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Determinação de Nitrito
Alexandra Petry (IC)¹, Paula Gonçalves Chimello* (IC)², William Rafael Stegall dos Santos (IC)3, Daiana Cardoso de Oliveira (PS)4
Universidade do Sul de Santa Catarina		Data: 25/06/2018
Palavras chave: Nitrito, consumo, água.
	Introdução
	O nitrito é uma forma química do nitrogênio normalmente encontrada em pequenas quantidades nas águas superficiais e subterrâneas, pois o nitrito é instável na presença do oxigênio, ocorrendo como uma forma intermediária. A presença do íon nitrito indica a ocorrência de processos biológicos ativos influenciados por poluição orgânica (BASTOS, 2007).
	O nitrito, quando presente na água de consumo humano, teria um efeito mais rápido e pronunciado do que o nitrato. A cloração com compostos que deixam resíduos de cloro livre converte nitrito a nitrato (BATALHA, 1993). 
	Os íons nitratos quando convertidos em parte a íons nitritos no estômago através de ingestão de água de consumo pode reagir com aminas e formar as Nnitrosaminas (-N=O), compostos conhecidos por ser cancerígenos em animais (BAIRD, 2011).
	O excesso de íon nitrato na água de consumo pode levar a um aumento na incidência de câncer de estômago em seres humanos, uma vez que parte desses íons pode ser convertido em nitrito no estômago; segundo a OMS e portaria 2914 do Ministério da Saúde a concentração de nitrato permitido na água é de 50mg/L NO3- (BAIRD, 2011).
	Se o nitrito for ingerido diretamente, pode ocasionar metemoglobinemia independente da faixa etária do consumidor. As nitrosaminas e nitrosamidas podem surgir como produtos de reação entre o nitrito ingerido ou formado pela redução bacteriana do nitrato, com as aminas segundarias ou terciarias e amidas presentes nos alimentos. O pH ótimo para a reação de nitrosaminação é entre 2,5 a 3,5, faixa semelhante à encontrada no estômago humano após a ingestão de alimentos. Tanto as nitrosaminas como as nitrosamidas estão relacionadas com o aparecimento de tumores em animais de laboratório (ALABURDA, 1998).
	Determinações quantitativas de nitrito é uma forma de assegurar se os teores desse composto em amostras de água e alimentos estão enquadrados dentro ou não dos níveis estabelecidos pelas resoluções legais. Vários métodos analíticos têm sido desenvolvidos, bem como várias técnicas analíticas têm sido empregadas com essa finalidade (MOORCROFT, 2001). 
	Os métodos espectrofotométricos na região do visível, utilizando a reação de Griess para formação do produto colorido, são os mais vastamente empregados na quantificação de nitrito (MOORCROFT, 2001).
	A Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde recomenda que Nitrito (como N) em águas para consumo humano não deve ultrapassar 1mg/L.
	Este trabalho tem por objetivo analisar a quantidade de nitrito presente na água de distribuição (água da torneira).
	Materiais e Métodos
	Foram utilizados todos os materiais contidos na Tabela 1 junto com os reagentes da Tabela 2.
Tabela 1. Materiais
	MATERIAIS
	CAPACIDADE
	QUANT.
	Balão Volumétrico
	100 mL
	2
	Espectrofotômetro UV-vis
	***
	1
	Pipeta volumétrica
	1 mL
	3
	Proveta
	50 mL
	2
Tabela 2. Reagentes
	REAGENTES
	QUANTIDADE
	Fita de pH
	***
	Solução de Ácido sulfanílico 
	1 mL
	Solução de alfanaftilamina 
	1 mL
	Solução tampão de acetato 
	1 mL
	Solução padrão de nitrito
	50 mL
	Foi transferido 50 mL da amostra clarificada para um balão de 100 mL, com o uso da fita de pH foi conferido pH 7. Adicionou-se 1 mL de solução de ácido sulfanílico, foi misturado e deixado em repouso por 3 minutos para a verificação da diazotação. Novamente, mediu-se com a fita de pH entre 1-2. Foi adicionado 1 mL de solução de alfanaftilamina e 1 mL da solução tampão de acetato, pH foi verificado entre 2-3. Esperou-se 10 minutos para o surgimento da cor. O procedimento foi feito em branco e transferido para o espectrofotômetro para obter o zero de absorbância. Por fim, a amostra foi transferida para a cubeta e inserida no equipamento. Foi anotado o valor obtido.
	Resultados e Discussões
	A determinação de nitrito foi analisada através do Espectrofotômetro UV-Vis, o aparelho foi levado ao seu 100% de transmitância usando a prova em branco mencionada nos métodos. Seu limite de detecção foi de . O valor lido na máquina foi de 0,344 de absorbância. O comprimento de onda do nitrito foi de 520.
	O cálculo usado para a verificação de nitrito da amostra foi o seguinte.
	Em relação a legislação vigente, as amostras apresentaram concentração de nitrato inferior ao máximo de 1,0 mg/L estipulado pelo Ministério da Saúde, para água de consumo humano.
	Nos esgotos domésticos o teor de nitritos pode variar de 0,01 a 0,5 mg/L de N/NO2, e dificilmente nos efluentes das estações de tratamento aparecem em concentrações maiores de 1,0 mg/L.
	Conclusões
	Em relação aos resultados obtidos, concluiu-se que o método aplicado é rápido e eficaz, capaz de identificar a qualidade da água de consumo em alguns minutos.
	Os resultados provenientes desta pesquisa foram satisfatórios, pois a quantidade de nitrito encontrado na amostra de água se encontra dentro dos padrões permitidos pela Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde recomenda que Nitrito (como N) em águas para consumo humano não deve ultrapassar 1mg/L. 
	A análise de nitrito é uma importante tarefa para que o equilíbrio seja mantido e não haja risco de ultrapassar os limites permitidos que possam afetar a saúde humana, é importante que o monitoramento dessa análise seja realizado duas vezes por semana para melhor controle.
	Referencias
	ALABURDA, J.; NISHIHARA, l. Presença de compostos de nitrogênio em águas de poços. Caderno de Saúde Pública, São Paulo, v.32, n°2, 1998.
	BAIRD, C., CANN, M., & GRASSI, M. T. (2011). Química Ambiental (4ª ed.). São Paulo, São Paulo, Brasil: Bookman.
	BASTOS, R. K., BEZERRA, N. R., & BEVILACQUA, P. D. (2007). Planos de Segurança da Água: Novos Paradigmas em Controle de Qualidade da Água para Consumo Humano em Nítida Consonância com a Legislação Brasileira. Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, (p. 391). Belo Horizonte.
	BATALHA, B. L., & PARLATORE, A. C. (1993). Controle da qualidade da água para consumo humano: bases conceituais e operacionais. 
	CONAMA, (2011). Resolução 357, de 17 de Março de 2005.Acesso em 06 de Junho de 2018, disponível em Ministério do Meio Ambiente: http://www.mma.gov.br/port/conama/res//res05/res35705.pdf
	Ministério da Saúde, Portaria n° 518, de 2004. Acesso em 18 de Junho de 2018, disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/portaria_518_2004.pdf
	MOORCROFT M. J., DAVIS J. e COMPTON R. G. Detection and determination of nitrate and nitrite: a review. Talanta, v. 54, n. 5, p. 785-803, 2001.

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