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PATOLOGIAS AUDITIVAS

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UNIVERSIDADE NILTON LINS 
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS AUDITIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS / AM 
2018 
JANAÍNA MENEZES 
JOYCE FAGUNDES 
MAYRA LAMECK 
PÂMELA KAROLINE 
ROSENY MAYARA 
 
 
 
 
 
 
 PATOLOGIAS AUDITIVAS 
 
Trabalho apresentado como recurso 
avaliativo da disciplina Saúde Auditiva e 
Reabilitação, ministrada pela Profa: Selma 
Cavalcante. Turma: Fono062. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANAUS / AM 
2018 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................04
1. APLASIA DE MICHEL.....................................................................................................05 
2. OBSTRUÇÃO DO CONDUTO AUDITIVO EXTERNO POR CORPO ESTRANHO....06 
3. OTOSCLEROSE.................................................................................................................07 
4. PRESBIACUSIA.................................................................................................................07 
CONCLUSÃO.........................................................................................................................12 
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................13 
ANEXOS..................................................................................................................................14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
A audição é a capacidade de perceber o som e para que isto ocorra é necessário um 
funcionamento coordenado do sistema auditivo. Tal sistema é formado pela orelha externa, 
orelha média e orelha interna. Cada uma dessas orelhas possui funções específicas. Quaisquer 
lesões podem danificar a capacidade de perceber o som. 
Este trabalho irá abordar quatro patologias auditivas: Aplasia de Michel, obstrução do 
conduto auditivo externo por corpo estranho, otosclerose e prebiacusia. Os objetivos específicos 
são: apresentar a audiometria tonal com laudo e a curva timpanometrica dessas quatro 
patologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. APLASIA DE MICHEL 
 
A aplasia de Michel é um quadro grave e raro de malformação da orelha interna 
caracterizado pela ausencia total da coclea e do nervo auditivo. As malformações da orelha 
interna afetam aproximadamente 20% dos pacientes com perda auditiva congênita do tipo 
neurossensorial, sendo 50% destes, estao envolvidos mecanismos genéticos. Síndrome de 
Michel (1863), caracterizada por Aplasia ósseo-membranosa do ouvido interno, sendo o ouvido 
medio e o conduto externo, geralmente normais. 
Subotic e Schurter (1978) dividem surdez neurossensorial congênita em dois grandes 
grupos: o que reune alterações no desenvolvimento do labirinto osseo e membranoso e o que 
decorre de afecções restritas a estruturas individuais no labirinto membranoso. No primeiro 
grupo situam-se as malformações congênitas da orelha interna e existem diversas formas 
propostas para classifica-las. Aqueles autores as subdividem também em dois tipos: completa 
ausência da orelha interna Michel); anomalias congênitas na cóclea, resultantes de maior ou 
menor aplasia de modíolo (Mondini). 
As perdas de natureza sensorioneural, decorrentes as alterações estruturais e (ou ) 
funcionais do ouvido interno, de forma que apenas o estudo histopatológico é capaz de 
identificar o local da lesao primária que compromete a parte óssea ou membranosa do labirinto, 
mas podem resultar de alteracoes dos centros corticais cerebrais. 
Vários estudos da Biologia Molecular tem analisados famílias de deficientes auditivos 
na tentativa de identificar a localização dos genes responsáveis pela perda auditiva. A 
identificação desses genes permitirá maior compreensão da filologia e da fisiopatologia da 
audição, além de possibilitar o diagnostico pré-natal da deficiência auditiva, um tratamento 
especifico para cada tipo de deficiência e, futuramente, a terapia genica. 
STTEEL & BOCK (1983 ), baseando-se em modelos de animais, propuseram uma 
classificação das deficiências auditivas genéticas congênitas em três categorias: morfogênicas, 
neuroepiteliais e cocleossaculares. 
Perda Auditivas de Origem Genética constituem a grande maioria de recém-nascidos 
com deferência auditiva, podendo estar associadas a alterações neuroepiteliais e 
cocleossaculares. 
A avaliação audiológica para diagnostico da Aplasia de Michel é feita através de exames 
de imagens, onde podemos destacar: Tomografia Computadorizada de Alta Resolução; 
Ressonancia Nuclear Magnética. 
Normalmente, há integridade física do ouvido externo e ouvido médio; por isso há 
necessidade do exame de imagem para análise do ouvido interno. 
 
