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19 Infecção Hospitalar – Comissão de Controle de Infecção Infection Hospitalar – Commission of Control of Infection Beatriz Gerbassi Costa Aguiar¹ Gicélia Lombardo Pereira² Iara Chaves Ribeiro³ ¹Prof. Dr. do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Rua Xavier Sigaud 290 Urca CEP 22290-180 tel: 25426458. E-mail: residenfermagem@unirio.br / nildo.ag@terra.com.br / ²Prof. Ms. do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO / ³Enf. Ms. do Hospital Federal dos Servidores do Estado – Ministério da Saúde. Resumo O estudo aborda a criação da Comissão de Controle de Infecções no Rio de Janeiro na década de 1970. Posteriormente, na década de 1980, Portaria do Ministério da Saúde institui e determina o controle da infecção em todo o território nacional, independente da entidade mantenedora da instituição de saúde. O estabelecimento do Programa de Controle das Infecções Hospitalares, as normas e diretrizes para a ação/atividades de controle das infecções. O órgão que executa e faz a inspeção para avaliar o cumprimento das ações do Programa de Controle de Infecções Hospitalares. Palavras-chave: Infecção Hospitalar. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Organização. Abstract The study approaches the creation of the Commission of Control of Infections in Rio de Janeiro in the decade of 1970. Later, in the decade of 1980, it would Carry of Ministry of Health institutes and it determines the control of the infection in the whole national territory, independent of the entity mantenedora of the institution of health. The establishment of the Program of Control of the hospital infection, the norms and guidelines for the action/activities of control of the infections. The organ that executes and he/she makes the inspection to evaluate the execution of the actions of the Program of Control of Hospital Infections. Keywords: Infection Hospitalar. Commission of Control of Hospital Infections. Organization. 20 Introdução Este estudo pretende mostrar a criação e organização da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares no Rio de Janeiro, a maneira como se articulam as formas e os ritmos de controle de infecções hospitalares. O conceito de comissão de controle de infecções hospitalares segundo Zanon (1987, p. 50), “é o de um órgão que coordene as atividades de investigação, prevenção e controle das complicações infecciosas relacionadas com a hospitalização do paciente”. De outra forma, Zanon (1987 p. 47) enfoca que “as Comissões de controle de infecções hospitalares foram recomendadas pela American Hospital Association, em 1958, provavelmente devido ao aumento das estafilococcias hospitalares ocorrido naquela década, com o objetivo de dotar os hospitais de um instrumento que lhes permitisse apurar se as infecções, eventualmente adquiridas, decorriam ou não da desobediência aos regulamentos de proteção ao doente”. Refere que a recomendação se transformou em exigência para o licenciamento de Hospitais nos Estados Unidos, a partir de 1965. A Organização da Comissão de Controle de Infecções no Brasil No Brasil algumas Comissões de Controle de Infecções Hospitalares foram instituídas por iniciativa pessoal, de caráter humanitário, antes das determinações da Previdência Social ou do Ministério da Saúde. Assim, Zanon refere que existem registros de comissões instituídas no Hospital Pedro Ernesto Dornelles, em Porto Alegre e no Hospital de Clinicas da USP, em São Paulo. No Rio de Janeiro os estudos de estruturação de Comissão de Controle de Infecções Hospitalares tiveram inicio na década de 1970, por iniciativas isoladas de técnicos preocupados em conhecer os índices de infecções em alguns hospitais públicos. O Hospital de Ipanema, da rede do então Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), preocupado com a magnitude do problema de infecções hospitalares, promoveu em 1972 o 1º Curso de Epidemiologia e Profilaxia de Infecções Hospitalares. No intuito de conhecer os índices de infecções do Hospital de Ipanema, o Dr. Nildo Aguiar, Diretor da Unidade à época, instituiu um programa de controle sistemático e continuo de infecções hospitalares, conforme preconizado pela literatura pertinente. Criou-se, desta forma, a 1ª Comissão de Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares integrada por uma equipe interdisciplinar, que contou com a participação de um cirurgião, um clínico, um bacteriologista, uma enfermeira e um epidemiologista (AGUIAR 2002, p.50). 