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Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar HUCFF - UFRJ – 2011/2012 0 T > CIM Concentração Tempo (horas) T> CIM CIM Quadro 5 - Prescrição da infusão: Meropenem PNM com indicação de uso de carbapenema (P. aeruginosa ou Acinetob) � Dose de ataque: não é necessária � Infusão : 1g em 100mL somente de SF 0,9% correr em 3h de 8/8h � 1g 12/12h, clearance >25 e < 50mL/min Piperacilina/tazobactan � Dose de ataque: 2g/0,25g em 100mL SG5%/ 30min � Infusão contínua: 4 frascos de 4,5g ou 16g/2g em 500mL SG5% correr em 24h para clearance creatinina > 20mL/min � 8-12g/1-1,5g em 24h para clearance < 20mL Cefepima � Dose de ataque: 2g em 50-100mL SG5% em 30min � Infusão contínua: � 2g em 100-500mL SG5% a trocar a cada 12h (temp ambiente > 25 0C ) � ou 4 g 100-500mL SG5% em 24h (temp ambiente < 25 0C) � 2 a 4g em 24h para clearance >10 e < 30mL/min: Ceftazidime - P. aeruginosa só após o TSA � Dose de ataque: 1g em 50-100mL SG5% em 30min � Infusão contínua: 6g correr em 24h para clearance de creatinina > 50mL/min � 4g/24h, clearance > 30 a < 50mL/min � 2-3g/ 24h, clearance >20 < 30mL/min Observações: 1. A diluição do atb deve ser feita para pronto uso, caso contrário conservar sob refrigeração (4-8ºC). 2. A temperatura ambiente para a infusão do cefepime e ceftazidime deve ser idealmente <250C e nunca >300C.3. O atb deve ser iniciado logo após a coleta das culturas, seu início não deve ser atrasado para a realização do lavado bronco-alveolar. 4. Incompatibilidade: realizar infusão em cateter de duplo/triplo lúmen ou em vias diferentes para os seguintes fármacos: Cefepima e ceftazidima: aminoglicosídeos, metronidazol, propofol, vancomicina, aminofilina, midazolan, eritromicina e fenitoina. Piperacilina/tazobactan: aminoglicosídeos. Antibióticos β-lactâmicos em infusão contínua ou prolongada na Pneumonia nosocomial e sepse grave CCIH – HUCFF - UFRJ A sepse grave (quadro 1-2) e o choque séptico apresentam elevada mortalidade, 30% e 50% respectivamente, taxas superiores a da sepse sem critérios de gravidade (15%). A pneumonia nosocomial relacionada ou não a ventilação mecânica (PAV) é uma causa freqüente de sepse grave. Portanto, seu diagnóstico e tratamento devem ser precoces e agressivos. A proposta deste protocolo é otimizar a eficácia dos β-lactâmicos na sepse grave, particularmente associada à pneumonia hospitalar. O protocolo está fundamentado em estudos de farmacodinâmica e farmacocinética: Os β- lactâmicos têm ação tempo-dependente (%Tempo>CIM). A sustentação do nível plasmático do fármaco acima concentração inibitória mínima (CIM) da bactéria causadora da infecção contribui para ação bactericida do antimicrobiano. Quadro 6- ECIP - Escore clínico para diagnóstico de infecção pulmonar Parâmetro valor pontos 1.Temperatura ºC > 36,5 < 38.4 0 > 38,5 < 38. 9 1 > 39 ou < 36 2 2. Leucometria > 4000 < 11000 0 < 4000 ou> 11000 1 + formas jovens ↑ 2 3. Sec. traqueal ausente 0 purelenta presente 1 abundante e/ou nova 2 4. PAO2/FIO2, > 240 0 mmHg < 240 sem SARA 2 5. Radiografia sem infiltrado/progressão 0 de tórax Não alveolar 1 Infiltrado alveolar 2 Quadro 7- ECIP- Escore Clínico de Infecção Pulmonar ECIP > 6 ECIP < 6 ↓↓↓↓ ↓↓↓↓ Antibiticoterapia Antibiticoterapia 8 a 14 dias reavaliar em 3 dias ↓↓↓↓ ECIP > 6 ECIP < 6 ↓↓↓↓ ↓↓↓↓ Tratar como Considerar a pneumonia suspensão do atb Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar HUCFF - UFRJ – 2011/2012 Nas pneumonias nosocomiais graves essa meta farmacodinâmica