O ninho sujo e frio pode fazer com que toda a 
ninhada morra. O ninho pode ser retirado da gaiola da fêmea, 20 dias após o parto. 
Desmama: nas criações médias e grandes é feita com 32 a 35 dias de idade ou quando o láparo 
pesa pelo menos 600 g, nas criações pequenas os láparos podem ser desmamados com 40 a 42 
dias de idade. *Peso ao desmame: 600 a 700g. 
Litros de leite produzidos pela fêmea para o láparo: 
3 láparos: 3,0l 
7 a 8 laparos: 6 a 7l de leite 
14 láparos: 10l de leite 
 
Formação de lotes para a venda de animais vivos ou abatidos: Por ninhada: Machos e fêmeas 
podem ser criados na mesma gaiola até os 90 dias. As fêmeas que forem escolhidas para 
reprodução podem ficar juntas até 3 meses e meio. Depois devem ficar sozinhas numa gaiola. 
Os machos para reprodução aos 90 dias devem ficar sozinhos porque eles brigam. Mistura de 
ninhadas: Ninhadas pequenas podem ser misturadas na gaiola de engorda 
Ritmos de reprodução da coelha: 
 Extensivo: A nova gestação nunca coincide com a lactação anterior. O desmama é 
feito com mais de 35 dias. A nova cobertura da coelha é feita após o desmama. São 
obtidos 3 a 4 partos por coelha ano. Pequenas criações. 
 Intensivo: A coelha vai ser acasalada nos primeiros 8 a 9 dias após o parto. O desmama 
é feita com 28 a 30 dias. O número de partos/coelha/ano pode chegar a 9. 
 Semi- intensivo: É o mais usado. A coelha vai ser acasalada 10 a 30 dias pós parto. O 
desmama é feito com 32 a 35 dias. O número de partos/fêmea/ano: 5 a 7. 
Medidas para evitar o aparecimento de doenças na criação: 
• Vacinar contra as principais doenças 
• Fazer quarentena dos animais comprados para a reprodução e daqueles que saírem 
para exposições e tiverem que voltar para a criação. 
• Manter os coelhos em instalações limpas e confortáveis. 
• Temperaturas amenas. 
• Locais tranquilos 
• Não podem ser criados com outros animais. 
• Não oferecer o verde quente e úmido aos animais. 
• Oferecer rações de boa qualidade. 
• Não podem ser criados sobre suas fezes e urina. 
• Devem ter água limpa e à vontade. 
• As instalações devem ser construídas longe de outras criações. 
• Os cadáveres dos animais mortos devem ser queimados ou enterrados 
• Usar pedilúvio na porta do galpão 
 
Alimentação dos coelhos: 
• Nas criações caseiras os coelhos podem consumir restos de horta, restos de culturas 
ou forrageiras de alto valor nutritivo plantadas especialmente para eles: rami, soja 
perene, guandu, kudzu tropical, etc. 
• As forrageiras não devem ser administradas quentes ou úmidas, pois, podem provocar 
diarreias nos coelhos, devem sofrer um pré- murchamento à sombra e num local 
limpo; devem ser colocadas na manjedoura. 
• As forragens podem ser oferecidas fenadas em comedouro separado; 
• Nas criações comerciais, os coelhos recebem um alimento granulado ou peletizado, 
balanceado de acordo com as suas exigências nutritivas, chamado ração. 
• A maioria dos criadores compra a ração pronta; 
 
Quantidades recomendadas para as diferentes categorias da criação: 
• Reprodutor: 100 a 120g/dia 
• Fêmeas em gestação: 
Início: 120 a 130g/dia 
O meio: 140 a 150g/dia 
No final: 160 a 180g/dia 
• Fêmeas em lactação: à vontade 
• Fêmeas em lactação e nova gestação: à vontade 
• Animais em crescimento e engorda: à vontade 
• A maioria dos criadores compra a ração pronta; 
 
 
 
 
 
 
 
Produção de suínos 
Os suínos são os Únicos artiodáctylos monogástricos.Origem: pareceram na terra a mais de 40 milhões de anos e pertencem ao gênero Sus, que 
teve sua origem nos ungulados primitivos do cretáceo. Os fósseis mais antigos do suíno 
doméstico foram encontrados nas palafitas da suíça (Sus scrofa palustris, muito semelhante 
ao Sus vitatus). 
Domesticação: antes era creditada aos Chineses (5000 anos AC), hoje as pesquisas mais 
recentes mostram que os suínos já eram domesticados há 10 000 anos AC por habitantes do 
leste da Turquia. 
Das raças domésticas, distinguem-se três tipos: 
 Suíno Celta: derivado do Sus scrofa ferus- javalí da Europa, difundido na Europa, Àsia 
e norte da Àfrica. 
 Suíno Asiático: derivado do Sus vitatus ou índicos- javalí da Índia: difundido na Índia, 
Indochina e China. 
 Suíno Ibérico ou Napolitano: Sus mediterraneus (cruzamento entre as duas espécies 
anteriores), difundido na península Ibérica e Itálica. 
 
