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Carboidratos 2018 2

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CARBOIDRATOS
João Pedro Oliveira
Ana Luiza Borges
CARBOIDRATOS
Nos alimentos, os carboidratos são a fração que
menos fornece energia, se comparados com as
proteínas e gorduras.
• Pela proporção normalmente alta que participam das
dietas, acabam sendo os que mais contribuem
energeticamente na alimentação de ruminantes.
• A maioria dos carboidratos tem fórmula empírica
(CH2O)n, onde n  3.
• Entretanto, muitos compostos com as propriedades
gerais dos carboidratos também contêm fósforo,
nitrogênio ou enxofre.
Conteúdo energético
(kcal/g)Nutriente
Bruta Disponível
Lipídios ±9,2 ±9,2
Carboidratos ±4,1 ±4,1
Proteínas ±5,1 ±4,1
Água 0,0 0,0
Vitaminas 0,0 0,0
Minerais 0,0 0,0
Classificação dos nutrientes 
baseada no conteúdo energético
Aditivos
PNDREE
gordura
Minerais e vitaminas
CNE
grãos - subprodutos
PDR
proteína degradável rúmen
FORRAGENS
Fibra Física
Pirâmide da alimentação de ruminantes
Fonte: Adaptada de Linn & Kuehn (1997), citados 
por Teixeira & Andrade (2001).
CARBOIDRATOS
• Os carboidratos são os constituintes mais
importantes das plantas (cerca de 75%), e nos
animais não ultrapassam 0,5 a 1% do total.
• Nas plantas, a origem de todos os carboidratos
é a fotossíntese, a partir de CO2 atmosférico
e água.
• Desde que são os constituintes maiores do
reino vegetal, nutricionalmente o problema não
é a quantidade disponível, mas a capacidade
dos animais em digerir e absorver os
carboidratos, assim como os seus derivados.
CARBOIDRATOS
• Como grupos, os carboidratos podem ser
subdivididos em açúcares e não açúcares.
• Açúcares: relativamente simples, solúveis em
água.
• Os não açúcares são complexos, de alto peso
molecular e insolúveis em água, ou com ela
formando soluções coloidais.
QUANTIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
ENN, CNF ou CSDN → Açúcares Solúveis
+Amido
+Pectina
FB , FDN/FDA → Carboidratos
Estruturais
(celulose e
hemicelulose)
CARBOIDRATOS
• AÇÚCAR SIMPLES, MONOSSACARÍDEO OU 
MONOSE
As moléculas simples de carboidratos podem
apresentar configuração D ou L, dependendo da
posição que toma o grupamento OH do penúltimo
carbono.
Somente os D são metabolizados pelos animais, além
das formas L serem menos comuns na natureza.
CARBOIDRATOS
• As hexoses e as pentoses podem se apresentar sob a forma
cíclica: A posição da hidroxila do carbono 1 recebe a
denominação de  e  ligações alfa ou beta.
➔ As enzimas produzidas pelos animais somente
hidrolizam polímeros nas ligações alfa.
• O amido, um polímero da glicose com ligações alfa, é
totalmente degradável, já a celulose, polímero da glicose com
ligações beta, não é atacada por nenhuma enzima animal.
• A simbiose com MO que possuem celulase: digere ligações
beta da celulose.
• DISSACARÍDEOS
Formados por duas moléculas de hexoses, com perda
de água.
• Sacarose: glicose-frutose  1,4
• Maltose: açúcar de malte. Glicose-glicose  1,4.
Produzida a partir da hidrólise do amido ou do
glicogênio.
• Lactose: glicose-galactose  1,4
• Celobiose: glicose-glicose  1,4.
POLISSACARÍDEOS
• São formados por diversas hexoses, pentoses e
ácidos urônicos.
• Constituem a principal material de reserva e
estrutural das plantas, sendo, quantitativamente, a
fonte de energia mais importante na natureza.
• Polissacarídeos → fonte quantitativa de energia
mais importante na natureza
POLISSACARÍDEOS
• GLICOGÊNIO
• O glicogênio é constituído por unidades glicose -1,4 com
ramificações -1,6 a cada 10 unidades.
• Difere dos amidos vegetais pela alta ramificação.
• O glicogênio é a reserva nos animais durante o curto
intervalo de tempo entre as refeições.
