Prévia do material em texto
IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - Notas de Aula de Cálculo Cálculo Vetorial Bárbara Rodriguez Cristiana Poffal 7 de março de 2016 IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - Universidade Federal do Rio Grande - FURG NOTAS DE AULA DE CÁLCULO Resumo baseado no livro Matemática Avançada para Engenharia: álgebra linear e cálculo vetorial - v. 2 de Dennis Zill e Michael Cullen Instituto de Matemática, Estatística e Física - IMEF 1 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - Sumário 1 Cálculo Vetorial 4 1.1 Funções Vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.2 Limite de uma Função Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.3 Continuidade de uma Função Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.4 Derivada de uma Função Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.4.1 Regras de Derivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.5 Integral de uma Função Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.6 Comprimento de uma Curva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1.7 Velocidade, Direção e Módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.8 Modelando o Movimento de Projéteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.9 Vetor Tangente Unitário T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1.10 Curvatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1.11 Vetor Normal Principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.12 Círculo de Curvatura e Raio de Curvatura . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.13 Vetor Binormal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.14 Derivada Direcional e Vetor Gradiente . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 1.14.1 Propriedades da Derivada Direcional . . . . . . . . . . . . . . 11 1.15 Plano Tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.16 Rotacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.17 Divergente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.18 Funções Hamônicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 1.19 Campo Conservativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 1.20 Integrais de Linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 1.20.1 Conceitos Básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 1.20.2 Integrais de Linha no Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 2 IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - SUMÁRIO 1.20.3 Integral de Linha: Curva definida por uma função explícita . . 15 1.20.4 Forma Compacta para Escrever a Integral de Linha . . . . . . 15 1.20.5 Aplicação da Integral de Linha: Trabalho . . . . . . . . . . . . 16 1.20.6 Circulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 1.20.7 Integrais de Linha: Independência do Caminho . . . . . . . . 16 1.21 Teorema de Green . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 1.22 Integrais de Superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 1.22.1 Integrais de Campos Vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 1.23 Teorema de Stokes . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . 20 1.24 Teorema da Divergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - Capítulo 1 Cálculo Vetorial Neste capítulo estudam-se as funções vetoriais, o cálculo de limites, derivadas e integrais e suas aplicações. 1.1 Funções Vetoriais Quando um corpo se movimenta no espaço, as equações x = f(t), y = g(t), z = h(t) fornecem as coordenadas do corpo na forma de funções do tempo que podem ser usadas como equações paramétricas na modelagem do movimento e da trajetória do corpo. Por meio da notação vetorial, pode-se escrever: −→r (t) = (f(t), g(t), h(t)). Definição 1.1.1. (Trajetória de uma partícula) Quando uma partícula se move pelo plano durante um o intervalo de tempo I, as coordenadas da partícula como funções em I são: x = f(t), y = g(t), z = h(t), t ∈ I. Os pontos (x, y, z) = (f(t), g(t), h(t)), t ∈ I, formam um curva no espaço que é a trajetória da partícula. As equações e o intervalo I parametrizam a curva. A curva no espaço também pode ser representada na forma vetorial. O vetor −→r (t) = −→OP = f(t)−→i + g(t) −→ j + h(t) −→ k a