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TRAUMA PEDIÁTRICO EPIDEMIOLOGIA PADRÃO TRIMODAL DE ÓBITO CONDUTA PARTICULARIDADES ANATÔMICAS Principal causa de óbito até os 21 anos. Menor de 1a: sufocação por obstrução de vias aéreas 1-4a: afogamento 4-10a: trânsito Prevenção: educação, engenharia e mudanças políticas Segundos/Min: SNC e SNP, vascular central Min/Hrs: SNC com hematomas, lesão de órgãos sólidos, hemotórax e hemopericárdio Dia/Semanas: complicação do trauma como septicemia Avaliação inicial A: Airway e proteção coluna cervical B: Breathing C: Circulation D:Disability E: Exposure Reanimar e reavaliar Desproporção craniofacial Laringe mais alta e anteriorizada Tendencia da laringe colabar Epiglote mais curta e rígida Cordas vocais frágeis Ponto mais estreito a nível de cricóide A: AIRWAY E PROTEÇÃO DE COLUNA CERVICAL Avaliação Inicial Respiração Espontânea Via Aérea Insegura Via Aérea Pérvia: choro claro e forte, passagem de ar, ventilação normal e perfusão cerebral Via Aérea Instável: ruídos anormais, rouquidão, mudança de timbre do choro e estridor 1. Remover resíduos e secreções 2. Melhorar permeabilidade com posições 3. Posição de Cheirar: coxim por toda extensão do corpo e tronco 4. Chin-Lift: levanta o queixo e abaixa a testa 5. Jaw-Thrust: anterioriza a mandíbula em caso de lesão medular. 6. Oferecer O2 suplementar Em caso de coma, choque ou trauma de via aérea. 1. Cânula orofaríngea + ventilação: 2. Intubação orotraqueal com estabilização cervical: não rotacionar a cânula, lâmina reta do laringoscópio, usar tubo adequado (tamanho do dedinho, menores de 2 anos <4,5cm e maiores de 2 anos fazer idade/4 + 4. Cuff somente acima de 8 anos. Passo a Passo: pré-oxigenar → sulfato de atropina para evitar bradi → sedação com barbitúricos (normo) ou benzo (hipo) → manobra de Sellick (compressão cricóide) → Relaxante muscular despolarizante ou não (queimaduras etc) 3. Cricotireoidostomia cirúrgia em maiores de 10 anos e por punção em menores de 10 anos. Feita em último caso, converter em traqueostomia o mais rápido possível. O2 a 100% em jatos por no máximo 30min B – BREATHING Reconhecimento da Falência Respir. Causas da Falência Conduta Esforço respiratório Assimetria da parede torácica Macicez ou timpanismo Diminuição ou asência de MV Engurgitamento de jugulares Batimento de asa de nariz Taquipneia e dispneia Trauma Torácico: hemotórax, pneumotórax, hérnia diafragmática, tórax flácido, contusão pulmonar SNC: trauma cranioencefálico – suporte ventilatório Dor: fratura de arcos costais, contusão pulmonar Pneumotórax: toracocentese e drenagem Hemotórax: drenagem torácica. Quando for muito alta pode indicar lesão de mediastino – necessita ir para cirurgia. C: CIRCULATION Reconhecimento da Falência Circulat. Resposta x Perda Sanguínea Conduta Criança apresenta grande reserva fisiológica e só manifesta sinais de choque quando só resta 25% do volume. Sinais: taquicardia, hipovolemia, perfusão periférica diminuída, estreitamento da pressão de pulso, diminuição do débito urinário. Perda Sanguínea <25%: pulso filiforme fraco, taquicardia, ansioso, confuso, tempo de enchimento capilar prolongado Perda de 25-45%: pulso periférico ausente e central filiforme, taquicardia, PAS diminuída, estreitamento pressão de pulso, letárgico cianóstico Perda >45%: pulso central ausente, taqui ou bradicardia, comatoso, pálido. Acesso Venoso: dois acessos venosos, um em membro superior o outro em membro inferior. Acesso intra-ósseo em tíbia em menores de seis anos e em safena em maiores de seis anos. Infusão: infusão de cristaloide aquecido 10Ml/kg e caso não ocorra melhora na terceira infusão fazer concentrado de hemácias junto. Retorno à estabilidade: PAS normal, diminuição da frequência cardíaca, melhora do nível de consciência, pressão de pulso normal, reaquecimento de extremidades, cor da pele normal. D: DISABILITY E: EXPOSITURE REANIMAÇÃO