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Previsão de Demanda e Gestão de Estoques W B A 0 24 6 _ v1 _ 1 2/194 Previsão de Demanda e Gestão de Estoques Autoria: Joana Ramos Ribeiro Como citar este documento: RIBEIRO, Joana. Previsão de demanda e gestão de estoques. Valinhos: 2016. Sumário Apresentação da Disciplina 04 Unidade 1: Planejamento de demanda 05 Assista a suas aulas 24 Unidade 2: Política de estoques 31 Assista a suas aulas 48 Unidade 3: Métodos de classificação de estoque 56 Assista a suas aulas 71 Unidade 4: O impacto do nível de serviço no nível de estoque 80 Assista a suas aulas 95 2/194 3/1943 Unidade 5: Definindo o lote econômico de compra 102 Assista a suas aulas 117 Unidade 6: Planejamento estoque sob incerteza 125 Assista a suas aulas 139 Unidade 7: Cálculo do estoque de segurança 148 Assista a suas aulas 164 Unidade 8: Indicadores de desempenho de estoque 174 Assista a suas aulas 187 Sumário Previsão de Demanda e Gestão de Estoques Autoria: Joana Ramos Ribeiro Como citar este documento: RIBEIRO, Joana. Previsão de demanda e gestão de estoques. Valinhos: 2016. 4/194 Apresentação da Disciplina O estoque é um integrante da cadeia de su- primentos extremamente avaliado, analisa- do e manipulado, uma vez que seu excesso empata o capital de giro e ocupa espaço do armazém, gerando ineficiência na cadeia. O entendimento da demanda e sua previsão são fundamentais para construção de boas políticas de controle de estoque. A logísti- ca deve trabalhar com a otimização de seus estoques, buscando constantemente pelas quantidades certas de estoques de produ- tos acabados, capazes de atender a deman- da com nível de serviço desejado sem gerar prejuízos para a organização. O crescimento da complexidade da cadeia de suprimentos e o aumento das exigências dos clientes torna o gerenciamento otimizado de estoques uma tarefa difícil de ser executada. O conteúdo desta disciplina irá proporcionar ao aluno as ferramentas e técnicas neces- sárias para o seu melhor desempenho neste campo de atuação. Os principais tópicos abordados são previ- são de demanda, classificação ABC, nível de estoque e seus impactos, ponto de reposi- ção, estoque de segurança, lote econômico de pedido e indicadores de desempenho da gestão de estoque. O objetivo é despertar e desenvolver habili- dades em previsão de demanda e gestão de estoques, além do entendimento da impor- tância do trabalho em conjunto com as áreas de Marketing e Vendas para evitar erros na previsão de estoques. 5/194 Unidade 1 Planejamento de demanda Objetivos 1. Compreender os conceitos de deman- da e seus tipos 2. Entender sobre planejamento de de- manda 3. Conhecer exemplos de como realizar as previsões 4. Entender a diferença entre demanda independente e demanda dependente Unidade 1 • Planejamento de demanda6/194 Introdução Toda organização depende de uma deman- da para continuar ativa no ambiente que atua, seja ela uma organização que dispo- nibiliza produtos ou serviços no mercado. Impossível imaginar qualquer organização sem uma demanda real, seja ela indepen- dente, dependente, sazonal, esporádica ou constante. Todos os tipos de demanda de- vem ser planejados nos processos da cadeia de suprimentos para garantir a disponibili- dade quando necessário. No geral, quanto melhor a organização conhece sua deman- da, melhores são suas estimativas, ou seja, a previsão é próxima do real. Os riscos ine- rentes ao futuro desconhecido podem ser minimizados se houver uma boa previsão. O termo em inglês bastante utilizado é fo- recasting, que trata de atividades relacio- nadas à estimação de dados ou informa- ções futuras. Neste caso, busca-se estimar a demanda futura por meio dos produtos que deverão ser produzidos para atender uma demanda projetada. Essa decisão, por exemplo, influencia na quantidade de in- sumos que será adquirida pela equipe de abastecimento. Essa atividade torna-se de- safiadora em ambientes de alta competiti- vidade e sensíveis a mudanças dos fatores externos, tais como ambientais, econômi- cos, sociais, tecnológicos e políticos. 1. CONCEITOS E TIPOS DE DE- MANDA Para o comércio acontecer, os produtores devem fornecer os produtos e serviços de Unidade 1 • Planejamento de demanda7/194 que os clientes precisam. Todo mercado busca seu equilíbrio entre a oferta e a demanda. A ofer- ta representa a quantidade de produtos que serão disponibilizados no mercado, ao passo que a demanda significa a quantidade de produtos que clientes estão dispostos a comprar. Desta forma, as organizações possuem uma importante missão de manter em equilíbrio o mercado em que atua diretamente. Conforme Kotler e Armstrong: a demanda total de mercado de um produto ou serviço é o volume total a ser adquirido por um determinado grupo de clientes em uma determi- nada área geográfica, durante um determinado período, em um determi- nado ambiente de marketing, sob um determinado nível e mix de esforço marketing praticado pelas empresas do setor (2003, p.145). A demanda da empresa é uma parte da demanda total. Se a empresa não possui o monopólio, então ela possui uma fatia do mercado (market share), cuja meta é aumentar gradativamente a partir de estratégias de marketing e vendas. A demanda não é uma variável controlada pela em- presa, tornando sua previsão algo essencial. Diversos fatores influenciam a intensidade da demanda, como economia, preços praticados pe- las concorrentes, publicidade, entrada de novos produtos, necessidades do cliente, ciclo de vida, Unidade 1 • Planejamento de demanda8/194 entre outros. Além desses fatores, a tarefa de prever as quantidades a serem oferta- das torna-se mais complexa com aumen- to do Stock Keeping Unit (SKU) ofertados e a expansão internacional da empresa. O aumento gradativo da complexidade das operações está levando as organizações a adotarem técnicas e métodos de gestão de demanda que auxiliam na precisão das