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Profa. Msc. Caroly Mendonça Zanella Cardoso Faculdades Oswaldo Cruz Coordenadora da Comissão de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do CRF-SP Prof. Dr. Luis Marques (Anhanguera-UNIBAN) Mestrado Profissional em Farmácia Profa. Dra. Nilsa Sumie Yamashita Wadt Faculdades Oswaldo Cruz - UNIP- UNINOVE PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA É NECESSÁRIO ENTENDERMOS O QUE É A PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA PARA PODERMOS ATENDER A POPULAÇÃO DE FORMA PROFISSIONAL E CONSCIENTE Resolução CFF 586/2013 • Em 26 de Setembro de 2013, o Conselho Federal de Farmácia publicou a Resolução nº 586, de 29 de Agosto de 2013, a qual regulamenta a prescrição farmacêutica e dá outras previdências. Prescrição Farmacêutica • Ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas, não farmacológicas e outras intervenções relativas ao cuidado a saúde do paciente, visando a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde. Resolução CFF 586/2013 • A Resolução prevê dois tipos possíveis de prescrição farmacêutica: a) Medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica isentos de prescrição médica, no caso de patologias que não necessitam de diagnóstico prévio; b) Medicamentos tarjados, porém neste caso, existem alguns requisitos. Prescrição Farmacêutica • O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde, desde que respeitado o princípio da confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento. • O ato da prescrição farmacêutica constitui prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado e registrado no CRF se sua jurisdição. Fonte: Resolução CFF 586/2013 O que são MIPs? • Segundo o Ministério da Saúde, são “aqueles cuja dispensação não requerem autorização, ou seja, receita expedida por profissional”. • Sinonímia: - Medicamentos de venda livre - OTC (sigla inglesa de “over the counter”, cuja tradução literal é: sobre o balcão Prescrição Farmacêutica Prescrição Farmacêutica O QUE PODE SER PRESCRITO? MIPs O farmacêutico poderá prescrever medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo: • Medicamentos industrializados e preparações magistrais alopáticas ou dinamizadas; • Plantas medicinais e drogas vegetais; • Outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. O farmacêutico SEM especialização pode prescrever: • Medicamentos fitoterápicos • Plantas medicinais • e drogas vegetais • que não necessitam de receita médica MIPs Resposta • A exigência de título de especialista é somente para o farmacêutico que deseja prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando de formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. Continua... Resposta • De acordo com o artigo 5º da Resolução CFF 586/2013, o farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos, cuja dispensação não exija prescrição médica (MIP) incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais – alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. E para os medicamentos fitoterápicos manipulados? Todos os fitoterápicos estão liberados? Resposta • Sendo assim, além de prescrever, o farmacêutico na farmácia, poderá manipular as preparações magistrais alopáticas, com base no Anexo da Resolução RDC 138/2003 que contém a lista de grupos e indicações terapêuticas especificadas que são de venda sem prescrição médica. Também poderá manipular os fitoterápicos de venda sem prescrição médica descritos no Anexo – Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado da IN 2/2014 e o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira - RDC 60/2011 disponível para consulta no site da ANVISA. Prescrição Farmacêutica Atribuições e competência do farmacêutico na Prescrição Farmacêutica – Everton Borges – Farmacêutica Fiscal – Assessor de Relações Institucionais – CRF - RS • A RDC Anvisa 138/2003, dispõe sobre os medicamentos de venda sem prescrição médica, legalmente identificados na Lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE); • A dispensação dos medicamentos incluídos nesta lista NÃO requer a autorização do prescritor, ou seja, da receita emitida pelo médico ou odontológico. RDC 138/2003 - GITE RDC 10/2010 – DROGAS VEGETAIS • Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e admite outras providências. • Seu ANEXO I apresenta uma tabela com mais de 60 drogas vegetais • Obs.: revogada para registro pela RDC 26 de 2014 • manter como referência bibliográfica RDC 10/10 – Drogas Vegetais • 66 drogas vegetais, alguns exemplos: • Mil folhas, Gengibre, Barbatimão, Unha-de-gato, Dente- de-leão, Boldo-baiano, Assa-peixe, Jurubeba, Sene, Sabugueiro, Aroeira da praia, Sálvia, Salgueiro, Alecrim, Cascara Sagrada, Polígala, Romã, Erva-de-bicho, Boldo nacional, Tanchagem, Erva-doce, Boldo-do-chile, Quebra-pedra, Guaraná, Maracujá, Melão de São Caetano, Maracujá azedo, Guaco, Poejo, Hortelã- pimenta, Melissa, Espinheira-santa, Camomila, Malva, etc.. Instrução Normativa nº 02/2014 • Determina a publicação da LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO. Instrução Normativa nº 02 de 13 de Maio de 2014 • Mais de 30 espécies, dentre elas: • Alho, Babosa, Alcachofra, Equinácea, Eucalipto, Gingko, Alcaçuz, Hipérico, Ginseng, Castanha da índia, Uva-ursi, Arnica, Calêndula, Cimicifuga, etc. Instrução Normativa nº 02/2014 RDC 26/2014 – REGISTRO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS • Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. • Define as categoria de medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico. • Estabelece os requisitos mínimos para o registro e renovação (ou notificação) de medicamento fitoterápico (ou tradicional). Prescrição Farmacêutica Fonte: Resolução CFF nº 585/2013 – Glossário Transtornos Menores: Problema de saúde autolimitado “Enfermidade aguda de baixa gravidade, de breve período de latência, que desencadeia uma reação orgânica a qual tende a cursar sem dano para o paciente e que pode ser tratada de forma eficaz e segura com medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais – alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais ou com medidas não farmacológicas”. Prescrição Farmacêutica Exemplos de Transtornos Menores • Problemas respiratórios (catarro, gripe, tosse, dor de garganta, rinite alérgica e outros sintomas); • Problemas do trato gastrointestinal (úlceras bucais, azia, indigestão, náuseas e vômitos, obstipação, diarreia, hemorroidas); • Enjoo por movimento e sua prevenção; • Infecções cutâneas (eczema, dermatite, acne, pé de atleta, verrugas, sarna, erupções cutâneas na infância). Dra. Maria José Martin Calero – Grupo de Investigação em Farmacoterapia e Atenção Farmacêutica – Universidade de Sevilla, Espanha Prescrição Farmacêutica Dra. Maria José Martin Calero – Grupo de Investigação em Farmacoterapia e AtençãoFarmacêutica – Universidade de Sevilla, Espanha Exemplos de Transtornos Menores • Problemas relacionados com a dor: cefaleias, odontalgias, dores musculoesqueléticas; • Afecções femininas: dismenorreia, cistite; • Problemas oculares: olho seco, conjuntivite alérgica (produtos sem fármacos ativos) • Afecções infantis: dermatite da fralda, pediculose, verminoses, aftas. COMO A FITOTERAPIA PODE AJUDAR NESSES TRANSTORNOS MENORES? O QUE O FARMACÊUTICO PODE PRESCREVER PARA ESSES TRANSTORNOS MENORES? Fitoterapia • Fitoterapia é a utilização de plantas com fins terapêuticos preventivos, auxiliares e curativos; • Prática milenar documentada desde a origem do homem; • Presente nas culturas tradicionais em todo o mundo. Medicamentos Fitoterápicos • O QUE SÃO? Medicamentos fitoterápicos são os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade. Fonte: ecodebate.com.br Fonte: www.opovo.com.br Produtos tradicionais fitoterápicos • São considerados produtos tradicionais fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na literatura técnico- científica e que sejam concebidos para serem utilizados sem a vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de prescrição ou de monitorização. • Planta medicinal fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal. Althaeia officinalis Matéria-prima vegetal Planta Medicinal ou partes dela que foram secas e podem ser íntegras, rasuradas ou pulverizadas. Droga vegetal FITOMEDICAMENTOS OU FITOTERÁPICOS? • Fitoterápico Industrializado • Fitoterápico Manipulado • Fitofármacos – São os princípios ativos naturais, ou seja, substâncias extraídas das plantas • Fitomedicamento= Fitoterápico Fitoterápicos • Formas farmacêuticas de uso das plantas medicinais na terapêutica moderna e que podem incorporar as mais modernas tecnologias na sua obtenção. • Todas estas formas contêm os princípios ativos naturais (fitofármacos) responsáveis pela sua ação farmacológica e, justificadamente, alvo da preocupação maior do controle de qualidade destes produtos. Fitoterápicos Princípio Ativo Natural • Substâncias caracterizadas quimicamente, com ação farmacológica conhecida. Medidas Caseiras para medicamentos 1mL - 20 gotas 1 colher (café)- 2 ml / 0,5 g 1 colher (chá)- 5 ml / 1g 1 colher (sobremesa)- 10 ml / 2g 1 colher (sopa)- 15 ml / 3g 1 xícara de chá- 150 ml 1 xícara de café - 50 ml 1 cálice – 30 ml 1 copo americano- 250 ml Fonte: Anvisa – RDC 10/10 Ajustes na dose • Para crianças de 3 a 7 anos - 1/4 da dose de adultos • Crianças entre 7 e 12 anos - 1/2 da dose de adultos • > 70 anos - 1/2 da dose de adultos Fonte : Anvisa RDC 10/10 ATUALIZANDO DADOS SOBRE FITOTERÁPICOS Dados de mercado (PMB, 2011) 880 bilhões 24 bilhões 26 bilhões 0,65 bilhão Fitoterápicos nacionais (PMB, 2011) oApresentam atuação complexa Fito complexo • “Conjunto de substâncias químicas, originárias tanto do metabolismo primário quanto secundário, responsáveis em conjunto pelos efeitos terapêuticos tradicionais de uma determinada droga vegetal ou fitoterápico” Princípio ativo principal Princípios ativos secundários Outras classes químicas Substâncias pouco ativas ou inertes • Exemplos: clorofila, proteínas, açúcares, lipídios Fitoterápicos A quebra do fitocomplexo pode aumentar a toxicidade EB= extrato bruto EB 10,15,30%= adição da fração de ativos A quebra do fito complexo pode alterar a eficácia Taniguchi SF et alii. Phytotherapy Research 11: 568-571, 1997. Efeito antiinflamatório de Pfaffia glomerata NS * * 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 salina chá fração dos ativos ativo isolado no . m ac ró fa go s Wagner & Ulrich-Merzenich. Synergy research: approaching a new generation of phytopharmaceuticals. Phytomedicine 16: 97-110, 2009 Exigem adequada identificação • Todo produto deve apresentar: • Nome botânico completo, com autor e também a parte usada; • Exemplos • Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen - rizomas • Ptychopetalum olacoides Bentham – caules • Matricaria recutita L. – capítulos • Etc. • Obrigação técnica e exigência legal Ervas cidreiras Maracujás Boldos 1. Peumus boldus 3. Vernonia condensata2. Plectranthus barbatus Exigem dosagens corretas • Faixas gerais de dosagens • planta fresca= ± 8-10 gramas • droga (seca)= ± 1-3 gramas • tinturas 20%= ± 3-10 ml • tintura 10%= ± 2-5 ml • extratos fluidos= ± 0,5-2 ml • extrato seco (3:1)= ± 300-900 mg • ou por padronização química E Q U I V A L Ê N C I A Podem atuar como moduladores Ex.: Isoflavonas Isoflavona Isoflavona Paciente com baixo nível estrogênico Aumento dos efeitos Paciente com alto nível estrogênico Diminuição dos efeitos Fitoterápicos com ações no sistema nervoso central Introdução • Área de origem da fitoterapia • Uso ancestral como produtos da magia • Caso da Mandrágora • Ópio, Maconha, Coca, Santo Daime • Ações principais • depressores • estimulantes • alteradores • Ex. trombeteira Interações com os sistemas de neurotransmissores Fitoterápicos ‘calmantes’ • Literalmente • Substâncias que deprimem o SNC • O que é o estado ‘nervoso’? • Ansiedade (sistema GABA) • Estado de apreensão e tensão anormais • Insônia, dor de cabeça, dor lombar, palpitação, sudorese, sensação de “bolo” na garganta, sensação de vazio no estômago, etc. • Agitação nervosa (sistema DOPA) • Agitação física e mental (pensamentos fluentes), verbal (conversa agitada e desconexa), irritabilidade, aumento no peso e apetite (‘beliscos’ constantes) e problemas no sono Modelos farmacológicos dos dois tipos de ação ‘calmante’ Espécies usadas como calmantes • Espécies mais comuns • Valeriana • Maracujás • Kava-kava • Mulungú • Crataegus • Adonis vernalis • Camomila • Melissa officinalis • Lippia alba • Outras Maracujás • Diversas espécies de Passiflora • Flavonoides (Vitexina) e Alcaloides indólicos • Efeitos em animais • Prolonga o teste de tempo de sono • Diminui a movimentação espontânea • Comissão E alemã • casos de agitação nervosa • Espécies brasileiras • Passiflora alata (Maracujá doce) • Passiflora edulis (Maracujá azedo) Doses e efeitos colaterais • Indicação mais adequada para maracujá • Estados de agitação motora • com comprometimento do sono • Doses • De acordo com IN 2 de 2014 • 30 a 120 mg de vitexina/isovitexina • Toxicidade, Riscos e Contraindicações • náusea, bradicardia, arritmia, hipotensão • evitar associação com outros depressores (álcool) • evitar associação com outros neurolépticos (Haldol) • evitar uso com anfetaminas (efeito antagônico) • evitar uso crônico (presença cianogênicos nas folhas) Espécies adjuvantes a) Crataegus oxyacantha • Uso de folhas, flores e frutos em conjunto • Propriedades cardiotônicas, antiarrítmicas, vasodilatadoras e hipotensoras • Depressoras do SNC em menor escala • Contraindicada na gravidez por ter atividade uterotônica • Pode potencializar efeitos de digitálicos, vasodilatadores coronarianos e medicamentos para hipertensão, angina e arritmias • Racional em produtos calmantes ?? • Regulador de palpitações cardíacas b) Salix alba • Cascas do salgueiro • fonte original do ácido salicílico • salicilatos,flavonóides e taninos • Efeitos principais • Anti-inflamatório e analgésico • Racional em produtos calmantes • analgésico? • Riscos: os mesmos do AAS • interação com anticoagulantes • irritação gástrica • não utilizar cronicamente Espécies adjuvantes c) Adonis vernalis • Uso de partes aéreas • presença de glicosídeos cardiotônicos • flavonóides (vitexina e luteolina) • Ações • propriedades cardiotônicas, antiarrítmicas • depressoras do SNC em menor escala • indicado em insuficiência cardíaca associada com sintomas nervosos • Racional em produtos calmantes ? • similar ao efeito citado para Crataegus • Riscos também similares Espécies adjuvantes d) Erythrina mulungu (e outras espécies) • Uso de cascas do caule • presença de alcalóides eritrínicos • Ações • estudos pré-clínicos em modelos de depressão • tempo de sono, labirinto em cruz, caixa claro-escuro • indicado como ansiolítico sem detalhamento de mecanismos • Racional em produtos calmantes ? • efeito ansiolítico tipo diazepan • Riscos: interação com outros depressores Espécies adjuvantes Espécies calmantes para chás Caso clínico 1 • Paciente mulher, 35 anos, advogada, moradora de São Paulo • procura um calmante • sintomas: • sente-se ‘ansiosa’ • cansaço marcante, desânimo • sono irregular, acorda cansada • enxaqueca • irritabilidade • sem alterações outras como taquicardia • o que se poderia prescrever? Fitoterápicos antidepressivos • Depressão • estado de apatia e alterações emocionais negativas • tristeza, autodepreciação, abandono, culpa, etc. • distúrbios do sono, do apetite, da função sexual, retardo ou agitação psicomotora, etc. • Relação com vários neurotransmissores • noradrenalina e serotonina • dopamina em menor escala • Tratamento • psicoterapia • antidepressivos (tricíclicos, IMAOs ou inibidores seletivos de recaptação da serotonina) Guaraná • Sucesso do Hypericum • Estímulo para novas pesquisas de antidepressivos • Disseminação de um modelo fácil e rápido capaz de indicar potencial antidepressivo em fármacos • Natação forçada • Imobilidade = ‘depressão’ • menor imobilidade • potencial efeito antidepressivo Guaraná • Dose menor (2 e 4 mg/kg) não apresenta efeito • efeito dose-dependente • Teste de campo aberto • não tem efeito estimulante • efeito antidepressivo específico • não relacionado à estimulação física • Continuidade dos estudos • pensar nessa indicação • aos produtos comerciais existentes Catuaba • Cascas de Trichilia catiguá • Árvore da região nordeste • Tradicionalmente utilizada como ‘tônico’ • História de uso como afrodisíaco • Tese A.J. Silva, Bahia 1904 • Componente do produto Catuama • Investimentos do Lab. Catarinense • Verificação do destaque da catuaba dentre os vários ingredientes do produto • Estudos farmacológicos Fonte: Antunes E et al. The relaxation of isolated rabbit corpus cavernosum by the herbal medicine Catuama and its constituents. Phytother Res. 2001 Aug;15(5):416-21. Fonte: Campos MM et al. Antidepressant-like effects of Trichilia catigua (catuaba) extract: evidence for dopaminergic mediated mechanisms. Psychopharmacology 2005 Oct;182(1):45-53. •Portanto • espécie brasileira de grande relevância • a caminho de consolidar-se • estimulante sexual • antidepressivo • eficaz e com impacto positivo na esfera sexual Catuaba Griffonia simplicifolia Comercialmente chamada de 5-HTP espécie de origem africana sementes ricas em 5-hidroxitriptofano precursor químico da serotonina disponível em manipulação dose sugerida= 170 mg de extrato padronizado em 5-htp (± 30%) Indicações depressão e fibromialgia Estimulantes • Estimulante sem riscos • Drogas com xantinas • Cola, cacau, café, mate, chá e guaraná • “Mistério da etnofarmacologia” • inibição de fosfodiesterases, • aumento da adenosina monofosfato cíclico (AMPc) intracelular, • efeitos diretos na concentração intracelular de cálcio e • indiretos na concentração intracelular via hiperpolarização da membrana celular. Adaptógenos: novo tipo de ‘estimulante’ • Promovem um estado de adaptação e resistência a situações excepcionais, melhorando o desempenho do organismo: • Aumentam a resistência frente a agentes nocivos diversos • Atividade não específica • Mantém a homeostase • Baixa toxicidade • Efeitos crônicos Como funcionam os adaptógenos? • Regulação do HPA • Eixo hipotálamo -hipófise - adrenal • Atenuação dos impactos do stress • ‘POUPANÇA’ metabólica Panax ginseng • Espécie adaptógena de referência • Existência de inúmeros estudos em animais e humanos • PIERALISI et al., 1991: • Voluntários sadios e atletas em bicicleta ergométrica • Grupos placebo e tratado • Duplo-cego cruzado • carga máxima de trabalho • consumo de oxigênio • frequência cardíaca • produção de lactato • etc. Resultados Parâmetros avaliados Basal Após ginseng Após placebo Etapa final Carga de trabalho 14±3 18±4,1* 14±3 Consumo máximo de oxigênio 58±10 63±10* 57±10 Etapa intermediári a Consumo de oxigênio 46±8 41±7* 46±8 Lactato sanguíneo 6,0±2,1 4,8±1,8* 5,8±2,1 Ventilação 78±20 70±17* 77±20 Pulsação 160±14 152±14* 158±10 Pfaffia glomerata • Tese de doutoramento • Unifesp – prof. Elisaldo Carlini • Testes agudos em camundongos • Todos negativos • Teste crônico em ratos jovens e idosos • Treinamento em labirinto em T • Teste de aprendizagem e memória • N.º de sessões • para 12 acertos consecutivos Estudo clínico • Homens de 50-75 anos de idade • atletas e não-atletas • Seis meses de administração • cápsulas de extrato seco 300 mg 2x/dia • Avaliações iniciais e finais • testes de memória • teste ergoespirométrico • Seguimento mensal Resultados em memória Memória de curto prazo N Fase pré Fase pós melhora Atletas Placebo 8 5,6±1,5 6,6±1,2 1,0 Pfaffia 8 4,6±2,6 6,0±1,6 * 1,4 Memória de longo prazo N fase pré fase pós melhora Atleta hist. II Placebo 8 9,6±2,1 12,0±5,4 2,4 Pfaffia 8 9,6±3,4 12,7±2,5* 3,1 Não atleta hist. I Placebo 11 12,7±5,5 14,4±4,5 1,7 Pfaffia 10 9,2±5,7 12,5±3,9* 3,3 Não atleta hist. II Placebo 11 11,2±5,1 12,3±5,0 1,1 Pfaffia 10 7,3±4,6 10,5±4,3* 3,2 Aspectos gerais • Uma desistência no grupo placebo • Sem alterações laboratoriais • Vários relatos subjetivos • Melhora no perfil do sono • Aumento nos sonhos • Melhora no estado de ânimo • 3 casos de efeito “afrodisíaco” • Dados negativos na parte física Fitoterápicos com ações no sistema gastrointestinal Patologias da boca e oro-faringe • Processos inflamatórios locais • abcessos, estomatites, gengivites • faringite aguda e crônica • tosse seca e/ou tosse produtiva • Plantas classificadas em três categorias • demulcentes • anti-inflamatórias • adstringentes Espécies demulcentes • Principais espécies vegetais • Folhas de malva (Malva sylvestris) • Raízes de alteia (Altheia officinalis) • Frutos de tanchagem (Plantago sp) • Mucilagens isoladas (ágar) • Gargarejo várias vezes ao dia • Extratos aquosos ou hidro alcoólicos Espécies anti-inflamatórias • Inflamação da boca e garganta • Mais ativas que as anteriores • Espécies recomendadas • Matricaria recutita – camomila • Arnica montana – arnica (uso externo) • Zingiber officinale – gengibre • Calendula officinalis – calêndula • Salvia officinalis - sálvia • Própolis solução hidroalcoólica Espécies adstringentes • Empregadas com condições crônicas• Estomatite persistente, gengivite • Faringite crônica, pigarro do fumante • Espécies recomendadas • Guaçatonga – Casearia sylvestris • Rosa branca – pétalas de Rosa sp • Barbatimão – cascas de Stryphnodendron adstringens • Cascas da romã – Punica granatum • Aroeira – cascas de Schinus terebenthifolius Casearia sylvestris Casearia sylvestris Digestórios • Dispepsias • Alteração das funções digestivas • Flatulência, mal-estar, enxaqueca, etc. • Edema, perda ponderal, fezes oleosas e volumosas, anemia, glossite, etc. • Demanda clínica extremamente comum • Abordagem com digestivos / carminativos e estimulantes hepático-biliares Estimulantes digestórios • Espécies ricas em essências + substâncias amargas e/ou substâncias picantes • Mecanismos • Excitação nervosa na mucosa bucal • Estímulo da musculatura do TGI • Relaxamento do esfíncter esofageano inferior • Emulsificação do bolo alimentar (libera