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1- A conservação e o manejo de recursos são pré-requisitos do novo conceito de 
desenvolvimento que emerge a partir da conscientização do padrão equivocado da 
urbanização e do desenvolvimento vigentes até a década de 1970. A partir do novo 
paradigma, o desenvolvimento urbano não deve ser respaldado apenas por políticas 
de cunho econômico, mas as de cunho socioambiental, cujas ações ainda são 
insipientes. Sobre a trajetória da política ambiental no Brasil é inverídico afirmar: 
 
a- o conceito de desenvolvimento sustentável foi lastreado pela relevância de 
políticas para preservar e conservar os últimos remanescentes de paisagens 
naturais independentemente das possíveis ações; 
 
b- A criação da Secretaria de Meio Ambiente, em 1973, teve o comprometimento 
com Políticas Nacionais de Meio Ambiente com a instituição do CONAMA no nível 
federal. 
 
c- o CONAMA, desde 1986, passou a definir a obrigatoriedade da realização de EIA 
(Estudo de Impacto Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto no Meio Ambiente) 
para quaisquer projetos de relevância socioambiental, em área urbana ou não, que 
resulta em alteração de condições físicas, bióticas e socioeconômicas do bioma ou 
ecossistema; 
 
d - o trabalho de D. Thoreau que passou a descrever a natureza não como um 
cenário impessoal a emoldurar o homem, mas como alvo de uma experiência 
pessoal e direta, alicerçada na emoção; 
 
e- a ação de Paulo Nogueira Neto foi fundamental no estabelecimento de uma 
legislação ambiental desde 1986, cuja base é pertinente à ideologia de 
Desenvolvimento Sustentável; 
 
 
 
2 - Poucos conceitos têm sido mais utilizados do que o de desenvolvimento 
urbano sustentável, num consenso revelador mais de imprecisão do que de clareza 
em torno de seu significado. Dentre os conflitos podemos destacar: 
 
a- não há conflitos inerentes à conceituação de desenvolvimento urbano 
sustentável, visto que as políticas e os Planos Diretores almejam a sustentabilidade 
e a função social da cidade; 
 
b- o conflito entre a trajetória da análise ambiental e da análise urbana que, 
originando-se em áreas do conhecimento diferentes procuram convergir, 
recentemente, na proposta de desenvolvimento urbano sustentável, mas cujos 
objetivos não raramente são divergentes; 
 
c- os conflitos decorrem de imprecisões das análises ambientais cujos 
condicionantes são de difícil controle e conhecimento, mesmo com a tecnologia 
contemporânea; 
 
d- os conflitos são plenamente superáveis visto que as formulações teóricas e as 
propostas de intervenção traduzem a convergência entre análise social e urbana e o 
planejamento urbano; 
 
e- há concordância, não conflito, na trajetória do desenvolvimento urbano 
sustentável, visto que a expressão meio ambiente urbano busca sintetizar 
dimensões físicas (naturais e construídas) do espaço urbano. 
 
 
 
 
 
 
 
3- O macrozoneamento, segundo o Estatuto da Cidade, estabelece referência 
espacial para o uso e a ocupação do solo na cidade, em concordância com as 
estratégias de política urbana, e define inicialmente grandes áreas de ocupação. A 
construção do macrozoneamento se inicia pelo conhecimento da realidade do lugar, 
a gerar sistema de informações espacializadas para as diretrizes. São requisitos 
básicos para a definição do macrozoneamento: 
 
a- o macrozoneamento só deve ser estabelecido em regiões metropolitanas ou 
aglomerações urbanas com população maior de 20.000 habitantes; 
 
b- os dados relativos ao desenvolvimento urbano e ao interesse turístico, os dados 
relativos ao zoneamento, uso e ocupação do solo urbano atuais, a quantidade de 
população que excede 20.000 habitantes; 
 
c- os dados relativos ao preço da terra, a definição das áreas periféricas providas de 
infraestrutura urbana, os dados de densidade demográfica elevada, o uso e 
ocupação do solo; 
 
d- os dados relativos aos aspectos ambientais, a população urbana e rural, a 
infraestrutura urbana, áreas de desenvolvimento industrial; 
 
e- os dados relativos às características de uso e ocupação existentes, os dados da 
geomorfologia, dados do ecossistema, do atendimento da área urbana pela 
infraestrutura, os dados do preço da terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- A partir dos anos 1990, um número considerável de cidades brasileiras iniciam 
projetos de intervenções nas áreas centrais com a intenção de reverter o processo 
crescente de esvaziamento. Paradoxalmente, e especialmente nas metrópoles 
brasileiras como S. Paulo e Rio de Janeiro ou nas grandes cidades são mantidos 
crescimento periférico acelerado em contraste com o abandono/esvaziamento das 
áreas centrais. Este processo não tem relação com: 
 
a- as políticas urbanas a partir dos anos 1970, como processo e resultado do ideário 
modernista que induz e consolida novas áreas de ocupação e valorização urbana, 
como alternativa à centralidade dominante; 
 
b- o deslocamento progressivo das funções administrativas e de Estado, em direção 
a novas áreas de valorização das classes média e alta; 
 
c- medidas pontuais de proteção e modernização de áreas centrais, como a 
legislação de proteção ao patrimônio edificado e implantação de ruas com 
exclusividade de trânsito; 
 
d- ação do Estado, apoiado pelo Estatuto da Cidade, de retorno de funções 
múltiplas notadamente habitacionais e institucionais às áreas centrais, e valorização 
do patrimônio ambiental construído; 
 
e- a polarização dos novos centros de atendimento à classe dominante, mais 
adequado ao transporte individual do que público, com concentração de serviços e 
empregos, profissionais liberais e estabelecimentos de diversão e compras; 
 
 
 
 
 