 2. OBSTRUÇÃO DO CONDUTO AUDITIVO EXTERNO POR CORPO ESTRANHO 
 Corpo estranho em otorrinolaringologia é qualquer material inanimado ou animado que 
se encontre no conduto auditivo externo e que não faça parte dessa estrutura em condições 
normais (PINNA & NEVES,2008). 
Os corpos estranhos no meato acústico externo (MAE) são bem frequentes e ocorrem 
em qualquer idade, embora 55% dessas ocorrências sejam em crianças. 
Os casos de introdução voluntária de corpos estranhos no conduto auditivo acontecem 
muito em crianças e em adultos com distúrbios comportamentais. Já, no caso de etiologia 
involuntária, o maior exemplo são os insetos que penetram no conduto auditivo externo. 
Os corpos estranhos conhecidos como animados são: miíase, provocada por larvas de 
moscas que ao desovar no conduto auditivo externo provoca lesões graves, ocorre forte reação 
inflamatória com edema, dor forte, secreção fétida e sangramento, e outros insetos, já os 
inanimados são pequenos objetos orgânicos e não orgânicos, entre eles estão as pilhas e baterias 
que precisam ser retirados do ouvido o mais rápido possível. 
O quadro clínico vai depender das características desse corpo estranho, e vai de 
assintomático até quadro de dores lancinantes. Em alguns casos pode ocorrer a Otorreia, que 
surge após longo tempo de permanência do corpo estranho em pacientes que não relatam sua 
introdução, ou que não percebam a sua entrada. 
Não há necessidade de realizar exames complementares, apenas a meatoscopia realizada 
com o Otoscópio é suficiente para diagnosticar, nos casos em que o paciente nega ter inserido 
o corpo estranho no conduto auditivo ou não percebeu a sua entrada. 
É necessário que o paciente não tente remover por conta própria o corpo estranho e 
sempre procurar ajuda especializada. Essa remoção deve ser realizada por profissionais 
especializados, afim de minimizar possíveis complicações. A manipulação inadequada pode 
levar a laceração, sangramento e edema do meato acústico externo, além de causar lesão na 
membrana timpânica e cadeia ossicular. O principal ponto para esses pacientes é avaliar a 
presença ou não de perfuração na membrana timpânica. 
As complicações decorrentes da permanência de corpos estranhos no conduto auditivo 
são em geral raras ( BENTO et al, 1998). 
Podem ocorrer macerações da pele e diminuição da ventilação do conduto, favorecendo 
o desenvolvimento de otites externas. Podem ser referidos alguns sintomas reflexos como: 
tosses, vômitos, algias temporais com vertigens e asma, que desaparecem logo após a remoção 
do corpo estranho. 
Os corpos estranhos no conduto auditivo só são casosde emergência se o agente for 
vivo ou cáustico, e o atendimento deve ser realizado por profissional especializado para não 
ocorrer complicações. 
O diagnóstico é confirmado pela otoscopia em uma consulta de rotina ou em uma 
consulta na emergência por outro motivo, não sendo necessário exames complementares como 
imitanciometria ou audiometria tonal e vocal. 
 