gases) • Aumento das secreções gástrica e hepático-biliar • Ação antisséptica dos óleos essenciais • Atividade espasmolítica Espécies digestórias • Absinto • Angélica raiz • Boldo do Chile • Boldos nacionais • Calumba • Carqueja • Cardamomo • Cálamo aromático • Cúrcuma (açafrão) • Dente de leão • Erva-doce • Galanga • Jurubeba • Genciana • Quássia • Quelidônea • Pau-tenente • sementes mostarda • Etc. Carminativos • Similares aos antifiséticos • Ação similar à da dimeticona • Relaxamento do esfíncter esofagiano inferior • Emulsificação do bolo alimentar • Liberação de gases • Eructação • Efeito colateral • Refluxo esofagiano (azia) Fitoterápicos carminativos • ‘Ervas-doces’ • Funcho= Foeniculum vulgare • Anis = Pimpinella anisum • Parte usada= frutos • Doses sugeridas • Para infusão • 2-3 gramas para 200 ml • 1 g para crianças Colerético/colagogo • Aumento na produção e secreção da bile • Dispepsias relacionadas a discinesias dos dutos biliares ou desordens de assimilação de gorduras • Aplicação em casos de: • quadros dispépticos mais expressivos • icterícia, cirrose, hepatite de grau leve • prevenção de cálculos biliares • facilitação na formação e liberação dos sais biliares Alcachofra • Efeitos adversos e riscos • Dermatite de contato • Contraindicado em colelitíase • Cálculos biliares já formados • Uso preventivo em pacientes propensos • Doses • Constante da IN 5 de 2008 • 7,5 a 12,5 mg de derivados do ácido cafeoilquínico Folhas de Cynara scolymus L. Ácidos fenólicos, flavonóides, óleos essenciais, fitosteróis e taninos Fonte: Gebhardt R. Inhibition of cholesterol biosynthesis in primary cultured rat hepatocytes by artichoke (Cynara scolymus L.) extracts. J Pharmacol Exp Ther. 286(3):1122-8, 1998. Mecanismos de ação da alcachofra Boldo do Chile • Peumus boldus (Molina) Lyons • Alcaloides (0,2-0,7%), flavonoides, óleos essenciais Fonte: Collin e Lévy. Sur quelquer préparations galéniques de feuilles de boldo. J. Pharm. Belg., 1977. Efeito antioxidante da boldina Kringstein P & Cederbaum AI. Boldine prevents human liver microsomal lipid peroxidation and inativaction or cytochrome P4502E1. Free Radical Biology & Medicine 18(3): 1995. Efeitos adversos • DL50 i.p. da boldina= 250 mg/kg • DL50 i.p do óleo essencial= 130 mg/kg • Convulsões com 70 mg/kg • Toxicidade evidente do óleo • Presença de ascaridol e terpinen-4-ol • Irritação renal • Risco a grávidas e pacientes renais Hepatoprotetores • Classe terapêutica antiga e polêmica • Registros antigos • ‘Tome um antes e outro depois...’ • Produtos diversos muito populares • Atalaia Jurubeba • Estomalina • Jurubeba Composta • Figatil • Infalivina • Sanaliver Biliflux Chophytol Biolip Boldopeptan Prinachol Higadolin, etc... Como caracterizar um hepatoprotetor? • Portarias SVS nº 90 e 91 de 1994 • Antídoto para intoxicações específicas • Evitar a perda da viabilidade hepatocelular • Aumentar reservas de glutation e outros antioxidantes; • Prevenir entrada de toxinas; • Reforçar barreira de revestimento pelas células sinusoidais • Proteger a composição da membrana hepatocelular o estimulação da biossíntese de substâncias reparadoras • Processos judiciais e mudanças de classe Cardo mariano • Frutos de Silybum marianum • Flavanolignanas (1-3%) - silimarina • Protege células hepáticas intactas ou não irreversivelmente danificadas • previne entrada de substâncias tóxicas • Estimula a síntese protéica • acelera processos de regeneração e produção de hepatócitos • Tratamento de suporte para inflamações hepáticas crônicas e cirrose Mecanismos de ação da silimarina Fonte: Morazzoni P, Bombardelli E. Silybum marianum. Fitoterapia 66(1): 3-43, 1995 • Indicações • Doenças hepáticas induzidas por etanol • Uso de drogas de abuso • Emprego de medicamentos agressivos ao fígado • Pacientes submetidos a agentes tóxicos ambientais ou ocupacionais • Doenças inflamatórias crônicas hepáticas • Fibrose e cirrose hepática • Antídoto para toxinas • Efeitos adversos • irritação da mucosa gástrica • efeitos laxantes discretos • Contra-indicado na gestação • Dose: 200-400 mg silimarina/dia Cardo mariano Antiácidos e Antiúlceras • Secreção diária de de suco gástrico • Cerca de 2,5L, com muco e bicarbonato • Sistema alterado por vários fatores • Aumento na secreção gástrica (stress) • Álcool e bile; Anti-inflamatórios não esteroidais • Modelos farmacológicos • stress por imobilização • indução por álcool/ácido • indução por indometacina • ligadura pilórica • Várias espécies tem sido estudadas Espinheira - Santa • Maytenus ilicifolia e M. aquifolium • Folhas com espinhos nos bordos • Estudos - Unifesp • Em úlceras gástricas • Modelos animais e humanos • Aumenta volume de secreção mucosa • Aumenta levemente o pH • Auxiliar em gastrites • 14 dias tratamento Fonte: CARLINI, E.A. Estudo da ação antiúlcera gástrica de plantas brasileiras: Maytenus ilicifolia (Espinheira-santa) e outras. Brasília: CEME/AFIP, 1988. Estudo clínico com espinheira-santa * Placebo Espinheira 0 1 2 3 4 5 6 7 0 7 14 28 Tempo de tratamento Es co re s do s si nt om as (m éd ia ) Soma global dos sintomas (azia, dor, sialorreia e náusea) de pacientes tratados por 28 dias com placebo (vermelho) ou espinheira-santa (azul) Posicionamento possível para essa espécie • Auxiliar em casos de gastrite e úlcera gástrica • Indicação clássica • Auxiliar como protetor gástrico em usuários crônicos de medicamentos agressivos à mucosa gástrica • Ex.: Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) 111 Bordo com cordão lenhoso ápice