partir da origem até a posição da partícula P (f(t), g(t), h(t)) no instante t é o vetor posição da partícula. As funções f(t), g(t) e h(t) são as componentes do vetor posição. A trajetória da partícula é a curva traçada por −→r durante o intervalo de tempo I. A equação −→r (t) = −→OP = f(t)−→i + g(t)−→j + h(t)−→k define −→r como uma função vetorial da variável t no intervalo I. 4 IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.2. LIMITE DE UMA FUNÇÃO VETORIAL Exemplo 1.1.1. Represente as funções vetoriais: a)−→r1 (x, y) = x−→i b) −→r2 (x, y) = x−→i + y−→j c) −→r3 (t) = (cos(t), sen(t), t) d) −→r4 (t) = (cos(t), sen(t), 4) Exemplo 1.1.2. Obtenha a função vetorial que descreve a curva C de intersecção entre as superfícies indicadas z = x2 + y2, y = x, x = t. Observação 1.1.1. Seja D uma região no espaço e seja −→ f uma função vetorial definida em D. Então em cada ponto P ∈ D, −→f associa um único vetor −→f (P ). A região D, juntamente com os vetores −→ f (P ) constitui um campo vetorial. Diz-se que −→ f (P ) define um campo vetorial sobre D. 1.2 Limite de uma Função Vetorial Se lim t→a f(t), lim t→a g(t) e lim t→a h(t) existem, então lim t→a −→r (t) = ( lim t→a f(t), lim t→a g(t), lim t→a h(t) ) . Exemplo 1.2.1. Considere −→r (t) = ( sen(3t) t , (t− 4)3, 2t ln(t) ) . Calcule lim t→0+ −→r (t). 1.3 Continuidade de uma Função Vetorial Uma função vetorial é contínua em t = a se a) lim t→a −→r (t) existe. b) lim t→a −→r (t) = −→r (a). 1.4 Derivada de uma Função Vetorial A função vetorial −→r (t) = (f(t), g(t), h(t)) é derivável em t, se f , g e h são deriváveis. A derivada de −→r (t) é −→ r′ (t) = d dt −→r (t) = (f ′(t), g′(t), h′(t)). 5 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.4. DERIVADA DE UMA FUNÇÃO VETORIAL Observação 1.4.1. Quando as funções componentes de −→r têm as primeiras deri- vadas contínuas e −→r 6= −→0 , ∀t ∈ (a, b), então −→r é dita uma função suave e a curva C traçada por −→r é chamada de curva suave. Observação 1.4.2. Quando −→ r′ (t) 6= −→0 em um ponto P , então ele é um vetor tangente à curva em P . Exemplo 1.4.1. Determine −−→ r′(t) e −−→ r′′(t) para a função vetorial −→r (t) = (t cos(t),−sen(t), t+ cos(t)). Exemplo 1.4.2. Determine as equações paramétricas da reta tangente à curva −→r (t) = (t3 − t, 6t t+ 1 , (2t+ 1)2) em t = 1. 1.4.1 Regras de Derivação Considere −→r1 e −→r2 funções vetoriais diferenciáveis e u(t) uma função escalar diferenciável. Valem as seguintes regras de derivação. 1) Regra da Soma: d dt [−→r1 (t) +−→r2 (t)] = −→ r′1 (t) + −→ r′2 (t) 2) Regra do Produto por uma Função Escalar: d dt [u(t)−→r1 (t)] = u(t) · −→ r′1 (t) + u ′(t) · −→r1 (t) 3) Regra do Produto de Funções Vetoriais: d dt [−→r1 (t) · −→r2 (t)] = −→r1 (t) · −→ r′2 (t) + −→ r′1 (t) · −→r2 (t) 4) Regra do Produto Vetorial de Funções Vetoriais: d dt [−→r1 (t)×−→r2 (t)] = −→r1 (t)× −→ r′2 (t) + −→ r′1 (t)×−→r2 (t). Exemplo 1.4.3. Mostre que −→r (t) = (sen(t), cos(t),√3) tem comprimento cons- tante e é ortogonal à sua derivada.6 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.5. INTEGRAL DE UMA FUNÇÃO VETORIAL 1.5 Integral de uma Função Vetorial A integral indefinida de −→r em relação a t é o conjunto de todas as primitivas de −→r , denotada por ∫ −→r (t)dt. Se −→R for uma primitiva qualquer de −→r (t), então ∫ −→r (t)dt = −→R +−→C . Exemplo 1.5.1. Calcule a integral de: a) −→r (t) = (cos(t), 1,−2t) b) −→r (t) = (cos(t),−1, 3t) para t ∈ [0, pi 2 ]. 1.6 Comprimento de uma Curva Se −→r (t) = (f(t), g(t), h(t)) for uma função suave, então o comprimento da curva suave traçada por −→r é dada por: s = ∫ b a √ [f ′(t)]2 + [g′(t)]2 + [h′(t)]2dt ou s = ∫ b a ‖−→r (t)‖dt. Exemplo 1.6.1. Considere a hélice −→r (t) = (2 cos(t), 2sen(t), t), t > 0. a) Calcule −→ r′ (t). b) Determine o comprimento s da curva de −→r (0) até um ponto arbitrário −→r (t). c) Escreva a equação vetorial da hélice em função de s (o comprimento da curva). d) Calcule ‖−→r′ (s)‖. Exemplo 1.6.2. Um planador está voando para cima ao longo da hélice −→r (t) = (cos(t), sen(t), t). Qual é a distância percorrida pelo planador ao longo sua trajetória de t = 0 até t = 2pi? Observação 1.6.1. Se uma curva −→r (t) for dada em termos de algum parâmetro t e se s(t) for uma função do comprimento de arco, então talvez seja possível determinar t como função de s: t = t(s). Então a curva pode ser parametrizada em termos de s: −→r = −→r (t(s)). 