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Tópico 10 - Principais alimentos volumosos fornecidos aos ruminantes

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Principais alimentos 
volumosos fornecidos aos 
ruminantes
ZOO 613
ruminantes
Professor Jalison Lopes
Zootecnista-DSc
Classificação dos alimentos
�Alimentos Volumosos
�Alimentos concentrados
�Suplementos minerais/vitamínicos�Suplementos minerais/vitamínicos
�Aditivos
>18% de fibra bruta (FB) na matéria seca
ou > 35% de FDN
• forrageiras secas e grosseiras (fenos e palhas),
• pastagens cultivadas,
Alimentos volumosos
• pastagens cultivadas,
• pastos nativos, 
• forrageiras verdes 
• silagens. 
Alimentos volumosos
�Necessários para o perfeito funcionamento do rúmen
(estimulam a ruminação).
� Necessitam de fermentação para gerar energia.� Necessitam de fermentação para gerar energia.
� Quanto melhor o volumoso� o custo da dieta.
Os principais volumosos usados para 
ruminantes em regime de 
estabulação (cocho) são:
� Cana-de-açúcar
� Silagem de milho� Silagem de milho
� Silagem de capim elefante
� Silagem de sorgo
� � Produção de forragem (pode chegar a
50t de MS/ha) e energia.
� Período de colheita coincide com período
seco;
Cana-de-açúcar
� Facilidade agronômica de cultivo;
� � teores de Minerais e PB;
� Fibra de baixa degradação ruminal
Alimento % NDT R$/t MO R$/t NDT
Feno coast cross 55 300 606
Silagem milho 63 85 422
Custo da tonelada de NDT de diversos alimentos
Silagem milho 63 85 422
Silagem capim 50 45 409
Cana-de-açúcar 58 35 215
Fonte: Leme (2007)
Valor nutritivo da cana-de-
açúcar melhora com o 
aumento da idade!aumento da idade!
C
N
F
 
(
S
a
c
a
r
o
s
e
)
C
N
F
 
(
S
a
c
a
r
o
s
e
)
Composição e digestibilidade da cana-de-açúcar segundo a idade da planta.
Fonte: Pate (1977).
As variedades mais promissoras
para alimentação de bovinos são
as que apresentam:
�Menores teores de FDN, 
�Maiores valores de DIVMS 
Escolha da variedade para alimentação de 
ruminantes 
�Maiores valores de DIVMS 
�Menores Relações FDN/Pol (Pol - teor 
de sacarose) 
�Baixos teores de lignina.
� Fácil despalha ou despalha natural.
� Porte + ereto e resistência ao 
acamento
� Ausência ou Florescimento tardio
� Ausência de joçal Cana forrageira - IAC-862480
� Obter elevados índices produtivos
nas propriedades
� Obter elevados índices produtivos
nas propriedades
Fatores determinantes para o sucesso da tecnologia
� Correto manejo de fornecimento
aos animais
Preconiza-se a obtenção do menor
tamanho de partícula possível!
Processamento da cana-de-açúcar
Correto Errado
Potencial de produção de ruminantes alimentadas com Potencial de produção de ruminantes alimentadas com 
canacana--dede--açúcar como volumoso único.açúcar como volumoso único.
Potencial de produção de ruminantes alimentadas com Potencial de produção de ruminantes alimentadas com 
canacana--dede--açúcar como volumoso único.açúcar como volumoso único.
O consumo médio de cana-de-açúcar por categoria do
rebanho fica em entorno de:
� Vacas em lactação: 30 kg
� Vacas secas: 20 kg
� Novilhas: 10 kg
� Novilhos de corte: 8 kg
� Novilhos de corte em terminação: 12 kg
� Ovinos/caprinos: 5 kg
Devido a pior qualidade da fração fibrosa e ���� PB, maiores produções de leite
quando se usa cana-de-açúcar como volumoso exclusivo só são obtidas com níveis
mais altos de inclusão de concentrados na dieta.