suas decisões. Portanto a gestão da demanda é importante para que os integrantes de uma cadeia de suprimentos possam adaptar ra- pidamente as variações que ocorrem no mercado, de modo a balancear adequada- mente a demanda com a capacidade ope- racional ao longo da cadeia. A equipe responsável deve saber onde e quando irá ocorrer a demanda para que o planejamento logístico possa ser realizado com sucesso. Além disso, é muito importan- te conseguir distinguir os tipos de demanda conforme seus padrões de comportamento. Segundo Ballou (2006), existem dois tipos de demanda: demanda regular e irregular. O tipo regular é dividido em três padrões: mé- dia, tendência linear e tendência não linear. Apesar de toda demanda ser aleatória, ela possui três possíveis resultados: aumentar a quantidade em relação à experiência an- terior; diminuir a quantidade em relação à experiência anterior ou ter a mesma quan- tidade. O que a diferencia nos padrões são os elementos de tendência e sazonalidade. A Tabela 1 é um resumo dos tipos e padrões de demanda. Unidade 1 • Planejamento de demanda9/194 Tabela 1 – Tipos e padrões de demanda Elemento Regular Irregular Média Tendência linear Tendência não linear Tendência de crescimen- to ou decrescimento Não possui Possui Possui Imprevisível quando e quanto Sazonal Não possui Não possui Possui Imprevisível quando e quanto Fonte: Ballou (2006, p. 243). As Figuras 1 a 4 exemplificam o comportamento da demanda ao longo do tempo para cada tipo e padrão de demanda. Unidade 1 • Planejamento de demanda10/194 Figura 1 – Demanda regular: padrão média Fonte: Ballou (2006, p.243). Figura 2 – Demanda regular: padrão ten- dência linear de crescimento Fonte: Ballou (2006, p. 243). Figura3 – Demanda regular: padrão ten- dência não linear de crescimento Fonte: Ballou (2006, p.243). Figura 4 – Demanda irregular Fonte: Ballou (2006, p.243). Como foi possível observar na análise das figuras, o grau de dificuldade de previsão Unidade 1 • Planejamento de demanda11/194 aumenta gradativamente da Figura 1 até a 4. No caso das duas primeiras figuras, tanto a média quando a tendência linear possuem ajuste linear aplicável. Ou seja, as flutuações da demanda real estão em torno da reta pontilhada, denominada demanda média ou tendência da série. Já o caso da tendência não linear (ver Figura 3), observa-se que ex- iste a tendência de crescimento da deman- da ao longo do tempo, porém não houve um bom ajuste linear, por causa de fortes desvios em relação à tendência da série. Podemos citar alguns exemplos de produtos que provavelmente estão na sua fase de ma- turidade, cujo consumo ocorre o ano todo e as vendas mantêm um padrão constante próximo da média, tais como: farinha, café, achocolatado, arroz e feijão. Já produtos que sofrem o efeito da sazonalidade são, por exemplo, cerveja, sorvete, sandálias, guar- da-chuva, ar-condicionado e vinho. Perce- ba a influência do clima e das datas festivas sobre o nível de vendas desses produtos. Podemos citar como exemplo de demanda irregular os projetos de obras firmados com o Governo. A demanda de obras governa- mentais é errática, pois dependem da políti- ca, orçamento, aprovação e licitação. As construtoras podem passar por períodos de muitas obras em execução, assim como por períodos sem nenhuma obra contratada. Outros dois conceitos importantes sobre a demanda estão relacionados à dependên- cia. A demanda independente consiste nos produtos acabados, cujas vendas não de- pendem de outros componentes para sua Unidade 1 • Planejamento de demanda12/194 formação, mas somente dos consumidores da cadeia de suprimentos. Já a demanda de- pendente é o resultado do planejamento de produção de demanda independente, seja ele de produção puxada ou empurrada Se o fabricante de bicicletas produzir 2.000 uni- dades por dia, logo, a demanda por pneus será de 4.000 por dia. Portanto, os estoques de insumos são considerados demanda de- pendente e os estoques de produto acaba- do de demanda independente. 2. PLANEJAMENTO DE DEMANDA O entendimento da demanda é um diferen- cial competitivo da organização, a qual fará uso mais adequado dos seus recursos ma- teriais e financeiros. Para isso, ela precisa desenvolver um time que realizará o plane- jamento de demanda de forma estruturada e contínua na organização. O Planejamento da demanda é resultado da estruturação e implementação de pro- cessos com a finalidade de criar previsões confiáveis de demanda alinhadas com a capacidade de produção da empresa. Um planejamento da demanda eficiente pode contribuir para previsões de receita mais confiáveis, alinhar os níveis de estoque com os picos e vales e permitir um melhor retor- no para um determinado produto ou canal (ILOS, 2016). O planejamento de demanda é definido como o “uso de previsões e experiência para estimar a demanda para vários itens em vários pontos da cadeia de suprimentos” Unidade 1 • Planejamento de demanda13/194 (PENTZ, 2016, s./d.). O planejamento deve conter os responsáveis pelas previsões, os produtos a serem analisados e acompanha- dos, ciclo de vida de cada produto estuda- do, os padrões de demanda, suas respecti- vas variabilidades observadas no mercado e área ou pessoas que forneceram informa- ções adicionais necessárias. A atividade de planejamento deve sempre buscar aumen- tar a precisão dos dados e informações, para que boas previsões possam ser geradas. O resultado do bom planejamento de deman- da é a geração de valor para organização em termos de melhoria no atendimento ao cliente, aumento do giro de estoque e redu- ção do índice de obsolescência. Segundo Hilletofth et al. (2009), o plane- jamento pode ser dividido em dois proces- sos: criação de demanda e atendimento de demanda. A Figura 5 retrata as principais atividades de cada processo e a relação entre mercado, marketing e Supply Chain Management (SCM). Observa-se que cabe a marketing e vendas