21 Nesta ocasião, o Hospital de Ipanema contava em sua estrutura organizacional com o Serviço de Documentação Científica e de Auditoria Médica e, fundamentada no apoio da Administração buscou, por todos os meios, a implantação do regime de notificação compulsória dos casos de infecções. Seguiu assim o exemplo do sistema de notificação compulsória consagrado em âmbito internacional, na esfera da saúde pública. Estimuladas por esta iniciativa, as autoridades regionais do então INPS baixaram a DTS/GMB nº 168 de 31 de maio de 1972, que determinava a instituição de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) em cada hospital próprio, localizado no então Estado da Guanabara. Zanon (1987, p. 48) refere que “três meses depois da iniciativa do INPS, o médico e deputado estadual Sebastião Menezes solicitou a Mesa da Assembléia Legislativa que fosse solicitada a instituição de CCIH nos hospitais próprios estaduais e municipais”. Após a realização, em 1975, do I Encontro dos Diretores dos Hospitais do INPS e do Instituto de Pensão e Aposentadoria dos Servidores do Estado, o INPS através da Ordem de Serviço SAM nº 39.24/76, determinou que a CCIH fosse instituída em todos os seus hospitais, como órgão de assessoramento da Direção. Os primeiros resultados do impacto das ações do Programa de Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares implantado no Hospital de Ipanema foram registrados no Informe do INPS Carta Quinzenal nº 40/1-15 de março de 1976 mostrando a redução em 36,8% da incidência de infecções hospitalares e em 43,5% do uso de antimicrobianos. Refletiu desta forma no custo hospitalar, reduzindo a aquisição destes medicamentos e promovendo uma eficiência e eficácia dos resultados sobre a melhoria da qualidade de atenção aos clientes hospitalizados. A magnitude do problema de Infecções Hospitalares traz grande preocupação aos profissionais de saúde, em especial aos membros da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares que, no seu cotidiano, fazem esforços para a efetivação do Programa de Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares. No que se refere as fontes de infecções, Aguiar (1978, p. 874) ressalta que “existe muita confusão a respeito das fontes e da natureza das infecções que se manifestam no paciente operado. Admite-se, geralmente, que as principais fontes sejam de agentes exógenos, mas a evidência acumulada na literatura indica uma incidência de infecções endógenas”. Essas infecções acarretam hospitalização prolongada, marcada por tensão emocional, sofrimento, incapacitação pessoal, em alguns casos, e morte em outros, além de elevar os custos do hospital. 22 Prade (1995) caracteriza que as infecções hospitalares têm importância humana, social e econômica e estão relacionadas a morbidade e a mortalidade, podendo trazer para aqueles que detêm o poder na saúde, fragilidade nas suas relações e no reconhecimento social e político, caso dos ministros e secretários de saúde. Entretanto, inúmeras tem sido as dificuldades de implantação de programas de melhoria da qualidade e atendimento prestados à população nos hospitais públicos no Brasile dentre estes Programas, destaca-se o de Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares. Além destas dificuldades, existem problemas por demais conhecidos, em particular aqueles que envolvem o descaso e o descompromisso do setor saúde com a assistência de grande parcela da população, cada vez mais explorada e dependente dos serviços públicos. Zanon (1994) ressalta que de acordo com dados do Estudo Multicêntrico de Infecções Hospitalares, as complicações infecciosas respiratórias e urinárias e as septicemias correspondem a 61% das complicações infecciosas hospitalares observadas em clientes não operados. Entre os clientes operados a supuração da ferida ou da cavidade operada e as infecções citadas alcançam 86%. Observa-se ainda que as infecções respiratórias e urinárias se manifestam após instrumentação e que a aplicação de cateter vascular é responsável pelas septicemias. As infecções hospitalares constituem um problema de saúde pública, um desafio para todos os que trabalham no hospital e uma ameaça para o cliente que necessita de hospitalização para tratamento e ou investigação diagnóstica. Frente a tal desafio, é possível trabalhar