Referência V:C Produção de leite (kg/dia)
Sousa et al. (2002) 60:40 18,64
Magalhães et al. (2004) 60:40 21,41
Mendonça et al. (2004)
60:40
60:40
50:50
19
18,6
20,1
60:40 16,9
Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas 
com canacom cana--dede--açúcar como volumoso único.açúcar como volumoso único.
Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas 
com canacom cana--dede--açúcar como volumoso único.açúcar como volumoso único.
Costa et al. (2005)
60:40
50:50
40:60
16,9
18,82
19,78
Aquino et al. (2007)
43:57
43:57
43:57
23,38
22,56
22,36
Lima et al. (2007) 66:34 18,65
Queiroz (2006) 40:60 24,6
Corrêa et al. (2003) 45:55 31,90
Oliveira et al. (2007) 40:60 20,1
Utilização de cana-de-açúcar na alimentação de gado de corte
1GMD-ganho de peso vivo médio diário; 2CMS – consumo de matéria seca; 3CA-Conversão alimentar = quilos de alimento ingerido 
para conseguir um quilo de ganho de peso vivo . Fonte: Adaptado de Nussio et al., 2006
� Uso tradicional da cana-de-açúcar (corte diário) pode apresentar restrições 
operacionais.
� A adoção da ensilagem tem sido crescente principalmente em rebanhos de maior
porte (Nússio et al., 2006).
Ensilagem de cana-de-açúcarEnsilagem de cana-de-açúcar
� Principais vantagens da tecnologia:
� Concentração da atividade de colheita em um período
curto com a possibilidade de terceirização.
� Redução de custos de transporte interno na fazenda e
da necessidade diária de mão-de-obra.
� Maximização de uso do maquinário da fazenda.
� Potencial de produção de leite de 23,5 kg com relação
V:C = 40:60 (Queiroz, 2006).
�� Liberação da área mais cedo. 
� O aproveitamento da cana no estádio de melhor valor nutritivo.
� Eliminação das sobras de cana que ficariam no campo pela falta 
de corte. 
Outras vantagensOutras vantagens
de corte. 
� Possibilitar a aplicação de tratos culturais uniformemente.
� Aumento da longevidade do talhão.
� Em caso de incêndio acidental, a cana poderia ser ensilada.
“���� de atividade de leveduras (que provocam 
fermentação alcoólica) nas silagens de cana-de-açúcar 
só pode ser alcançada mediante aplicação de aditivos 
na ensilagem”. 
Qualidade da silagem de cana-de-açúcarQualidade da silagem de cana-de-açúcar
na ensilagem”. 
� Dentre os aditivos utilizados merecem ser destacados atualmente:
� Uréia (adição de 0,5 a 1,0% na forragem picada); 
� Cal virgem microprocessada (adição de 1 a 1,5% na forragem picada);
� Inoculante bacteriano (adição de acordo com a recomendação do fabricante);
Qualidade da silagem de cana-de-açúcarQualidade da silagem de cana-de-açúcar
� Inoculante bacteriano (adição de acordo com a recomendação do fabricante);
� Absorventes de umidade/nutricionais: farelos, fubá, polpa cítrica (adição de 4 a
12% na forragem picada);
� Uso de aditivos não substituem as boas práticas de produçõa das
silagens
Momento de ensilagem da cana-de-açúcarMomento de ensilagem da cana-de-açúcar
Ensilar a cana quando:
“As folhas da parte superior estiverem + claras e – eretas e as folhas medianas
e basais já tiverem secado ou desprendido (indicação de cana madura)”.
Silagem de capim elefante
Características do capim-elefante
� Produção de MS/ha superior aos outros volumosos tradicionais (> 50 t/ha).
� Planta perene e de bom VN
� � custo de implantação→ � custo de produção.
� Forma mais comum de uso na alimentação de rebanhos leiteiros é através
de capineiras.
� Consumo de capim picado (Massa verde): vacas em lactação – 55 kg, vacas 
secas – 45 kg e Novilhas – 35Kg.