realizar as principais atividades de criação de demanda, sendo elas: planejamento estratégico de marke- ting, pesquisa de marketing, segmentação de mercado, desenvolvimento de produto, comercialização de produto, gestão do ciclo de vida do produto, marketing e vendas. O atendimento da demanda, a qual foi es- timulada e impulsionada pelo marketing, é realizado por todos os integrantes da cadeia de suprimentos, portanto as atividades de planejamento estratégico da cadeia de su- primentos, projeto da cadeia de suprimen- Unidade 1 • Planejamento de demanda14/194 tos e operações da cadeia de suprimentos são necessárias para garantir a eficiência e eficácia no atendimento. Porém, isso somente será possível dentro de um processo colaborativo entre Marketing e cadeia de suprimentos, no qual as informações são trocadas rapidamente, para que mudanças/adequações necessárias sejam realizadas no tempo certo. Figura 5 – Estrutura do planejamento da demanda Fonte: Hilletofth et al. (2009, p.9). Unidade 1 • Planejamento de demanda15/194 3. MÉTODOS DE PREVISÃO Algumas etapas são necessárias para rea- lizar uma previsão de demanda. Primeira- mente, é necessário definir o objetivo do modelo de previsão, que consiste no levan- tamento dos motivos da atividade de pre- visões. A equipe deve elencar os produtos, grau de acurácia, detalhe da previsão, além dos recursos necessários e disponíveis para realizar a previsão. A segunda etapa trata da atividade de cole- ta de dados, ou seja, levantamento do maior conjunto de dados relacionados à demanda. A equipe deve construir um banco de dados, contendo dados históricos de vendas reali- zadas, vendas perdidas, informações sobre eventos de marketing que influenciaram o comportamento das vendas realizadas e in- formações sobre eventos futuros, que po- dem influenciar as previsões. A terceira etapa refere-se à seleção do mé- todo de previsão. Dentre os métodos de previsão, existem os qualitativos e os quan- titativos. Os métodos qualitativos utilizam de dados e informações qualitativas, ou seja, obtidos a partir de julgamentos e in- tuições dos especialistas. Para que o mé- todo qualitativo tenha boa resposta, é ne- cessário compor uma rede de especialistas competentes e experientes no assunto que farão os julgamentos, individualmente ou em grupo. Os métodos qualitativos são uti- lizados em projeções de médio a longo al- cance. A técnica Delphi é bastante aplicada para o levantamento de opinião sobre ten- Unidade 1 • Planejamento de demanda16/194 dência futura de demanda. Já os métodos quantitativos envolvem somente a análise numérica de uma base de dados histórica e a aplicação de modelos matemáticos para projetar a demanda futura. Os modelos uti- lizados em previsão de demanda são subdi- vididos em dois grandes grupos: os modelos baseados em séries temporais e os mode- los causais. As técnicas baseadas em séries temporais são utilizadas quando se dispõe de um número razoável de dados históricos, os quais serão utilizados para projetar a de- manda futura no curto prazo. Os modelos causais estudam as relações causa-efei- to nas previsões de demanda, por exemplo qual é o impacto da redução do nível de ser- viço nas vendas.. As técnicas de regressão simples, quando se trata de apenas uma variável, e múltipla quando se trata de mais de uma variável, são amplamente aplicadas em previsão de demanda futura. Para saber mais Sobre as técnicas de regressão simples e múltipla para previsão de demanda, acesse omaterial da professora Carla Henriques da ESTV. HENRIQUES, Carla. Análise de linear simples e múltipla. Vi- seu: 2011. Disponível em: <http://www.estgv. ipv.pt/PaginasPessoais/psarabando/Am- biente%202010-2011/Slides/Regressaoalu- nos.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2017. Unidade 1 • Planejamento de demanda17/194 Para saber mais Neste artigo, você entenderá como reduzir estoques e aumentar o desempenho de entrega com o pro- cesso Sales & Operations Planning. PLANEJAMENTO da demanda: como reduzir estoques e aumentar o desempenho de entrega com o processo Sales & Operations Planning. Gestão Industrial.com. Disponível em: <http://gestaoindustrial.com/index.php/industrial/logistica/planejamento-da-demanda- -processo-sop>. Acesso em: 22 mar. 2017. Conheça como fazer análise estrutural do processo de planejamento da demanda neste artigo. JU- LIANELLI, Leonardo. Análise estrutural do processo de planejamento da demanda. ILOS, 10 abr. 2013. Disponível em: <http://www.ilos.com.br/web/tag/etapas-do-processo-de-planejamento-da- -demanda/>. Acesso em: 22 mar. 2017. Unidade 1 • Planejamento de demanda18/194 Link Confira neste link como detectar problemas no planejamento colaborativo da demanda com métricas simples. SOUZA, Diego de. Como detectar problemas no planejamento colaborativo da demanda com métricas simples. ILOS, 10 out. 2014. Disponível em: <http://www.ilos.com.br/web/como-detec- tar-problemas-no-planejamento-colaborativo-de-demanda-com-metricas-simples/>. Aces- so em: 22 mar. 2017. Leia neste link um estudo sobre processos de previsão de demanda por meio de métodos quantitativos. KHOURY, Felipe K. C. B. Previsão de demanda. In: ____. Minimização de custos de produção via pro- gramação inteira mista: estudo de caso de planejamento de produção de luminárias. 2011. 114 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Industrial)– Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,2011, p. 42-52. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/18828/18828_4. PDF>. Acesso em: 22 mar. 2017. Unidade 1 • Planejamento de demanda19/194 As duas últimas etapas referem-se à apli- cação dos modelos para obtenção das pre- visões, o monitoramento e a identificação de ajustes no banco de dados ou modelo de previsão, para a melhoria contínua do planejamento. Link Nesse artigo você verá uma abordagem de gestão de demanda além da previsão de vendas. MELO, Daniela de Castro; ALCÂNTARA, Rosane Lúcia Chicarelli. A gestão da demanda em cadeias de suprimentos: uma abordagem além da previsão de vendas. Gestão & Produção, São Carlos, v. 18, n. 4, p. 809-824, 2011. Disponível em: <http:// www.scielo.br/pdf/gp/v18n4/a09v18n4. pdf>. Acesso em: 22 mar. 2017. Unidade 1 • Planejamento de demanda20/194 Glossário Planejamento: atividade de estabelecer ações com a finalidade de atingir um objetivo futuro. Previsão: antecipar o futuro com base de dados e informações passadas ou opinião de especia- listas. SKU: Stock Keeping Unit – refere-se ao código identificador único de um produto, facilitando o gerenciamento da manutenção dos estoques. Questão reflexão ? para 21/194 Segundo artigo da EXAME (2016), a atividade econômica brasileira medida pela Serasa Experian caiu 3,8% em 2015, a retração mais intensa desde 1990, quando o recuo foi de 4,35%. A retração econômica influenciou as organiza- ções a repensarem sobre suas estratégias de previsão de demanda. Avalie a situação da empresa em que trabalha ou conheça e enumere algumas políticas adotadas para se adaptar a esse novo cenário de redução de demanda. 22/194 Considerações Finais • Toda organização necessita de uma demanda para se manter. • Conhecer o comportamento da demanda da organização quanto ao tipo e padrão. • O planejamento de demanda é uma ferramenta competitiva capaz de gerar valor para organização. • Métodos qualitativos e quantitativos são usados para realizar previsões de demanda. Unidade 1 • Planejamento de demanda23/194 Referências ATIVIDADE econômica cai 3,8%, maior retração desde 1990. EXAME on-line, São Paulo, 18 fev. 2016. Disponível em:<http://exame.abril.com.br/economia/atividade-economica-cai-3-8-em- 2015-maior-retracao-desde-1990-diz-serasa/>. Acesso em: 30 out. 2016. BALLOU, R, H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, Organização e Logísti- ca Empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. HILLETOFTH, P.; ERICSSON, D.; CHRISTOPHER, M. Demand chain management: a Swedish indus- trial case study. In: Industrial Management & Data Systems, v. 109, n. 9, 2009. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1108/02635570911002261>. Acesso em: 17 maio 2017. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 9. ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 2003. PENTZ, K. The Difference between Demand Planning, Forecasting and S&OP. Demand Plan- ning Blog, 30 maio 2016. Disponível em: <http://demand-planning.com/2016/05/30/the-differ- ence-between-demand-planning-forecasting-and-sop/>. Acesso em: 17 maio 2017. PLANEJAMENTO da demanda. ILOS. Disponível em: <http://www.ilos.com.br/web/solu- coes-por-tema/planejamento-da-demanda>/. Acesso em: 30 out. 2016. 24/194 Assista a suas aulas Aula 1 - Tema: Planejamento da Demanda. Blo- co I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 0d62f6047fe68cf3ae22b4a53fb45b5a>. Aula 1 - Tema: Planejamento da Demanda. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA- piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/2d9f- 2d1b8a5a29ef58446ddcfb0b8496>. 25/194 1. O volume total a ser adquirido por um determinado grupo de clientes em uma determinada área geográfica, em certo período de tempo, com um res- pectivo esforço de marketing praticado pelas empresas do setor. Este con- ceito refere-se a: a) Demanda. b) Demanda total. c) Market share. d) Demanda independente. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 1 26/194 2. Toda demanda é aleatória, porém o que a diferencia são os padrões dos elementos de: a) Média e variância. b) Tendência de crescimento e decrescimento. c) Média e sazonalidade. d) Tendência e sazonalidade. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 2 27/194 3. Quando uma demanda possui uma tendência de crescimento, porém não possui variações significativas da tendência da série, podemos afir- mar que esta demanda é: a) Irregular. b) Regular, padrão média. c) Regular, padrão de tendência linear. d) Regular, padrão de tendência não linear. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 3 28/194 4. A estruturação e implementação de processos que auxilie na criação de previsões confiáveis de demanda, alinhadas com a capacidade de produção da empresa. Essa afirmação refere-se a qual conceito? a) Previsão de demanda. b) Planejamento de marketing. c) Atendimento de demanda. d) Criação de demanda. e) Planejamento de demanda. Questão 4 29/194 5. Dentre os métodos de previsão, qual é método que analisa dados numé- ricos de uma base de dados histórica, envolvendo para isto apenas uma variável? a) Método Qualitativo de regressão simples. b) Método Qualitativo de regressão múltipla. c) Método Quantitativo de regressão simples. d) Método Quantitativo de regressão múltipla. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 5 30/194 Gabarito 1. Resposta: B. Demanda total refere-se ao volume total a ser adquirido por um determinado grupo de clientes. 2. Resposta: D. O que a diferencia os padrões de demanda são os elementos de tendência e sazonali- dade. 3. Resposta: C. Se a demanda não possui grandes variaçõesda média, então descaracteriza sazonalida- de e irregularidade, ou seja, possui tendên- cia linear. 4. Resposta: E. O planejamento de demanda é o responsá- vel pela estruturação e implementação de processos que auxiliem na criação de previ- sões. 5. Resposta: C. Dados numéricos e com apenas uma variá- vel são analisados pelos métodos quantita- tivos de regressão simples. 