• CELULOSE
• Polímero de glicose -1,4.
• Constitui 20 a 40% MS forragens
• A celulose tem sua digestibilidade reduzida pela
“incrustação” pela lignina com o avanço da idade das
plantas.
• As enzimas animais não digerem a celulose.
• As enzimas bacterianas possuem celulases.
Fonte: Adaptada de Linn & Kuehn (1997), citados 
por Teixeira & Andrade (2001).
Co
Par
ede
cel
ula
r BA
Parede celular
Conteúdos celulares
• HEMICELULOSES
• São heteropolissacarídeos, sendo constituídas de
hexoses, pentoses e ácidos urônicos.
• Constituem de 12 a 20% MS forragens.
• Possuem cadeia principal de xilanas, glicose-glicose -
1,4, (nas gramíneas), com cadeias laterais de ácido
metilglucorônico. Nas leguminosas são na maior parte
xilanas não ramificadas.
• PECTINA
• O principal componente da pectina é o ácido
galacturônico.
AMIDO
Estrutura do Amido:
Amilose - polímero linear ( 1-4)
gli-gli-gli-gli-gli
Amilopectina - polímero ramificado (30 em 30)
( 1-4 e  1-6)
gli-gli-gli-gli-gli-gli-gli
Mais solúvel
Lenta degradação
Grânulo de Amido
O grânulo de amido tem uma forma esferóide, parecida com 
uma bola de golfe, possuindo duas frações distintas: 
CRISTALINA E GEL
➔A porção gel do amido é solúvel e facilmente atacável
pelas enzimas amido degradantes.
➔A fase cristalino é mais resistente, necessitando ser
liberada do grânulo para ser atacada.
Essa diferença se deve, provavelmente, à presença de água
na fração gel.
A capacidade de perda ou aquisição de água é que dá as
propriedades de cristalino ou de gel, respectivamente.
Existem tratamentos do amido para a aumentar a
digestibilidade ou modificar o sítio de digestão.
Sítio de digestão:
Muito importante em ruminantes
Dependendo do processamento, a digestão de ocorrerá
no rúmen ou no intestino
O CHO originará diferentes produtos.
Um mesmo alimento pode originar diferentes
quantidades de energia, dependendo do seu local de
digestão.
Rúmen: AGV
ID: Glicose
• Os tratamentos podem ser feitos com
aquecimento ou em meio aquoso, e aumentam a
proporção de gel em relação à fração cristalina.
Nas rações de cães e gatos o processamento é
importante devido à baixa capacidade de
digestão do amido.
• Calor
• Vapor
• Expansão
• Peletização
• Maceração
• Extrusão, que também envolve variação de pressão, e
pode ser úmida ou seca.
Os alimentos possuem frações amido com diferentes
capacidades de absorver a água dos processamentos.
As diferenças de digestibilidade entre amidos de
diferentes origens são provavelmente devidas às
diferenças nas proporções das duas fases.
Processamento mecânico
Moagem: aumento da superfície de 
contado
Laminação a seco: equivalente a 
moagem grossa
Calor seco
Micronização - queimadores 
infravermelhos
Pipoca - explosão do grão com calor 
seco
Tostagem
Processamento úmido
Colheita precoce: 25-32% de umidade 
seguido de armazenamento anaeróbio
Reconstituição: adição de água até 
25-30% seguido de armazenamento 
anaeróbio 
Processamento com vapor
Explosão: vapor sob pressão seguido de rápida 
liberação da pressão
Floculação: 30-50 min de vapor seguido de 
laminação
Floculação sob pressão: 50 PSI por 
1-2 min, seguido de laminação
Movimentação de água para o interior do grão
Gerador 
de vapor
Rolos para 
laminação
Câmara p/ 
grão+vapor
30-45 min. vapor
laminação
