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10- APOSTILA NADO COSTAS

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NADO COSTAS 
 
HISTÓRICO 
 
Há indícios de que os nossos ancestrais se utilizavam desta forma de nadar, haja vista ser esta 
uma postura natural do homem, devido à posição da cabeça ficar com o rosto fora d’água, facilitando a 
respiração. 
 
Por outro lado, outras correntes defendem que a postura do nado peito é a forma mais antiga 
que o homem encontrou para nadar, baseado na imitação do sapo. 
 
Somente em 1900 é que aparecem as provas de nado costas e de peito, pois antes apenas o 
nado livre era usado em competições. 
 
Em 1903, livros escritos pelos ingleses Archibald Sinclair e William Henry, a partir da 
observação dos nativos da Austrália, tratavam da possibilidade de se nadar o costas com movimentos 
alternados de braços e pernas. 
 
No entanto a primeira forma utilizada para o nado costas aparece com uma ação simultânea de 
braços e pernas numa espécie de nado de peito na posição de costas. 
 
Como prova olímpica, o nado costas aparece pela primeira vez somente a partir de 1912 
(Estocolmo), onde o americano Henry Hebner revoluciona o nado de costas utilizando movimentos 
alternados de braços e pernas como no crawl. Até então as provas de natação eram somente de nado livre. 
 
Nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1932, aparecem os japoneses adotando um batimento 
de pernas caracterizado por tempos fortes ascendentes e flexão de pernas na descida, mantendo os joelhos 
submersos. 
 
Durante alguns anos o estilo costas passou por pequenas alterações como o batimento de 
pernas dos americanos com o corpo numa posição mais oblíqua (inclinado para baixo), e a braçada dos 
australianos executando a puxada com uma flexão do cotovelo e os ombros um rolamento lateral. 
 
Nas Olimpíadas de Tóquio em 1960, surgem novas modificações no nado costas como a volta 
ao antigo estilo deitado (Japoneses) e os braços passam a executar a empurrada com as mãos para frente e 
para baixo, terminando junto aos quadris. Esta nova técnica de alavanca foi aperfeiçoada graças aos 
estudos do americano James Counsilman e do australiano Forbes Carlile, possibilitando significativa 
melhora do rendimento. 
 
Muitas pesquisas continuaram a propor modificações no estilo costas sem, contudo, 
apresentarem grandes resultados, até que em Moscou, 1980, solidifica-se uma nova técnica de batimento 
duplo de pernas (golfinhada de costas), surgida 2 anos atrás no campeonato mundial de natação, capaz de 
prolongar a propulsão das saídas e viradas. 
 
Nos últimos anos a mudança mais significativa do nado costas foi com relação à virada, onde 
antes o atleta realizava uma cambalhota lançando as pernas pela lateral, após tocar a parede com uma das 
mãos. Hoje a virada é similar a do estilo crawl, no qual o atleta ao se aproximar da parede sai da posição 
de costas para a posição ventral, realiza uma ou uma dupla braçada contínua de aproximação e em seguida 
executa a cambalhota. 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO NADO COSTAS 
 
SAÍDA 
 
 Ocorre dentro d’água, com o nadador seguro na barra de saída, com os pés apoiados na parede da 
piscina e abaixo do nível da água. 
 Ao sinal do juiz de partida “às suas marcas”, o nadador se coloca em condição de impulsão: pés 
paralelos ou um levemente mais alto que o outro para dar maior aderência. Os braços se flexionam 
levando o corpo para frente e preparando para o impulso. 
Ao som da partida, o corpo se lança para cima e para trás, com os braços passando pela lateral, 
juntando-se atrás da cabeça. 
Uma posição arqueada acontece em virtude da elevação do quadril e da extensão dos braços para 
trás, entrando na água primeiramente com as mãos e o resto do corpo passando pelo mesmo ponto. 
Inicia-se um deslize com movimentos rápidos de pernas (golfinhada) em direção à superfície, onde 
acontece a puxada da primeira braçada, continuando em seguida o nado completo. 
 
POSIÇÃO DO CORPO 
 
Deve ser a mais paralela possível ao nível da água. 
O tronco tem uma oscilação natural em virtude da “pegada” de água executada pelos braços, 
obrigando a uma rotação sobre o eixo do corpo. 
A cabeça deve permanecer fixa, com queixo e pescoço formando um ângulo de 90º, a fim de 
equilibrar o corpo e evitar movimentos laterais excessivos. 
Os pés devem estar relaxados e em flexão plantar (ponta), voltados naturalmente para dentro em 
virtude da resistência da água. 
 