No Brasil os primeiros suínos foram trazidos por Martim Afonso (1532) da Península Ibérica 
das raças Galega, Beiroa, Bizarra, Alentejana e Transtagana. Posteriormente vieram as raças 
Large Black, Berkshire, Tamworth, Wessex, Landrace, Yorkshire , Large White e Pietrain. 
QUESTÃO: Quais raças são as mais proliferas? Resposta: Mei Shan, landraça. 
Principais características do suíno doméstico (gênero sus): 
 Animais Difiodontes: duas dentições uma de leite com 32 dentes e outra 
permanente com 44 dentes tuberculados. 
 Caninos mais desenvolvidos nos machos. 
 São cosmopolitas. 
 Focinho longo e resistente 
 São Multíparas. 
 Onívoros. 
 Monogástricos. 
 Intestino volumoso. 
 Panículo adiposo espesso. 
 Apresentam até 9 pares de tetas. 
 Testículos localizados na região perineal. 
 Aparelho termorregulador pouco desenvolvido, por isso no nascimento precisam 
de cuidado e adultos buscam se refrescar. A zona de neutralidade térmica é por 
volta de 18º Celsius. 
 Glândulas sudoríparas atrofiadas. 
 Movimentos respiratórios: 15 a 20/min. 
 Batimentos cardíacos: 70 a 80/min. 
 Temperatura corporal: 39,5°C adultos e 40,5°C leitões. 
Raças 
QUESTÃO DE PROVA!! 
Large white 
 
 
Landrace 
 
 
Pietran 
 
 
Duroc 
 
Principais características da carne de suíno: 
 Carne nutritiva, saudável e saborosa; 
 Não merece ser alvo de preconceito; 
 Nos últimos anos houve uma redução de: 
31% no nível de gordura; 
14% no nível de calorias 
10% no nível de colesterol 
 Rica em vitaminas do Complexo B e minerais essenciais 
 Composição: 
Água 72% 
Proteína 20% 
Gordura 7% 
Minerais 1% 
Carboidratos <1% 
Colesterol 65 mg/100g 
Energia 140kcal/100g 
 Comparando o teor de colesterol da carne de suíno com outras carnes: 
Suíno 
Lombo 69 
Pernil 80 
Frango 
Carne branca 75 
Carne escura 108 
Bovino 
Contra file 66 
Músculo 70 
 
Ocorreu uma evolução na produção de suínos com relação à conformação, prolificidade, 
conversão alimentar, precocidade, rendimento de carne e espessura de toucinho. 
Prolificidade: número de leitões por parto 
Precocidade: capacidade de chegar à idade adulta/idade de abate mais rápido. Conversão 
alimentar: quanto que o animal precisa consumir para ganhar 1kg de peso. 
 
Rendimento 
No abate, o animal é dessensibilizado, é feito a sangria e vai para a escaldadeira para tirar pele, 
pelos e ponta dos cascos, depois são retiradas as vísceras, o que sobra é a carcaça. No Brasil, a 
cabeça continua na carcaça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Carnes nobres: Lombo, pernil, paleta e sobrepaleta. 
QUESTÃO: Calcule o número de matrizes necessárias para produzir 50 toneladas de carcaça. 
Desfrute 
Cálculo da taxa de desfrute (TD) de um rebanho suíno: 
 
 
TC - Taxa de Crescimento 
 
 
 
 
 
 
TA - Taxa de Abate 
 
 
 
 
 
QUESTÃO DE PROVA!! Calcular a taxa de desfrute.·. 
Causas que levam a um baixo desfrute do rebanho suíno brasileiro: 
 Baixo número de partos/porca/ano (1) 
 Baixa taxa de concepção (<70%) 
 Baixo número de leitões nascidos/porca/parto (< 8) 
 Baixo número de desmamados/porca/parto (<6) 
 Elevada idade ao abate (10 meses) 
 Elevada mortalidade do nascer até o abate (>20%) 
 Medidas profiláticas e sanitárias deficientes 
 Falta de melhoramento genético e seleção 
 Manejo precário e deficiente 
 Instalações inadequadas 
 Alimentação deficiente em qualidade e quantidade 
 Mão de obra não qualificada 
 Falta de apoio dos órgãos governamentais 
 