agudo Bordo sem cordão lenhoso ápice acuminado (nervuras com padrão ziguezague próximas ao bordo) Espinheira - Santa Verdadeira Espinheira - Santa Falsa Cuidados com adulteração Aroeira • Espécie Schinus terebenthifolius • Uso das cascas do caule • Chamada de ‘pimenta rosa’ • Uso tradicional como antiúlcera • Estudo clínico em gastrite • Resultados equivalentes ao Omeprazol • Produto do Laboratório Hebron • Kios Fonte: Santos SB et al. Comparação da eficácia da aroeira oral (Schinus terebinthifolius Raddi) com omeprazol em pacientes com gastrite e sintomas dispépticos: estudo randomizado e duplo-cego. GED Gastroenterologia Endoscopia Digestiva 2010, 29:118-125. • Protocolo • 72 pacientes com diagnóstico de gastrite• idade entre 16 e 80 anos Tabela 1 - Percentual de melhora nos sintomas após o tratamento Variável de estudo Tipo de tratamento Estatística Aroeira Omeprazol Teste Z Signific. Náusea 86,40 72,20 1,112 0,13299 Azia 79,40 71,40 0,77 0,22083 Dor epigástrica com frequência 84,40 72,70 1,04 0,14819 Desconforto abdominal agravado com as refeições 74,10 95,00 -1,89 0,02956 Desconforto abdominal aliviado com as refeições 85,70 85,70 0,00 0,50000 Sensação de saciedade precoce 69,20 79,20 -0,8 0,21179 Fonte: Santos SB et al. Comparação da eficácia da aroeira oral (Schinus terebinthifolius Raddi) com omeprazol em pacientes com gastrite e sintomas dispépticos: estudo randomizado e duplo-cego. GED Gastroenterologia Endoscopia Digestiva 2010, 29:118- 125. Boldo brasileiro • Uso popular • ‘Problemas do fígado’ • ‘Curar’ ressaca pós-alcoólica • Diminui a pressão arterial • Efeito pouco conhecido / Estudado • Doses altas • Pode causar irritação gástrica • Gravidez • Dúvida sobre existência de riscos Antieméticos • Emese • Náuseas e vômitos de diversas origens • Viagens em geral, carros, barcos, etc. • Metoclopramida e dimenidrinato (p.a) • Ação central com efeitos colaterais graves • Gengibre • “Tonifica” o trato gastrointestinal • Modula a transmissão nervosa, do TGI ao SNC sinalizando o mal-estar que provoca o vômito • Não apresenta efeitos colaterais ou riscos ao SNC Laxativos • Estimulantes da formação de bolo fecal • Fibras solúveis, de ação suave e segura • Drogas mucilaginosas • Ágar-ágar • Psyllium – Plantago psyllium (frutos) • Similar à tanchagens nacionais • Goma guar • Sementes de Cyamopsis tetragonolobus • Cascas de maracujá (pectinas) • Sementes de linhaça • Glucomanann – Amorphophalus konjac Laxantes antraquinônicos Espécies principais Sene – folhas e frutos de Cassia alexandrina e outras espécies Cáscara Sagrada - cascas de Rhamnus purshiana [semelhante - frângula] Ruibarbo – raízes de Rheum palmatum Babosa – folhas inteiras (“gel”) de Aloe vera e outras espécies Ainda frutos de ameixa preta Mucilagens + Antraquinonas • Mecanismos: • Inibição de canais de cloreto e da bomba Na/K ATPase • Irritativa - aumento de histamina • são absorvidos, distribuídos e eliminados na região intestinal (± 6-8 hs) • Riscos e efeitos colaterais • perda acentuada de eletrólitos • Pseudomelanocis coli • hiperpigmentação no intestino grosso • lesões renais em uso crônico • cólicas acentuadas • com risco na gravidez • dúvidas= aumento incidência de CA? Laxantes antraquinônicos Antiespasmódicos • Ações voltadas à diminuição ou eliminação de espasmos musculares • Diversas regiões musculares • Espasmos da musculatura intestinal • Presentes em dispepsias • Síndrome do intestino irritável • Diarreias não infecciosas • Outros • Cólicas menstruais, renais, etc. Hortelã • Mentha piperita L. - Lamiaceae • Espécie mundialmente utilizada • Hortelã folhas • Digestivo e antiespasmódico • Óleo essencial das folhas • Mentol (30-55%) • Mentona (14-32%) • Indicações • Cólicas na síndrome intestino irritável • Outros tipos de cólicas Fitoterápicos com ações no sistema musculoesquelético Introdução • Processos presentes em praticamente todas as patologias; • Produtos analgésicos e anti- inflamatórios; • Mercado brasileiro • Cerca 800 milhões reais por ano Área de grande demanda Ácido Araquidônico Fosfolipídios da Membrana Celular COX1/2 PGF2 PGI2 PGE2 PGD2 TXA2 LTB4 LTC4 LTD4 LTE4 LTA4 5-LOX Fosfolipase A2 Bronco constrição Contração uterina Drenagem de humor aquoso Vasodilatação Inibição da agregação plaquetária Sensibilização dolorosa Cito proteção gástrica Vasodilatação Redução da secreção ácida gástrica Sensibilização dolorosa Contração uterina Bronco- dilatação Febre Vasodilatação ou vaso- constrição Bronco- constrição Bronco- constrição Agregação plaquetária Bronco constrição Quimiotaxia Ativação dos fagócitos Processo inflamatório Boswellia serrata • Gomo resina – anti-inflamatória • Carboidratos (cerca de 20%) • Arabinose, galactose, xilose, etc. • Resinas (30 a 60-70%) • Ácidos triterpênicos pentacíclicos, tendo como principais os ácidos boswellicos: ácido -boswellico, ácido acetil -boswellico, ácido 11- ceto--boswellico, ácido acetil-11-ceto--boswellico, ácido 2,3- diidroxi-urs-12-ene-24-óico e ácido urs-12-ene-3, 24 diol. • Óleos essenciais (3 a 10%) • -tuieno, p-cimeno, pineno, dentre outros. Colite Ulcerativa • Inflamação crônica do cólon, de etiologia desconhecida • Autoimune • lesa exclusivamente a mucosa colônica • pode afetar da boca até o ânus • Incidência em torno dos 20 aos 40 anos de idade, com um pico a partir dos 60 anos Caráter recidivante Fonte: Gupta I. et alii. Effects of gum resin of Boswellia serrata in patients with chronic colitis. Planta Medica 67: 2001. Remissão dos sintomas após 6 semanas