7 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.7. VELOCIDADE, DIREÇÃO E MÓDULO 1.7 Velocidade, Direção e Módulo Se −→r (t) é o vetor posição de uma partícula que se move ao longo de uma curva suave no plano, então −→v (t) = −→r′ (t) é o vetor velocidade da partícula, tangente à curva. Em qualquer instante t, a direção de −→v é a direção do movimento. O módulo da velocidade −→v é denotado por ‖−→v ‖. A aceleração é a derivada da velocidade −→a (t) = −→v′ (t) = −→r′′(t). O vetor −→v ‖−→v ‖ é a direção do movimento no instante t. Exemplo 1.7.1. Uma pessoa em uma asa delta está espiralando para cima de- vido ao ar ascendente muito veloz e uma trajetória com vetor posição −→r (t) = (3 cos(t), 3sen(t), t2), para 0 ≤ t ≤ 4pi. Determine: a) os vetores velocidade e aceleração; b) o módulo da velocidade da asa delta em qualquer instante; c) os instantes, se houver, em que a aceleração é ortogonal à velocidade. Exercício 1.7.1. O vetor aceleração −→a (t) = (−3 cos(t),−3sen(t), 2). Em t = 0, o objeto partiu do ponto (3, 0, 0) com velocidade −→v (0) = (0, 3, 0). Determine a posição do objeto em função do tempo t. 1.8 Modelando o Movimento de Projéteis Para modelar o movimento do projétil, assume-se que o projétil se com- porta como uma partícula que se move em um plano coordenado vertical e que a única força que atua sobre o projétil durante sua trajetória no ar seja a força cons- tante da gravidade, sempre apontando diretamente para baixo. Assumimos que o projétil é lançado a partir da origem em t = 0 no primeiro quadrante com velocidade inicial −→v0 . Se −→v0 fizer um ângulo α com a horizontal, então: −→v0 = (‖−→v0‖ cos(α))−→i + (‖−→v0‖sen(α))−→j . 8 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.9. VETOR TANGENTE UNITÁRIO T A equação vetorial para o movimento ideal do projétil é −→r (t) = (v0 cos(α))t−→i + (−gt 2 2 + v0tsen(α)) −→ j . Exemplo 1.8.1. Um projétil é disparado da origem sobre uma superfície horizontal com módulo da velocidade inicial de 500m/s e com ângulo de lançamento de 60◦. a) Escreva a equação que representa a trajetória do projétil. b) Calcule a posição do projétil após 10s. Exercício 1.8.1. Considerando a dedução da equação vetorial para o movimento ideal do projétil, obtenha: a) a altura máxima alcançada pelo projétil; b) o tempo até atingir o chão; c) o alcance do projétil. 1.9 Vetor Tangente Unitário T O vetor velocidade −→v = d −→r dt é tangente à curva e o vetor −→ T = −→v ‖−→v ‖ é o vetor tangente unitário à curva suave. Exemplo 1.9.1. Determine o vetor tangente unitário −→ T da curva−→r (t) = (3 cos(t), 3sen(t), t2). 1.10 Curvatura Corresponde à taxa com a qual o vetor unitário −→ T muda de direção em relação ao comprimento de arco com um indicador da curvatura de uma curva suave C. Definição1.10.1. Se −→ T é o vetor unitário de uma curva suave, a função curvatura da curva é κ = |d −→ T ds | ou 9 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - IM E F - F U R G - 1.11. VETOR NORMAL PRINCIPAL κ = 1 ‖−→v ‖‖ d −→ T dt ‖, onde −→ T é o vetor tangente unitário. Exemplo 1.10.1. Determine a curvatura de um círculo de raio a. 1.11 Vetor Normal Principal Definição 1.11.1. Se −→r (t) é uma curva suave, então a normal unitária principal é −→ N = d −→ T dt ‖d −→ T dt ‖ , onde −→ T é o vetor tangente unitário. Observação 1.11.1. O vetor normal principal aponta para o lado côncavo da curva. Exemplo 1.11.1. Determine os vetores tangente unitário e o normal principal para −→r (t) = (cos(2t), sen(2t)). 1.12 Círculo de Curvatura e Raio de Curvatura Definição 1.12.1. O raio de curvatura em um ponto P em uma curva C é o raio do círculo que se ajusta à curva melhor que qualquer outro círculo. O círculo em P é chamado de círculo de curvatura e o seu centro é o centro de curvatura. O raio de curvatura é ρ = 1 κ . Observação 1.12.1. O círculo de curvatura tem a mesma reta tangente em P que a curva C e o seu centro se localiza no lado côncavo da curva. Exemplo 1.12.1. Determine e trace o gráfico do círculo osculador da parábola y = x2 na origem. 