Silagem de capim elefante
Características do capim-elefante
� Entretanto, o manejo da capineira é
questionável na maioria das vezes.
� De forma geral, é feito um único corte da� De forma geral, é feito um único corte da
capineira por ano, gerando alimento de � VN
(maioria das propriedades).
� Nestas condições, a forma mais racional de uso
do capim elefante é através da confecção de
silagens (2 a 3 cortes no período).
Silagem de capim elefante
� Silagem de capim elefante apresenta teor energético inferior a cana-de-açúcar e as
silagens de milho e sorgo .
� É recomendada para vacas de menor potencialprodutivo, vacas secas e para engorda
de bovinos.
� Para ser possível associar ↑ VN com ↑ produção de MS o capim elefante deve ser� Para ser possível associar ↑ VN com ↑ produção de MS o capim elefante deve ser
cortado com base em um destes 3 critérios:
� Entre 60 a 90 dias de crescimento.
� Altura de 1,6 a 1,8m.
� Relação folha/colmo próxima de 1
Particulares da silagem de capim
� Na idade de corte o capim apresenta ↑ Umidade, além de apresentar ↓ CS
(açúcares).
Estratégias recomendadas para ensilagem:
Silagem de capim elefante
� Corte e emurchecimento do capim (inviável para � escalas)
� Ou adicionar aditivos (obrigatoriamente):
� Absorventes/nutrientes (↑ CS)
� Inoculantes bacterianos (eficácia duvidosa)
Referência OBS Produção de leite(kg/dia)
Ruiz et al. (1992) Capim elefante. cv Mott com 35 diasRelação V:C = 48:52% 22
Cruz e Vilela (1986)
Capim elefante com 110 dias, aditivado com 1,6% de
fubá + inoculante e fornecimento de 6 kg de
concentrado/vaca/dia
11
Capim elefante sem aditivo Relação V:C = 38:62% 22,9
Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas 
com silagens de capins elefantecom silagens de capins elefante
Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas 
com silagens de capins elefantecom silagens de capins elefante
Tavares (2009)
Capim elefante sem aditivo Relação V:C = 38:62% 22,9
Capim elefante aditivado com 7% de batata
Relação V:C = 41:59% 22,6
Capim elefante aditivado com 14% de batata
Relação V:C = 49,5:50,5% 24,6
Capim elefante com 70 dias aditivado com 
inoculante bacteriano
Relação V:C = 56,5:43,5%
14,3
Jobim et al. (2006) Capim elefante com 70 dias aditivado com 
inoculante enzimo-bacteriano
Relação V:C = 57:43%
14,8
Silagem de milho
Características da silagem de milho.
� � potencial de produção de MS (16,5 t/ha), porém bem inferior ao
capim elefante e a cana-de-açúcar.
valor nutricional ( teor de energia).� � valor nutricional (� teor de energia).
� Muito apreciada pelos animais (consumo de 30-
40 kg de massa verde/vaca/dia).
� Excelente volumoso para recuperar CC de
animais magros.
Silagem de milho
� Indicado para vacas leiteiras de maior produção (> 30 kg/dia) devido a
fatores como:
� Espécie agronomicamente complexa, ou seja, exige tratos culturais
frequentes e intensos (fertilizantes, herbicidas, inseticidas e fungicidas).
� Consequência: � custo de produção, somente sendo justificada quando
produzida de forma tecnificada para resultar em forragem de � qualidade
(restrição de uso pela maioria dos produtores) .
� Cultivo próximo as zonas urbanas pode se tornar inviável pelo roubo de
espigas.
Silagem de milho
� Milho é considerado a forragem padrão para ensilar, ou seja, não necessita de
nenhum aditivo para melhorar seu padrão fermentativo desde que seja ensilada no
ponto ideal.
� Usar preferencialmente híbridos de milho específicos para silagem (grão dentado).
Grão dentadoGrão duro
Digestibilidade
<
Silagem de milho
Ponto de ensilagem do milho: grão farináceo ou ¾ da linha do leite (90 – 110 dias).