com algumas ferramentas e com concepções de controle de infecções hospitalares, desde que sejam devidamente adaptadas à especificidade do processo de trabalho desenvolvido e considerados os dispositivos facilitadores de uma nova cultura e responsabilidade e reforçadores de um modelo de gestão participativa. Em estudo sobre a arquitetura hospitalar na segunda metade do século XVIII, Foucault (1999) ressalta que o problema de visibilidade dos corpos, dos indivíduos e das coisas para um olhar centralizado, foi um dos princípios diretores mais constantes, era preciso evitar os contatos, os contágios, as proximidades e garantir a ventilação e a circulação do ar. Nessa lógica é observado que uma das primeiras orientações para a enfermeira, segundo Miss Nightingale muitas décadas antes do pensar de Foucault, era conservar o ar ambiente e da habitação tão puro quanto o ar exterior, sendo este o primeiro e último princípio sobre o qual a atenção da enfermeira deveria fixar-se como essencial para o cliente. Para que a sua afirmativa fosse reconhecida pelo poder da época, que era médico, Miss Nightingale demonstrou sua eficácia inicialmente na guerra, separando os doentes graves e infectados, o 23 que deu a idéia de que ali nascia o centro de terapia intensiva e o controle da infecção hospitalar. Na atenção ao controle de infecções essas afirmações são tão atuais quanto foram no passado. A manutenção do ambiente hospitalar em perfeitas condições de higiene e de ventilação adequada constitui um dos princípios básicos para a promoção da saúde, prevenção e controle das enfermidades. Alguns clientes têm maior suscetibilidade às infecções hospitalares, entre os quais os mais jovens e os mais idosos, os que são submetidos a cirurgia e a procedimentos invasivos e aqueles com internação prolongada. No inicio da década de 1980, o Instituto Nacional de Câncer (INCa), do Ministério da Saúde, iniciou uma reforma organizacional e estrutural com a reativação da Campanha Nacional de Combate ao Câncer e o estabelecimento do regime de co-gestão com o então Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Nesta ocasião o Diretor do INCa, Dr. Ary Frauzino e o Coordenador da Campanha de Combate ao Câncer, Dr. Nildo Aguiar, criaram um grupo de estudo, composto por dois clínicos, uma enfermeira e um bacteriologista, para proceder uma investigação epidemiológica a fim de conhecer o diagnóstico da incidência de infecções no INCa. A partir dos resultados encontrados neste estudo foi criada a 1ª Comissão de Controle de Infecções Hospitalares em um hospital do Ministério da Saúde, semelhante as instituídas pelo INPS em 1972. Zanon (1987, p.13) refere que: “Não obstante Allyrio Macedo, Chefe da Seção de Vigilância e Estatística da Saúde da Divisão de Epidemiologia e Estatística de Saúde- DNEES, ter incluído as Infecções Hospitalares em Doenças Transmissíveis (manual editado pelo DNEES) em 1977, o Ministério da Saúde somente se manifestou cinco anos depois”. Em 1983, a partir da Resolução CIPLAN nº 002/83 foi criado um Grupo de Trabalho composto por técnicos do Ministério da Saúde, do Ministério da Previdência e Assistência Social e do Ministério da Educação, com a finalidade de estudar e propor medidas, instrumentos e orientação para o controle de infecções hospitalares no Brasil, pelo Órgão Normatizador das Ações de Saúde em geral e da Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares em particular. Considerando as conclusões do Grupo de Trabalho, o Ministro da Saúde determinou através da Portaria MS/196 de 24/06/1983: “Que todos os Hospitais do país deverão manter uma Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, independente da natureza das entidades mantenedoras”. Esta Portaria, além dos considerandos que justificam sua criação, e instruções 24 para Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares possui cinco Anexos: Organização; Fase Operativa; Critérios para identificação de infecções hospitalares; Classificação das cirurgias por potencial de contaminação; Normas para seleção de germicidas em hospitais. No que se refere ao controle estrutural, cabe a CCIH supervisionar os contratos de limpeza no sentido de verificar e assegurar que as normas de licitação para aquisição de germicidas e de antimicrobianos observam as exigências estabelecidas e consideram os resultados de resistências bacteriológicas. A utilização do método