Reconhecimento do Nível de Consc. Conduta Tirar toda a roupa de modo gradual e avaliar Manter a temperatura corporal para evitar perda da função cognitiva, bradicardia Calor irradiante Método Mneumônico: Aleta, Verbal, Dor, Irrerponsível Glasgow modificado em menores de 4 anos (fixa olhar em objetos, choro consolável, inquieto ou agitado) Fontanelas: abauladas ou diástase de suturas indicam lesão intracraniana grave. Vômitos: persistentes solicitar tomo. Edema cerebral: EOT com hiperventilação e manitol Hipovolemia e hipóxia Controle de temperatura SNG: usada em distensão gástrica aguda, contraindicada em rinorréia com líquor Sonda Vesical de Demora: fazer urografia retrógrada antes e toque retal ECG Laboratorial: álcool em adolescentes, b-HCG em meninas, hemograma, gasometria e urina I NEOPLASIAS ABDOMINAIS FATORES DE RISCO CLASSIFICAÇÃO INTRAPERITONEAIS Sd. Genéticas (polipose e neurofibromatose), Sd. Cromossômicas como Down e Klinefelter, neoplasia prévia, QT e RT, radiação, vírus Tumores Intraperitoneais Não Hodgkin (mais comum) Hepáticos Testiculares Tumoes Retroperitoneais Nefroblastoma Neuroblastoma (mais comum) Linfoma Não-Hodgkin Neoplasias Hepáticas Quando no abd é por linfócitos B e quando é no mediastino é por linfócitos T. Massa abdominal que causa obstrução intestinal principalmente em íleo terminal Hepatoblastoma: mais comum, em menores de 4 anos e responde bem a QT Hepatocarcinoma: associado a cirrose, Hepatite B e C, maiores de 4 anos e mau prognóstico RETROPERITONEAIS NEUROBLASTOMA Características Quadro Clínico Diagnóstico e Estadiamento Diagnóstico Diferencial Tumor do sistema nervoso simpático de comportamento errático que pode se tornar muito indiferenciado e maligno. A maioria involui espontaneamente. É o tu sólido mais frequente na criança <1ano,mais comum em meinos e se relaciona com álcool. Malfomações Associadas: aganglionose congênita do cólon e displasia neuronal intestinal, neurofibromatose e Sd. De Beckwith-Wiedemann (macrossomia, hipoglicemia, macroglossia. Sinais e Sintomas: massa abdominal palpável endurecida, indolor no flanco que ultrapassa a linha média. Comprometimento do estado geral, febre, dor abdominal, HAS, Sd. Paraneoplásica com diarreia, marcha atáxica, nistagmo, equimose palpebral, nódulos subcutâneos Marcadores Tumorais de Diagnóstico: ácido vanil-mandélico e ácido homo-vanílico Marcadores de Prognóstico: enolase ENE, ferritina, desidrogenase láctica Mapeamento ósseo Mielograma: avalia infiltração de medula Tomografia: vê local e estadiamento de linfonodos acometidos. Tumor de Wilms, Teratomas,Linfoma não-Hodgkin Prognóstico Bom: < 1 ano, estadiamento até 4S, região cervical, mediastino e pelve com menos de 3 cópias Mau: > 1 ano, estadiamento 3 e 4, retroperitoneal, mais de 10 cópias. Tratamento 1 e 2A: cirurgia 2B e 3: cirurgia, QT e RT < 1 ano: QT NEFROBLASTOMA OU TUMOR DE WILMS Características Quadro Clínico Diagnóstico e Estadiamento Dignóstico Diferencial Tumor embrionário derivado das células embrionárias que dão origem ao metanéfron, bilateral, mais comum em meninas e com pico entre 2-3 anos. Malformações Associadas: criptorquidia, hemihipertrofia, anidria esporádica, Sd. De Beckwith-Wiedmann, pseudohemafroditismo masculino Sinais e Sintomas: massa abdominal palpável que ocupa a loja renal e respeita a linha média, dor abdominal, FOI, perda de peso, hematúria, HAS, vômitos, abdômen aguro (raro) TC: localiza o tumor, faz estadiamento e avalia o rim contralateral, ressecabilidade. RNM: muito importante, melhor exame para seguimento do tratamento Neuroblastoma Lesões císticas renais benignas (rim policístico, hematomas) Lesões intra-renais: carcinoma e teratoma renal Prognóstico Relacionado ao diagnóstico precoce e histologia, o anaplásico é pessimo NEUROBLASTOMAWILMS MALFORMAÇÕES Displasia intestinal e aganglionose congênita Neurofibromatose Sd. Beckwith-Wiedermann Criptorquidia Hemihipertrofia