Prévia do material em texto
25/02/2019 Sistema Cardiovascular Divide-se em coração – não se tem controlo sobre esta bomba – e vasos sanguíneos Circulação • Sistémica: transporta o sangue, rico em oxigénio, presente no ventrículo esquerdo para todas as partes do corpo; sai do coração por meio da artéria aorta, que se ramifica por todo o corpo. O sangue, agora pobre em oxigénio, retorna ao coração por meio das veias cavas superior e inferior com direção direta na aurícula direita e segue para o ventrículo direito • Pulmonar: O sangue, pobre em oxigénio, no ventrículo direito é bombeado por meio da artéria pulmonar para os pulmões, mais precisamente para os alvéolos. O sangue é, então, transportado de volta para o coração, sendo laçado na aurícula esquerda pela veia pulmonar Funções do coração: • Gerar a pressão arterial – pressão que o sangue faz contra os vasos arteriais • Dirigir a circulação sanguínea • Assegurar um fluxo unidirecional • Regular o aporte de sangue – fluxo sanguíneo, no qual o coração consegue controlar através da frequência cardíaca (60-100) ppm ou bpm [pulsações por minuto ou batimentos por minuto]; taquicardia significa superior a 100 ppm e bradicardia é inferior a 100 ppm Pulsos periféricos – umeral, radial, poplíteo e pedioso Pulsos centrais – carotídeo e femoral Localização do coração: cavidade torácica, entre os pulmões, na zona mediana do mediastino (região virtual) Parede cardíaca Sopro cardíaco: quando se continua a ouvir entre S1 e S2 → significa que a válvula não fecha e existe retorno sanguíneo Enfarte agudo do miocárdio: entupimento da artéria coronária, podendo estar relacionada com uma dislipidemia “Coração direito” - Veia cava superior - Artéria pulmonar – sai do ventrículo direito e leva aos pulões o sangue • 2 ramos para a artéria pulmonar direita • 2 ramos para a artéria pulmonar esquerda Septo interauricular Septo interventricular “Coração esquerdo” - Veias pulmonares trazem o sangue para a aurícula esquerda - A aorta que sai do ventrículo esquerdo designa-se por aorta descendente • A aorta tem 3 regiões – aorta ascendente, crossa da aorta e aorta descendente Anatomia Interna do Coração Válvulas • Tricúspide *: Entre a Aurícula Direita (AD) e o Ventrículo Direito (VD) • Pulmonar: Entre o Ventrículo Direito (VD) e a Artéria Pulmonar • Bicúspide ou Mitral: Entre a Aurícula Esquerda (AE) e o Ventrículo Esquerdo (VE) • Aórtica (tricúspide) *: Entre o Ventrículo Esquerdo e a Aorta *Vista superior de uma válvula tricúspide O VE é a cavidade maior do coração porque é a que necessita de fazer mais força de modo a bombear o sangue para a aorta À parte: no parto dá-se a junção das aurículas esquerda e direita, dividindo a circulação sanguínea em pulmonar e sistémica • Contração (o miocárdio “puxa” as cordas tendinosas) – Sístole • Relaxamento – Diástole Contração cardíaca • Em formato de Y • Sarcoplasma mais abundadnte, devendo-se à quantidade elevada de mitocôndrias • Têm um só núcleo, localizado centralmente • Gap junctions – permitem que os potenciais de ação se transmitam de uma fibra para outra realizando assim o controlo da contração e relaxamento Sistema de Condução (impulso elétrico) • Nódulo Sino-auricular (SA) – localizado na AD; espalhados nesta encontram-se fibras nervosas que se irão juntar ao nódulo AV • Nódulo Aurico-Ventricular (AV) • Feixe de His – divide-se em ramos esquerdo e rede de Purkinje • Rede de Purkinje Estímulo gera-se no nódulo SA Propaga-se em células (onda) Aurícula Nódulo AV Entre aurícula e ventriculo Atividade vai para o feixe de His Divide-se para o ramo esquerdo e direito Vértice do coração Sobe pelas fibras de Porkinje 27/02/2019 Sistema de condução elétrica ECG (Eletrocardiograma) • Mede a atividade elétrica do coração, em que regista um certo número de defleções positivas ou negativas em relação à linha de base isoelétrica → estas defleções estão associadas à onda de excitação que se espalha por todo o coração e é responsável pelo início das contrações cardíacas • A via de condução pode ser avaliada pela sua velocidade (tempo) O ECG permite determinar: • Se a via de condução é anormal (através do tempo) • Se o coração está aumentado de volume (pelos picos mais altos) • Se algumas regiões estão danificadas Ondas altas → mais atividade elétrica coração de maior volume Complexos do ECG Evento elétrico Onda P Complexo QRS Onda T Evento mecânico Contração auricular Contração ventricular Relaxamento ventricular Onda P: Despolarização auricular • Sístole auricular • Passagem da corrente elétrica