1.13 Vetor Binormal Definição 1.13.1. O vetor −→ B = −→ T ×−→N é chamado de binormal. Exemplo 1.13.1. Determine −→ B para −→r (t) = (3sen(t), 3 cos(t), 4t). 10 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.14. DERIVADA DIRECIONAL E VETOR GRADIENTE 1.14 Derivada Direcional e Vetor Gradiente Definição 1.14.1. O vetor gradiente de f(x, y) no ponto P0 = (x0, y0) é o vetor −→∇f = ∂f ∂x −→ i + ∂f ∂y −→ j obtido por meio do cálculo das derivadas parciais de f em P0. Exemplo 1.14.1. Determine o gradiente de f(x, y) = xey + cos(xy) no ponto A = (2, 0). Teorema 1.14.1. A derivada direcionalD−→u f de f na direção do vetor−→u é calculada por D−→u f = −→∇f · −→u . 1.14.1 Propriedades da Derivada Direcional A derivada direcional de f na direção do vetor −→u pode ser calculada como D−→u f = −→∇f · −→u = ‖−→∇f‖ cos(θ). 1) f aumenta mais rapidamente quando cos θ = 1 ou quando −→u está direção do gradiente de f e tem o mesmo sentido de −→∇f . Neste caso, D−→u f = ‖ −→∇f‖. 2) f decresce mais rapidamente no sentido oposto do −→∇f . Neste caso, D−→u f = −‖−→∇f‖. 3) Qualquer direção −→u ortogonal ao gradiente −→∇f 6= −→0 é uma direção de variação zero em f porque que θ é, então igual a pi 2 e D−→u f = 0. Exemplo 1.14.2. Determine as direções nas quais f(x, y) = x2 2 + y2 2 a) cresce mais rapidamente no ponto A = (1, 1); b) decresce mais rapidamente em (1, 1); c) possui variação zero de f em (1, 1). Observação 1.14.1. Se S é a superfície de nível de equação f(x, y, z) = k que contém P0, então −→∇f(P0) é normal a S em P0, ou seja, −→∇f(P0) é perpendicular a qualquer vetor tangente a S no ponto P0. 11 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.15. PLANO TANGENTE Exemplo 1.14.3. Determine a taxa de variação de f(x, y, z) = xyz + e2x+y em P0 = (−1, 2, 1) na direção do vetor −→u = (1, 1, √ 2). 1.15 Plano Tangente Definição 1.15.1. O plano tangente no ponto P0 = (x0, y0, z0) na superfície de nível f(x, y, z) = c de uma função diferenciável f é o plano que passa por P0 e é normal a −→∇f(P0). Definição 1.15.2. A reta normal à suoerfície em P0 é a reta que passa por P0 e é paralela a −→∇f(P0). Exemplo 1.15.1. Determine o plano tangente e a reta normal à superfície f(x, y, z) = x2 + y2 + z − 9 = 0 no ponto P0 = (1, 2, 4). 1.16 Rotacional Definição 1.16.1. O rotacional de um campo vetorial −→ F = (P,Q,R) é o campo vetorial ∇×−→F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z P Q R ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ . 1.17 Divergente Definição 1.17.1. O divergente de um campo vetorial −→ F = (P,Q,R) é a função escalar div −→ F = ∂P ∂x + ∂Q ∂y + ∂R ∂z . Notação: ∇ · −→F Exemplo 1.17.1. Determine o rotacional e o divergente do campo vetorial −→ F = (x2sen(yz), z cos(xz3), ye5xy). Exemplo 1.17.2.Um fluido escoa em movimento uniforme com velocidade −→v = x −→ j . Verifique que todas as partículas se deslocam em linha reta e que o campo de velocidade dado representa um escoamento incompressível. 12 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.18. FUNÇÕES HAMÔNICAS 1.18 Funções Hamônicas Quando uma função escalar f(x, y, z) tem derivadas de segunda ordem contínuas e divgradf = 0 em um domínio é chamada de função harmônica neste domínio. Isto é, ∇2f = 0 significa que f é uma função harmônica. Exemplo 1.18.1. Verifique se f(x, y, z) = x2y + ey − z é harmônica. 1.19 Campo Conservativo Definição 1.19.1. Seja −→ F um campo vetorial em um domínio U . Se f = f(x, y, z) é uma função diferenciável em U tal que −→ F = ∇f diz-se que −→ F é um campo conservativo ou campo gradiente e a função f é chamada de função potencial de −→ F em U . Teorema 1.19.1. Seja −→ F = (f1, f2, f3) um campo vetorial contínuo em um domínio U com derivadas parciais de primeira ordem contínuas em U . Se −→ F admite uma função potencial f , então −→∇ ×−→F = −→0 . Exemplo 1.19.1. Verifique se o campo vetorial −→ F = (yz+ 2, xz+ 1, xy+ 2z) é um campo gradiente em R3. Em caso afirmativo, determine a função potencial f . Exercício 1.19.1. Verifique se o campo vetorial −→ F = (1 + ysen(x), 1 − cos(x)) é conservativo. Em caso afirmativo, determine a função potencial. 