 
Estrutura do Sistema de Produção de Suínos no Brasil 
Sistema Confinado de Alta Tecnologia e Eficiência 
 Característica empresarial com instalações sofisticadas. 
 Animais de alto potencial genético. 
 Alta taxa de reposição. 
Sistema Confinado Tradicional de Baixo Custo e/ou Baixa Tecnologia 
 Caracteriza-se por não ser uma atividade principal 
 Instalações mais simples 
 Reposição às vezes com animais próprios 
 Machos adquiridos de outras granjas 
 As modernas técnicas de manejo são aceitas ou não; 
 Diferencia-se do anterior através do acesso controlado ou não a piquetes para 
machos, fêmeas de reposição, vazias, em gestação e/ou lactação com os leitões; 
 Crescimento e terminação confinados; 
 
Sistema de Criação ao Ar Livre (SISCAL) 
 As fases de reprodução, maternidade e creche ocorre em piquetes com pequenas 
edificações com rotação das áreas ocupadas; 
 A fase de terminação ocorre com os animais confinados 
Sistema Extensivo 
 Todas as fases de produção ocorrem em piquetes (cobertura, gestação, aleitamento, 
crescimento e terminação); 
 Criações com baixa tecnologia e produtividade, encontram-se nas regiões Norte, 
Nordeste e áreas do Centro-Oeste; 
Finalidades da criação de suíno: produção de suínos em ciclo completo, de leitões, de 
terminados, dos reprodutores e para a industrialização. 
Vantagens da criação de suíno: 
 Grande transformador de alimentos em carne e gordura. 
 Excelente rendimento ao abate: cerca de 75 a 80% 
 Rápida reversão de capital. 
 Curto ciclo reprodutivo: 1º parto 10 a 11 meses. 
 Alta prolificidade: mais de 20 leitões/fêmea/ano. 
 Animal precoce: 90 a 100kg aos 140 a 150 dias. 
 Requer pequena área: 1 ha (hectare) comporta de 300 a 500 suínos. 
 Pequeno capital inicial. 
 Mercado fácil. 
 Alimentação variada. 
 Produzem carne macia, suculenta e saborosa de alto valor nutricional, sendo grandes 
fornecedores de proteína e energia as populações rurais. 
 Os animais descartados da reprodução alcançam bons preços de venda. 
QUESTÃO: Quantos partos em média uma fêmea tem por ano? Resposta: de 2,5 a 2,6 partos. 
 
Limitações à criação de suínos: 
 Por serem monogástricos, necessitam de alimentos balanceados. 
 Alta mortalidade quando jovens (sensíveis ao frio). 
 Alta mortalidade embrionária e fetal (40%). 
 Exigem cuidados higiênicos e sanitários. 
 Aparelho termo regulador pouco desenvolvido. Quando jovens, sentem frio por 
perdem calor facilmente e quando adultos, sentem calor pela dificuldade de perda de calor. 
 Alto custo de produção e de instalações. 
 Grande capacidade de poluir o meio ambiente. 
 
As instalações para suínos assumem papel importante para o sucessoda atividade suinícola 
e devem se caracterizar por oferecer: 
 Funcionabilidade, conforto e bem estar. 
 Temperatura interior adequada. 
 Umidade relativa do ar compatível. 
 Pureza de ar. 
 Ventilação e luminosidade. 
 Facilidade de higienização e manejo. 
 Economia de mão de obra, energia e água. 
Com relação ao dimensionamento das instalações, devemos observar: 
 Composição do rebanho e índices zootécnicos (parâmetros reprodutivos /produtivos, 
espaço útil por animal). 
 Dados de clima da região (temperatura, ventos dominantes, insolação, umidade 
relativa do ar). 
 Modelo profilático a adotar. 
 Futuras ampliações. 
 Projeto de destino dos dejetos. 
Princípios básicos para manter a temperatura interna da instalação dentro da zona de 
conforto térmico dos suínos: 
 Localização: (direção dos ventos, radiação solar, barreiras naturais, topografia 
levemente ondulada e afastamento entre instalações). 
 Orientação. 
 Largura. 
 Pé direito. 
 Comprimento. 
 Cobertura (lanternim). 
 Áreas circundantes. 
 Sombreamento 
INSTALAÇÕES 
Pré-cobrição e gestação: 
Baias coletivas: fêmeas de reposição até o primeiro parto e as porcas até 28 dias de gestação. 
Baias individuais: fêmeas desmamadas até 28 dias de gestação. 
Os machos ficarão em baias individuais. 
Áreas recomendadas para as fases de gestação pré-cobrição e macho: 
Baias área recomendada 
 (m²/animal) 
Gestação individual 1,32 
Leitoas em baias coletivas 2,0 
Porcas em baias coletivas 3,0 
Machos 6,0 
Número de animais por baia de gestação coletiva/reposição/pré-cobrição: de 6 a 10. 
Área de piquete por fêmea: 200 m² 
 