ao longo das células cardíacas auriculares • Não pode ser superior a 2,5 mm de altura, se o for poderá significar problema na aurícula Complexo QRS: Despolarização ventricular • Sístole ventricular • Deve ser inferior a 120 ms (1 mm → 0,4 s) • Não pode ser superior a 3 quadrados (largura) • Complexo QRS alargado pode indicar bloqueio de ramo (direito ou esquerdo), em que a corrente leva mais tempo a passar • R e S despolarização e contração ventricular Onda T: Repolarização ventricular • Diástole ventricular • Relaxamento ventricular Ondas T apiculadas significa uma hipercaliemia (aumento da concentração de potássio) → provoca disritmia (batimentos do coração desregulados) → provoca uma elevada atividade elétrica comprometendo a estabilidade da membrana tornando-se uma emergência médica • Apresentam um sinal mais alto o que pressupõe um aumento de eletricidade • Quando gradientes próximos, é necessário estímulo maior para gerar equilíbrio e quando a diferença dos gradientes não é tão grande, precisa de mais eletricidade para conseguir contrair e, sucessivamente, quanto maior for a contração muscular cardíaca mais são os batimentos provocados por uma hipercaliemia levando a uma disritmia No entanto tem de se ter em atenção o que se observa pois: • O estímulo pode não estar a ser bem definido • Algo pode bloquear a passagem do estímulo A despolarização e a repolarização ventricular são notadas no ECG, no entanto a repolarização auricular não se consegue ver, porque está escondida atrás do complexo QRS Ondas T aplanadas significa uma hipocaliemia • Neste caso a velocidade necessária é menor e, por sua vez, a energia utilizada também é menor Parâmetros técnicos de ECG: 1. 100 mm/seg → a ECG foi retirada da impressora a esta velocidade 2. 25 mm → calibração da altura O enfarte pode ser indicado através de uma anomalia do segmento ST no ECG (término da onda S e início da onda T). Em condições normais o segmento ST deve ser isoelétrico com o segmento PQ (terem a mesma altura). • Enfarte agudo do miocárdio com infra ST • Enfarte agudo do miocárdio com supra ST (mais grave afetando maior parte do coração) • Sinais o Dor na região cordial/ pós-cordial (anterior do tórax) o Aperto nessa zona/opressão torácica o Dor que se irradia para a submandibular o Dor que se irradia para o braço esquerdo O ECG é utilizado para avaliar a atividade elétrica do coração de diferentes ângulos e, a cada ângulo diferente ou par de elétrodos é chamado de derivação (12 derivações/ elétrodos) Condições para realizar um ECG As cores dos cabos têm um código internacional: • AVQ: vermelho – membro direito (superior) • AVL: verde – membro esquerdo (superior) • AVF: amarelo – membro inferior esquerdo À parte: D2 - olhar para o ECG em casa de urgência, vê-se mais facilmente CadaECG deve ser sistematicamente examinado em, pelo menos, quatro parâmetros: 1. Cálculo da frequência cardíaca 2. Avaliação do ritmo 3. Medição dos complexos e intervalos a. Onda P b. Intervalo PR c. Complexo QRS d. Segmento ST e. Onda T f. Intervalo QT 4. Determinação do eixo elétrico Frequência Cardíaca (FC) O método mais fácil para calcular a frequência, mesmo em caso de arritmias, consiste em marcar 3 segundos no traçado do ECG, contar nesse intervalo o nº de complexos QRS e multiplica-lo por 20 → teremos assim a frequência por minuto. Mas na possibilidade de contar num período de tempo mais longo, 6 segundos e multiplicar por 10, o cálculo obtido será mais exato. Existem 1500 quadrados de 1mm num minuto à velocidade de 25 mm/seg (e, portanto 2000 quadrados à velocidade de 50 mm/seg) → ao contar o nº de quadrados entre 2 ondas R sucessivas e dividir 1500 (ou 3000) por essa contagem, obtêm-se assim a frequência cardíaca: • 3000/nº de quadrados entre ondas R → só para ritmos irregulares Ritmo Para a avaliação do ritmo deve-se analisar o ECG de uma forma sistemática 1. Inspeção geral – revelará se o ritmo é um ritmo sinusal normal ou se ´r característico de algum tipo de arritmia cardíaca 2. Identificar as ondas P 3. Reconhecer os complexos QRS 4. Analisar a relação entre ondas P e complexos QRS Ritmo sinusal – onda P seguida de um complexo QRS, gerado na aurícula dirigindo-se para o ventrículo Ritmo não sinusal – onda P que não é seguida por QRS, onde a eletricidade não é dirigida para o ventrículo Como reconhecer um ritmo? • Entre ondas R → R, verificar se o nº de quadrados é igual; se não for, pode-se verificar um caso de arritmia (ritmo desregulado) e se deverá medir o pulso para confirmar Dinamap não mostra arritmias