3. OTOSCLEROSE 
Otosclerose é um crescimento anormal no osso que imobiliza progressivamente o 
estribo (ossículo mais interno do ouvido médio). Uma vez imobilizado, esse osso não consegue 
fazer a condução das vibrações sonoras da orelha média para a orelha interna. Os focos de ossos 
endurecidos ainda podem se instalar ao redor da cóclea, comprometendo também a transmissão 
dos impulsos nervosos para o cérebro. 
A Otosclerose é considerada uma doença hereditária, que pode acometer tanto homens 
quanto mulheres, apesar de ser mais comum em mulher. Ela acontece por uma falha na 
formação das estruturas ósseas da orelha e afeta o menor dos 3 ossículos da audição, o estribo. 
A causa exata da otosclerose não é totalmente compreendida, Há alguns casos são 
hereditários, outros por infecções virais, em particular o vírus do sarampo, pois a otosclerose 
parece ser menos comum entre as pessoas que foram vacinadas contra o sarampo. 
Os sintomas principais da otosclerose é perda de audição uni ou bilateral progressiva, 
ruídos fortes de fundo podem incomodar pessoas com problema auditivo, no entanto, para 
vítima de otosclerose esses ruídos são imperceptíveis e em alguns casos as pessoas escutam 
melhor em ambientes barulhentos (paracusia). E isso ocorre provavelmente pela alta frequência 
e barulho causados pelas pessoas em determinados ambientes. A otosclerose costuma afetar 
mais em baixas frequências que em altas e os s sintomas manifestam-se em forma de vertigem 
e tinnitus. 
 Otosclerose do estribo: usualmente, as alterações no osso se espalham no estribo e 
impedem ou diminuem sua movimentação. Isto impede a transmissão da vibração sonora para 
a cóclea. Este tipo de otosclerose é corrigível com cirurgia. 
Otosclerose da cóclea: quando as alterações no osso se espalham pela cóclea afetam as 
células que transformam a energia mecânica do som em energia elétrica que será transmitida 
para o cérebro. 
Avaliação clínica, audiometria tonal, impedanciometria, timpanometria, timpanograma 
e tomografia computadorizada são exames importantes para o diagnóstico da otosclerose, para 
determinar o estágio da perda auditiva e avaliar as possibilidades de tratamento. 
Os aparelhos auditivos podem melhorar muito a audição quando a otosclerose não afeta 
a cóclea. Quando apenas o Estribo é atingido pela calcificação, o paciente pode optar pela 
realização da cirurgia conhecida como Estapedectomia ou Estapedotomia, onde retira-se o 
ossículo calcificado e coloca-se uma prótese (de Teflon ou titânio) que permite a restauração e 
mobilidade desta parte do sistema auditivo. 
Na otosclerose muito avançada, pode não haver resultado satisfatório com o uso de 
aparelhos de audição ou com a estapedotomia. Nestes casos, o paciente pode ser avaliado 
quanto à indicação de um implante coclear. 
 