bactericida deve ser almejada. P.aeruginosa ou Acinetobacter são um dos principais patógenos da pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Seu rápido desenvolvimento de resistência aos antimicrobianos representam um grave problema. Acinetobacter sp. Enterobacter cloacae são outros BGNs com CIMs progressivamente mais elevadas. A infusão contínua ou prolongada dos β- lactâmicos sustenta a exposição ao atb em nível elevado (T >MIC) por um tempo maior, otimizando o efeito bactericida. Objetivos: 1. Definir o paciente com suspeita clínica de pneumonia nosocomial associada a sepse grave (quadros 2, 3, 4, 6 e 7) 2. Definir as Indicações para inclusão no protocolo (quadro 1) 3. Padronizar a infusão contínua ou prolongada dos seguintes β-lactâmicos: � Piperacilina/tazobactan � Meropenem � Cefepima � Ceftazidima Quadro 1- Indicação de ββββ-lactâmicos em infusão contínua ou prolongada na pneumonia em presença de pelo menos 1 dos critérios abaixo: 1.Paciente com pneumonia e indicação de uso empírico de 1 dos atbs acima; 2.Diagnóstico microbiológico de pneumonia por P. aeruginosa, Serratia marcescens, Enterobacter sp ou Acinetobacter sp susceptíveis apenas a 1 dos atbs acima; 3. Risco de pneumonia por P. aeruginosa, como a PAV e o paciente com passado de pneumonia de repetição com bronquiectasia ou DPOC com FEV 1 < 35%. Quadro 2- Sepse - Pelo menos 2 alterações agudas: 1.Leucometria > 12000 cel/mm3 ou < 4000 cel/mm3 ou >10% de formas imaturas; 2.Temperatura > 38 0C ou < 360C; 3.Freqüência cardíaca > 90 bpm 4.Freqüência respiratória > 20 ipm ou PaCO2 < 32 mmHg. Quadro 3 - Sepse grave - sepse associada à pelo menos 1 das alterações agudas: 1. Disfunção orgânica: Hipoxemia arterial PaO2<75 ou PaO2/FiO2<300 sem pneumonia e < 200 com pneumonia; Oligúria: diurese < 0,5mL/kg/h; ⇑ da creatinina em 0,5mg/dl Disfunção hematológica: plaquetas < 100000/mm3; Hiperbilirrubinemia total > 4mg/dL 2. Hipoperfusão: acidose metabólica pH< 7.3, lactato plasmático > 3mmol/l, enchimento capilar lento; alteração aguda do estado mental; 3. Hipotensão: PA sistólica < 90mmHg, queda de > 40mmHg no adulto ou PAM < 70mmhg sem outra causa; 4. Choque séptico: Hipotensão arterial persistente após reposição volêmica adequada. Diagnóstico microbiológico e radiológico: 1.Coletar 2 hemoculturas por venopunção periférica. 2.Radiografia de tórax e quando necessário TC de tórax. 3.Lavado-broncoalveolar está particularmente indicado na PAV. Na impossibilidade de LBA, coletar secreção traqueal para cultura quantitativa. Escolha empírica do antibiótico dependerá: 1. Setor de aquisição da infecção e do perfil microbiológico; 2. Consultar “Recomendações para uso de antibióticos- HUCFF- ano 2007“ e comunicar a CCIH. 3. Quando o foco da infecção for o trato urinário, a infusão contínua não é necessária. 4. Para pacientes com clearance<20ml/min e/ou em hemodiálise não está indicada infusão prolongada ou contínua. Quadro 4 – Critérios para diagnóstico de pneumonia: Infiltrado pulmonar novo e persistente associado (ver ECIP): 1. Temperatura > 38.3ºC ou < 36ºC 2. Leucometria > 12000 cel/mm3 ou < 4000 cel/mm3 3. Secreção purulenta do trato respiratório inferior (nova ou ↑ ) 4. Lavado bronco alveolar com crescimento de patógeno > 104/mL 5. Cultura positiva do líquido pleural 6. Isolamento em hemocultura de patógeno causador de pneumonia (p. ex. excluir estáfilococo coagulase negativa, enterococo, Candida sp) na ausência de outro foco de infecção.
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