Ponto de colheita do milho para ensilagem utilizando como parâmetro a 
linha do leite
Silagem de milho
Silagens de boa qualidade devem ter ≥ 35% de grãos≥ 35% de grãos≥ 35% de grãos≥ 35% de grãos
Retire amostras da silagem, pese e anote o peso. Separe os grãos da amostra, pese-os e 
anote o peso. Divida o peso dos grãos pelo peso da amostra e multiplique por 100. 
Referência OBS Produção de leite (kg/dia)
Ruiz et al. (1992) Relação V:C = 48:52% 23,5
Corrêa (2001)
Grão dentado (AG4051)
Grão duro (Pioneer 3041)
Relação V:C = 45:55%
34,2
34,6
Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas 
com silagens de milhocom silagens de milho
Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas 
com silagens de milhocom silagens de milho
Tavares (2009) Relação V:C = 52:48% 25,2
Nichols et al. (1998) Milho ensilado na ½ da linha do leite 36,7
Modesto et al. (2003) Relação V:C = 52:48% 25,1
Leite et al. (2006) Relação V:C = 56:44% 27,4
Queiroz et al. (2006) Relação V:C = 50:50% 24,2
Moreira et al. (2006) Relação V:C = 60:40% 24,4
Nascimento et al. (2008) Relação V:C = 85,3:14,7% 28,8
Silagem de sorgo
� Silagem de sorgo é a que mais se aproxima do valor nutritivo da silagem de
milho (cerca de 90%).
����� produção de MS/ha (13-15 t).
� ���� potencial de rebrota (em condições adequadas de clima e fertilidade do
solo a rebrota pode alcançar cerca de 40% da produção do 1ª corte).solo a rebrota pode alcançar cerca de 40% da produção do 1ª corte).
Silagem de sorgo
�Maior tolerância ao déficit hídrico que o milho, (opção como cultura de 2ª
época)
� Uso dos mesmos equipamentos usados para a cultura do milho no processo.
� Ausência de risco de roubos em áreas urbanas.
Silagem de sorgo
� Exige tratos culturais frequentes e intensos (cultura agronomicamente
complexa).
� É atacado intensivamente por pássaros quando os grãos estão na fase de
enchimento, o que pode levar a elevadas perdas.enchimento, o que pode levar a elevadas perdas.
Silagem de sorgo
� Híbridos denominados "forrageiros" apresentam ���� PMS e ���� VN
� Materiais denominados "graníferos" produzem menos massa, contudo
apresentam VN superior.
� A planta de sorgo não reúne produtividade e VN, como ocorre com o� A planta de sorgo não reúne produtividade e VN, como ocorre com o
milho, (cabe ao técnico decidir qual opção é mais viável).
Silagem de sorgo
� Sorgo não admite erro no ponto de
ensilagem (grão farináceo: 80 – 120 dias =
MS: 30-35%)
� Colheita muito tardia pode resultar em perda� Colheita muito tardia pode resultar em perda
fecal acentuada de grãos inteiros (amido).
� O pequeno tamanho dos grãos limita o dano
físico pela ensiladora.
Referência OBS Produção de leite(kg/dia)
Santos et al. (2001) Relação V:C = 59,5:40,5% 20,7
Nascimento et al. (2008)
Silagem de sorgo granífero
Relação V:C = 83,7:16,3%
24,7
Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas 
com silagens de sorgocom silagens de sorgo
Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas Potencial de produção de vacas leiteiras alimentadas 
com silagens de sorgocom silagens de sorgo
Nascimento et al. (2008)
Relação V:C = 83,7:16,3%
Silagem de sorgo forrageiro
Relação V:C = 83,7:16,3%
24,1
Nichols et al. (1998) Silagem de sorgo grão leitoso 36,9
“Silagens de sorgo têm potencial para substituir as silagens de milho como
volumoso único, sem comprometimento do desempenho de vacas em 
lactação e com possibilidade de redução de custos”.
Pastejo do sorgo
�Altura mínina de pastejo deve ser de 60 cm devido a presença da
substância durrina que ao atingir o rúmen é convertida em HCN (tóxico).