 
5- As metrópoles brasileiras convivem com dois centros principais: o novo de 
atendimento às classes dominantes e à maior parte da classe média e o velho, na 
localização tradicional de constituição da cidade. Estão entre as características 
deste centro tradicional:As metrópoles brasileiras convivem com dois centros 
principais: o novo de atendimento às classes dominantes e à maior parte da classe 
média e o velho, na localização tradicional de constituição da cidade. Estão entre as 
características deste centro tradicional: 
 
a- a tendência a negligência do Estado com os serviços de transporte público para 
este centro levando as camadas populares a enfrentar condições mais precárias do 
que a minoria mais rica; 
 
b- áreas de grandes concentrações de instituições de serviços públicos e da 
presença do Estado, visto que para este centro converge o sistema viário principal; 
 
c- o centro tradicional é efetivamente o centro principal, neles a classe dominante 
vem atuando no sentido de atender seus interesses e valoriza-lo especialmente 
quanto ao patrimônio arquitetônico; 
 
d- a centralidade do centro tradicional tende a diversificar usos e funções, há 
concentração de uso residencial de diversas camadas de alta renda, visto que as 
funções institucionais estão nele concentradas; 
 
e- há interesse da classe dominantede prover habitação de interesse social neste 
centro, porque possui maior oferta de infraestrutura, instituições públicas e serviços 
públicos; 
 
 
 
 
 
 
6- As cidades brasileiras passaram por intenso processo de expansão de sua área 
urbana a partir dos anos 1960. A implantação dos loteamentos apoiados na Lei 
6766/79 permitiu a formação de vários vazios internos ao perímetro urbano. 
Os Planos Diretores para os municípios revistos recentemente estabelecem que 
esses vazios devam ser urbanizados. Indique quais dos instrumentos de indução do 
desenvolvimento urbano constantes do Estatuto da Cidade viabilizam essa diretriz. 
 
a- Concessão do direito de real de uso. 
 
b- Outorga onerosa do direito de construir. 
 
c- Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios. 
 
d- Transferência do direito de construir. 
 
e- Zonas especiais de interesse social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7- O forte questionamento dos parâmetros de Planejamento Urbano, no final da 
década de 1970, impulsionou o tema da reforma urbana. Nesta há o problema da 
legislação da cidade real e a responsabilidade com a cidade irregular e clandestina. 
Na concepção tradicional de Planejamento Urbano há completa separação entre 
planejamento e gestão O primeiro como esfera técnica e o segundo como esfera 
política. A afirmação acima é associada: 
 
a- as ações de Planejamento Urbano associado ao desenho urbano com foco na 
arte urbana, à arquitetura da cidade e ao embelezamento urbano que foi praticado 
nas cidades brasileiras principalmente na primeira metade do século 20. 
 
b- Ao entendimento que os problemas urbanos não poderiam limitar-se ao âmbito 
da engenharia e da arquitetura, tendo de abranger conteúdos inerentes à economia, 
à sociologia através de planos integrados e interdisciplinares; 
 
c- A elaboração de planos complexos e abrangentes com uma crescente variedade 
de problemas sociais, espelhando conflitos com a administração setorizada e 
especializada, esses fatos afastaram os planos das possibilidades de aplicação; 
 
d- Aos fundamentos da elaboração do Estatuto da Cidade, cujo novo paradigma 
pressupõe a cidade produzida por uma multiplicidade de agentes que necessitam 
ação coordenada, a partir de um pacto que corresponda ao interesse público da 
cidade; 
 
e- Ao entendimento de que o plano não é esfera para as cidades tratarem os 
problemas que as “crises do capitalismo” ou a “globalização contemporânea” vem 
lhes trazendo. Em síntese, o Plano Diretor não é uma peça puramente técnica, mas 
uma peça política. 
 
 
 
 
 
8- As ações projetuais associadas ao paisagismo moderno estabelece o 
rompimento de paradigmas ao buscar a regionalização e a caracterização de 
identidade como diretrizes de projeto. Entre os elementos mais emblemáticos está o 
uso de vegetação autóctone. Com relação ao paisagismo moderno não é possível 
afirmar: 
 
a- Thomas Church, Garrett Eckbo, Ian Mc Harg se tornaram referências mundiais no 
paisagismo moderno por associar seus princípios compositivos e estéticos com os 
processos naturais; 
 
b- O contato de Roberto Burle Marx com botânicos, em especial Mello Barreto, 
imprimiu profundas alterações na composição formal de seus jardins ao permitir 
compreensão de associações vegetais de diferentes ecossistemas; 
 
c- Lawrence Halprin e Ian Mc Harg foram pioneiros em incorporar conceitos de 
participação comunitária e qualidade ambiental em seus trabalhos; 
 
d- Uma das contribuições mais significativas de Roberto Burle Marx está na criação 
de padrões modernos no paisagismo, incorporando formações naturais, sem, 
porém, repeti-las como nas associações ecossistêmicas; 
 
e- O Paisagismo Inglês, predecessor do moderno, propiciou grande influência no 
desenho dos parques norte-americanos a partir da estrutura a fazer uso de eixos 
axiais compositivos, simetria, proporções geométricas perfeitamente ajustadas, 
como princípios herdados do Renascimento Italiano. 
 
 
 
 
 
 
 
9- ​Sobre a urbanização brasileira, é correto afirmar que: 
I. Apesar do significativo crescimento de várias metrópoles regionais nos 
últimos vinte anos, as quatro maiores cidades brasileiras continuam sendo São 
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador; 
 
II. Em geral, a urbanização dos países de industrialização tardia como o 
Brasil se deu de forma mais acelerada e caótica do que a dos países centrais 
fenômeno em que a cidade subordinou o campo e estabeleceu uma divisão de 
trabalho segundo a qual cabe a ele fornecer alimentos e matérias primas a ela, 
recebendo em troca produtos industrializados, tecnologia, entre outros; 
 
III. A urbanização brasileira seguiu de forma desordenada em que encontra 
os municípios despreparados para atender às necessidades básicas desses 
migrantes. Mas este fato não pode ser considerado como a causa de uma série de 
problemas sociais e ambientais como o desemprego, a criminalidade, a favelização 
e a poluição do ar e da água, visto que estes são causas exclusivas e fatores 
culturais das pessoas; 
 
IV. No Brasil, o crescimento populacional mais acelerado nas metrópoles se 
deve, em parte, ao êxodo rural, que se intensificou principalmente com a 
mecanização agrícola, o que agravou os problemas urbanos por que a maioria das 
cidades não dispunha de políticas de urbanização e de uso e ocupação do solo, 
nem diretrizes urbanísticas as ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) para a 
acomodação, adequação e readequação da população de baixa renda de maneira a 
possibilitar melhor qualidade de vida aos cidadãos; 
 