4. PREBIACUSIA 
A Presbiacusia o processo provocado pelo desgaste fisiológico das células auditivas 
recebe o nome de presbiacusia. Normalmente, esse problema ocorre a partir dos 60 anos. 
A presbiacusia não deve ser interpretada como comprometimento apenas do osso 
temporal, mas também das vias auditivas e do córtex cerebral. Vale lembrar que com o 
envelhecimento o labirinto posterior também é afetado. Há degeneração do plexo nervoso 
sacular e de seu neuroepitélio, com perda de otólitos saculares e, em menor grau, dos otólitos 
utriculares. 
Presbiacusia significa etimologicamente, "audição do idoso", pois é desencadeada com 
o avançar da idade, bem como o envelhecimento do organismo como um todo (hungria, 2000). 
Corso (1977) caracteriza a presbiacusia por uma perda auditiva bilateral para tons de 
alta freqüência, devido a mudanças degenerativas e fisiológicas no sistema auditivo com o 
aumento da idade. 
Bess et al. (2001) apontam a perda neurossensorial encontrada nos idosos como uma 
conseqüência freqüente do processo de envelhecimento, sendo que a deficiência auditiva nesta 
população é uma das três condições crônicas mais prevalentes, ficando atrás somente da artrite 
e da hipertensão. Relataram também que o sistema auditivo em envelhecimento geralmente 
apresenta uma perda na sensibilidade do limiar e uma diminuição na habilidade de compreender 
a fala em intensidade confortável. 
Idosos portadores de presbiacusia experimentam uma diminuição da sensibilidade 
auditiva e uma redução na inteligibilidade de fala em níveis supraliminares, o que vem a 
comprometer seriamente seu processo de comunicação verbal. Russo (1999) descreveu que de 
todas as privações sensoriais a incapacidade de se comunicar com outras pessoas devido à 
deficiência auditiva pode ser uma das conseqüências mais frustrantes para o indivíduo. 
 Gratoon et al propõe índices ainda maiores, relatando que 60% da população com mais 
de 70 anos apresenta perda auditiva neurossensorial de no mínimo 25 dBs. O efeito da idade no 
sistema auditivo caracteristicamente resulta em perda neurossensorial, simétrica, bilateral, 
lentamente progressiva, em freqüências acima de 2000Hz. Mulheres parecem apresentar 
melhores níveis de audição em relação aos homens de mesma faixa etária, e apresentam 
configurações audiométricas mais horizontalizadas que os homens. De início, a conversação 
não está alterada, pois as freqüências da fala (500 a 2000Hz) não estão afetadas. Quando 
começam a estar envolvidas, passa a haver dificuldade na discriminação de consoantes e 
problemas de entendimento da fala, o que pode acarretar rejeição social, isolamento e 
depressão. 
Não existe um consenso com relação à classificação dos tipos de presbiacusia. Vários 
autores já se dispuseram a classificar a doença em questão. Paparella (1977) dividiu os pacientes 
em três grupos: 
 Presbiacúsico: indivíduos com mais de 65 anos de idade sem etiologia definida para a 
perda de audição; 
 Familiar: pessoas com menos de 65anos de idade com história familiar de perda de 
audição; 
 Familiar-presbiacúsico: pessoas com mais de 65 anos de idade, sem causa definida para 
a perda de audição, mas com história familiar de perda de audição. Com essa classificação, 
Paparella tentou demonstrar que a presbiacusia poderia ser resultante de fatores ambientais e 
genéticos. Belal (1975), estudando o processo de envelhecimento normal, notou que o 
envelhecimento patológico envolvia uma pequena porcentagem da população e era 
Schuknecht (1964), classificou a presbiacusia em quatro tipos, baseado na correlação 
entre os achados histopatológicos de ossos temporais de idosos e os achados audiométricos: 
 Presbiacusia Sensorial - É considerado o tipo mais comum: uma perda auditiva 
neurossensorial bilateral e simétrica, que começa na meia idade e determina queda auditiva em 
sons agudos. O zumbido pode ser um fator comum. 
Presbiacusia Neural - É uma perda auditiva progressiva e rápida que deixa os idosos 
com grande dificuldade para entender a fala. Neste caso, acontece uma redução dos chamados 
neurônios cocleares, que pode ser relacionada com dificuldade de coordenação motora e déficits 
cognitivos. 
Presbiacusia Metabólica - Acontece quando há uma perda neurossensorial com uma 
curva plana e a manutenção da discriminação da fala. Quando os limiares auditivos ultrapassam 
50 dB, a discriminação começa a cair. 
Presbiacusia Mecânica (coclear condutiva) - Neste caso, há um problema na coclear 
devido enrijecimento da membrana basilare alteração nas características de ressonância do duto 
da cóclea. 
Se não diagnosticada e tratada corretamente, a presbiacusia pode trazer muito prejuízos 
para os idosos. Com a perda auditiva, é comum que muitas pessoas se isolem do convívio social 
pela incapacidade de comunicação. O isolamento pode trazer uma série de problemas de saúde, 
como depressão. Pesquisas também associam as perdas auditivas não tratadas com o 
desenvolvimento de demências e do Mal de Alzheimer. 
Não há tratamento capaz de restabelecer a audição normal de quem perde a audição com 
o envelhecimento, mas há alternativas que podem fazer com que os idosos mantenham sua 
qualidade de vida sem problemas. Os especialistas costumam avaliar se existem fatores 
externos à audição que podem prejudicá-la, como diabetes, hipertensão arterial e aterosclerose. 
Para se estabelecer o diagnóstico de presbiacusia, deve-se iniciar com uma história 
detalhada da perda auditiva, investigação minuciosa dos hábitos pessoais, condições 
metabólicas, cardiovasculares e imunológicas, exposição ao ruído e ototoxicidade. 
Fatores desencadeantes ou potencializadores da perda auditiva devem ser pesquisados, 
portanto exames laboratoriais gerais sempre devem ser solicitados. Os exames audiométricos 
auxiliam muito no diagnóstico. 
Audiometria tonal revela perda auditiva neurossensorial bilateral, geralmente simétrica, 
mais pronunciada nos agudos. A progressão ocorre a partir dos 55 anos, de forma lenta e 
progressiva, em média de 5 a 6 dB por década. A audiometria vocal permite quantificar melhor 
o valor social da audição. A discriminação vocal pode estar diminuída, discordando dos limiares 
auditivos tonais, pelo processo de regressão fonêmica. Por este motivo deve ser realizada em 
campo livre, com ruído competitivo para melhor avaliação da perda. Sinais de recrutamento 
durante a pesquisa do reflexo do estapédio que confirmariam alteração coclear, podem não estar 
presentes. 
Reflexos normais ou com limiares elevados, indicando comprometimento do tronco 
cerebral, são encontrados com certa freqüência e reforçam a idéia de que todas as regiões do 
sistema auditivo podem contribuir para a geração da perda auditiva no idoso. 
Com relação aos testes objetivos de mensuração da audição, demonstrou-se que os 
exames de potenciais de médias e longas latências podem ser realizados principalmente para 
análise da função cognitiva do idoso, o que muito contribui para o diagnóstico audiológico final. 
Os resultados mais relevantes têm sido encontrados no P300, particularmente na latência 
da onda, que se encontra alargada no idoso em relação ao jovem. O P300 é um bom teste para 
descartar alguma disfunção do sistema nervoso central, particularmente a demência, que possa 
estar interagindo com a perda auditiva periférica. De modo geral, o aumento da latência da onda 
parece estar mais relacionado a atraso no processamento da memória auditiva do que ao déficit 
de percepção auditivo. 
 