� Florescimento também elimina efeito tóxico
�� Maturidade�� durrina na planta.
Sinais de intoxicação:Sinais de intoxicação:
-Respiração ofegante (cansado)
- Tremores musculares
- Excitação
- Salivação
- Convulsão
- Dilatação das pupilas
- Sintomas aparecem em até 15 min
após ingestão seguidos de morte
Milheto
�Forrageira de clima tropical, produtiva e com boa composição nutricional
�Valor energético entre 85 e 90% ao do milho. 
�Adaptada a períodos chuvosos curtos e � pluviosidade (< 400 mm)
�Supera milho e sorgo nestas situações
�Crescimento rápido
�Sistema radicular profundo�Sistema radicular profundo
�Boa capacidade de rebrota
�Tolera solos ácidos e com � Al3+
�Não tolera encharcamento e prefere solos arenosos�Produção: 7 a 10 t MS/ha (pode chegar a 20t MS)
�Utilização: corte, pastejo ou silagem
Silagem de Milheto
�O ponto de corte do milheto para a ensilagem ocorre quando os grãos
estiverem no estádio pastoso-farináceo.
�� teor de MS no momento da ensilagem (20-23%)
� Pode ser melhorado com incorporação de aditivos (3-7%)
MILHETO PARA PASTEJO
�Tempo de utilização em pastejo depende
da época de semeadura, manejo, estado
nutricional da planta e condições
climáticas.
� Período de pastejo do milheto tem
variado de 30-150 dias.variado de 30-150 dias.
�Pode atingir uma produtividade de 2 a
5@ de carne/ha.
Manejo do pastejo:
�Entrada no piquete: 50 - 70cm de altura
e saída 20 a 30cm
Composição bromatológica média de diferentes 
volumosos usados para ruminantes
Nutriente
Cana S.Capim S.Milho S.sorgo S.milheto
(% MS)
MS 29,6 29 31,2 29,7 26,3
PB 2,7 5,47 7,3 6,5 8,04
EE 1,4 2,3 2,8 2,6 3,28EE 1,4 2,3 2,8 2,6 3,28
FDN 54,6 75,3 55,5 57,7 73,8
FDA 33,9 48,1 31 31 38,3
NDT 61,4 53,51 63,2 58,2 60,2
Lignina 6,1 7,47 5,0 5,1 4,26
Ca 0,3 0,31 0,3 0,3 0,56
P 0,2 0,2 0,2 0,2 0,21
FONTE: CQBAL3.0
Qual o tamanho da vaca para 
produção de leite a pasto ? 
� Animais menores são mais adequados aos sistemas de produção a
pasto pois possibilitam uma maior lotação e produção por área.
� Vantagens de vacas com menor peso adulto:
� Menor exigência de mantença� Menor exigência de mantença
� Maior vida produtiva, 
� Melhor eficiência reprodutiva
� Menor incidência de problemas no periparto
� Assim não se justifica para produção a pasto usar vacas com mais 
de 550 kg
Qual o potencial de produção de uma 
vaca em regime exclusivo de pasto? 
Deresz et al. 2004
Quantidade de PB de pasto de boa qualidade é suficiente para produzir 
15,2 kg de leite/dia 
Quantidade de NDT de pasto de boa qualidade é suficiente para 
produzir 12,4 kg de leite/dia 
Deresz et al. 2004
Conclusões:
� Em pastos de boa qualidade a energia é o principal nutriente limitante
a produção de leite.
Qual o potencial de produção de uma 
vaca em regime exclusivo de pasto? 
� Em condições ideais de manejo da pastagem, suplementar com
concentrados apenas para produção > 12 -14 kg de leite.
� Na maioria das fazendas a quantidade e a qualidade das pastagens
limitam o potencial de produção de leite.
Deresz et al. 2004
Potencial do sistema de produção 
de leite a pasto
�A grande vantagem da exploração de leite a pasto está na
maximização da produção por área e não na produção individual
dos animais.dos animais.