V. A maioria das grandes cidades brasileiras situa-se nas proximidades das 
regiões litorâneas. Um reflexo direto do processo histórico de colonização: a 
ocupação do território brasileiro pelos europeus partiu do litoral para o interior. 
Portanto, as alternativas verdadeiras são: 
a- Apenas I; 
b- Apenas I, II e III; 
c- I, II, IV e V; 
d- I, II, III e IV; 
e- Apenas II, III e V. 
10- As cidades no mundo vem apresentando, desde os meados do século XX e, 
particularmente, nas últimas décadas deste século e no começo do século XXI, 
significativas mudanças na sua forma (morfologia). Fatos que representam, 
influenciaram ou estão associados a estas mudanças, são: 
I. A disseminação do uso do transporte individual automotivo, requerendo 
vias largas e amplas áreas de estacionamento; 
 
II. A presença das grandes estruturas do varejo, denominadas ​Shopping 
Centers​, que passaram a competir com os tradicionais “centros” das cidades que, 
em muitos casos, entraram em decadência; 
 
III. O desenvolvimento das vias de contorno (perimetrais), na circulação 
urbana das médias e grandes cidades, vias estas ligando os subúrbios espalhados 
e revelando a crescente importância de outros roteiros de deslocamento dentro da 
cidade, para trabalho, compras, serviços, entre outros,. Que não aqueles 
deslocamentos radiais da população em direção ao centro; 
 
IV. A formação dos corredores de serviços e comércio seja nas vias radiais 
seja nas de contorno,como espécies de centros alongados, que competem com o 
velho centro e pressupõem uso amplo do transporte individual; 
 
V. A criação de secções ou zonas funcionais nas grandes cidades – fora do 
centro tradicional, mas beneficiadas por acesso – com concentração de serviços, 
como saúde, finanças, seguros, consultorias, imobiliárias, escritórios de firmas em 
geral, transportadoras, serviços, entre outros. 
São verdadeiras: 
a- Apenas I, II e V; 
 b- Apenas I, III e V; 
c- I, II e III; 
d- Apenas I e II; 
e- as alternativas I, II, III, IV e V. 
 
 
11- ( Enade 2008) - Frederick Law Olmsted e Auguste François Marie Glaziou 
conceberam, respectivamente, o Central Park, em Nova York, e o Campo de 
Santana (atual Praça da República), no Rio de Janeiro, entre 1858 e 1873. Apesar 
das diferenças culturais e climáticas entre os dois países, percebem-se algumas 
semelhanças entre os dois projetos. Dentre elas, pode-se destacar que ambos: 
 
a- estão localizados em regiões periféricas da cidade. 
 
b- apresentam programas e dimensões semelhantes. 
 
c- foram inspirados no parque romântico inglês, com caminhos e lagos sinuosos e 
múltiplos ambientes. 
 
d- apresentam vegetação de clima temperado, como era a moda da época. 
 
e- mantêm até hoje o perímetro original. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12- (Enade 2008) - O arquiteto paisagista Fernando Chacel vem colocando em 
prática e popularizando o conceito de ecogênese. Segundo Chacel, ecogênese 
“deve ser entendida como uma ação antrópica e parte integrante de uma paisagem 
cultural que utiliza, para recuperação dos seus componentes bióticos, associações e 
indivíduos próprios que compunham os ecossistemas originais”. Ainda de acordo 
com o paisagista, “recriar um ecossistema é impossível, uma vez que [...] as atuais 
situações 
morfoclimáticas conduziram a situações clímaces distintas daquelas em que, há 
cerca de 4.000 anos, [...] os ecossistemas se estabilizaram”. Com base nesses 
conceitos, cabe ao arquiteto paisagista contemporâneo 
 
a- trabalhar com as espécies vegetais disponíveis, hoje, no mercado, procurando 
conseguir o melhor resultado estético possível porque, após a destruição de 
determinado ecossistema, não há como recuperá-lo. 
 
b- trabalhar com completa liberdade na escolha das coberturas vegetais, não só 
porque a globalização chegou ao mercado produtor de mudas mas, também, devido 
à fácil aclimatação de espécies no nosso clima, onde “se plantando tudo dá”. 
 
c- tentar a máxima aproximação com o universo vegetal anteriormente existente, do 
ponto de vista biótico, ciente de que o resultado exibirá características de uma 
paisagem criada ou reconstruída pela mão do homem, segundo seus conceitos 
culturais e estéticos. 
 
d- entender que a reprodução parcial ou completa de ecossistemas pré-existentes é 
perda de tempo, pois as condições climáticas atuais são completamente diferentes 
das reinantes há 4.000 anos atrás. 
 
e- inventariar as espécies vegetais anteriormente existentes na área de trabalho e 
reproduzir fielmente as características do ecossistema original, de forma que sua 
intervenção passe despercebida. 
 
 
 
 
13- ​(​Enade 2005) 
Durante o século XIX, sob a influência da escola romântica, consolidou-se o parque 
urbano como um dos principais programas no sistema de espaços livres das 
cidades ocidentais. Essas realizações podem ser associadas diretamente ao 
movimento das cidades-jardim, que, por sua vez, influenciou a concepção de planos 
para cidades novas e para a expansão de cidades existentes durante o século XX. 
No Brasil, observa-se a aplicação da concepção paisagística romântica a vários 
parques, criados durante o século XIX. Já o modelo de cidades-jardim inspirou 
planos originais de cidades e, sobretudo, novos bairros de cidades existentes 
(bairrosjardim), 
implantados no século XX. 
Considerando esse contexto, analise as imagens a seguir. 
Com base nas informações e imagens apresentadas, são exemplos de Parque 
Romântico e de Bairro-Jardim, respectivamente, 
 
 
Praça XV de Novembro/Rio de Janeiro; 
Bairro de Copacabana/Rio de Janeiro; 
Bairro do Méier/Rio de Janeiro; 
Parque Carlos Gomes/Campinas; 
Vale do Anhangabaú/São Paulo; 
Bairro de Goiânia/Goiás; 
 
a- Parque Carlos Gomes/Campinas e Bairro de Goiânia/Goiás. 
 
b- Parque Carlos Gomes/Campinas e Bairro do Méier/Rio de Janeiro. 
 
c- Praça XV de Novembro/Rio de Janeiro e Bairro de Goiânia/Goiás. 
 
d- Vale do Anhangabaú/São Paulo e Copacabana/Rio de Janeiro. 
 
e- Vale do Anhangabaú/São Paulo e Bairro do Méier/ Rio de Janeiro. 
 