Pseudohemafroditismo Sd. Beckwith-Wiedermann QUANDRO CLÍNICO Meninos Massa abdominal palpável indolor em flanco Ultrapassa a linha média Comprometimento do estado geral Sd. Paraneoplásica com diarreia Nistagmo Equimose peri-orbital Meninas Massa abdominal palpável que ocupa a loja renal Respeita a linha média Dor abdominal Hematúria HAS Vômitos DIAGNÓSTICO Marcadores tumorais ácidos homovanílico e vanilmandélico Mielograma Mapeamento ósseo Tomografia Tomografia RNM para seguimento DOENÇAS AMBULATORIAIS CIRÚRGICAS DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICO COMPLICAÇÃO TRATAMENTO HÉRNIA INGUINAL Saída de uma estrutura peritoneal pelo conduto vaginal em direção ao testículo, mais frequente em meninos à direita, prematuros. Fisiopatologia: persistência parcial ou completa do conduto peritônio vaginal História Materna Exame físico: abaulamento inguinal ou escrotal que surge aos esforços (choro, tosse), espessamento inguinal (sinal da seda – com a mao direita aprisiona o testículo e com a esquerda palpa o funículo e sente o atrito entre dois folhetos). Em crianças inspeção dinâmica como assoprar a mão. Encarceiramento: aumento da pressão leva a protusão de estrutura pela hérnia Estrangulamento: estrutura fica aprisionada com comprometimento da irrigação. Isquemia testicular: compressão vascular e necrose. Tratamento cirúrgico ao diagnóstico Herniorrafia inguinal: isola-se os elementos do canal inguinal e solta os que estão presos no conduto vaginal, remover o saco herniário. HIDROCELE Persistência parcial do conduto vaginal, caunsando acúmulo de líquidos nos testículos. O diâmetro do conduto é pequeno, e isso o diferencia de hérnia. História de ↑ volume escrotal com consistência cística que pode variar durante o dia (comunicante) ou ter volume fixo (não comunicante) EF: transiluminação + Esperar até 6-8 meses (pode ser reabsorvido), se persistir tratamento cirúrgico com inguinotomia e remoção do conduto. HÉRNIA UMBILICAL Persistência do anel umbilical sem o fechamento do anel aponeurótico História e palpação do anel umbilical (>1,5 cm) Tratamento cirúrgico após 3 anos: cirurgia de herniorrafia umbilical Operar quando complicar, quando tem acima de 3cm ou quando não resolve sozinho após 2-3 anos. DISTOPIAS TESTICULARES É quando o testículo não está na sua posição habitual e ocorre por falha da descida, sendo esta causada por problemas hormonais ou mecânicos como persistência do conducto. Ocorre mais em meninos >1 ano prematuro, à direita Diagnóstico clínico com escroto vazio uni ou bilateral, podendo ser palpável no canal inguinal, femoral, perineal ou supra-púbica. Classificação: Não palpáveis: criptorquidia (retroperitôeno) ou anorquia (não existe, vaso em fundo cego). Palpável: retido (entre anéis), retrátil (hipertrofia do cremáster) e ectópico: fora do trajeto certo Diagnóstico Complementar: videolaparoscopia. Comprometimento da espermatogênese, lesão imunológica por não reconhecimento do self, degeneração maligna (vira câncer), estética e psicológico. Entre 1-2 anos de idade Orquidopexia por videolaparoscopia Inguinotomia para remover o saco herniário Tratamento hormonal quando bilateral FIMOSE Impossibilidade de exteriorizar a glande do prepúcio pela presença de um anel Balanopostites: infecção de repetição forma cicatriz Infecção urinária Acima de três anos ou quando há complicação. Tratamento tópico com uso de corticoides ou cirúrgico com postectomia clássica. HIPOSPÁDIA Malformação com abertura do meato uretral na porção ventral do pênis acompanhado de cordee ventral (curvatura) e capuchão dorsal (fenda do prepúcio) Malfomação associada: geralmente se relaciona com criptorquidia. Diagnóstico Diferencial: pseudohemafroditismos (sexo cromossômico) A partir dos 6 meses, ortofaloplastia e neouretroplastia para que o meato uretral abra no topo do pênis e corrigir o cordee
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