 
 
 
Maternidade 
 Em piquetes: 200 m²/ fêmea (cabanas tipo IGLÚ com l,50 x 3,0 x 1,10m). 
 Em baias convencionais 6 a 8 m²/fêmea e leitegada com protetor contra esmagamento 
e escamoteador (creep). 
 Em celas ou gaiolas individuais 
 
Áreas recomendadas para a parição: 
Cela parideira: 
 área superior a 3,96 m² 
 espaço para a porca 0,60 m x 2,20 m 
 espaço para leitões 0,60 m x 2,20 m de cada lado 
 altura da cela parideira 1,10 m 
 altura das divisórias 0,50 m 
 
Baia convencional: 
área de piso 6 a 8 m² 
altura do protetor 0,20 m 
distância do protetor 0,15 m 
 
Escamoteador 
área mínima de piso 0,70 m² 
Largura mínima do corredor 1,0 m 
 
QUESTÃO: O que é um escamoteador e qual a sua utilidade? 
Resposta: Os leitões possuem alta sensibilidade ao frio, pois seu aparelho termorregulador 
ainda está em fase de desenvolvimento. Quanto mais baixa for a temperatura, mais energia 
ele terá que gastar para manter-se aquecido e o que prejudica o seu 
crescimento. O escamoteador apresenta uma lâmpada incandescente para emitir calor e é 
repleto de maravalha, garantindo conforto térmico aos leitões. A diferença da mãe pro leitão 
dependendo da fase chega a 10 graus de diferença de conforto térmico e como a mãe não tem 
acesso ao escamoteador, ele também diminui problemas relacionados a esmagamento e 
acidentes que ocorrem quando o leitão busca conforto térmico junto à mãe. Essa estrutura 
também oportuniza a alimentação sólida com “papinha” de mais líquida para mais pastosa, 
ajudando no desmame. 
 
Creche 
As instalações podem ser abertas, com cortinas e forro como isolante térmico para amenizar o 
estresse calórico. Tipos: 
 Suspensas em módulos com piso totalmente ou parcialmente ripado e área de 
0,35m²/leitão, sendo 1 a 2 leitegadas por módulo. 
 Em piso com área de 0,40 m²/leitão e declive de 5% 
 
 
 
Crescimento e terminação 
Instalação destinada aos animais desde a saída da creche até a comercialização. 
 O piso das baias pode ser totalmente ripado, parcialmente ripado ou totalmente compactado 
com declive de 3 a 5%. 
 As áreas por animal são: 
• 0,7 a 0,8 m² para totalmente ripado 
• 0,8 a 1,0 m² para parcialmente ripado 
• 1,0 a 1,2 m² para totalmente compactado. 
 As baias podem ter: 
• De 20 a 30 animais (em baias convencionais). 
• 100 a 200 animais (em cama sobreposta) 
 
 
REPRODUÇÃO DOS SUÍNOS 
*O pênis do macho apresenta glande em forma de saca-rolha. 
Puberdade: momento que a fêmea começa a produzir os óvulos e os machos os 
espermatozoides. Fatores que afetam o momento da puberdade: consanguinidade, 
cruzamento, raças, sexo, nutrição, proximidade ou presença do varrão, sociabilidade, estresse 
moderado e uso de drogas. 
Idade para iniciar a reprodução: fêmeas aos 7 meses ou aos 120kg e machos aos 8 meses ou 
aos 140kg. 
QUESTÃO Qual o melhor sistema pra cruzar os animais? Por quê? Resposta: Cruzamento 
rotativo ou rotacional com três raças. Esse cruzamento leva a maior heterose (vigor híbrido). 
Ciclo estral: Tem duração de em média 21 dias (18 a 22) 
Fases do ciclo estral: 
 Pró estro ou fase de proliferação (2 dias) 
 Estro ou cio (2 a 3 dias) é o período em que a fêmea aceita o macho 
 Meta estro (2 dias) 
 Diestro (14 dias) 
Ovulação: Ocorre entre 24 a 48 horas após o início do cio 
Taxa ovulatória ou número de óvulos: varia de 8 a 25 e pode ser afetados por idade, nível 
nutricional, raça e fatores de meio (clima, manejo). 
Vida fértil dos óvulos: até 11 horas. 
Tipos de cio: Normal, silencioso (não exteriorizado), pós parto, pós desmama, pseudo cio 
(ocorre durante a gestação). 
Sintomas ou características do cio: 
 Intumescimento da vulva (avermelhada) 
 Procuram o macho 
 No início montam as fêmeas e no fim deixam-se montar 
 Respondem positivamente ao reflexo de imobilização do homem (pressão na garupa) 
 Nervosismo e excitação 
 Redução do apetite 
 Micção frequente 
 Às vezes corrimento vaginal cristalino 
QUESTÃO: O que é o reflexo de monta? Resposta: Comportamento da fêmea de receptividade 
sexual que representa o momento em que se pode inseminar. 
No manejo da cobrição e/ou inseminação deve ser levado em consideração: 
 Instinto genésico ou de acasalamento 
 Início do cio e momento da ovulação 
 Vida fértil dos espermatozoides (até 10 horas) 
 Preparo da fêmea (peso e flushing) 
QUESTÃO: O que é flushing? Qual o seu objetivo? Resposta: É o incremento nutricional mais 
proteico e calórico dado: 
 Antes da cobertura da fêmea para diminuir a mortalidade embrionária e fetal 
 No final da gestação para armazenar a nível do fígado do leitão com o 
objetivo de fazer o leitão nascer mais vigoroso. 
 Quando após o desmame a fêmea ta muito fraca 
 