 
 
14- 1. O planejamento ambiental pressupõe três princípios de ação humana sobre 
os ecossistemas: Assinale (F) falso ou (V) verdadeiro 
(I) ​Preservação ambiental são as áreas alteradas pela ação humana, adotando-se 
inicialmente o princípio da não ação, deixando a área intocável para a própria 
recuperação ou se procede uma “ajuda à natureza”, revegetando áreas, repovoando 
lagos e rios. 
(II) ​Preservação ambiental é o princípio da não ação, os ecossistemas deverão 
permanecer intocados pela ação humana. 
(III) ​Conservação Ambiental ​: pressupõe a utilização dos recursos naturais pelo 
homem, com o mínimo risco, sem degradação do meio e com o mínimo gasto de 
energia. 
(IV) ​Recuperação ambiental: aplica-se a áreas alteradas pela ação humana, 
adotando-se inicialmente o princípio da não ação, deixando a área intocável para a 
própria recuperação ou se procede uma “ajuda à natureza”, revegetando áreas, 
repovoando lagos e rios. 
 
a- Somente I é verdadeira 
b- Somente I e II são verdadeiras 
c- Somente II e III e IV são verdadeiras 
 
d- Todas as afirmações são verdadeiras 
 
e- Todas as afirmações são falsas. 
 
 
 
15- O Estatuto da Cidade (nos artigos 36 e 37) define o Estudo de Impacto de 
Vizinhança como um documento técnico a ser exigido pelo poder público municipal 
para a concessão de licenças e autorizações de construção e funcionamento de 
empreendimentos ou atividades, devendo contemplar seus efeitos positivos e 
negativos referentes à qualidade de vida da população residente na área e nas 
proximidades. Como exemplo, o município de Jacareí prevê a aplicação deste 
instrumento em seu município. Fazem parte as ações do Estudo de Impacto de 
Vizinhança as seguintes questões: 
I – Adensamento populacional; valorização imobiliária 
II – Equipamentos urbanos e comunitários; 
III – Uso e ocupação do solo; ventilação e iluminação 
IV – O Plano Diretor e o parcelamento do solo, 
V – Geração de tráfego e demanda por transporte público; 
VI – Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. 
VII – A regularização fundiária 
 
a- Fazem parte apenas as questões I e IV. 
 
b- São corretas as condições II e III, apenas 
 
c- São corretas as condições III e IV, apenas 
 
d- São corretas as condições I, II e IV. 
 
e- São corretas as condições I, II,III,V e VI. 
 
 
 
16- O Estatuto da Cidade, Lei Federal n° 10.257 de 10/07/2001, estabelece as 
diretrizes gerais da política urbana, normatizando diretrizes de ordem pública e de 
interesse social que regulam o uso da propriedade urbana quetem como principal 
benefício o bem coletivo. O estatuto da Cidade tem como objetivo: 
 
a- Incentivar principalmente a elaboração e a execução de planos nacionais e 
regionais, não estimulando da mesma maneira o desenvolvimento dos planos 
municipais. 
 
b- Desenvolver o Estudo de Impacto de Vizinhança que preve a análise das ações 
de construção na cidade quanto aos impactos no meio urbano; neste devem ser 
considerados apenas os atributos que tenham relação quanto ao adensamento 
populacional, à geração de tráfego, a demanda por transporte público e as 
necessidade de manutenção da ventilação e da iluminação natural na cidade. 
 
c- Excluir a população dos trabalhos que formulam as políticas públicas, por 
considerar que os processos participativos geram morosidade na implantação 
destas políticas. 
 
d- Garantir o direito as cidades sustentáveis, entendendo-se que deve ser 
resguardada a população o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento 
ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho 
e ao lazer, para as presentes e as futuras gerações. 
 
e- Considerar o Plano Diretor aprovado por lei municipal como o único instrumento 
básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17- Uma paisagem urbana como por exemplo a da Av. Paulista em São Paulo 
apresenta diferentes estados -“​situ-ações​” seja pela simples questão de ser dia e 
noite, seja pelas ações que diretamente se realizam sobre seu sistema de objetos 
(passeios, mobiliário urbano, leito carroçável, edifícios lindeiros, sinais gráficos, etc). 
A paisagem da Av. Paulista é uma nos dias de semana e outra aos domingos, é 
uma nas situações do cotidiano de trabalho, é outra em dias cada vez mais 
frequentes no presente - de manifestações políticas. 
Considerando que não se pode abstrair da paisagem da Av. Paulista a presença 
física maior ou menor das pessoas e dos veículos, pois se assim se procedesse se 
estaria abdicando da própria leitura estritamente visual daquela paisagem, para não 
falarmos de seus significados. 
Busca-se então relacionar a esfera pública – de âmbito geral – com a totalidade das 
formas de apropriação – práticas sociais ao ar livre – em contraponto com espaços 
de manifestação política de alto significado simbólico ​stricto sensu – em contraponto 
com os espaços de manifestação. Ampliando seu entendimento, até mesmo lugares 
de alta mobilidade e visibilidade como uma avenida pode sofrer uma interdição 
momentânea e servir para uma manifestação.( Os sistemas de espaços livres e a 
constituição da esfera pública contemporânea no Brasil- Projeto Temático de 
Pesquisa QUAPÁ –SEL) 
Para uma compreensão crítica da paisagem, de acordo com o exemplo apresentado 
no texto, considerando a prática do projeto de intervenção urbana sobre espaços 
livres tratados paisagisticamente, avalie as afirmações a seguir : 
I - no campo do paisagismo, a paisagem pode ser definida apenas como a porção 
da configuração territorial que é possível abarcar com a visão, pois a paisagem 
urbana é um sistema material, uma dimensão visível dos sistemas de objetos que 
constituem os lugares; 
II - a paisagem é também um sistema, na medida em que, a partir de qualquer ação 
sobre ela impressa com certeza haverá uma reação correspondente que equivale a 
uma alteração morfológica parcial ou total; 
III - o entendimento da paisagem é o entendimento da paisagem-evento pela 
compreensão da paisagem como um sub-sistema de objetos – em uma porção 
contínua do espaço – em interação dialética com um sub-sistema de ações; 
IV - as relações entre sistemas de objetos e ações não apenas constituem o espaço 
mas também as paisagens; 
V - no âmbito paisagístico a compreensão da paisagem como fragmento do espaço 
tem na análise da dimensão perceptível – visual as condições objetivas para o 
entendimento das formas espaciais concretas e das diversas apropriações do lugar. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a- V 
b- I e V. 
c- II e III. 
d- II e IV. 
e- II, III e IV. 
 