31/194 Unidade 2 Política de estoques Objetivos 1. Compreender os principais conceitos e tipos de estoques 2. Entender o que é planejamento, ges- tão de estoques e a sua aplicação 3. Entender sobre reposição de estoque e seu funcionamento no gráfico Unidade 2 • Política de estoques32/194 Introdução Os estoques são bens físicos mantidos den- tro das instalações da organização, com- postos pelo acúmulo de matéria-prima, componentes, produtos em processamen- to – work in process (WIP) – e produtos aca- bados que surgem em diversos pontos da cadeia de suprimentos. Os estoques são indispensáveis para garantir um bom nível de serviço ofertado aos seus clientes, seja ele a fábrica, o varejista, o atacadista, ou- tros intermediários ou o consumidor. O ní- vel de serviço, neste caso, é avaliado pela disponibilidade do produto para atender o cliente no tempo certo. A falta do produto pode causar prejuízos a este, e é por meio de um eficiente gerenciamento estratégico dos estoques que minimizamos esse risco. A falta de insumos pode interromper a pro- dução ou forçar uma mudança no planeja- mento de produção, incorrendo em custos não planejados. O objetivo deste tema é prover ao aluno os conhecimentos básicos sobre gestão de estoques, uma vez que o processo de com- pras, produção, vendas e outras decisões baseadas em um item são constantes nas organizações, seja no inbound, no in-house ou outbound. 1. CONCEITOS E TIPOS DE ES- TOQUES Trabalhar com zero de estoques é uma meta quase impraticável em uma cadeia de su- primentos, por mais que se esforce para sua redução. Se a demanda para os produtos da Unidade 2 • Política de estoques33/194 cadeia fosse conhecida com 100% de certe- za, e se os produtos pudessem ser forneci- dos imediatamente, ou seja, com tempo de entrega igual a zero, seria necessário a em- presa ter estoque? Certamente não, mas a realidade das organizações é de incerteza de demanda e incerteza de tempo de entrega. Os pulmões, como também são conhecidos os estoques, representam boa parte dos ativos da empresa. Eles são criados com a finalidade de melhorar a coordenação entre a oferta e a demanda, garantindo o atendi- mento ao cliente, caso ocorra instabilida- des no sistema de produção e transporte. Em compensação, os estoques empatam os recursos financeiros da organização até se- rem convertidos em vendas, além de haver o risco de se transformarem em prejuízo. Segundo Bowersox et al. (2014), o objetivo principal é conseguir o máximo de giro de estoques ao mesmo tempo em que o nível de serviço desejado seja atingido. Desta forma, podemos dizer que os esto- ques apresentam vantagens e desvanta- gens, que devem ser analisadas com aten- ção antes da tomada decisão. As principais vantagens são: • proporciona o ajuste da oferta de pro- dutos com a sua demanda; • pode gera economia, caso o seu preço seja especulativo, ou por sua escassez ou pela oportunidade de compra. Um exemplo são as joalherias, cujo princi- pal insumo é o ouro. O preço do ouro, no Brasil, vincula-se as cotações in- Unidade 2 • Política de estoques34/194 ternacionais, e em épocas de baixa ou previsão de alta da cotação do grama do ouro, a área de compras poderá fa- zer uma aquisição estratégica; • ajuda a promover a melhoria do aten- dimento ao cliente por meio da pron- tidão de entrega; • proporciona economia de escala, ou seja, a obtenção de uma redução do custo unitário do produto (a ser produ- zido ou adquirido) e/ou uma redução do custo unitário de transporte dos produtos por conta do aumento do vo- lume (a ser produzido ou adquirido); • protege contra mudanças de preço em virtude da tendência de aumento de preços (alta inflação); • protege contra incertezas na deman- da e no tempo de entrega (lead time); • protege contra contingências, pois os estoques ajudam a organização a se prevenir contra eventuais incidentes, tais como greves, enchentes, terre- motos, tornados, entre outros. Link Leia a interessante reportagem sobre o terremoto no Japão ocorrido em 2011, que colocou à pro- va a logística do Wal-Mart. SANCHANTA, Mariko. Terremoto no Japão põe à prova logística do Wal- -Mart. The Wall Street Journal on-line. Japão, 24 mar. 2011. Disponível em: <http://br.wsj.com/ articles/SB130100728762597673?tesla=y>. Acesso em 19 maio 2017. Unidade 2 • Política de estoques35/194 Como desvantagens de se ter estoque, po- demos considerar: • pode mascarar problemas de qualida- des; • onera o capital da empresa; • ocupa espaços, necessitando de local apropriado para seu armazenamento; • necessita de gerenciamento e siste- mas de gerenciamento; • existe o risco de se tornar prejuízo para organização (estoques obsole- tos, roubados ou perdidos). Link Este vídeo mostra o exemplo de duas empresas que tiveram prejuízos por causa da má gestão de estoques; porém veja o que ocorreu depois da implementação de algumas ações. G1. Boa ges- tão do estoque pode evitar prejuízos; veja dicas. Disponível em: <http://g1.globo.com/econo- mia/pme/noticia/2016/04/boa-gestao-do- -estoque-pode-evitar-prejuizos-veja-dicas. html>. Acesso em: 19 maio 2017. No sistema logístico, existem estoques de matérias-primas, componentes, produtos inacabados e produtos acabados, que po- dem passar por diferentes estágios, classi- ficados por Ballou (2006), em quatro tipos: Unidade 2 • Política de estoques36/194 • Estoque cíclico Refere-se ao lote de reabastecimento, pre- viamente estabelecido pela equipe de ges- tão de estoques, na tentativa de um lote ótimo de reposição que minimize os custos totais. • Estoque sazonal É o estoque utilizado para produtos que pos- suam comportamento sazonal de demanda. No caso de demanda sazonal, as empresas planejam manter o ritmo de produção es- tável e estocam estrategicamente os pro- dutos sazonais previamente para garantir o atendimento na alta demanda. • Estoque obsoleto É o montante de insumos ou produtos ven- cidos, roubados ou perdidos. • Estoque em trânsito Corresponde ao montante de insumos ou produtos em movimentação física entre os elos da cadeia, utilizando os diversos mo- dais de transporte. • Estoque de segurança Sua finalidade é de proteger as operações contra possíveis atrasos na entrega, au- mento da demanda projetada ou obsoles- cência do estoque ativo. Ele é acrescido ao estoque cíclico para prevenir-se de eventu- al ruptura. Unidade 2 • Política de estoques37/194 Link Leia a reportagem sobre como fazer uma boa gestão do estoque pode aumentar as vendas, le- vando em consideração o estoque de segurança. COMO fazer uma boa gestão do estoque pode au- mentar as vendas. EXAME on-line, São Paulo, 18 jun. 2015. Disponível em: <http://exame.abril. com.br/pme/como-fazer-uma-boa-gestao- -do-estoque-pode-aumentar-as-vendas/>. Acesso em: 19 maio 2017. Para saber mais Para saber mais: a política de estoque, se bem es- truturada, pode evitar inúmeros problemas, re- duzir custos e melhorar o atendimento ao cliente Entenda de que maneira, lendo este artigo. POLÍ- TICA de Estoques. Gestão Industrial.com. Dispo- nível em: <http://gestaoindustrial.com/index. php/industrial/logistica/politica-de-esto- ques>. Acesso em: 19 maio 2017. 2. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE ESTOQUES O componenteestoque é analisado atual- mente com muito detalhe e atenção, uma vez que seu excesso ou falta pode impactar Unidade 2 • Política de estoques38/194 na eficiência da cadeia de suprimentos. Nes- te sentido, o planejamento de estoques tem importante papel na contribuição do ba- lanceamento da produção com a demanda real para evitar estoques elevados. A gestão de estoque deve ser integrada ao processo logístico para que os objetivos de níveis de serviço sejam alcançados. O planejamento e a gestão de estoque ini- ciam com uma boa definição de política de estoque, a qual, baseando-se no desempe- nho desejado, seleciona a técnica de ges- tão e estabelece os parâmetros de quando, quanto pedir, onde localizar e como contro- lar cada SKU. O planejamento de estoque pode ser independente ou centralizado na matriz. Segundo Rego e Mesquita (2011), existem três modelos clássicos para o controle de estoques de produtos com demanda alta e independente: • Reposição Contínua (R, Q), em que dois parâmetros são estabelecidos: o ponto de reposição R – avisa o momento em que deve ser dispa- rado um pedido, ou seja, quando o nível do estoque atinge certo va- lor, um pedido é realizado – e lote de compra “Q” (lote econômico de compra); • Reposição Periódica (T, S), em que também são estabelecidos dois parâ- metros: o intervalo de revisão “T” (um período fixo de tempo entre as revi- Unidade 2 • Política de estoques39/194 sões do estoque e colocação dos pe- didos) e um nível máximo de estoque desejado “S” (a cada revisão, faz-se um pedido para repor o estoque no nível máximo); • Estoque Base, que tem como parâme- tro a base ou patamar de estoque. A cada retirada do estoque (consumo), realiza-se um pedido de igual quan- tidade para repor a base, mantendo- -se constante a posição do estoque, ou seja, a quantidade de estoque em mãos mais as ordens em aberto. As Figuras 6 e 7 exemplificam os modelos clássicos de reposição contínua e periódi- ca. Importante notar que, para o primeiro modelo, a quantidade de pedido (Q) é fixo, porém o tempo entre reposições (TR) é vari- ável. Já para o segundo modelo, Q é variável e TR é fixo. Emax significa estoque máximo, ES é o estoque de segurança, R é o ponto de pedido e D é a demanda. Outro diferencial do modelo de reposição contínua encon- tra-se no ponto de reposição, que sinaliza o momento certo de se realizar um novo pe- dido de “ressuprimento”, levando em consi- deração a demanda média durante o tempo de entrega (LT) e o estoque de segurança. O tempo de entrega é o tempo entre o ponto de pedido e a data de ressuprimento. Unidade 2 • Política de estoques40/194 Figura 6 – Exemplo de modelo de reposição contínua Fonte: elaborado pelo autor. Unidade 2 • Política de estoques41/194 Figura 7 – Exemplo de modelo de reposição periódica (autor) Fonte: elaborado pelo autor. Unidade 2 • Política de estoques42/194 Veja que a demanda (D) apresentada é a real, porém, para definir Q, Emax e ES, é necessária uma boa previsão de demanda, abordada no Tema 01. Se faz necessária a revisão constante da políti- ca de estoques, dos métodos estatísticos utilizados e dos processos de previsão de demanda que garanta o melhor grau de acurácia. A equipe de gestão de estoque deve buscar sempre a melhor forma de minimizar o custo de manutenção de estoque e, ao mesmo tempo, atingir o nível de serviço almejado. Para saber mais Para saber mais: a gestão centralizada dos estoques permite a coordenação de todos os pontos de ar- mazenagem. Como é o caso da empresa Zara, cujas decisões sobre os estoques e distribuições de peças para as mais 2.100 lojas espalhadas pelo mundo são realizadas pelo escritório central na Espanha. JOÃO, Belmiro N; SORDI, José O. de. Estratégias de inovação: o caso Inditex-Zara. In: SIMPÓSIO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, 24., 2006, Gramado. Anais eletrônicos… Gramado: ANPAD, 2006. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/IAE737.pdf>. Acesso em: 19 maio 2017. Unidade 2 • Política de estoques43/194 Para saber mais Para saber mais: neste artigo serão abordadas as quatro decisões fundamentais para a formaliza- ção de uma política de estoques nas empresas. WANKE, Peter. Formalizando uma política de esto- ques para a cadeia de suprimentos. ILOS, 10 nov. 1999. Disponível em: <http://www.ilos.com. br/web/formalizando-uma-politica-de-es- toques-para-a-cadeia-de-suprimentos/>. Acesso em: 19 maio 2017. Unidade 2 • Política de estoques44/194 Glossário Canal de produção: onde se concentram todas as atividades de transformação; no caso dos estoques, são as quantidades necessárias para a produção de determinado produto, formando estoque de produtos em processamento e produtos acabados, prontos para a distribuição. Canal logístico: onde se concentram todas as atividades de armazenagem e movimentação de todos os insumos e produtos. Risco: probabilidade de insucesso de determinado evento. Questão reflexão ? para 45/194 Imagine que você trabalha na gestão de estoque de uma empresa produtora de garrafas de água de 300ml e 1 litro. Você foi notificado que o nível de estoque das gar- rafas de 300ml está muito alto, ultrapassando os pa- drões históricos. Quais são os fatores que você acredita estarem interferindo nesse resultado? Faça uma lista de possíveis fatores. 