Número de saltos e coletas: 
De 8 a 12 meses: 2 a 4 saltos/semana 1 a 2 fêmeas (monta natural) e uma coleta por semana 
na inseminação. 
Acima de 12 meses: 4 a 6 saltos / semana 2 a 3 fêmeas (monta natural) e 2 coletas por 
semana na inseminação 
Manejo da cobrição: 
 Duração: 5 a 10 minutos na monta natural e 4 a 5 minutos na inseminação artificial. 
 Volume do ejaculado: 150 a 300 ml 
 Concentração de espermatozoides por ml de ejaculado 200 a 300 milhões 
 Total de espermatozoides por ejaculado 40 a 60 bilhões 
 Realizar 2 saltos ou 2 inseminações por fêmea com espaço de 8 a 12 horas 
 Na monta natural levar sempre a fêmea a baia do macho 
 Realizar as práticas nas horas mais frescas do dia 
 Após cobrição ou inseminação artificial não movimentar muito a fêmea para evitar o 
refluxo de sêmem que influenciará na fertilização Fazer exames periódicos do sêmem dos varrões 
 Manter os varrões com perfeito plano nutricional nas épocas de maior número de 
saltos e coletas. 
 
Técnicas ou métodos 
(Natural) 
Monta natural (cobrição): 
 Livre ou a campo 
 Mista ou controlada 
 Dirigida ou à mão 
 
(Biotecnologias reprodutivas) 
Principal: Inseminação artificial 
Manejo da fêmea em gestação 
Gestação: 112 a 118 dias, em média: 114 dias 
Local: Em gaiolas individuais, Em baias coletivas ou em piquetes. 
QUESTÃO: Quais instalações podem ser usadas na fase de gestação? Qual o melhor método? 
Resposta: Gaiolas individuais, baias coletivas e em piquetes. O melhor é o piquete, 
principalmente pelo bem estar animal, depois as baias coletivas e depois as gaiolas individuais, 
nessa ordem. 
 Fornecer água limpa e fresca à vontade, a porca em gestação bebe de 20 a 25 litros. 
 Arraçoamento: 
Primeiros 35 dias ração de gestação ou de lactação 1,8 a 2,0Kg por dia; 
Dos 36 aos 85 dias ração de gestação 2,5Kg por dia; 
Dos 86 ao 105 dias ração de gestação 3,5Kg por dia; 
Dos 106 a dois dias antes do parto ração de lactação à vontade. 
 Realizar as vacinações que forem necessárias (Peste suína, Pneumoenterite, Rinite 
Atrófica etc.). 
 Realizar o controle de endoparasitas (verminoses) com vermífugos e de ectoparasitas 
(sarnas, piolhos e carrapatos) com banhos. 
 Conduzir a fêmea uma semana antes de parir para a maternidade (dar banho antes). 
 Verificar a ficha da fêmea, 
 
Parto 
Duração: de 2 a 6 horas 
Cuidados antes do parto: 
 Não fornecer ração; 
 Verificar a cama e a fonte de aquecimento dos leitões. 
 Verificar se a fêmea não esta constipada. 
 
Cuidados e manejo com os leitões recém nascidos 
 Limpar, secar, desobstruir as narinas e massagear o leitão, 
 Fazer o corte, a ligadura e a desinfecção do umbigo (3 a 4 cm, iodo 3 a 5%), 
 Colocar o leitão para a primeira mamada (colostro), 
 Após mamarem o colostro: fazer o desbaste ou corte dos dentes (para não machucar a 
teta da mãe), corte do terço final da cauda e pesagem do leitão (1300 grs.). 
 Contagem de tetas 
QUESTÃO Qual a finalidade da contagem de tetas na produção de suínos? Resposta: Para a 
venda dos animais. As características como o peso ao desmame, o numero de tetas, entre 
outros. É mais vantajoso a reprodutora ter mais tetas, porque permite maior reprodução. Uma 
porca pode chegar a apresentar nove pares de tetas, então a preferência é pelo maior número 
de tetas e que seja homogenia de um lado e do outro, para facilitar a amamentação dos 
leitões. 
 