 
 
18- A concepção tradicional de Plano Diretor anterior ao Estatuto da Cidade divergia 
essencialmente da diretriz que o estabelece como “instrumento básico da política de 
desenvolvimento e expansão urbana”, no desdobramento do estabelecido a partir 
da Constituição de 1988. Dentre as alternativas a seguir assinale a que melhor 
define a alteração da concepção tradicional de Plano Diretor com a nova concepção 
contida no Estatuto da Cidade. 
 
a- A necessidade de estabelecer parâmetros para os municípios com população 
acima de 20.000hab, situados em regiões metropolitanas, áreas de interesse 
turístico, ou de influência de empreendimentos de grande impacto ambiental porque 
este quadro abarca da ordem de 85% dos municípios brasileiros. 
 
b- A implementação do plano seria de responsabilidade do poder público municipal 
com políticas voltadas e executadas por meio de investimentos em sistema viário, 
infraestrutura, transporte, equipamentos públicos e no gerenciamento dos agentes 
privados através de políticas de uso e ocupação do solo, que estabelece como 
instrumento central o zoneamento. 
 
c- A nova concepção associa-se a idealização de um projeto de cidade pretendida, 
como cidade ideal, na qual o Plano Diretor seria executado até se alcançar a cidade 
desejada. Essa estratégia se baseia na ideia de um modelo ideal de cidade que se 
traduz no desenho urbano como índices: taxas de ocupação, coeficiente de 
aproveitamento, tamanho mínimo dos lotes, que refletem a teoria básica do 
zoneamento. 
d- O novo paradigma parte do princípio que a cidade é produzida por multiplicidade 
de agentes, que devem ter sua ação coordenada no sentido do interesse público da 
cidade, ou seja, estabelecer poucos e claros princípios para ação conjunta dos 
agentes envolvidos na construção da cidade, nos quais se destaca a 
fundamentalidade da participação popular e das associações representativas 
destas. 
 
e- O Plano Diretor deve ser um instrumento técnico, de caráter genérico, visto que 
as questões não conseguem ser individualizadas para o conjunto dos municípios 
brasileiros. Desta maneira o Plano deve significar um espaço para debate dos 
cidadãos e definições de opções para intervenção estratégica no território. 
 
 
 
 
 
19- A cidade de Planalto passou por intenso processo de expansão de sua área 
urbana a partir dos anos 1960. A implantação dos loteamentos não seguiu nenhum 
planejamento, o que resultou na formação de vários vazios urbanos. 
O Plano Diretor aprovado recentemente estabeleceu como uma de suas diretrizes a 
urbanização de seus vazios urbanos. Indique qual dos instrumentos de gestão 
urbana, listados abaixo, constante no Estatuto da Cidade, que viabiliza a diretriz 
estabelecida no plano. 
 
a- Concessão do Direito de Uso + Outorga Onerosa 
 
b- Transferência do direito de construir + Regularização Fundiária 
 
c- Parcelamento, edificação ou utilização compulsórias + IPTU progressivono 
tempo + Consórcio Imobiliário 
 
d- Transferência do direito de construir + Outorga Onerosa 
 
e- Zonas especiais de interesse social + Regularização Fundiária 
 
 
 
20- A década de 1930 constitui um marco na história do planejamento no Brasil com 
a elaboração dos planos que passam a tratar da cidade em seu conjunto; diferente 
do período anterior em que as intervenções urbanas eram direcionadas 
prioritariamente às áreas centrais das cidades. A partir da década de 1930 até os 
nossos dias, este instrumento de planejamento denominado Plano Diretor, passa 
por diferentes metodologias de elaboração, conteúdo e abrangência. 
Segundo Flávio Villaça, “o período 1930-1990 pode ser dividido em três 
subperíodos: o Urbanismo e do Plano Diretor (1930-1965), o dos Superplanos 
(1965-1971) e do Plano sem Mapa”. (Villaça, 1999:204) 
O período 1930-1965 inicia com a elaboração do Plano Diretor para o Rio de 
Janeiro pelo urbanista Alfred H. D. Agache, e o Plano de Vias para São Paulo pelo 
engenheiro Prestes Maia. Esses dois planos tiveram grande divulgação, provocando 
debates em torno de suas propostas nas administrações públicas, meio empresarial 
e universidades. Os dois planos passam a ser referência para os planos que foram 
elaborados para outras capitais neste mesmo período. Entretanto, “Pouco ou nada 
foi apresentado à sociedade como proposta urbana da classe dominante e 
assumida pelas administrações municipais, como havia sido os planos de Agache e 
Prestes Maia”. (Villaça, 1999:211) 
Os Superplanos (1965-1971) tem como característica enfoque “tecnocrático e 
alienação”. Elaborados por escritórios de planejamento contratados pelos 
municípios, sem interlocução com as administrações municipais, foram ignorados 
pelos contratantes. “A maioria dos planos foram parar nas gavetas e nas prateleiras 
de obras de referência. A maioria dos pouquíssimos resultados que produziram é 
marginal nos próprios planos e mais ainda na vida das cidades às quais se 
referiram. (Villaça, 1999:224) 
No período 1971-1990, denominados Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado 
(PDDI), mesmo elaborados pelos técnicos municipais, restritos ao debate interno às 
administrações, tiveram o mesmo destino dos planos anteriores. 
A nova Constituição Federal do Brasil de 1988, em que segmentos organizados da 
sociedade civil tiveram participação destacada, pela primeira vez a questão urbana 
é tratada de forma individualizada. A Reforma Urbana e obrigatoriedade dos 
municípios com mais de 20 mil habitantes elaborarem seus planos diretores foram 
contemplados nos artigos 182 e 183. Posteriormente o Estatuto da Cidade, 
aprovado em 10/07/2001, regulamenta a elaboração dos planos: “O Plano Diretor 
deverá explicitar de forma clara qual o objetivo da política urbana. Deve partir de um 
amplo processo de leitura da realidade local, envolvendo os mais variados setores 
da sociedade”. (Estatuto da Cidade, 2001:41) 
“A década de 1990 foi selecionada como fim de um período na história do 
planejamento urbano brasileiro porque marca o início do seu processo de 
politização, fruto do avanço de consciência e organização populares. Essa 
politização ficou clara desde a metodologia de elaboração e dos conteúdos de 
alguns planos até os debates travados no legislativo e fora deles, em várias cidades 
importantes do país”. (Villaça, 1999:236) 
Indique as mudanças mais significativas na elaboração dos Planos Diretores 
adotadas a partir da Constituição Federal de 1988: 
I – A continuidade na elaboração do plano tradicional, o superplano e o diagnóstico 
técnico. 
II – A politização do plano diretor, introduzindo temas da reforma urbana e 
dispositivos que atendam aos princípios da função social da propriedade urbana. 
III – Introdução dos instrumentos urbanísticos que possibilitam a regularização 
fundiária e a urbanização de favelas. 
IV – A elaboração do plano diretor é de competência de uma equipe técnica e aos 
setores do empresariado vinculados a empreendimento imobiliários. 
V – Os planos diretores antes de serem enviados para as Câmaras Municipais para 
apreciação devem ser submetidos a audiências e consultas públicas. 
Assinale a alternativa correta: 
a- III; IV e V 
b- I; II e IV 
c- II; IV e V 
d- II; III e V 
e- I; II e V 
 
