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Nutrição de Cavalo Atleta Nutrição Animal Paulo Henrique da Silva Barbosa Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Medicina Veterinária Raças: Puro Sangue Inglês: Originário da Inglaterra, normalmente usado para corridas de longa distância. Tem o pulmão muito desenvolvido, capacidade aeróbia muito grande, por isso é muito usado para corrida. Temperamento mais esquentando, não é tão dócil. Bem hiperativo e até agressivo. Brasileiro de Hipismo: Normalmente usado em salto, adestramento, concurso completo de quitação. Animais altos, muito dóceis. Mistura de várias raças. Leve, ágil, grande porte. Puro Sangue Lusitano: Animal extremamente alto. No Brasil é comum ser misturado com o Puro Passo Espanhol = Andaluz. Holsteiner: Muito utilizado em salto. Originário na Alemanha. Quarto de Milha: Mistura de Puro Sangue Inglês com Mustang. Normalmente usado para corrida de 400m. Animal rustico, resistente, não é tão alto mas tem musculatura muito desenvolvida. Puro Sangue Árabe: Resistência + rusticidade + sobriedade. Inteligente e dócil. Muito enérgicos quando potros. São os mais resistentes entre todas as raças. Crioulo: Raça considerada brasileira porém de origem Argentina. Extremamente rústico, baixo. Muito forte e resistente No que se baseia o cálculo da exigência nutricional? Livro NRC (2007) – compilação de dados de vários pesquisadores do mundo que se uniram e montaram. Normalmente utiliza-se esse livro como base para os cálculos. Exigências Nutricionais Idade, raça, sexo, temperamento, estado nutricional, programa de treinamento, clima ambiente, cavaleiro. Eficiência na Conversão EB -> ED Tipo de alimento (óleo fornece quantidade de energia superior em ordem a grãos de cereais e em ordem a volumoso). Individualidade do Animal. Intensidade de exercício. Processamento de alimentos na dieta. Exigência Energética Relacionado ao tipo e intensidade de exercício e à mantença. Relação entre Frequência Cardíaca e Consumo de Oxigênio Conforme aumenta-se a frequência cardíaca, aumenta-se o consumo de oxigênio e aumenta- se o consumo de energia. Foi daí que se chegou a exigência nutricional do animal. Categorias Mantença: Animal em repouso. Atividade Leve: 80 bpm. Atividade Moderada: 90 bpm. Atividade Intensa: 110 bpm. Atividade Muito Intensa: 110 a 150 bpm. Metabolismo Energético Adenosina Trifosfato (ADP) ATP -> ADP + Pi + Energia = Contração muscular Fosfato de Creatina -> Energia + Creatina + Pi Metabolismo Anaeróbico: Ausência de oxigênio. Glicólise, glicogênio. Contração rápida, produz ácido lático. Quarto de Milha, PSI. 3 ATP/molécula de glicose. Metabolismo Aeróbico: Gliconeogênese, glicólise, ciclo de Krebs, 36 ATP/molécula de glicose. BH, PSA. O que determina qual metabolismo vai prevalecer? A composição de fibra muscular do animal. Tipos de Fibras Tipo I: Contração Lenta. Usa como substrato o glicogênio e lipídeos. Cavalos de resistência como o árabe numa prova de enduro. Tipo II A: Contração rápida e alta oxidação. Substrato glicogênio e lipídeos. Velocidade e resistência. Tipo II B: Contração rápida e baixa oxidação. Glicólise. Usa como substrato o glicogênio. Cavalos de velocidade como o Quarto de Milha. Efeito Negativo da Adição de Amido em Excesso da Dieta Baixa de bactérias celulolíticas, baixa o valor de pH, aumenta o ácido lático, aumenta população de lactobacillus e streptococcus, diminui balanceamento acetato/butirato, propionato. Pode-se trocar a fonte de cereais por óleo para minimizar esses efeitos negativos. Aumento da densidade energética. Redução de cólicas associadas ao elevado consumo de CHO solúveis. Redução de stress pelo calor. Metabolismo de gordura usa o aumento da oxidação de gordura durante o exercício. Manutenção do nível glicêmico em exercícios prolongados. Menor acúmulo de ácido lático em exercício anaeróbico. Melhor recuperação pós exercício (FC e respiratória) Proteínas Importante metabolismo energético – Enzimas Relação energia/proteína – 40 a 50g de PB/Mcal Qualidade em aminoácidos Desenvolvimento de massa muscular – início treinamento Mobiliza em casos de anaerobiose e jejum prolongado. Programa de Treinamento Sensibilidade do Treinador o Respeito a evolução individual – Até que ponto o animal pode chegar? o Over Training – Exigir muito do animal. Precocidade de Resultados Uso de técnicas inadequadas o Modelos usados em outros países – Querer incorporar sem levar em consideração os fatores diferentes como clima, etc. Aerobiose Longa Duração Atividade de Resistência o 2 ou mais horas de esforço de baixa intensidade o Produção de energia aeróbica Reserva muscular de glicogênio e gordura Substrato de lenta mobilização Equivalente em humanos a maratona Corridas de Velocidade (400m, explosão) Produção de Energia via Anaeróbica Reservas metabólicas (ATP, Fosfato de Creatina, glicogênio) Substrato de rápida utilização (Amido processado) Equivalente em Humanos ao Levantamento de Peso Esforço Médio e Velocidade Anaeróbico e Aeróbico (Próximo de 1 minuto, momentos de esforço máximo) Substrato de lenta e média mobilização Cuidado com o excesso de amido – comportamento Atividades de Média Distância (800 a 3200m) Metabolismo aeróbico e anaeróbico Modalidades de Triplo Esforço Provas com exigências diferentes o Velocidade em anaerobiose e aerobiose o Resistência em aerobiose o Esforço máximo em anaerobiose o Esforço médio em aerobiose Formulação da dieta em função da resposta ao treinamento/dieta e condicionamento. Observações: Tirar o volumoso da dieta 12 horas antes da corrida pois o cavalo fica cheio e além disso o volumoso puxa água para o intestino, ficando pesado. Suspender a ração de 5 até 3 horas antes para evitar picos glicêmicos e para que não haja o aumento da frequência cardíaca e respiratória devido ao aumento da irrigação do mesentério, aumentando o fluxo sanguíneo, para que haja a uma melhor eficácia na digestão. Fadiga muscular: Excesso da queima do estoque de glicogênio devido a uma exigência maior, levando o animal a um esgotamento que começará a ter degradação da fibra muscular, depósito de ácido lático, resultando na diminuição do pH e afetando o mecanismo de contração. Ergogênicos Auxílio ergogênico é usado para maior produção de trabalho, conferindo ao animal maior resistência e força. Creatina: composto de aminoácido presente nas fibras musculares que fornece energia, atua na regenaração de ADP em ATP, aumenta a quantidade de água da célula, dando volume a mesma. Consequentemente há uma expansão em suas células, resultando em maior densidade muscular e força física. Explosão nos exercícios de alta intensidade e curta duração. Carnitina: Nutriente sintetizado a partir da Lisina. Responsável pela oxidação lipídica gerando energia para o funcionamento dos músculos. BCAA: Aminoácidos de cadeia ramificada Compõem parte da estrutura muscular, fornecendo energia nos momentos de maior resistência. Relacionado ao anabolismo proteico muscular e diminui lesões musculares após os exercícios. Gama orizanol: Classificado como “inibidor da oxidação”, sendo sua ação antioxidante.
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