distância entre os
rolos 
densidade - g/l
Estruturas do grão de milho
Representatividade das Estruturas
Pericarpo
5%
Gérmen
11%
Ponta
2%
Endosperma
82%
Estruturas do grão de milho
Casca
Testa
Cél. tubulares
Cél. cruzadas
Mesocarpo
Epiderme
P
e
ric
a
rp
o
Plúmula
Escutelo
Radícula
Gérmen
Ponta
Endosperma
Farináceo
Vítreo
Células
Endosperma
Camada de 
Aleurona
Classificação do milho quanto ao tipo de grão
Forma e tamanho dos grãos
Estrutura do endosperma e tamanho do gérmen
Pipoca
Endosperma vítreo 
Endosperma farináceo 
Endosperma doce 
GérmenDuro
Dentado Farináceo
Doce
Duro Dentado
Farináceo Doce
Diferenças na digestibilidade de grãos de milho com 
predominância de endosperma farináceo e vítreo
Farináceo Duro
% de endosperma vítreo 3,0 67,2
Desaparecimento do amido, %/h (in vitro) 7,7 1,8
Digestibilidade verdadeira no rúmen, % do 
consumido
62,1 46,3
Digestibilidade aparente pós ruminal
% do consumido 39,3 56,8
% do fluxo duodenal 90,8 83,6
Digestibilidade aparente total, % do 
consumido
96,3 91,7
(P<0,05 para todos os parâmetros) Taylor and Allen (2005)
Tipos de milho disponíveis no mercado 
brasileiro na safra 2005/2006
Duro
35%
Semi-
dentado
11%
Dentado
5%
Especiais
3%
Semi-
duro
46%
Fonte: Cruz e Pereira Filho, 2005
Tabela - Teores médios de amido de diversos 
alimentos (% MS)
Fonte de amido Média e desvio padrão 
Milho 72,1 ± 6,4 
Sorgo 70,0 ± 9,1 
Cevada 59,3 ± 5,3 
Triticale 69,0 ± 3,9 
Trigo 64,8 ± 5,5 
Aveia 47,9 ± 7,2 
Raspa de mandioca* 79,3 ± 7,8 
F. varredura de mandioca 82,4 ± 2,4 
Casca de mandioca 54,5 ± 7,0 
Polpa cítrica 8,4 
Farelo de algodão 4,79±1,0 
Farelo de canola 4,8 
Farelo de soja 3,69 ± 0,3 
Feno de capim elefante 3,91 
Silagem de milho 23,0 ± 4,3 
Silagem de sorgo 16,11 
 
* raspa de mandioca = mandioca integral picada e seca ao sol
Fonte: Zeoula et al. (2001)
Carboidratos na nutrição de ruminantes
Carboidratos na nutrição de 
ruminantes
PASTO
SEMICONFINAMENTO
CONFINAMENTO
PASTAGENS
SILAGENS
CANA-DE-AÇÚCAR
Fibra
➢Indisponível p/ enzimas animais
➢Fração lentamente digerida
➢Ocupa espaço no TD
DIGESTIBILIDADE DA FIBRA
ESTRUTURA DA PAREDE CELULAR
Pectina
Hemiceluloses
Celulose
Parede 
Celular
Membrana 
Plasmática
Lamela 
Média
FDN
EFEITO DA TAXA DE PASSAGEM NO 
VALOR ENERGÉTICO DOS 
ALIMENTOS
SILAGEM 
DE MILHO
KP + RÁPIDA
EFEITO DA TAXA DE PASSAGEM NO 
VALOR ENERGÉTICO DOS 
ALIMENTOS
KP + LENTA
CANA-DE-
AÇÚCAR
CMS
Digestibilidade da fibra
Tamanho de partícula
Proporção volumoso:concentrado
Freqüência de fornecimento
Concentrado com 
milho floculado
CNF
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS NO 
RÚMEN
• Há interação entre metabolismo de carboidratos e
proteínas (ou N).
• 50 a 85% MS da forragem são constituídos de celulose
e hemicelulose.
• Grande dependência dos microorganismos rumenais para
que a digestão ocorra.
• Vários sistemas enzimáticos atuam na digestão da
celulose.
• Ocorre um “consórcio” de bactérias, onde os produtos
finais de umas são utilizados como substratos pelas
outras.
EMBDEN
MEYERHOF
PIRUVATO
VIA ÁCIDOS CARBOXÍLICOS
VIA ACRILATO
PROPIONATO
FORMATO ÁC. CoA INVERSO DA  OXID
CO2 + H 2
MALONIL CoA
CH4
ACETATO
40 – 50% BUTIRATO
6 – 13%
PECTINA HCEL CELULOSE AMIDO FRUTOSANAS
MALTOSES PENTOSES FRUTOSE
XILULOSE CICLO DAS GLICOSE AMILOSE + AMILO P.