1.20 Integrais de Linha 1.20.1 Conceitos Básicos Considere uma curva parametrizada C : x = f(t), y = g(t), a ≤ t ≤ b. Sejam os pontos A = (f(a), g(b)) e B = (f(b), g(b)). Definição 1.20.1. (Curva suave) C é uma curva suave se f ′ e g′ são contínuas em [a, b] e não simultaneamente nulas em (a, b). 13 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.20. INTEGRAIS DE LINHA Definição 1.20.2. (Curva suave por partes) C é uma curva suave por partes for uma união de curvas suaves: C = C1 ∪ C2 ∪ · · · ∪ Cn. Definição 1.20.3. (Curva fechada Se A = B, então a curva é dita fechada. Definição 1.20.4. (Curva fechada simples) Se C for uma curva fechada que não cruza por cima de si própria. Observação 1.20.1. Se C não for uma curva fechada, então a direção positiva em C é a direção correspondente ao crescimento dos valores de t. 1.20.2 Integrais de Linha no Plano Seja G uma função de duas variáveis x e y definida em uma região do plano que contenha uma curva suave C. i) A integral de linha de G ao longo de C a partir de A para B em relação a x é I = ∮ C G(x, y)dx = ∫ b a G(f(t), g(t))f ′(t)dt. ii) A integral de linha de G ao longo de C a partir de A para B em relação a y é I = ∮ C G(x, y)dy = ∫ b a G(f(t), g(t))g′(t)dt. iii) A integral de linha de G ao longo de C a partir de A para B em relação ao comprimento de arco é I = ∮ C G(x, y)ds = ∫ b a G(f(t), g(t)) √ [f ′(t)]2 + [g′(t)]2dt. Exemplo 1.20.1. Considerando C uma semicircunferência centrada na origem com raio 3, calcule: a) I1 = ∮ C (x+ 2y)dx b) I2 = ∮ C (x+ 2y)dy c) I3 = ∮ C (x+ 2y)ds 14 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.20. INTEGRAIS DE LINHA 1.20.3 Integral de Linha: Curva definida por uma função ex- plícita Se uma curva C for definida por uma função explícita y = f(x), a ≤ x ≤ b, usa-se x como parâmetro. Assim dy = f ′(x)dx e ds = √ 1 + [f ′(x)]2dx. Portanto, ∮ C G(x, y)dx = ∫ b a G(x, f(x))dx ∮ C G(x, y)dy = ∫ b a G(x, f(x))f ′(x)dx ∮ C G(x, y)ds = ∫ b a G(x, f(x)) √ 1 + [f ′(x)]2dx. Observação 1.20.2. Uma integral de linha ao longo de uma curva suave por par- tes é definida como a soma das integrais sobr diversas curvas suaves cuja união compreende C. Por exemplo, se C = C1 ∪ C2, então ∫ C G(x, y)ds = ∫ C1 G(x, y)ds+ ∫ C2 G(x, y)ds. Observação 1.20.3. Notação: ∫ C P (x, y)dx+ ∫ C Q(x, y)dy = ∫ C Pdx+Qdy. Uma integral de linha ao longo de uma curva fechada C é frequentemente representada por ∮ C Pdx+Qdy. Exemplo 1.20.2. Calcule ∫ C xydx+ x2dy, onde C : y = x2, 0 ≤ x ≤ 4. Exemplo 1.20.3. Calcule ∮ C 3xyds, sendo C o triângulo de vértices A = (0, 0), B = (1, 0) e C = (1, 2) no sentido anti-horário. 1.20.4 Forma Compacta para Escrever a Integral de Linha Suponha −→ F (x,y) = (P,Q) definida ao longo de uma curva C : x = f(t), y = g(t), a ≤ t ≤ b, então −→r (t) = (f(t), g(t)) é o vetor posição dos pontos de C. A derivada de −→r (t) é d −→r dt = (f ′(t), g′(t)) e a diferencial d−→r = (dx, dy). Como −→ F · d−→r = Pdx+Qdy, pode-se escrever∫ C Pdx+Qdy = ∫ C −→ F · d−→r . 15 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.20. INTEGRAIS DE LINHA Analogamente para uma curva espacial∫ C P (x, y, z)dx+Q(x, y, z)dy +R(x, y, z)dz = ∫ C −→ F · d−→r , onde −→ F = (P,Q,R) e d−→r = (dx, dy, dz). 1.20.5 Aplicação da Integral de Linha: Trabalho O trabalho W feito por uma força −→ F causando um deslocamento em linha reta −→ d de um objeto é W = −→ F · −→d . O trabalho W realizado ao longo de uma curva C é W = ∫ C −→ F · d−→r . Exemplo 1.20.4. Determine o trabalho realizado pela força −→ F = (y, x) atuando ao longo de y = ln(x) de (1, 0) até (e, 1). 1.20.6 Circulação Uma integral de linha de um campo vetorial em torno de uma curva fechada simples C é chamada de circulação de −→ F em torno de C, isto é, ∮ C −→ F · d−→r . Exemplo 1.20.5. Calcule ∮ C (x2+y2)dx−2xydy na curva fechada C : x = 2 cos(θ); y = 2sen(θ) para 0 ≤ θ ≤ pi. Exercício 1.20.1. Exercícios sugeridos da seção 3.8: 1, 2, 3, 5, 17, 23, 29 e 35. 1.20.7 Integrais de Linha: Independência do Caminho Teorema 1.20.1. (Teorema Fundamental para Integrais de Linha) Suponha que exista uma função f(x, y) tal que df = Pdx + Qdy, isto é, ∂P ∂y = ∂Q ∂x , então depende apenas dos pontos extremos A e B e∫ C Pdx+Qdy = f(B)− f(A). Observação 1.20.4. Se P , Q e R têm derivadas parciais primeiras contínuas em uma região aberta e conexa do espaço, então ∫ C Pdx + Qdy + Rdz é independente do caminho se e só se ∂P ∂y = ∂Q ∂x , ∂P ∂z = ∂R ∂x e ∂Q ∂z = ∂R ∂y . 