46/194 Considerações Finais • Os estoques fornecem um meio de coordenar a demanda e a oferta. • A gestão eficiente de estoque permite reduzir os custos de manuten- ção e alcançar o nível de serviço desejado. • Os estoques possuem vantagens e desvantagens, e suas característi- cas influenciam no seu planejamento e controle de estoque. • A política de estoque é a competência de selecionar a técnica de ges- tão adequada e estabelecer corretamente os parâmetros de quando, quanto pedir, onde localizar e como controlar cada SKU. Unidade 2 • Política de estoques47/194 Referências BALLOU, R, H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, Organização e Logís- tica Empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, Donald J.; COOPER, M. Bixby; CLOSS, David J; BOWERSOX, John C. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. REGO, J. R.; MESQUITA, M. A. Controle de estoque de peças de reposição em local único: uma re- visão da literatura. Production on-line, São Paulo, 2011, vol. 21, n. 4, p. 645-666. 21 jan. 2011. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132011005000002>. Acesso em: 17 maio 2017. 48/194 Assista a suas aulas Aula 2 - Tema: Políticas de Estoques. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 0f1681a0e8442fb1c625d2a311d0641f>. Aula 2 - Tema: Políticas de Estoques. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/6e9bb98b04d01f99dff3e5c55fd36689>. 49/194 1. Os estoques são acúmulos de matérias-primas, insumos, componentes, produtos em processo e produtos acabados que aparecem ___________. Complete a frase abaixo com a alternativa mais adequada. a) Em numerosos pontos por todos os canais logísticos e de produção na empresa. b) Nas diversas fábricas pertencentes à organização. c) Nos diversos centros de distribuição pertencentes à organização. d) Em todos os clientes. e) Em todos os fornecedores. Questão 1 50/194 2. Com a finalidade de melhorar a coordenação da oferta-procura e instabili- dades do sistema de produção e transporte, as organizações criam pulmões (estoques). Das opções abaixo, qual não faz parte da finalidade do estoque? Questão 2 a) Melhora no serviço ao cliente. b) Economia de escala.c) Redução dos custos de armazenagem. d) Proteção contra incertezas no tempo de entrega. e) Proteção contra contingências. 51/194 3. As organizações buscam se prevenir contra as incertezas e vulnerabilida- des que exercem diretamente nas suas operações e, para isto, utilizam uma política de gestão de: Questão 3 a) Estoque cíclico. b) Estoque de segurança. c) Estoque sazonal. d) Estoque em trânsito. e) Estoque obsoleto. 52/194 4. Dentre os modelos clássicos de gestão de estoque, qual é responsável por fixar o tempo entre pedidos e variar as quantidades? Questão 4 a) Modelo de reposição contínua. b) Modelo de reposição periódica. c) Modelo de base. d) Modelo de reposição irregular. e) Sistema de controle de estoque. 53/194 5. Para uma demanda constante e tempo de reabastecimento constante, é possível determinar quanto e quando pedir, por meio de três ferramentas mundialmente conhecidas. Assinale a alternativa que representa 1, 2, 3 e d, respectivamente: Questão 5 a) 1– ponto de pedido; 2 – lead time; 3 – demanda média diária; d – quantidade pedida. b) 1 – lead time; 2 – demanda média diária; 3 – ponto de pedido; d – quantidade pedida. 54/194 Questão 5 c) 1 – lead time; 2 – ponto de pedido; 3 – quantidade pedida; d – demanda média diária. d) 1 – ponto de pedido; 2 – lead time; 3 – quantidade pedida; d – consumo. e) 1 – lead time; 2 – quantidade pedida; 3 – ponto de pedido; d –consumo. 55/194 Gabarito 1. Resposta: A. Os estoques estão por toda a cadeia de su- primentos, concentrados nos canais logísti- cos e de produção. 2. Resposta: C. Os estoques aumentam os custos de arma- zenagem. 3. Resposta: B. Estoque de segurança ajuda a organização a se prevenir contra as incertezas. 4. Resposta: B. O modelo de reposição periódica trabalha com tempo fixo, porém as quantidades pe- didas podem variar. 5. Resposta: E. 1 – lead time; 2 – quantidade pedida; 3 – ponto de pedido; d – consumo 56/194 Unidade 3 Métodos de classificação de estoque Objetivos 1. Compreender métodos de classifica- ção de estoque 2. Entender a diferença entre eles e sele- cionar qual ou quais utilizar 3. Fazer análise dos resultados obtidos com a classificação Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque57/194 Introdução As empresas disputam pela rentabilidade de seus negócios em um ambiente de alta competitividade. Para a otimização de es- forços e melhores resultados, elas procu- ram oferecer atendimento diferenciado aos clientes-chave, responsáveis por uma maior parcela dos lucros. Uma diferenciação são as estratégias de estoques concentradas para esses clientes a fim de garantir melhor nível de serviço. Ching (2008) acredita que os capitais empa- tados no estoque podem ser diminuídos, se entendermos que nem todos os itens esto- cados merecem a mesma atenção pela ad- ministração ou precisam manter a mesma disponibilidade para satisfazer os clientes. Desta forma, a logística tem desempenha- do um papel importante nas organizações de pequeno, médio ou grande porte. Espe- cificamente na gestão de estoque, as em- presas podem utilizar ferramentas para dar maior eficiência à cadeia de suprimentos. As técnicas de classificação de produtos são utilizadas para auxiliar as ações da logística de abastecimento, armazenamento e distri- buição, a partir de uma priorização dos pro- dutos segundo sua relevância para a cadeia, possibilitando um tratamento adequado. 