PENTOSES MICROBIANA
ÁC. URÔNICOS XILOBIOSE HEXOSES CELOBIOSE DEXTRINAS SACAROSE
CARBOIDRATOS
• Os produtos finais no rúmen: AGV e gases.
A maior parte é absorvida no próprio local da
digestão microbiana.
• No rúmen, a glicose é um produto rapidamente
fermentável.
• Quando CHO é fermentado no rúmen, há perda
de energia como calor de fermentação e metano,
o que não ocorre quando o CHO é digerido no ID.
• A perda com a produção de AGV é maior quando a
proporção de acetato aumenta.
CARBOIDRATOS
O número de ATP produzido a partir do piruvato
depende de caminho seguido.
Mas a produção de ATP é bem inferior à da via aeróbica.
Em média, 15 a 20% EM desaparece sob a forma de
metano e calor.
• Em dietas de baixa qualidade, diminui a proporção de
propionato e aumenta a de acetato.
• Com isso, há muita perda de energia como metano.
• Aproveitamento energético da dieta vai ser menor em
dietas de baixa qualidade (pois vai para acetato, que
produz ATP, mas há perda de energia pelo metano).
CARBOIDRATOS
 Acetato  Metano Perda de energia
 Propionato  Metano Maior eficiência
energética
➔UMA DAS FORMAS DE AÇÃO DE ALGUNS
IONÓFOROS É A REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE
METANO
A produção de AGV modifica-se em 
função da dieta  Muda o perfil de 
fermentação. Proporção molar (%)Forragem :
concentrado Acetato Propionato Butirato
100:0 71,4 16,0 7,9
75:25 68,2 18,1 8,0
50:50 65,2 18,4 10,4
20:80 53,6 30,6 10,7
7,0 6,5 6,0 5,5 5,0
60
50
40
30
20
20 40 60 80
80 60 40 20Forragem
Concentrado
pH do rúmen
Ác. acético
Ác. propiônico
Ác. butírico
Gordura no leite 
(%)
Produção de 
leite (kg/dia)
Po
rc
e
nt
a
ge
m
 d
e
 A
G
V
20 40 60 80
80 60 40 20Forragem
Concentrado
Relação entre forragem e concentrado (% da 
matéria seca da dieta)
Efeito da relação forragem: 
concentrado sobre os 
parâmetros rumenais e 
sobre a produção e 
composição do leite. Mais 
concentrado na dieta leva à 
diminuição do pH do rúmen 
e mudanças na proporção 
dos AGVs nele produzidos; 
mais ácido propiônico 
significa mais glicose e, 
conseqüentemente, maior 
produção de leite, mas, 
menor disponibilidade de 
ácido acético reduz a 
porcentagem de gordura 
no leite. Distúrbios 
digestivos também 
diminuem a produção de 
leite, quando se fornecem 
excesso de concentrados. 
Dieta rica em volumosos → Alta proporção de acetato
Dieta rica em concentrado → Aumenta produção de
propionato e diminui de acetato → maiores riscos de
problemas na fermentação ruminal, acidose, queda no teor
de gordura do leite → A dieta deve ter um mínimo de fibra
e devem ser adicionados tampões.
Mínimo exigido na dieta vacas am 
lactação 19-21 % de FDA ou 15-17 % 
de FB ou 25 a 28% de FDN
(NRC, 1989, 2001)
Respostas Fisiológicas
Mastigação
Fluxo Saliva
pH
A:P
Metabolismo
Fornecimento de Concentrados
• Em geral, quanto maior a quantidade de concentrado
oferecido, menor será pH do rúmen.
• Quando se fornece concentrado duas vezes ao dia,
atinge-se maior acidez (menor pH) 2 a 3 horas após a
ingestão.
• Entretanto, o fornecimento da mesma quantidade de
concentrado, em menores porções, ao longo do dia,
minimiza as alterações do pH do rúmen.
• Melhor: misturá-lo com a forragem, ou pelo menos
parcelar...
• Com altos níveis de concentrado e alimentação duas vezes
ao dia, o pH atingirá níveis inferiores a 6 por maior
período de tempo.