 
 
 
 
 
 
 
21- A cidade de Cristalina definiu no seu Plano Diretor como determina o Estatuto 
da Cidade o coeficiente de aproveitamento máximo 1 para todos os lotes da cidade. 
Em determinada área da cidade há estoque de terras que possibilita aumentar o 
potencial construtivo de maneira o proprietário pode fazer uso da Outorga Oneroda 
do Direito de Construir. Considerando um proprietário de lote com 500 m2, 
localizado no eixo Sul, calcule quantos metros quadrados ele poderá construir a 
mais se utilizar o coeficiente de aproveitamento 4. 
 
a- 2.000 m2. 
 
b- Impossível de calcular sem saber a taxa de ocupação. 
 
c- 125 m2. 
 
d- 2.500m2 
 
e- 1.500 m2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22- A partir da década de 1940 o Brasil passou por intenso processo de 
urbanização. No ano de 1940 apenas 26,3% do total sua população vivia nas 
cidades, quarenta anos depois, em 1980 a população urbana representava 67,6% 
segundo o IBGE. Esse processo provocou grande impacto sobre nossas cidades, 
resultando um crescimento desorganizado, com proliferação de loteamentos 
irregulares, sem infraestrutura, áreas verdes ou institucionais. A grande maioria dos 
municípios brasileiros não dispunham de quadros técnicos que pudessem fiscalizar 
a implantação dos loteamentos e muito menos elaborar uma lei de parcelamento do 
solo. Em 1979, o Congresso Nacional toma a iniciativa de aprovar a Lei federal nº 
6766/79 que passou a regulamentar a aprovação de parcelamentos no território 
nacional. Com a modernização das administrações municipais, essas passam a 
contratar técnicos que assumem funções administrativas e de planejamento. 
O município ao elaborar sua lei de Uso e Parcelamento do Solo para o 
encaminhamento à Câmara Municipal tem a seguinte autonomia: 
a- O município tem total autonomia para legislar sobre o seu território, desde que 
respeite os parâmetros mínimos estabelecidos pelas leis federais. 
 
b- Deve incorporar as determinações que foram estabelecidas na legilação de 
outros municípios que fazem parte da sua regão administrativa. 
 
c- Deve atualizar sua lei observando os avanços tecnológicos 
 
d- Tem total liberdade para definir as exigências para aprovação de loteamentos no 
seu território. 
 
e- O município pode elaborar sua legislação específica desde que respeite critérios 
e diretrizes estabelecidos pelos códigos ambientais. 
 
 
 
 
 
23- A Lei 10.257 de 2001, conhecida como o Estatuto da Cidade, regulamenta os 
artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, o artigo 182 dispõe que a 
política urbana é responsabilidade do Município e deve garantir as funções sociais 
da cidade e o desenvolvimento dos cidadãos. Essa lei estabelece que o PlanoDiretor Municipal é o instrumento básico do ordenamento territorial urbano, devendo 
definir qual deve ser o uso e as características de ocupação de cada porção do 
território municipal. Assim são aspectos a serem considerados na elaboração do 
Plano Diretor de um município: 
 
a- Diretrizes e preceitos sobre planos e planejamento urbano, sobre gestão urbana 
e regulação estatal, fiscal e jurídica, regularização da propriedade informal, 
participação social nos planos, orçamentos, leis complementares e gestão urbana, 
parcerias público privadas; 
 
b- Usos permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação; 
 
c- Espaços de domínio público que desempenhem função ecológica, paisagística e 
recreativa, propiciando a melhoria da qualidade ambiental, funcional e estética da 
cidade; 
 
d- A Característica política (deve apresentar equilíbrio entre viabilidade técnica e 
política); a Transparência (à política urbana = livro de regras no jogo da cidadania); 
A Democratização (participação da sociedade); 
 
e- Diretrizes e preceitos sobre planos e planejamento urbano, sobre gestão urbana 
e regulação estatal, fiscal e jurídica, regularização da propriedade informal, usos 
permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação. 
 