de tratamento Grupo Não Sim % Boswellia (N= 20) 2 18 90 Grau II 0 15 100 Grau III 2 3 60 Sulfassalazina (N= 10) 4 6 60 Grau II 2 4 67 Grau III 2 2 50 Outras espécies anti-inflamatórias Arnica montana o Espécie com risco • Gastroenterites • Hepatotoxicidade • Agressão cardíaca • Não ingerir • Alergias marcantes • Usar de forma diluída Fonte: Hormann et al. Allergic acute contact dermatitis due to Arnica tincture self-medicantions. Phytomedicine 4: 315-7, 1995 o Anti-inflamatória (vários mecanismos) • Flavonoides, alcalóides, cumarinas, polissacarídeos, óleos voláteis CUIDADO Matricaria recutita L. • Camomila • Componentes químicos: flavonóides, óleos voláteis, cumarinas, polissacarídeos, taninos • Atividades farmacológicas: • Anti-inflamatórias (inibe 5-lipo-oxigenase e ciclo-oxigenase) • Sedativa • Carminativa • Antiulcerogênico • Cuidados: • Hipersensibilidade • Uterotônicos (extratos) Calendula officinalis L. • Calêndula • Componentes químicos: • Flavonóides, polissacarídeos, óleos voláteis, saponinas • Atividades farmacológicas: • Anti-inflamatória • Cicatrizante • Antimicrobiana • Imunoestimulante • Cuidados: • Hipersensibilidade Cicatrização • Barbatimão • Hamamelis • Goiaba • Pitanga Taninos formando camada protetora sobre a ferida, precipitando proteínas; Atividade antimicrobiana: Complexam com as proteínas da membrana impedindo replicação microbiana. • Calêndula • Centela Aumento da atividade fagocitária, metabolismo do tecido conectivo. Circulatório • Castanha da Índia (Aesculus hippocastanum L.) • Semente • Oral (Extrato/Tintura/Óleo) • 32 a 120 mg de escina • Uso : • Fragilidade capilar • Insuficiência venosa • Reações Adversas: • Irritação das mucosas gástricas, • Dermatite de contato • Caso de superdosagem: • Prurido, fraqueza, diminuição Coordenação, • Dilatação da pupila, vômito, Depressão do SNC e paralisia. Gingko biloba L. • Sob receituário médico • Cuidado com interações medicamentosas • Com anticoagulantes (varfarina, heparina, aspirina) devida a atividade inibitória do PAF (fator de agregação plaquetária), • Com inibidoras da MAO (monoaminoxidase) (fenelzina, tranilcipromina-Parnat , selegilina, moclobenida-Aurorix); • Alguns casos de hipertensão em associação com diuréticos tiazídicos (hidroclorotiazida, clortalidona -Higroton). Fitoterápicos com ações no sistema genito-urinário Diuréticos • Aumento da eliminação de água e sais pela urina • aumento na filtração glomerular • diminuição da reabsorção tubular • Açõesprincipais • Aquaréticos: Eliminadores de água • Alteram fracamente a eliminação de eletrólitos • Auxiliam o processo de ‘autolavagem’ orgânica • Dois tipos principais a) Diretos b) Indiretos • Tonificam o sistema circulatório Tonificam o sistema circulatório • Melhora no retorno venoso Melhora o retorno venoso • Drogas com óleos essenciais • Zimbro - frutos Juniperus communis • Frutos e raiz de salsa Petroselinum sativum • Drogas ricas em flavonoides • Cavalinha Equisetum arvense Diuréticos Cabelo de milho • Estiletes e estigmas da flor feminina • Composição • Saponinas, fitoesteróis, taninos (11-13%), resinas, flavonóides, minerais (potássio, cálcio, magnésio, ferro, sódio), óleo essencial (0,1%) • Aumento no volume urinário • Excreção de sais sódio e potássio • Também do tipo uricosúrica e fosfatúrica • Também leve ação antiespasmódica Usos • Em cistite, gota, edema, uretrite e litíase • Droga vegetal 1-3 gramas/infusão • ES 5:1= 300 mg/cápsula • Tintura 10%= 30 gotas 3x/dia Efeitos adversos • Hipotensão • Urticária (rara) Contraindicação Gravidez Cabelo de milho Fonte: Myrza M. Diuretic activity of certain plants used in traditional system of medicine. Thesis. 2004 Grupos Doses (mg/kg) Vol. urinário ml/6 hs Na+ Meq / 100 g K+ Meq/ 100 g Zea mays 120 2,0 ± 0,00 22,82 ± 0,00 * 0,39 ± 0,00 * Zea mays 500 5,2 ± 0,02 11,14 ± 0,00 * 0,39 ± 0,00 * furosemida 20 8,0 ± 0,00 1,71 ± 0,00 0,34 ± 0,00 controle salina 3,0 ± 0,00 0,42 ± 0,00 0,13 ± 0,00 Abacateiro Chuchu • Emprego das folhas • composição • óleos essenciais, flavonóides e taninos. • uso popular como diurético • mínima literatura a respeito • sugestão • substituir por outros mais efetivos • Relatos populares de efeitos diuréticos • Folhas ou frutos • Provável efeito anti-hipertensivo Fonte: Jensen LP, Lai AR.Chayote (Sechium edule) causing hypokalemia in pregnancy. Am J Obstet Gynecol. 1986 155(5). Melita Rodríguez S, Acosta H, Barroso C. Diuretic effect of chayote juice (Sechium edule) in rats. Rev Med Panama. 1984 9(1):68-74. Auxiliares no controle da hipertensão Pouca informação conclusiva • Não devem ser de primeira escolha • Emprego como produtos auxiliares Efeitos • Vasodilatadores • Diuréticos Drogas oficiais ou tradicionais • Cavalinha (Equisetum sp) • Cabelo de milho (Zea mays) • Chapéu de couro (Echinodorus macrophyllus) • Angélica nacional (Hedychium coronarium) • Sete-sangrias (Cuphea sp) • Embaúba (Cecropia sp) • Colônia (Alpinia zerumbet) Antilitiásicos • Cálculos renais • Formação a partir de minerais da alimentação; • Cálcio, ácido úrico, etc. • Relação com padrões metabólicos familiares • Ao ser deslocado • Contração dos ureteres; • Dor lancinante • Riscos de obstrução das vias urinárias e agressão renal. Quebra-pedra Várias espécies de Phyllanthus Consistente tradicionalidade No Brasil e no mundo: chanca-piedra, stone broker Ações comprovadas experimentalmente Relaxamento dos ureteres (efeito antiespasmódico) Inibe endocitose de oxalato de cálcio pelas células renais Inibe crescimento e