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Conservação de Alimentos Tecnologia de Alimentos - Profª Adriana Marques Conservação dos alimentos Os alimentos são constituídos por tecidos vivos e assim estão sujeitos a reações bioquímicas, biológicas e físicas. O que se busca na tecnologia de alimentos é retardar/suprimir estas reações, preservando o máximo possível a qualidade do alimento. CAUSAS DAS ALTERAÇÕES EM ALIMENTOS Crescimento e atividade de microrganismos Ação das enzimas presentes no alimento Reações químicas não-enzimáticas Alterações provocadas por seres superiores como insetos e roedores Ação física e mecânica (frio, calor, desidratação, etc.). Conservação dos alimentos Fatores interferentes na conservação de alimentos Fatores intrínsecos Aa – atividade de água pH Potencial de oxi-redução Fatores extrínsecos Temperatura do ambiente Umidade relativa (UR) Luz Atmosfera Processos para conservação dos alimentos Processos Físicos : • Limpeza da matéria-prima • Uso do calor Conservação de alimentos - Objetivos Eliminar parcial ou totalmente os agentes deteriorantes, que podem ser de natureza química, física ou microbiológica, através de alterações das condições ótimas de sua atuação e/ou crescimento. Entre eles temos: Processos físicos Processos químicos Processos biológicos Remoção de microrganismos ou objetos por meio físico Procedimentos que podem reduzir a necessidade do emprego de tratamentos térmicos mais severos durante o processamento. lavagem, remoção de partes deterioradas, filtração, centrifugação e Sedimentação. Limpeza por via seca Tamisação Peneração Mimetização Limpeza por via úmida Flotação Aspersão Fatores que influenciam o tratamento térmico Qualidade e quantidade de microrganismos a destruir pH do produto Velocidade de penetração do calor da periferia até o centro da embalagem Temperatura inicial do produto Sistema de aquecimento e resfriamento Aquecimento com sistema giratório Conservação pelo uso do calor Influência do pH Conservação pelo uso do calor A transmissão de calor pode ser de 4 maneiras: através da água quente ( Ex. branqueamento) por calor seco (forno) por vapor, por corrente elétrica e/ou microondas. Calor Úmido - Branqueamento Tratamento térmico brando aplicado a produtos vegetais, prévio aos processos de desidratação, apertização e congelamento. Finalidade: inativar enzimas que alteram aroma, consistência e provocam escurecimento enzimático. Pré-tratamento para: Desidratação - Inativação enzimática. - Facilitar a reidratação. - Redução da carga microbiana inicial. Apertização - Eliminação do gás ocluído no interior dos tecidos. - Facilitar o enchimento a quente. - Redução da carga microbiana inicial. Congelação - Reduz perda de vitaminas (C, tiamina-B1 e riboflavina-B2). Metodologias Branqueamento por aplicação de calor Dependerá da matéria prima (consistência), tamanho do vegetal. Normalmente: 2 a 10 minutos/em água em ebulição ou aplicação de vapor.( 70 – 90ºC) Branqueamento químico: Aplicação de soluções de Metabissulfito de sódio ou potássio diretamente no produto a ser branqueado. Branqueamento químico (Metabissulfito de sódio ou de potássio) em baixas concentrações Métodos de Branqueamento por aplicação de calor Imersão, vapor e microondas Branqueamento por imersão Frutas armazenadas pós branqueamento Perdas vitamínicas em ervilhas congeladas (12 meses a -20°C) Vitamina Sem branqueamento Com branqueamento C 90% 50% B1 70% 20% B2 40% 3% Efeito do método de branqueamento sobre a perda de ácido ascórbico em alguns vegetais Tratamento (branqueamento/resfriamento) Couve-flor ( % perda) Ervilha verde (%perda) Água / Água 38,7 29,1 Água / Ar 30,6 25,0 Vapor/ Água 22,2 24,2 Vapor/ Ar 9,0 14,0 Alimentos congelados após o branqueamento Branqueamento industrial Branqueament o a vapor