 
 Identificação (Tatuagem, Brincos ou chapas nas orelhas ou Sistema Australiano de 
identificação.). 
QUESTÃO Como funciona o sistema australiano de identificação? Qual a sua finalidade? 
 
Resposta: São feitos piques nas orelhas dos animais conforte a figura acima, cada um 
representando um valor. O objetivo desse sistema é a identificação (enumeração) dos animais. 
Os piques 1 e 10 são devem ser usados no máximo duas vezes e os 3 e 30 no máximo três 
vezes. A vantagem desse sistema é que é de fácil observação à distância, ou seja, não é 
necessário conter o animal para realizar a leitura do número. 
 Suplementação com Glicose a 5% e vitamina ADE para reviver os leitões e eles 
pegarem a teta. 
 Transferência Unilateral e Cruzada de leitões. 
Unilateral: quando a porca tem muito leitão e pouca teta, o leitão é transferido 
para uma porca que pariu em dias próximos. 
Cruzada: Transferência dos leitões conforme o tamanho para uniformizar os lotes. 
*Se apresentar agalacsia (falta de leite) pode ser usado o colostro do banco de 
colostro 
*Se a mãe morrer ou os suínos podem ser amamentados artificialmente com leite de 
bovino adaptado ou passados para outras fêmeas desde que o cheiro seja mascarado 
com solução desinfetante e fêmea bem alimentada. 
 Medicar ao 3º ou 4º dia contra a anemia ferropriva (terra, pó, pasta ou comprimido e 
solução injetável). 
**Flanco: pele mole que permite a aplicação subcutânea 
 Fornecer ração (a partir do 5º dia). Nesse primeiro momento é dada uma ração pré-
inicial que vai facilitar a adaptação para a alimentação por ração. 
Castração dos machos destinados ao abate: entre 3 a 15 dias. É feito cedo, porque é 
mais simples, ele ainda está recebendo a imunidade passiva da mãe e é mais fácil de 
conter o animal. No macho, a androsterona e escapol se impregnam no músculo e dão 
gosto ruim a carne, por isso o animal deve estar castrado (sem testículo) ao ser 
abatido. Se for abatido antes da puberdade, isso não acontece. 
Tipos de castração: cirúrgica (corte longitudinal na área inguinal e retirada dos 
testículos), imunológica (com 60 dias, depois 30 dias e tem mais 30 dias para abater o 
animal). 
 Vacinas 
 Água dos leitões 
 
Cuidados com a fêmea pós-parto: 
 Verificar se apresenta leite; 
 Se necessário revitalizá-la com soro glicosado; 
 Verificar se apresenta o complexo MMA: mastite/mamite, metrite/endometrite e 
agalaxia (ausência total do leite); 
 Se necessário realizar a infusão uterina (permanganato de potássio 1/1000 ou furacim 
a 2%); 
 Alimentação: 2kg + (300 a 500 grs.) x leitão parido de ração de lactação por dia. 
Por exemplo, se a porca pariu 12 leitões: 
2000g + (400g x 12): 2000 + 4800 = 6800 gramas ou 6,8kg 
 Água limpa e fresca à vontade. A fêmea em Lactação bebe de 30 a 35 litros por dia. 
 Limpeza e retirada dos restos placentários; 
 
Tipos de desmama: 
 Total: quando a fêmea vai voltar pro ciclo e a os leitões vão para a creche; 
 Interrompida: retirando a fêmea varias vezes e depois devolvendo ela para ela 
amamentar os leitões; 
 Parcial: São tirados alguns leitões e outros são deixados para continuar mamando. 
 Retirar a porca e deixar os leitões por mais 3 a 4 dias para os leitões sentirem menos 
estresse. 
 