16 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.21. TEOREMA DE GREEN Observação 1.20.5. Campo vetorial conservativo 1) Sendo −→ F = (P,Q) é um campo vetorial e P = ∂φ ∂x e Q = ∂φ ∂y , ou seja, −→ F = ∇φ. Então −→ F é um campo gradiente e f é a função potencial para −→ F . 2) Se −→ F = ∇φ, então −→F é um campo conservativo. Se −→F = (x, y, z) e −→∇×−→F = −→0 , então −→ F é campo conservativo. 3) A integral de linha de −→ F = ∇φ é independente do caminho de integração. 4) A integral de linha de um campo conservativo ao longo de uma curva fechada é zero. Exemplo 1.20.6. Calcule I = ∫ C −→ F · d−→r , onde −→F = (yz + 2, xz + 1, xy + 2z) ao longo de qualquer caminho que une A = (0, 0, 1) e B = (1, 2, 1). Exemplo 1.20.7. Sendo −→ F = (sen(x),−2yz,−y2), calcule I = ∫ C −→ F · d−→r ao longo de qualquer caminho que une A = (0, 2, 0) e B = (2, 2, 4). Exemplo 1.20.8. Determine I = ∫ C −→ F · d−→r , sendo −→F = (ex+y + 1, ex+y), e C qualque caminho de A = (1, 0) e B = (1, 1). Exercício 1.20.2. Mostre as integrais são independentes do caminho. Calcule o resultado. a) I1 = ∫ (2,2) (0,0) x2dx+ y2dy b) I2 = ∫ (2,4,8) (1,1,1) yzdx+ xzdy + xydz Exercício 1.20.3. Calcule I = ∫ C −→ F · d−→r , sabendo que −→F = (y − yzsen(x), x + z cos(x), y cos(x)) e −→r (t) = (2t, (1 + cos(t))2, 4sen3(t)), 0 ≤ t ≤ pi 2 . Exercício 1.20.4. Exercícios sugeridos da seção 3.9: ímpares até o 18. 1.21 Teorema de Green O Teorema de Green expressa uma integral curvilínea ao longo de uma curva fechada no plano como uma integral dupla sobre uma região limitada pela curva. 17 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.21. TEOREMA DE GREEN Teorema 1.21.1. Sejam C uma curva fechada simples, suave por partes, orientada no sentido anti-horário, e R uma região fechada delimitada por C. Se −→ F = (P,Q) é um campo vetorial contínuo com derivadas parciais de primeira ordem contínuas em um domínio D que contém R, então∮ C Pdx+Qdy = ∫ ∫ R ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dxdy. Exemplo 1.21.1. Use o teorema de Green para calcular ∮ C y2dx+ 2x2dy, sendo C o triângulo de vértices O = (0, 0), A = (1, 2) e B = (0, 2) no sentido anti-horário. Exemplo 1.21.2. Calcule I = ∫ C −→ F ·d−→r ao longo da circunferência x2+(y−1)2 = 1, no sentido horário, sendo −→ F = (4x2 − 9y, 9xy +√y2 +1). Exemplo 1.21.3. Calcule o fluxo exterior do campo −→ F = (y2, x) através do qua- drado limitado pelas retas x = ±1 e y = ±1, usando o teorema de Green. Exercício 1.21.1. Verifique o teorema de Green para o campo −→ F (x, y) = (x−y, x) e a região R limitada pela circunferência unitária C : −→r (t) = (cos(t), sen(t)), 0 ≤ t ≤ 2pi. Exercício 1.21.2. Utilize o teorema de Green para calcular ∮ C ( √ ydx+ √ xdy) onde C é o contorno formado pelas retas y = 0, x = 1 e a parábola y = x2 no sentido anti-horário. Observação 1.21.1. Uma aplicação da direção reversa do teorema de Green está no cálculo de áreas. Como a área de uma rgião D é ∫ ∫ D dA, deseja-se escolher P e Q de modo que ∂Q ∂x − ∂P ∂y = 1. Existem as possibilidades: 1) Se P (x, y) = 0, Q(x, y) = x, então A = ∮ C xdy. 2) Se P (x, y) = 0, Q(x, y) = −y, então A = − ∮ C ydx. 3) Se P (x, y) = −1 2 y,Q(x, y) = 1 2 x, então A = 1 2 ∮ C xdy − ydx. Exemplo 1.21.4. Calcule a área delimitada pela elipse x2 4 + y2 9 = 1. Exemplo 1.21.5. Calcule a área do círculo −→r (t) = (a cos(t), asen(t)), 0 ≤ t ≤ 2pi. Exercício 1.21.3. Exercícios sugeridos da seção 3.12: 2, 4, 5, 7, 9 e 13. 18 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.22. INTEGRAIS DE SUPERFÍCIE 1.22 Integrais de Superfície Definição 1.22.1. Seja f uma função na qual as derivadas parciais primeiras fx e fy sejam contínuas em uma região fechada R, então a área da superfície sobre R é dada por A(S) = ∫ ∫ R √ 1 + f 2x + f 2 ydA. A função dS = √ 1 + f 2x + f 2 ydA é chamada de diferencial de superfície. Exemplo 1.22.1. Determine a área da superfície da parte do plano 2x+3y+4z = 12 que é limitada pelos planos coordenados no primeiro octante. Exercício 1.22.1. Determine a área da parte do parabolóide z = x2 + y2 que está abaixo do plano z = 9. Exercício 1.22.2. Calcule a área da calota cortada pelo hemisfério x2+y2+z2 = 2, z ≥ 0 pelo cilindro x2 + y2 = 1. Exemplo 1.22.2. Calcule ∫ ∫ S G(x, y, z)dS, sabendo que G(x, y, z) = x e S é a porção do cilindro z = 2− x2 no primeiro octante limitada por x = 0, y = 0, y = 4 e z = 0. Exemplo 1.22.3. Calcule ∫ ∫ S ydS, onde S é a superfície z = x+ y2 , 0 ≤ x ≤ 1 e 0 ≤ y ≤ 2. 