• Quando o concentrado e a forragem estiverem
misturados, ocorrerá pequena digestão de celulose a
despeito do pH estável e baixo no rúmen.
0 3 6 9 12 15 18 21 24
5,5
6,0
6,5
7,0
0 3 6 9 12 15 18 21 24
5,5
6,0
6,5
7,0
Pequena quantidade de concentrado 
fornecido na dieta:
Grande quantidade de concentrado 
fornecido na dieta:
duas vezes ao 
dia, separado 
das forragens
bem misturado 
com as 
forragens
duas vezes ao 
dia, separado 
das forragens
bem misturado 
com as 
forragens
Tempo após a alimentação, horas
Tempo após a alimentação, horas
pH
 d
o 
co
nt
e
úd
o 
d
o 
rú
m
e
n
pH
 d
o 
co
nt
e
úd
o 
d
o 
rú
m
e
n
Acidose rumenal, não 
há digestão de celulose
Acidose rumenal, não 
há digestão de celulose
Redução da ingestão,
digestão da celulose e pH
do rúmen. Para prevenir a
redução da ingestão e
queda na digestão da
celulose, o pH do rúmen
não deve ser menor que
6 por longo período. O
problema é menos severo
em baixos níveis de
alimentação à base de
concentrados do que em
altos níveis.
Escala depH
4 5
6 7 8 9
10
Ácidos graxos 
voláteis
Bicarbonato 
(saliva ou 
suplementado)
(dieta alta em 
forragem)
(dieta alta em 
concentrados)
AlcalinoÁcido
Neutro
pH ótimo para a 
digestão de celulose
Acidose 
ruminal
Escala de pH e pH ótimo para 
manter a digestão da celulose.
Saúde do Ambiente Ruminal 
Fibra Fermentabilidade
Ruminação
Formação do MAT
Produção de Ácidos
TX e Extensão
pH
Manutenção da 
Gordura do Leite 
Saúde da Vaca 
Perfil de fermentação de CHO no rúmen
Ingestão 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23
Tempo apòs ingestão (h)
Ta
xa
 d
e 
fe
rm
en
ta
çã
o
açúcares
Amido e pectina
Amido
Celulose
•Aveia>trigo>cevada>milho>sorgo
•Moagem, ensilagem, vapor
•Velocidade e quantidade
CARBOIDRATOS
• A recomendação de níveis mínimos de fibra nas dietas
tem sido entre 28 e 35% da MS
• Sendo que pelo menos 75% da FDN seja proveniente
da forragem (ou 21% de FDN de forragem = 28%
FDN x 0,75).
• O nível de FDN na dieta pode flutuar em torno dos
30% (ver esquema).
• Dietas com 25% de FDN devem possuir maior
quantidade de partículas longas, o amido deve ser de
moderada degradabilidade ruminal e a dieta deve
conter tampões.
Devem ser fornecidas como dieta completa e
forragens fornecidas devem oscilar pouco seus níveis
de umidade e de FDN.
Fibra longa da forragem
Ausência de fibra longa da forragem →
Subprodutos de alta fibra →
 Ração completa
Diminuição da frequência de fornecimento →
Alta digestibilidade de amido no rúmen →
 Moderada digestibilidade carboidratos no 
rúmen
 Tampões
Rápida taxa de passagem e digestão da fibra →
 Adição de gordura
Variação na MS e qualidade da forragem →
25% 35%
Níveis de FDN na ração
NRC GADO DE LEITE (2001)
FDN
TOTAL
FDN
FORRAGEM
FDA
TOTAL
CNF
TOTAL
25 19 17 44
27 18 18 42
29 17 19 40
31 16 20 38
33 15 21 36
FDNe
➢Capacidade de manter a gordura do
leite
➢fe = 0 - 1
➢Fatores: tamanho de partícula e
composição do alimento
➢FDNe = fe x FDN
FDNe
Ingrediente fe
Caroço de algodão 100
Grão de soja inteiro 100
Milho seco inteiro 100
Milho quebrado 60
Fubá de milho 48
Milho alta umidade 48
Farelo de algodão 36
Glúten de milho 36
Polpa cítrica 33
Farelo de soja 23
Fonte: Sniffen et al. (1992)
FDNfe (Mertens, 1997)
➢Características físicas
➢Respostas biológicas
➢FDNfe = fef x FDN
➢Tamanho crítico:1,18 mm
➢fef = 0 – 1(% FDN 
retida peneira 1,18 mm)
➢Padrão: feno de gramínea longo – 150 min/
kg de FDN
FDNfe
Fonte: Mertens (1997)
Alimento e forma física fef padrão
Feno de gramínea
Longo 1,00
Picagem grosseira 0,95
Picagem média 0,90
Em péletes 0,40
Silagem de gramínea
Picagem grosseira 0,95
Picagem média 0,90
Finamente picada 0,85
Silagem de milho
Picagem grosseira 0,90
Picagem média 0,85
Finamente picada 0,80
Fontes de Fibra não forrageira 0,40
Milho alta umidade (“Rolled”) 0,80
Gado de leite confinado
Gado de leite a pasto
Seca 
Transição
Águas
CARBOIDRATOS
ATIVIDADE DAS ENZIMAS DE ACORDO COM A 
IDADE
• Lactase tem atividade alta no recém nascido, e vai
declinando com a idade
• Maltase, sacarase e amilase aumentam atividade com
avanço da idade.