 
 
 
 
24- No que diz respeito à implantação de loteamentos e sua relação com a 
economia com os custos de infraestrutura, em seu livro "Loteamentos Urbanos", 
Juan Luis Mascaró afirma: "Se houver interesse em baixar custos em urbanizações 
onde as infraestruturas terão um peso importante, se deve buscar a diminuição das 
testadas dos lotes, em geral. [...] Lotes com pouca profundidade são praticamente 
sempre antieconômicos, sendo importante se evitar fracionamentos que levem a 
este tipo de parcelas. Para isso serão da maior importância estudos de ocupação 
dos lotes em relação aos costumes da possível população-alvo (MASCARÓ, 2003, 
p. 57)." 
Adotando-se a linha de pensamento do autor, ainda no que diz respeito à redução 
de custos na implantação de loteamentos, não é correto afirmar que: 
 
a- No desenho da malha viária, o modelo da quadrícula ortogonal é o mais 
econômico. 
 
b- Terrenos cuja declividade seja maior que 30% oneram os custos de implantação 
do loteamento, visto que demandam alto investimento para a estabilização de 
encostas. 
 
c- Para fins de escoamento das águas pluviais, e consequente economia com 
infraestrutura de drenagem, a implantação das vias deve acompanhar 
paralelamente a direção das curvas de nível . 
 
d- Para habitação de população de baixa renda, o ideal é que os lotes tenham 
testada pequena e grande profundidade para que seja possível e existência de 
quintais. 
 
e- Quanto menores as alterações nas curvas de nível existentes na área a ser 
loteada, mais econômica e estável será a implantação do loteamento. O ideal é que 
a posição de todas as ruas possibilite declividade suficiente para escoar as águas 
pluviais. Para tanto, deve-se posicioná-las de forma que "cortem" as curvas de nível. 
 
 
25- Em " Origens da habitação social no Brasil (Fapesp, 1998)", o autor Nabil 
Georges Bonduki afirma que nas primeiras décadas do século XX, em não havendo 
grande interferência do Estado junto à questão habitacional, a grande maioria da 
população habitava imóveis alugados, sendo a produção de moradias populares 
"uma atividade exercida pela iniciativa privada, objetivando basicamente a obtenção 
de rendimentos pelo investimento na construção ou aquisição de casas de aluguel 
(BONDUKI, 1982 apud BONDUKI, 1998, p. 712)." O autor afirma ainda que, à 
época, face ao fato de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro receberem grande 
contingente populacional de origem estrangeira "[...] a valorização imobiliária era 
acentuada e se constituía numa importante opção de investimento para reserva de 
valor, na ausência de um mercado de capitais (LANGENBUCH, 1971 e MELO, 1992 
apud BONDUKI, 1998, p. 712)." 
 
Levando-se em conta o contexto do mercado imobiliário das primeiras décadas do 
século XX narrado pelo autor, é correto afirmar, em relação às tipologias das 
edificações brasileiras: 
a- Devido ao enriquecimento dos especuladores imobiliários da época, produziu-se 
uma grande variedade de tipologias para as habitações da população de alta e 
média renda que, assim como os operários, habitavam a área rural devido ao ciclo 
cafeeiro. 
b- Havia um grande desequilíbrio entre a oferta e a procura por habitações 
populares porque o mercado especulativo voltava sua atenção ao grande 
contingente de pessoas que ascendia à classe média (principalmente 
comerciantes). 
c- Surgiram tipologias variadas para moradias populares, originadas pela 
necessidade que a população sentia de diferenciar suas moradias, promovendo 
alterações que as adaptassem às suas necessidades. 
d- A paisagem local ou a localização do sítio pouco interferia no resultado das 
tipologias urbanas do século XX. Nos primórdios do século XX, a maior 
preocupação residia na busca por espaços que possibilitassem o acúmulo de bens 
e capital, fato do qual decorrem tipologias em que imperam as fachadas "fechadas" 
(com poucas aberturas). 
e- Produziu-se uma enorme variedade de tipologias habitacionais que tinham como 
premissa a redução de custos em sua construção e implantação. 
 
 
26- A Lei Federal 6.766/79 que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano 
determina que, antes de se elaborar um projeto de loteamento, deve ser solicitado à 
Prefeitura Municipal a definição de diretrizes para o uso do solo, traçado dos lotes, 
do sistema viário, áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário. Devem 
constar da planta do loteamento, entre outros itens, "as curvas de nível a distância 
adequada e a localização dos cursos d’água, bosques e construções existentes 
(BRASIL, 1979)." 
Embora não possua em seu cerne a conotação ambiental, a Lei Federal 6.766/79 
possui elementos que contribuem para a conservação ambiental, como o 
distanciamento dos cursos d'água, por exemplo. Em projetos de loteamentos, ainda 
no que diz respeito aos cuidados que devem ser tomados em relação à 
conservação ambiental é correto afirmar que: 
 
a- Por exigência da Lei Federal 6.766/79, devem existir mecanismos legais no Plano 
Diretor Físico-Territorial do município que obrigue aos loteadores a doação de lotes 
para a implantação de áreas verdes e de uso público, quando da aprovação de 
projeto de loteamento ou desmembramento. 
 
b- A conservação ambiental de uma área loteada somente será garantida se todos 
os lotes nela implantados estiverem arborizados. 
 
c- A complementação das ações relativas à conservação ambiental de áreas 
loteadas é feita através da previsão de praças e espaços livres, mas disso depende 
a consciência ambiental do loteador, já que não existem mecanismos legais que o 
obrigue a fazê-lo. 
 
d- A conservação do meio ambiente em que será implantado o loteamento depende 
também da existência de infraestrutura de água e esgotoeficientes cuja previsão e 
implantação é de responsabilidade do Poder Público Municipal, que deve prover o 
loteamento das instalações hidrossanitárias necessárias para a demanda gerada. 
 
e- Ao se implantar um loteamento em Área de Preservação Permanente, devem ser 
tomados cuidados relativos à ocupação próxima a mananciais, visto que os planos 
diretores municipais costumam restringir a ocupação de tais áreas. 
27- No livro "O processo de urbanização no Brasil" (São Paulo, 2004), Deák Csaba 
aborda questões relativas ao atual estágio do processo de planejamento urbano 
brasileiro: 
 
"Em pouco mais de uma geração a partir dos meados deste século, o Brasil se 
transformou de um país predominantemente agrário em um país virtualmente 
urbanizado. Em 1950, tinha uma população de 33 milhões de camponeses --em 
crescimento-- com 19 milhões de habitantes nas cidades, ao passo que hoje tem a 
mesma população no 'campo' -agora diminuindo- mas a população urbana 
sextuplicou, para mais de 120 milhões. É claro que transformações quantitativas de 
tal magnitude implicam em transformações qualitativas de profundidade. O país, se 
não está inteiramente 'urbanizado', tem seguramente caráter preponderantemente 
urbano. As condições de produção nas áreas urbanas - nas 'cidades' - são agora as 
da virtual totalidade da economia e as condições de vida nas aglomerações urbanas 
são aquelas da maioria da população. Acima de tudo, as aglomerações urbanas 
constituem a base e o palco das transformações futuras da sociedade assim como 
de sua economia (CSABA, 2004, p. 10)." 
 