Creche 
Fase compreendida da desmama (por volta de 20 dias) a 49-70 dias. 
Tipos de creche: 
 Suspensa (com piso ripado plástico ou pré-moldado de alvenaria). 
 Em piso. 
 Espaço – 0,30 a 0,50 m² / leitão. 
 Em cama sobreposta 1.20 m² / leitão. 
 Podem ser agrupados por idade, sexo e peso. 
Colocar por boxe de 12 a 20 animais em baias suspensas ou em piso e de 50 a 200 em cama 
sobreposta. Deve apresentar bebedouros de fácil acesso, boa pressão, altura e vazão 1 
bebedouro para cada 10 animais e comedouros com abertura da boca de 18cm (ração a 
vontade uma abertura para cada 3 a 4 animais. 
Temperatura: ideal início na entrada do leitão 28 ºC e na saída 22 ºC. 
Manejo da ração: fornecer ração à vontade manualmente 2 a 4 vezes ao dia ou em 
comedouros automáticos. 
Limpeza das baias: 3 vezes por semana em baias suspensas. 
Vacinação dos leitões: na saída da creche de acordo com o plano de vacinações. 
Índices críticos e metas na creche: 
 Crítico Meta 
Taxa de mortalidade (%) >2,5 <1,5 
Conversão alimentar >2,2 <2,0 
Pesos médios dos leitões na creche (kg) 
Aos 56 dias <18,5 >20 
Aos 60 dias <20,5 >22 
Aos 63 dias <22,0 >24 
Aos 70 dias <26,o >31 
 
 
 
Recria ou crescimento e terminação, engorda, 
acabamento ou ceva: 
Manejo a realizar: 
 Usar o sistema todos dentro todos fora 
 Ideal manter o mesmo grupo de animais da creche 
 Manter se possível a temperatura entre 16 e 22 ºC 
 Ração à vontade e comedouro com espaço de abertura de 28 cm para 3 a 4 animais 
 
Terminação: 
 Monitorar (vistoriar)as salas pelo menos 3 vezes ao dia para verificar as condições 
dos animais, bebedouros, comedouros, ração e temperatura ambiente. 
 Limpar as baias diariamente com pá e vassoura, esvaziar e lavar semanalmente as 
calhas coletoras de dejetos. 
 Utilizar de 1,0 a 1,2 m² / suíno em baias convencionais e de 1,2 a 1,5 m² / suíno em 
cama sobreposta 
 Formar lotes de 20 a 30 animais e em cama sobreposta até 500 
 
Parâmetros produtivos a observar em uma granja de suínos: 
Taxa de parto >90% 
Taxa de repetição do cio <10% 
Nº de partos/fêmea/ano >2,3 
Nascidos vivos/parto >10 
Taxa de natimortos <6% 
Nº de desmamados/parto >9,5 
Nº de desmamados/matriz/ao >22 
Taxa de mortalidade nasc/des. <10,0% 
Taxa de aborto <10,0% 
Consumo de ração/matriz 1080 kg ou 90kg/mês 
Nº de terminados/parto >9 
Nº de terminados/matriz/ano >21 
Mortalidade na creche <3,0% 
Mortalidade na terminação <1,5% 
 
 
 