1.22.1 Integrais de Campos Vetoriais Se −→ F (x, y, z) = (P (x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)) for o campo de veloci- dade de um fluido, então o volume do fluido escoando através de um elemento de área de superfície ∆S por unidade de comprimento é aproximado por: (altura) · (área da base)=(−→F · −→n )∆S, onde −→n é o vetor unitário normal à superfície. O volume total de um fluido passando através de S por unidade de tempo é chamado de fluxo de −→ F através de S, sendo dado por fluxo= ∫ ∫ S ( −→ f · −→n )dS. 19 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.23. TEOREMA DE STOKES Exemplo 1.22.4. Seja S a superfície exterior do parabolóide −→r = (x, y, x2 + y2), (x, y) ∈ R, onde R = {(x, y)‖x2 + y2 ≤ 4}. Determine ∫ ∫ S ( −→ f · −→n )dS, onde −→f é o campo vetorial definido por −→ f = (3x, 3y,−3z). Exemplo 1.22.5. Calcule ∫ ∫ S ( −→ f ·−→n )dS, onde −→f = (x, y, z) e S é a parte do plano 2x + 3y + 4z = 12 cortada por x = 0, y = 0, x = 1 e y = 2 e −→n a normal com componente z não negativa. Exemplo 1.22.6. Determine o fluxo do campo vetorial −→ f = (x, y, z) através da esfera x2 + y2 + z2 = 1. Exercício 1.22.3. Exercícios sugeridos da seção 3.13: 1, 3, 5, 8, 15, 17 e 25. 1.23 Teorema de Stokes Teorema 1.23.1. (Teorema de Stokes) Seja S uma superfície orientável suave por partes limitada por uma curva fechada simples e suave por partes C. Seja −→ F = (P,Q,R) um campo vetorial para o qual P , Q e R são contínuas e têm derivadas parciais primeiras contínuas em uma região tridimensional contendo S. Se C for atravessada na direção positiva, então∮ C −→ F · d−→r = ∫ ∫ ( −→∇ ×−→F ) · −→n dS, onde −→n é uma normal unitária a S na direção da orientação de S. Exemplo 1.23.1. Verifique o teorema de Stokes. Considere que a superfície S esteja orientada para cima −→ F = (5y,−5x, 3) e S é a porção do plano z = 1 dentro do cilindro x2 + y2 = 4. Exemplo 1.23.2. Utilize o teorema de Stokes para calcular I = ∫ y2dx+z2dy+x2dz, onde C é o contorno da parte do plano x+ y + z = 4, que está no primeiro octante no sentido anti-horário. Exemplo 1.23.3. Calcule ∫ ∫ S ( −→∇×−→g ) ·−→n dS, sendo −→g = (xy2, x, z3) e S qualquer superfície suave delimitada pela curva −→r (t) = (2 cos(t), 3sen(t), 1), 0 ≤ t ≤ 2pi, com a normal apontando para cima. Exemplo 1.23.4. Calcule ∫ C sen(z)dx− cos(x)dy+ sen(z)dz, onde C é o perímetro do retângulo 0 ≤ x ≤ pi,0 ≤ y ≤ 1, z = 3 no sentido horário. 20 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G -IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.23. TEOREMA DE STOKES Exemplo 1.23.5. Calcule ∮ C −→ F · d−→r , onde −→F = (−y2, x, z2) e C é a curva da intersecção do plano y + z = 2 com o cilindro x2 + y2 = 1. (Oriente C para ter o sentido anti-horário quando visto de cima.) Exemplo 1.23.6. Use o teorema de Stokes para calcular ∫ ∫ rot −→ F · dS, onde −→F = (yz, xz, xy) e S é a parte da esfera x2 + y2 + z2 = 4 que está dentro do cilindro x2 + y2 = 1 e acima do plano xy. Exercício 1.23.1. Use o teorema de Stokes para calcular ∫ C −→ f d−→r , para C orientada em sentido anti-horário, sabendo que −→ f (x, y, z) = (x + y2, y + z2, z + x2) e C é o triângulo de vértices A = (1, 0, 0), B = (0, 1, 0) e C = (0, 0, 1). Exercício 1.23.2. Seja S a parte do gráfico de z = 9− x2 − y2, z ≥ 0 com normal exterior. Determine I = ∫ ∫ S ( −→∇ ×−→g ) · −→n dS, sendo −→g = (3z, 4x, 2y). Exercício 1.23.3. Use o teorema de Stokes para calcular ∫ C −→ f · d−→r . Considere −→ f (x, y, z) = (yz, 2xz, exy) e C como sendo a circunferência x2 + y2 = 16 e z = 5. Exercício 1.23.4. Calcule ∮ C [(x2 + 2y3)dx + xy2dy + 3 √ z2 + 1dz], sendo C a cir- cunferência x = a cos(t), y = asen(t), z = 2, 0 ≤ t ≤ 2pi. Exercício 1.23.5. Utilize o teorema de Stokes para calcular as integrais de linha: a) I = ∮ C (y2dx+ x2dz), onde C é o contorno da parte do plano 2x+ y+ z = 4 