agregação de cristais Altera a morfologia e textura dos cálculos renais Atividade analgésica Previne o crescimento da parte cristalina dos cálculos 0 1 2 3 4 N Controle Tratado Nº de cálculos dos ratos controle e tratados * 0 50 100 150 200 pe so ( m g) Controle Quebra-pedra Evolução do peso de cálculos implantados em ratos controle e tratados nas fases inicial e final Estudos clínicos • Uso exclusivo do chá de P. niruri • 20 g das partes aéreas para 500 ml água • dividir em 2-3 tomadas • Proposta: extrato seco 3:1 • 500 mg três vezes ao dia Obs.: • Cuidado com cálculos de grande volume • Riscos de obstrução do ureter (contra-indicar) • preventivo= 1-2 tomadas semanais Fonte: Santos DR. Chá de quebra-pedra na litíase urinária em humanos e em ratos. SP: Unifesp, 1990. • Outros efeitos • Hipoglicemiante • Hepatoprotetor • Há estudos em hepatite B • Principalmente de P. amarus • Patente americana • Provável ação antiviral Quebra-pedra Auxiliar em infecção urinária • Sugestão de uso em cistites • Infecções urinárias de repetição • Comum em mulheres, crianças, idosos • Efeitos pretendidos • Aumento na diurese • Eliminação de micro-organismos • Efeito antimicrobiano / antisséptico • Diminuição na agregação bacteriana ao trato urinário Cranberry • Vaccinium macrocarpon • Frutos, sucos ou extratos • Composição • Antocianidinas e ácidos diversos • Promovem acidificação da urina • Diminuição da aderência bacteriana Fonte: Ofek I et al. Anti-Escherichia coli adhesin activity of cranberry and blueberry juices. N Engl J Med. 324(22):1599, 1991 • Dose: • 20-60 g frutos secos/dia • ES: 240-280 mg de antocianinas/dia • padronizado a 25% • 300 ml de suco / dia • Contraindicações • Planta contém açúcares • alertar uso em diabéticos • Pode interagir negativamente com antiácidos gástricos como omeprazol Cranberry Ginecológicos de uso tópico • Aroeira • Cascas do caule de Schinus terebinthifolius • Espécie tradicional brasileira • Região nordeste • Emprego como antimicrobiano, cicatrizante, antiulceroso, etc. • Especialmente em cervicites • Em banhos de assento Aroeira: estudos pré-clínicos • Vários testes de ação antimicrobiana • C. albicans, P. aeuriginosa, S. aureus, E. coli; Micrococcus, E. coli, E. faecalis; S. aureus • Também contêm dados sobre ação anti-inflamatória • Em vaginoses • Infecção poli microbiana primariamente anaeróbica • Representa alteração do ecossistema vaginal • Redução dos lactobacilos e elevação do pH • Crescimento exagerado de bactérias de baixa concentração em mulheres normais • Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis e outras Fitoterápicos com ações no sistema respiratório Introdução • Outra área de grande aplicabilidade da fitoterapia • Patologias de interesse a) Quadros respiratórios com necessidade de broncodilatação e expectoração (bronquites) b) Quadros respiratórios infecciosos de repetição, com necessidade de imunoestimulantes e antimicrobianos • Evitar • Quadros de asma brônquica • Quadros infecciosos graves como pneumonia Espécies bronco dilatadoras • Cumarina • Substância química fenil-propanóide • Originalmente descoberta no trevo • Feno fungado promoveu hemorragias em animais • Gerou o medicamento warfarina • Efeitos farmacológicos • Atividade broncodilatadora • Em musculatura lisa • Efeito anti-inflamatório Plantas ricas em cumarinas a) GUACO • Mikania laevigata – maior escala • Mikania glomerata – em menor escala Mikania laevigata b) CUMARÚ • Torresea cearensis • Uso das cascas • e das sementes (fava tonka) c) CHAMBÁ • Justicia pectoralis • Uso das partes aéreas • uso em prefeituras do nordeste Plantas ricas em cumarinas Estudos iniciais • Programa da CEME • Resultados broncodilatadores • em vários modelos de musculatura lisa • e também anti-inflamatórios • Indicação como bronco dilatador • com expectoração por consequência • Espécie selecionada • Presente na IN 2 2014 e na RDC 10 de 2010 • E também na Renisus Fonte: Santos. Caracterização cromatográfica de extratos de guaco e ação de M. laevigata na inflamação alérgica pulmonar. Itajaí: Mestrado em Ciências Farmacêuticas, 2005. Guaco • Indicações • Broncodilatador com expectoração • Quadros leves de afecções respiratórias • Evitar / Restringir • usoprolongado (mais de 10 dias) • uso conjunto com anticoagulantes • associação com fitoterápicos anticoagulantes • ginkgo, ginseng, alho, gengibre, etc. • Altas doses podem provocar vômito, diarreia e aumento do tempo de coagulação • Em que horários tomar? • 3x/dia? de manhã? à noite? Espécies expectorantes • Dois tipos próprios de estimulação da expectoração a) Irritação gástrica com reflexo via nervo vago para expectoração • Ipeca (Cephaelis ipecacuanha (Brot.) A. Rich) • Polígala (Polygala senega L.) b) Efeitos mucolítico e estimulador da movimentação ciliar com expectoração • Hera (Hedera helix L.) • Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra L.) * Apresenta ainda: Efeito broncodilatador e anti-inflamatório Espécies antimicrobianas • Espécies antimicrobianas • Eucaliptus globulus • Óleo essencial • Efeito antimicrobiano tradicional e estudado Finalizando • Potencial da fitoterapia • Em quase todas as áreas da terapêutica • Vantagens • Menor risco • Atividade ampla, múltipla e sinérgica • Mais próxima do perfil ideal • Problemas • Têm riscos e interações como usual • Têm custos próximos ou maiores que os sintéticos • De todo modo • Precisa ser conhecida e adequadamente usada Esperamos ter contribuído!
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