CONCLUSÃO 
Este tipo de pesquisa é importante para construir a base teórica dos alunos do curso de 
fonoaudiologia acerca do sistema auditivo. Tal sistema é complexo e conhecer as patologias e 
elaborar uma avaliação audiológica proporciona gera habilidades e competências para o 
aprimoramento da técnica da avaliação audiológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. Hungria H. Otorrinolaringologia. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan; 2000. p. 443-7. 
2. idosos. In: Musiek FE, Rintelmann WF. Perspectivas Atuais em Avaliação Auditiva. São 
Paulo: 1ª ed. 2001. p. 343-69. 
3. Russo ICP. Distúrbios da Audição: A Presbiacusia. In: Russo ICP. Intervenção 
Fonoaudiológica na Terceira Idade. Rio de Janeiro: Ed. Revinter; 1999. p. 51-92. 
4. Russo ICP, Almeida K. O Processo de Reabilitação Audiológica do Deficiente Auditivo 
Idoso. In: Marchesan IQ, Bolaffi C, Gomes ICD, Zorzi JL. Tópicos de Fonoaudiologia. São 
Paulo: Ed Lovise; 1995. p. 430-47. 
5. Bento RF, Miniti A, Marone S. Doenças do Ouvido Interno. In: Tratado de Otologia, 289-
311. 
Sites 
http://otosclerose.org.br/Pages/cirurgia.htm 
https://biosom.com.br/blog/saude/otosclerose/ 
https://portalotorrino.com.br 
https://www.direitodeouvir.com.br/blog/otosclerose 
https://m.hear-it.org/pt/Otosclerose 
https://www.materdei.com.br/cuidados-com-a-saude/guia-de-doencas/otosclerose

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