A respeito do processo da urbanização do território brasileiro, não é correto afirmar 
que: 
 
a- Com a promulgação da Lei das Terras e a abolição da escravatura, cresceu o 
número de trabalhadores assalariados que, em não podendo cultivar terras que 
eram propriedade privada, migravam para as cidades. Estas, ao incorporarem 
atividades que envolviam a produção e circulação de mercadorias, cresciam de 
maneira acelerada. 
 
b- A urbanização do país se deu após a 1a. Guerra Mundial, quando, devido à fome 
que assolava a Europa, imigrantes europeus, provenientes de diversos países, 
aportaram no Brasil com o objetivo de colonizá-lo, dando origem a um modelo de 
uso do solo homogêneo e regular, principalmente no que tange às malhas urbanas - 
retilíneas e uniformes. 
 
 
c- A urbanização do território brasileiro teve suas bases no urbanismo de países 
como Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos. Entretanto, a urbanização 
brasileira deu-se mais tardiamente, concomitantemente ao advento do capitalismo. 
Daí decorre a principal característica do espaço urbano brasileiro: a formação de 
aglomerados urbanos que centralizam a força produtiva do país e possibilitam a 
economia de massa. 
 
d- O modelo colonial do território brasileiro caracterizava-se por espaços 
fragmentados com pouca ligação entre si, devido à pouca dependência das colônias 
entre si. Isto se modificou a partir da pressão exercida pelo advento do capitalismo, 
que requer mercados unificados, onde é possível o estabelecimento de economias 
de escala. 
 
e- A urbanização brasileira ocorreu de forma rápida devido à instalação de 
indústrias. Este processo trouxe consigo o aumento do contingente populacional, 
por conta de movimentos migratórios atraídos pela industrialização nas cidades. 
Entretanto, o Estado não conseguiu acompanhar o ritmo das migrações no que se 
refere à infraestrutura necessária para receber estes imigrantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28- A legislação urbanística municipal define os parâmetros de aplicação do 
coeficiente de aproveitamento e da taxa de ocupação. A taxa de ocupação (TO) é : 
 
 a- é a relação percentual entre a projeção da edificação e a área do terreno; 
b- é um número que, multiplicado pela área do lote, indica a quantidade máxima de 
metros quadrados que podem ser construídos em um lote, somando-se as áreas de 
todos os pavimentos; 
c- instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento 
da expansão urbana do município; 
d- é um relatório técnico onde se avaliam as consequências para o ambiente 
decorrentes de um determinado projeto. 
e- é um estudo urbanístico necessário em casos de projetos de construções que 
provocam impacto na cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29- A partir da década de 1940 o Brasil passa por intenso processo de urbanização. 
No ano de 1940 apenas 26,3% do total sua população vivia nas cidades, quarenta 
anos depois, em 1980 a população urbana representava 67,6% segundo o IBGE. 
Esse processo provoca grande impacto sobre nossas cidades, resultando um 
crescimento desorganizado, com proliferação de loteamentos irregulares, sem 
infraestrutura, áreas verdes e institucionais. Somado ao anterior, a grande maioria 
dos municípios brasileiros não dispunham de quadros técnicos que pudessem 
fiscalizar a implantação dos loteamentos e muito menos elaborar uma lei de 
parcelamento do solo. Em 1979, o Congresso Nacional toma a iniciativa de aprovar 
a Lei federal nº 6766, que passa a regulamentar a aprovação de loteamentos no 
território nacional. Com a modernização das administrações municipais, essas 
passam a contratar técnicos que assumem funções administrativas e de 
planejamento. 
O município ao elaborar sua lei de Parcelamento do Solo e posteriormente 
encaminhar para as Câmaras Municipais para aprovação tem a seguinte autonomia: 
a- O município tem total autonomia para legislar sobre o seu território, desde que 
respeite os parâmetros mínimos estabelecidos pelas leis federais. 
b- Deve incorporar as exigências que foram estabelecidas nas leis de outras 
cidades que pertencem a mesma região administrativa ou região metropolitana de 
maneira a propiciar ações governamentais de Estado e facilitar aporte de recursos 
orçamentários . 
c- Deve atualizar sua legislação observando os avanços tecnológicos, além das 
determinações estabelecidas para as cidades que pertecem a mesma região 
administrativa, providência que contribui para aporte de recursos federais, conforme 
define o Estatuto das Cidades. 
d- Tem total liberdade para definir as exigências para aprovação de loteamentos ou 
parcelamentos no território, independendo de legislação majoritária das esferas 
estadual ou federal. 
e- O município pode elaborar sua lei desde que respeite o estabelecido pelos 
códigos ambientais. 
 
30- As metrópoles contemporâneas convivem com grandes vazios urbanos 
resultantes da obsolescência de antigas instalações industriais e da transformação 
de infraestruturas da cidade “moderna”. Nestes vazios pretende-se compor o 
“estrato livre” a partir do aproveitamento dos processos naturais associados à 
cidade. Devem ser propriedades associadas a esse estrato: 
 
a- É fundamental este estrato absorver as funções habitacionais como uso do solo 
compondo unidades de vizinhança de autonomia para as funções lazer, recreação ecomércio de gêneros de primeira necessidade. 
 
b- Esse estrato deve se absorver subcentros urbanos politizando ações 
governamentais e unificando-as para melhor atendimento da população e assim 
diminuir necessidade de mobilidade urbana. 
 
c- Deve ser construído a partir da utilização de tipologias convencionais para 
transformar paisagens obsoletas em lugares para promover as drenagens do 
território, a agricultura urbana, os jardins temáticos como forma de somar-se aos 
projetos urbanos. 
 
d- É importante que sejam destinados para os parques urbanos com o atributo de 
compor os “pulmões da cidade” e de se ligarem às funções de lazer e de recreação 
da população e inserir atividades culturais como museus e espaços de exposição. 
 
e- O estrato livre deve se ligar à multiplicidade de usos do solo atribuindo ao 
pavimento térreo os usos de comércio e serviços e aos pavimentos superiores uso 
residencial HIS (habitação de interesse social) de maneira a mitigar o déficit 
habitacional.

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