� Isto é possível devido ao elevado potencial de produção das
gramíneas tropicais que podem superar 50 t de MS/ha/ano.
Valores de referência de produção de matéria 
seca das principais espécies forrageiras tropicais
Espécie forrageira Toneladas MS/ha/ano
Capim brizantão (Brachiaria brizantha cv. Marandu) 20 a 25
Capim braquiária (Brachiaria decumbens) 15 a 20
Capim coastcross (Cynodon dactylon) 15 a 20
Capim colonião (Panicum maximum) 30 a 40Capim colonião (Panicum maximum) 30 a 40
Capim elefante (Pennisetum purpureum) 30 a 50
Capim quicuio (Brachiaria humidicola) 10 a 15
Capim mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça) 30 a 40
Capim tanzânia (Panicum maximum cv. Tanzânia) 20 a 30
Capim tifton 85 (Cynodon sp.) 15 a 20
Capim tobiatã (Panicum maximum cv. Tobiatã) 30 a 40
Grama estrela (Cynodon plectostachyus e C. nlemfuensis) 15 a 20
Oliveira (2006)
Exploração intensiva das pastagens
Permite atingir seguramente:
� 15.000 kg de leite/ha/ano (média nacional < 1000 kg/ha/ano)
� 12- 14 kg de leite/ vaca/dia
0,8 a 1 kg de carne/bovino/dia� 0,8 a 1 kg de carne/bovino/dia
� Taxa de natalidade de 80%,
� Idade ao primeiro parto de 30 meses,
� Manutenção de 80% de vacas em lactação,
� Taxa de lotação de 5-10 UA/ha.
Produção econômica de leite a 
pasto
Depende de 2 aspectos fundamentais:
� Conduzir o pasto como qualquer outra cultura agrícola, com
reposição de todos os nutrientes necessários no solo, mediantereposição de todos os nutrientes necessários no solo, mediante
adubações equilibradas, para ���� produção de forragem.
� Colher a forragem no momento em que a mesma apresentar ����
qualidade
� Critério mais aceito atualmente é o da altura do pasto para
atingir 95% de IL (14-18%PB e 60-70% de NDT).
95% IL
O início do acúmulo -> 
exclusivamente de folhas. 
Colmos e material morto 
após 95% de IL = 90 cm
3000
4000
5000
6000
7000
8000
k
g
 
M
S
/
h
a
95% IL
Panicum maximum cv Mombaça
51
74,2 84,2 98,0 99,4
Interceptação de luz (%)
Altura do pasto (cm)
49,3 82,9 94,3 110,3
Data (dias)
0
8 23 30
Fonte: Carnevalli (2003)
0
1000
2000
90 cm
52
Gramínea
Altura do Horizonte de folhas
Entrada (cm) Saída (cm)
*Mombaça 90 30 a 50
*Tanzânia 70 30 a 50
*Elefante 100 40 a 50
*Xaraés 30 10 a 15
*Marandu 25 10 a 15
Manejo de pastagem pela altura
*Marandu 25 10 a 15
MG4, Mulato I e II, Piatã 40 20
Aruana, Áries 40 10 a 20
*Tifton-85 25 10 a 15
*Coast Cross 30 10 a 15
Massai 50 20 a 30
Brachiaria humidicola 20 5 a 10
Pojuca 50 15 a 20
Andropogon 70 20 a 30
*95% de interceptação luminosa
**resíduos mais baixos em condições de melhor adubação e vice-versa
P1 P2 P3 P4 P5 P6
“Animais vão para o piquete onde o capim atingir a altura 
de entrada primeiro independente da ordem” 
P7 P8 P9 P10 P11 P12
Altura de entrada
Altura de saída
Capim - Tanzânia
70 cm
30 cm
�������� Qualidade
Capim Elefante
Produção de leite x qualidade do pasto
Voltolini, 2006
Capim Elefante
Produção de leite x qualidade do pasto
Carareto, 2007
Pastagem de capim elefante bem manejada – ESALQ-USP
Período de ocupação/descanso: 2/23, apresentado 17%PB e 70% de DIVMS
Produção de leite x qualidade do pasto
Altura entrada/saída
90-40 cm 140-90 cm
Capim Mombaça
90-40 cm 140-90 cm
Lâmina (%) 62 49
Colmo (%) 19 38
Material Morto (%) 19 13
Produção de leite (litros) 14 10,8
Hack et al., 2007
Por que o pasto é o volumoso mais 
barato para a exploração leiteira ?