• As espécies ruminantes praticamente não produzem
sacarase.
• Daí a necessidade de se utilizar glicose, e não sacarose,
nas formulações de soro oral para bezerros.
• Alimentos utilizados nas rações de animais jovens devem
conter alimentos muito digestíveis.
Tx Fermentação Típicas de CNF
• Ácidos orgânicos: 0-?%/h
• Açúcares: 80-350%/h
• Amido: variável, 4 - 30%/h
• Fibra solúvel: 20-40%/h
• (Exceções: casca de soja FSDN a 4%/h)
• OS CSDN também diferem em suas
características de fermentação.
ESTRUTURA DA PAREDE CELULAR
Pectina
Hemiceluloses
Celulose
Parede 
Celular
Membrana 
Plasmática
Lamela 
Média
LIGNINAS
TRATAMENTO COM ÁLCALI
CANA HIDROLISADA
0 horas
Parênquima Primário
Ligninas
48 horas
Parênquima Primário
Mecanismo de Ação
Celulose
Ligninas
Ligninas
Álcali
CARBOIDRATOS
• METABOLISMO ANORMAL DOS CARBOIDRATOS 
• Cetose- acumulação excessiva de corpos cetônicos
(acetona, acetoacetato e -hidroxibutirato) nos
tecidos corporais.
• Ocorre uma hipoglicemia, escassez de glicogênio
hepático, mobilização elevada de lípides do tecido
adiposo.
• Nos ruminantes o ácido propiônico é o principal AGV
que origina glicose.
• Aminoácidos também podem originar glicose.
- Pode acontecer em todas as espécies em situações de alta demanda 
energética.
- Ruminantes são mais propensos devido a sua alta dependência da 
gliconeogênese.
- Sintomas:
1. Queda na produção de leite (+ 80% do normal)
2.  de apetite
3. Perda de peso
4. Distúrbios gastrointestinais (salivação excessiva, 
constipação)
5. Distúrbios no SNC – Depressão , ocasionalmente excitação
- Cura espontânea em muitos casos
A importância dos AGV formados no rúmen para a 
síntese do leite
• Cerca de 70% da energia utilizada pela vaca originam-se
dos AGV produzidos no rúmen.
• Além de fonte de energia, os AGV são a fonte de energia
para síntese da proteína do leite, e são também os
precursores da lactose e da gordura do leite.
• Depois da absorção pela parede do rúmen, o ácido
propiônico é usado pelo fígado para sintetizar glicose.
• Muita glicose é usada pela glândula mamária para a
formação de lactose.
• A concentração de lactose no leite é relativamente
constante (4,5%).
A importância dos AGV formados no rúmen para a 
síntese do leite
• A quantidade de glicose que é sintetizada pelo fígado
a partir do ácido propiônico é um importante
determinante da produção diária de leite.
• Ex.: uma vaca que produz 20 kg de leite por dia possui
um fígado que sintetiza cerca de 2 kg de glicose por
dia, que é originada em grande parte do ácido
propiônico produzido no rúmen.
• O ácido acético e o ácido butírico também são usados
pela glândula mamária como uma fonte de energia.
• Além disso, eles são precursores para a formação da
gordura do leite.
Obrigado

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