que está no primeiro octante, no sentido anti-horário. b) I = ∮ C [(y+2z)dx+(2z+x)dy+(x+y)dz], onde C é a intersecção das superfícies x2 + y2 + z2 = a2 e x = a 2 . Considere os dois sentidos de percurso. c) I = ∮ C [xdx + ydy + z2dz], onde C é o perímetro do retângulo 0 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ y ≤ 4, z = 4 no sentido anti-horário. d) I = ∮ C [ex 2 dx+ (x+ z)dy + (2x− z)dz], onde C é o contorno da parte do plano x+ 2y + z = 4 que está no primeiro octante, no sentido anti-horário. e) I = ∮ C ~fd~r, onde ~f = (y3 cos(xz), 2x2+z2, y(x−z)) e C é o retângulo 0 ≤ x ≤ 4, 0 ≤ z ≤ 1, no plano y = 2. Considere os dois sentidos de percurso. f) I = ∮ C [ydx + (y + 2z + x)dy + (x + 2y)dz], onde C é a intersecção do cilindro x2 + y2 = 1 com o plano z = y, orientado no sentido anti-horário. 21 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.24. TEOREMA DA DIVERGÊNCIA g) I = ∮ C [(y − x)dx + (x − z)dy + (x − y)dz], onde C é o retângulo de vértices (0, 0, 5), (0, 2, 5), (−1, 0, 5) e (−1, 2, 5) no sentido horário. h)I = ∮ C ~fd~r, onde ~f = (ex2 + 2y, ey2 + x, ez2) e C é elipse x = cos(t), y = 2sen(t), z = 2 para 0 ≤ t ≤ 2pi. i) I = ∮ C [(x2+2y3)dx+(xy2)dy+ 3 √ z2 + 1dz], onde C é circunferência x = a cos(t), y = asen(t), z = 2 para 0 ≤ t ≤ 2pi. Exercício 1.23.6. Seja S a parte do gráfico z = 16 − x2 − y2, z ≥ 0 com normal exterior. Determine I = ∫ ∫ S rot~g · ~ndS, sendo ~g = (2y, y + z, z). Exercício 1.23.7. Calcule I = ∫ ∫ S rot~g · ~ndS, sendo ~g = (xy2, x, z3) e S qualquer superfície suave delimitada pela curva ~r(t) = (2 cos(t), 3sen(t), 1), para 0 ≤ t ≤ 2pi. Respostas 1.24.5 a)−16 b)3a 2pi 4 c)0 d)−16 e)±(sen(4)− 4) f)pi g)0 h) −2pi i)−5pia 4 4 1.24.6 −32pi 1.24.7 6pi 1.24 Teorema da Divergência Teorema 1.24.1. (Teorema da Divergência) Seja D um sólido no espaço limi- tado por uma superfície orientável S. Se −→n é a normal unitária exterior a S e se −→ f (x, y, z) = (P,Q,R) é uma função vetorial contínua que possui derivadas parciais de primeira ordem contínuas em um domínio que contém D, então∫ ∫ S −→ f · −→n dS = ∫ ∫ ∫ D div( −→ f )dV . ou ∫ ∫ S [Pdydz +Qdzdx+Rdxdy] = ∫ ∫ ∫ D [ ∂P ∂x + ∂Q ∂y + ∂R ∂z ] dxdydz. Exemplo 1.24.1. Determine o fluxo do campo vetorial −→ f = (z, y, x) sobre a esfera x2 + y2 + z2 = a2. 22 Notas de aula de Cálculo - FURG IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - IM E F - FU R G - 1.24. TEOREMA DA DIVERGÊNCIA Exemplo 1.24.2. Calcule I = ∫ ∫ S −→ f · −→n dS, onde −→f = (xy, y2 + exz2 , sen(xy)) e S é a superfície da região E limitada pelo cilindro parabólico z = 1 − x2 e pelos planos z = 0, y = 0 e y + z = 2. Exemplo 1.24.3. Utilizando o teorema da Divergência, calcule o fluxo de −→ f = (exsen(y), ex cos(y), yz2) através da superfície da caixa delimitada pelos planos x = 0, x = 1, y = 0, y = 1, z = 0 e z = 2. Exemplo 1.24.4. Determine o valor de ∫ ∫ S [xdydz + ydzdx+ zdxdy], onde S é a superfície da região delimitada pelo cilindro x2 +y2 = 9 e pelos planos z = 0 e z = 3 usando o teorema da divergência. Exemplo 1.24.5. Use o teorema da divergência para calcular a integral de superfície I = ∫ ∫ S −→ f · d−→S , ou seja, calcule o fluxo através de S. a) −→ f = (xysen(z), cos(xz), y cos(z)), S é o elipsóide x2 a2 + y2 b2 + z2 c2 = 1. b) −→ f = (cos(z) + xy2, xe−z, sen(y) + x2z), S é a superfície do sólido limitado pelo parabolóide z = x2 + y2 e o plano z = 4. Exercício 1.24.1. Prove cada identidade, admitindo que S e E satisfaçam às condi- ções do Teorema de Gausse que as funções escalares componentes do campo vetorial tenham derivadas parciais de segunda ordem contínuas. a) ∫ ∫ S −→a · −→n dS = 0, onde −→a é um vetor constante. b) V (E) = 1 3 ∫ ∫ S −→ f · −→n d−→S , onde −→f = (x, y, z). Exercício 1.24.2. Verifique o teorema da divergência é verdadeiro para o campo vetorial −→ f = (x2, xy, z) na região que é delimitada pelo parabolóide de z = 4−x2−y2 e pelo plano xy. Exercício 1.24.3. Use o teorema da divergência para calcular o fluxo de saída do campo −→ f (x, y, z) = (2x, 3y, z2) através do cubo de lado unitário que é determinado pelos vetores −→ i , −→ j e −→ k . Exercício 1.24.4. Exercícios sugeridos da seção 3.16: 5, 6, 8, 11, 12 e 13. 23 Notas de aula de Cálculo - FURG