� Colheita feita pelo próprio animal, (dispensando mão-de-obra para corte,
transporte e fornecimento da forragem no cocho).
� � investimento em máquinas (� custo fixo da produção do leite).
� � gastos com alimentos concentrados (� custos variáveis).
� Pastagens bem manejadas tornam-se perenes e a fertilidade do solo melhora
gradativamente (� custos com adubação ao longo dos anos).
� � custo por vaca devido a possibilidade de se trabalhar com elevadas TL
(consequentemente � produções/área).
Por que o pasto é o volumoso mais 
barato para a exploração leiteira ?
“Uma pastagem de boa qualidade tem o dobro de PB da silagem de 
milho e energia equivalente, com a vantagem de o próprio animal 
poder realizar sua colheita”. 
Consumo de ruminantes pasto
� Estimativa precisa do CMS por animais criados em pastejo sempre foi
um desafio para os pesquisadores.
� Grande número de variáveis atuam no controle do consumo:
� Características do animal (tamanho, sexo, idade, estado fisiológico)
� Composição química da forragem� Composição química da forragem
� Estrutura e disponibilidade de pasto
� Suplementação
� Adubação
� Ingestão de água
� Efeitos do ambiente,
� Comportamento animal
� Limitações impostas pelas metodologias para obtenção das estimativas.
Potencial de consumo de vacas leiteiras 
em condições de pastejo
Referência OBS CMS (% PV)
Soares et al. (2001) Capim Tanzânia, rotacionado (3/39) 2,4
Morenz et al. (2006) Capim elefante rotacionado (3/30) 2,6
Lopes et al. (1996) Capim coast cross (1/25) 3,3
Lopes et al. (2004) Capim elefanterotacionado (3/30) 3,5
Aroeira et al. (1996) Capim elefante 2,8Aroeira et al. (1996) Capim elefante 2,8
Gomide et al. (2001) Brachiaria decumbens, OF: 4 a 8% PV + 2 kg de C 2,4
Porto et al. (2009) Capim Tanzânia (3/24 e 3/30) + 2 kg de C
Grama estrela (3/24 e 3/30 ) + 2 kg de C
Capim Brizantão (3/24 e 3/30 ) + 2 kg de C
3,6
2,6
2,9
Silva et al. (2009) Capim elefante –época das águas (11,5% PB) 2,7
Vilela et al. (2006) Capim coast cross (1/25) + 3 kg de C
Capim coast cross (1/25) + 6 kg de C
3,4
3,9
Fukumoto et al. (2010) Capim Tanzânia (3/30)
Grama estrela (3/30 )
Capim Brizantão (3/30 ) 
2,6
2,3
2,4
A oferta de forragem que permite maximizar a produção por vaca
está entre 5 e 7,5% do PV de matéria seca verde para pastejo
rotacionado e entre 1500 a 2500 kg de matéria seca verde/ha para
Consumo x oferta de forragem
rotacionado e entre 1500 a 2500 kg de matéria seca verde/ha para
pastejo contínuo (Gomide, 1998).
Qualidade da
forragem Tipo de animal
Consumo de
matéria seca
Baixa Vaca seca, novilha 1,5% do peso vivo
Vaca lactante 2% do peso vivo
Consumo x qualidade do pasto
Boa Vaca seca, novilha 2% do peso vivo
Vaca lactante 2,3% do peso vivo
Excelente Vaca seca, novilha 2,5% do peso vivo
Vaca lactante 2,7% do peso vivo
Fonte: Rasby et al. (1995).

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