epidemiológico torna-se necessária para a identificação de procedimentos de alto risco, do desenvolvimento de infecções e para a adoção de política de prevenção e controle das infecções hospitalares. O Programa de Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares, na Portaria nº 196/83 do Ministério da Saúde, evidencia no Anexo IV que a vigilância epidemiológica de infecções hospitalares é a observação ativa, sistemática e contínua da ocorrência e da distribuição dessas infecções entre os clientes hospitalizados e dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna de ações de controle. Assim, a Coordenação de Controle de Infecções Hospitalares do Ministério da Saúde (COCIN) refere que: “a partir de 1990, foi instalado o processo de transformação de poder e de recurso, redefinição de papeis das três esferas de governo, reorganização institucional, reformulação de práticas, e, conseqüentemente o estabelecimento de novas relações entre a COCIN e os Estados”. Entretanto, esta Coordenação refere que, apesar de em 1991 terem sido capacitados cerca de 114 mil profissionais para implantar Comissões de Controle de Infecções Hospitalares, ainda permanecia desconhecida a magnitude do problema no País. Como causas do problema apontava a insuficiência de recursos financeiros, a inexistência da disciplina de Controle de Infecções Hospitalares nos currículos da área de saúde e a impossibilidade de gerenciar de modo centralizado e eficiente esta atividade devido a diversidade e extensão territorial dos Estados. Neste contexto foi revogada a Portaria MS nº 196/1983 e estabelecida a Portaria MS nº 930 de 27/08/1992, publicada no Diário Oficial da União nº 171 de 04/09/1992, sec. 1 p. 12279, a qual descentraliza o Programa de Controle de Infecções Hospitalares, conforme diretriz política do Ministério da Saúde, cumprindo as leis que regulam o Sistema Único de Saúde (SUS), e estrutura o Programa de Controle de Infecções Hospitalares nos Estados para que gerenciem a resolução destes problemas. 25 A citada Portaria MS nº 930/1992 determina que a CCIH passe a ser constituída por representantes dos serviços médico, de enfermagem, de farmácia, de laboratóriode microbiologia e da administração e cria também o Serviço de Controle de Infecções Hospitalares (SCIH), ligado a CCIH. Estabelece que o SCIH deve ser integrado por profissionais lotados no hospital compreendendo, no mínimo, um médico e um enfermeiro para cada 200 leitos ou fração deste número, e exigindo que o enfermeiro tenha lotação exclusiva no SCIH. As atividades de controle, até então desenvolvidas no âmbito do Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas da Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde, conforme Portaria GM nº 1241 de 13 de outubro de 1999, passam a ser executadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que através da Resolução RDC nº 48 de 02 de junho de 2000 estabelece o Roteiro de Inspeção do Programa de Controle de Infecções Hospitalares. Conforme afirma Geovanini (1996, p. 22) “cada período histórico é determinado por uma formação social especifica trazendo consigo toda uma caracterização própria que englobe sua filosofia, sua política, sua economia, suas idéias e sua ideologia”. As políticas de saúde e modos de intervenção, eleição e prioridades em termos de serviços públicos também são reveladoras de tais mudanças. A visão diversificada sobre os dados de infecção hospitalar faz com que a CCIH os revele cuidadosamente para que sejam transformados em informações e divulgados no hospital, tendo em vista o impacto desejado no momento. Segundo Prade (1995), a partir de 1986 o Center for Diease Control (CDC) ofereceu seu Componente de Vigilância Global como uma das opções e recomendou o seu uso, quando os recursos e o pessoal de infecção hospitalar o permitissem. Aguiar (2002) enfatiza que “os resultados do Estudo de Eficácia do Controle de Infecções Hospitalares do CDC forneceram evidencia cientifica de que os programas de controle de infecções hospitalares que incluem vigilância hospitalar global intensiva podem reduzir os riscos de infecção hospitalar em adultos”. De outra forma, Prade (1995) apresentou pela Coordenação de Controle de Infecções Hospitalares do Ministério da Saúde, a Vigilância Epidemiológica por Componentes – NNISS, cujo conteúdo, segundo ela, é fielmente traduzido do original norte-americano, sob a autorização