Tipos de ração e peso médio 
CRIA OU ALEITAMENTO: Período que vai do nascimento até a desmama. (21 a 28 dias) 
 Peso médio ao nascer 1500 grs 
Peso médio a desmama 6,5 kg (21 dias) 9kg (28 dias) 
Tipo de ração nesta fase: Pré inicial do 5 dia até uma semana pós desmama. 
RECRIA OU CRESCIMENTO: Período que vai desde a desmama (21-28 dias) até 105-112 dias. 
Peso vivo médio de 6,5 a 9,0kg e 60 a 65kg. 
CRECHE: Período compreendido na recria que vai da desmama (21 a 28 dias) até 50 a 70 dias. 
Peso de entrada na creche 6 a 8 kg 
Saída da creche: 49 a 70 dias 
Peso de saída da creche 18 a 31 kg 
Tipo de ração até 28 ou 35 dias: ração Pré inicial 
 dos 35 até 49 dias: ração Inicial I 
 dos 49 até 70 dias: ração Inicial II 
 dos 70 até 105 -112 dias: ração crescimento 
Até o fim da recria (105 a 112 dias) peso aproximado: 60 a 65 kg. 
TERMINAÇÃO ou ENGORDA: Período que vai dos 105 a 112 dias (60-65 kg) até 140 a 160 dias 
(90-110 kg) 
Tipo de ração: Dos 112 até 133 dias ração terminação I 
 Dos 133 até 160 dias ração terminação II 
QUESTÃO Cite as instalações de suíno: 
 Pré-gestação 
 Gestação 
 Creche 
 Recria 
 Crescimento 
 Terminação 
 Piquetes 
 Fábrica de ração 
 Silo 
 Instalação para o tratamento dos dejetos 
 Central de inseminação 
 Quarentenário afastado da granja para 
animais que vão ser acrescentado ao 
planetário pra não causar contaminação. 
 Embarcadouro – para facilitar o transporte. 
Apresenta balanças. 
 Pé de luvios para se limpar as pessoas 
 Rodo luvios para os caminhões que chegam 
 Escritório 
 Vestuário 
IMPORTANTE 
Ciclos e seus módulos: 
 UPL - unidade produtora 
de leitões 
 Crecheiros: da desmama 
até o final do 
crescimento. 
 Terminadores: do 
crescimento até o abate 
ou venda 
 Ciclo completo: todos os 
ciclos ocorrem na granja 
O ciclo completo é dividido 
em módulos como na 
suinocultura da UFRRJ: 
maternidade, creche, 
crescimento, terminação 
(apresenta área de 
reprodução embutida, o 
correto seria ser separado). 
Lesões nos cascos e claudicações em suínos 
A rápida evolução do suíno moderno e as condições de alojamento trouxeram problemas para 
o seu aparelho locomotor e como consequência as claudicações. O maior problema ocorre nos 
cascos, devido ao desgaste da sola e as lesões da parede do casco, atingindo o tecido mole 
ocasionando as claudicações. 
Sugestões de espaços de pisos ripados para suínos: 
 peso vivo espaço ripado 
 (kg) (mm) 
Leitões <8 9 
 5 – 15 11 
 > 15 14 
Crescimento/ Terminação 25 - 100 18 
Reprodutores > 100 22 
Classificação das claudicações de acordo com a sua gravidade: 
Leve: Alterações discretas no andar do animal, quando parado alternância no apoio dos 
membros. 
Média: Distúrbio locomotor perfeitamente perceptível no andar do animal, quando parado 
alternância do apoio e na posição do membro. 
Grave: Alteração grave no deslocamento o animal pisa o membro com dificuldade. 
Muito grave: O animal procura permanecer deitado, levanta com dificuldade, dificilmente 
apoia o membro comprometido. 
Perdas econômicas relacionadas com as claudicações: 
 Perdas de reprodutores por mortes. 
 Descarte antecipado de reprodutores (12 a 30% ou até 50%). 
 Aumento da taxa de natimortos e da morte de leitões durante a lactação. 
 Aumento do período de terminação. 
 Abate de animais antecipado. 
 Atraso no desenvolvimento de leitões. 
 Problemas reprodutivos, infertilidade, retorno ao cio ou nascimento de leitegadas 
pequenas. 
 As matrizes apresentam problemas urinários. 
Prevenção em matrizes alojadas individualmente: Pulverizar com solução de formol a 10% e 
sulfato de cobre a 5% duas a três vezes por semana. 
Tratamento das claudicações: 
 Formalina (antisséptico e endurecedor dos cascos). 
 Passar lote de matrizes por pedilúvio com solução de formol a 10% (formalina) duas a 
três vezes por semana. 
Controle de animais individualmente com aplicação de pomada ou spray: Pomada: 200g de 
oxido de zinco + 200g de sulfato de cobre + 200ml de formol comercial + 2kg de cal hidratada + 
água suficiente para formar pasta. 
Outras soluções: 
 Selecionar animais com casco mais escuros que são mais resistentes. 
 Solução de formol e sulfato de cobre – formol comercial 1 litro + sulfato de cobre 
500 gramas + água 19 litros. 
 Pasta de formol, sulfato de cobre e cal – formol comercial 1 litro + sulfato de cobre 
500 gramas + cal hidratada 8 quilos + água 19 litros. 
 Utilização de biotina na ração. 
Canibalismo 
Tem sido descrito como um vício, onde nem sempre se conhece as causas que o provocam, 
sendo mais comum em rebanhos submetidos à produção intensiva. Nem sempre aparece com 
somente um fator predisponente, em geral é a soma de pelo menos 3 a 4 fatores. 
Causas ambientais: 
 Piso excessivamente áspero e liso; 
 Excesso de gases no ambiente; 
 Excesso de umidade e matéria orgânica no piso; 
 Variações bruscas de temperatura; 
 Alta densidade de luz (insolação); 
Causas Nutricionais: 
 Rações mal formuladas como: 
 Limitações dos níveis de vitaminas e minerais; 
 Baixos níveis de proteína (menos de 10%); 
 Fibra inferior a 3,0%; 
 Baixos níveis de Ca, P, I e Fe; 
 Uso de ingredientes que comprometam a palatabilidade das rações; 
 Presença de micotoxinas ou fungos nas rações; 
 Mistura incorreta; 
 Alimentação restrita; 
 Limitações de água (número de bebedouros, pressão, temperatura e palatabilidade); 
Causas no manejo: 
 Grande número de animais por baia; 
 Baias muito grandes; 
 Espaço inadequado para alimentação; 
 Comedouros mal dimensionados; 
 Mistura de animais (idades e tamanhos); 
 Alterações ou quebra da ordem social; 
 Movimentação excessiva nos setores da granja; 
 Corte da cauda; 
Causas sanitárias: Doenças parasitárias (verminoses e sarnas) ou entéricas 
Sugestões para o tratamento e controle: Retirar os mordidos, isolar e tratá-los até cura 
completa, dar banho no restante dos animais everificar qual a causa.