TRABALHO DE PERNAS 
 
O movimento das pernas é semelhante ao crawl sendo que o tempo forte é dirigido de baixo para 
cima. 
Os joelhos realizam uma flexão maior do que no crawl, porque a pernada no seu movimento 
ascendente não encontra resistência na primeira camada de água, obrigando as pernas abaixar para 
encontrar superfícies mais propulsivas. 
O batimento lateral (tesourada) ocorre de forma involuntária provocado pelo rolamento do quadril e 
do tronco, devido à ação da braçada. 
 
TRABALHO DE BRAÇOS 
 
FASE AQUÁTICA: 
A braçada no estilo costas atua como um remo de duas pás e também possui três fases: Apoio, 
tração e empurrada. 
Entra no prolongamento do ombro, a mais ou menos 10 ou 15 graus fora dessa linha, com o dedo 
mínimo e a palma da mão voltada para fora, praticamente no mesmo instante que o outro braço inicia a 
fase aérea. 
Penetra cerca de 20 a 30 cm abaixo da superfície, onde encontra o apoio ou a primeira resistência, 
partindo para a tração com uma flexão do cotovelo, palma da mão voltada para frente e dedos para a 
lateral mais ou menos na altura do ombro. 
No máximo da flexão do cotovelo, quando o braço realiza uma elevação da mão, inicia-se a 
empurrada para frente e para baixo da linha do quadril. 
A linha tracejada mostra a curva que o braço realiza para produzir maiores impulsos de força. 
Nesse momento acontece uma rotação lateral para dentro indicando o final da empurrada e o início 
da fase aérea. 
 
 
FASE AÉREA: 
Ao terminar a empurrada, o braço sai da água estendido com a mão relaxada voltada para dentro e o 
polegar para cima, evitando assim criação de zona de atrito. 
O braço se dirige estendido nesta posição para cima e para trás, quando realiza uma pronação, 
levando a palma da mão para fora, encaixando na água com o dedo mínimo, para recomeçar o ciclo de 
braços. 
 
RITMO RESPIRATÓRIO E COORDENAÇÃO GERAL 
 
A inspiração se efetua pela boca durante a passagem aérea de um braço e a expiração na fase 
aquática do mesmo braço ou na fase aérea do outro. 
A coordenação dos braços e pernas tem uma ação semelhante à do crawl, cujo ritmo normalmente 
utilizado é o 6-2, isto é, seis batidas de pernas para cada ciclo completo de braços, onde a fase aérea de um 
corresponde à fase aquática do outro. 
 
 
REGRAS DO NADO COSTAS 
 
REGRA 1. 
Antes do sinal de partida, os competidores devem alinhar-se na água de frente para a cabeceira de 
saída, com ambas as mãos colocadas nos suportes de agarre. 
Alteração Set / 2005 – Agora os pés podem ficar acima, abaixo ou um pé acima e o outro abaixo da 
linha da água. 
Manter-se na calha ou dobrar os dedos sobre a borda da calha é proibido. 
 
REGRA 2. 
Ao sinal de partida e quando virar, o nadador deve dar impulso e nadar de costas durante o percurso, 
exceto quando executa a volta. 
A posição normal de costas pode incluir um movimento rotacional do corpo até, mas não 
ultrapassando os 90 graus da horizontal. A posição da cabeça não é relevante. 
 
REGRA 3. 
Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água durante o percurso. 
É permitido ao nadador estar completamente submerso durante a volta, na chegada e por uma 
distância não maior que 15 metros após a saída e em cada volta. 
Neste ponto a cabeça tem que quebrar a superfície. 
 
REGRA 4.Durante a volta, os ombros podem girar além da vertical para o peito após uma contínua braçada ou 
uma contínua e simultânea dupla braçada podem ser usadas para iniciar a volta. 
Alteração Set / 2005 - Quando o atleta deixar a posição de costas, poderá dar pernadas para se 
aproximar da borda no caso de virar longe, porém somente uma braçada será permitida. 
O nadador tem que retornar a posição de costas após deixar a parede. 
Quando executar a volta, tem que haver o toque na parede com alguma parte do corpo do nadador. 
 
REGRA 5. 
No final da prova, o nadador tem que tocar a parede na posição de costas. 
Podendo tocar com o corpo na superfície ou abaixo dela (submerso).

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