expressa dos autores do CDC. Estes Componentes de Vigilância foram criados para desenvolver a vigilância de infecções hospitalares em diferentes grupos de clientes. Os componentes de vigilância são utilizados 26 para influenciar os prestadores de cuidados ao cliente, a fim prover a atenção qualificada, assim como para o pessoal hospitalar que toma decisões políticas e administrativas. Por orientação da Coordenação de Controle de Infecções Hospitalares do Ministério da Saúde, a Vigilância Epidemiológica por Componentes passou a ser utilizada nos Hospitais, evidenciada nas Unidades de Terapia Intensiva de adultos e de crianças. Os clientes são monitorados em busca da infecção hospitalar em todas as topografias, além de serem avaliados diariamente, para se detectar a presença de certas intervenções que poderão aumentar o risco de infecção, ou seja, presença de cateter urinário, acesso vascular central e ventilação mecânica. São verificados também todos os clientes submetidos a cirurgia. Esses dados são transformados em informações apresentadas em relatórios mensais enviados ao Diretor do Hospital e Chefias de Serviços. Por outro lado nos Manuais de Acreditação Hospitalar do Brasil, é contemplado em separado a Função de Vigilância, Prevenção e Controle de Infecções Hospitalares. Assim, de forma abrangente tais ações estão voltadas para a redução do risco dos clientes adquirirem infecção hospitalar e da gravidade da infecção hospitalar. No Manual de Padrões de Acreditação Hospitalar do Consorcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas de Serviço de Saúde (2000, p. 214), observa-se o enfoque “A Vigilância, Prevenção e Controle de Infecção no ambiente hospitalar, realizam-se por processos e atividades coordenadas que envolvem todo o hospital e o conjunto dos profissionais, abrangem o cuidado direto ao cliente e as atividades de apoio, pressupõem a existência de informações e de educação continuada dirigida aos funcionários e a orientação dos visitantes”. Neste Manual, a cada padrão corresponde os propósitos da ação para a prevenção e o controle da infecção hospitalar. Temporão (2000, p. 83) et alli, afirmam “os padrões desenvolvidos estão centrados no cuidado ao cliente e nos processos que possibilitam que pratiquem as ações da melhor forma. A garantia de um ambiente seguro e adequado, a existência de uma equipe capacitada e em número suficiente são requisitos essenciais para se atingir o objetivo ultimo, que é prestar um cuidado ao cliente segundo as boas práticas”. Conclusão O Controle de Infecção Hospitalar está inserido no contexto hospitalar como uma das ferramentas para garantir a qualidade da assistência prestada ao cliente e a diminuição do tempo de permanência de internação, contribuindo com a redução dos custos hospitalares. A instituição de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, através da Vigilância Epidemiológica, promove um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, 27 com vistas à redução máxima possível da incidência e a da gravidade das infecções hospitalares. Entretanto, faz-se necessária uma relação mais próxima das Secretarias de Saúde onde está localizado o controle do PCIH com os setores mais adaptados a natureza deste trabalho, que tem base assistencial e pretende, a partir do diagnóstico epidemiológico, desenvolver ações educativas para implantar medidas preventivas e de controle dos problemas, e retroalimentar o planejamento com a sistematização dos resultados de avaliações e vigilância epidemiológica. Referências AGUIAR, Nildo E. de A. Infecções Hospitalares. In NEVES, Jayme (Org.) Diagnóstico e Tratamento das Doenças Infectuosas e Parasitarias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978. AGUIAR, Beatriz G. C. Enfermeiras e o paradoxo das relações saber – poder no Programa de Controle de Infecções Hospitalares: Uma contribuição para Acreditação Hospitalar. Rio de Janeiro: UFRJ, 2002. 155 p. Tese (Doutorado em Enfermagem), Escola de Enfermagem Ana Neri da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002. BRASIL. 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In SCHECHTER, Mauro; MARAGONI, Denise Vantil (Org.) Doenças Infecciosas, conduta diagnóstica e terapêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. Recebido em 10/07/2011 Versão final reapresentada em 13/10/2011 Aprovado em 13/10/2011
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