1. CLASSIFICAÇÃO ABC A Regra de Pareto, também conhecida como Curva ABC ou regra 80 – 20, é um método convencional bastante utilizado na logís- tica. Esta técnica consiste em classificar os itens em estoque quanto a sua importância, Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque58/194 baseando-se nas quantidades demandadas e seu valor unitário. Seguindo a regra de Pareto, concluímos que os itens classificados como A, normalmen- te, correspondem a 20% em quantidade, mas chegam a 80% em termos de valor. Já os itens considerados B representam 30% da quantidade e 15% do valor, enquanto os itens C equivalem a 50% da quantidade e 5% do valor. A partir dessa constatação, as organizações têm a possibilidade de identi- ficar e quantificar quais itens são mais im- portantes, para assim empregar maior es- forço nos que foram classificados como A. Portanto, o sistema ABC utiliza dados quan- titativos para mensurar e classificar os itens sob observação. Uma vez realizada a classificação, é possível determinar o nível de estoque desejado para itens produzidos ou adquiridos para cada classe: A, B e C. Desta forma, é possível rea- valiar a possibilidade de redução de estoques para os itens considerados da classe C. Para saber mais Leia o artigo sobre aplicação da classificação ABC para melhoria do armazenamento dos produtos de uma empresa. BRAGA, Lilian M.; PIMENTA, Carolina M.; VIEIRA, José G. Vidal. Gestão de ar- mazenagem em um supermercado de pequeno porte. Revista P&D em Engenharia de Produção, Itajubá, n. 8, p. 57-77, 8 jan. 2009. Disponível em: <http://www.revista-ped.unifei.edu.br/do- cumentos/V06N02/n08_art04.pdf>. Acesso em: 19 maio 2017. Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque59/194 2. ELABORAÇÃO DA CURVA ABC A Curva ABC é elaborada a partir de eta- pas inter-relacionadas e consecutivas, nas quais devem ser observados os dados ne- cessários a sua construção. Segundo Tubi- Link Neste artigo, Volpatto explica detalhadamente o que é a curva ABC e análise de Pareto. VOLPAT- TO, André. Curva ABC e análise de Pareto, saiba o que é e como usar. Blog E-Commerce Brasil, 8 nov. 2016. Disponível em: <https://www.ecom- mercebrasil.com.br/eblog/2016/11/08/cur- va-abc-e-analise-de-pareto-saiba-o-que- -e-e-como-usar/>. Acesso em: 19 maio 2017. no (1997), utilizando a demanda valorizada, propõe-se um conjunto de etapas para au- xiliar na construção da curva: 1. relacionar os itens a serem analisados em um determinado período; 2. obter o custo unitário para cada um desses itens e sua respectiva demanda; 3. calcular a demanda valorizada de cada item, multiplicando o valor da deman- da por seu custo unitário; 4. colocar os itens em ordem decrescen- te de valor de demanda valorizada; 5. somar a demanda valorizada indivi- dual para obter a demanda valorizada total dos itens; 6. calcular as percentagens da de- manda valorizada de cada item Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque60/194 em relação a demanda valori- zada total, podendo-se calcular também as percentagens acumuladas; 7. estabelecer os critérios de classifica- ção e, de acordo com estes, estabele- cer as classes A, B e C. A diferença primordial entre as Classes A e C é proporcional a sua disparidade numéri- ca, ou seja, a Classe A é representada pelo grupo de maior valor de consumo e menor quantidade de itens. A Classe C é exata- mente o contrário. Nela está representado o grupo de menor valor de consumo e uma quantidade maior de itens. A Classe B, por conseguinte, traz consigo a representação de uma situação em meio às outras classes (A e C). Quanto aos critérios de classificação, não existe rigidez numérica, podendo haver adaptações conforme as necessidades e conveniências de cada empresa. Na Figura 8, é possível observar um exemplo feito no Excel de curva ABC, criado a partir da venda decrescente de peças automoti- vas. A primeira coluna refere-se a “descri- ção do produto”; a segunda, a “quantidade demandada” e a terceira trata-se do “custo unitário” do item. A partir dessas três co- lunas, realiza-se a multiplicação da quan- tidade demandada pelo custo unitário, e o resultado encontra-se na quarta coluna, “valor do estoque”.Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque61/194 Utilizando o comando “classificar” do Ex- cel, classifica-se a coluna “ valor do esto- que” em ordem decrescente. Somando esta coluna, obtém-se o valor total de estoque (R$3.410.200,00). Para obter a quinta co- luna, “valor estoque acumulado”, basta so- mar o valor estoque atual com o anterior. Por exemplo, o valor acumulado da segun- da linha é R$1.330.000 + R$400.000 = R$ 1.730.000. A coluna “% Acumulado” é o resultado, em percentagem, da divisão da célula “valor es- toque acumulado” pelo valor total de esto- que (R$3.410.200,00). Utilizando o critério 70-25, tem-se que 25% dos itens (41 de 4) representam 72,28% das vendas. Os itens B (31,25%) representam 23,32% e os itens C (43,75%), apenas 4,4% das vendas. Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque62/194 Figura 8 – Classificação ABC por ordem decrescente de vendas Produto Quantidade Custo unitário Valo do estoque Valor estoque acumulado % Acumulado Classificação Extintor ABC 14.000 R$ 95,00 R$ 1.330.000,00 R$ 1.330.000,00 39,00% A Homocinética 10.000 R$ 40,00 R$ 400.000,00 R$ 1.730.000,00 50,73% A Óleo 5w 30 15.000 R$ 25,00 R$ 375.000,00 R$ 2.105.000,00 61,73% A Óleo 20w50 20.000 R$ 18,00 R$ 360.000,00 R$ 2.465.000,00 72,28% A Cabo de vela 1.500 R$ 150,00 R$ 225.000,00 R$ 2.690.000,00 78,88% B Filtro de oleo oc 90 18.000 R$ 10,00 R$ 180.000,00 R$ 2.870.000,00 84,16% B Filtro de ar 15.000 R$ 12,00 R$ 180.000,00 R$ 3.050.000,00 89,44% B Filtro de combustível 17.500 R$ 8,00 R$ 140.000,00 R$ 3.190.000,00 93,54% B Correia dentada 2.000 R$ 35,00 R$ 70.000,00 R$ 3.260.000,00 95,60% B Bateria 200 R$ 280,00 R$ 56.000,00 R$ 3.316.000,00 97,24% C Kit de embreagem 50 R$ 500,00 R$ 25.000,00 R$ 3.341.000,00 97,97% C Juntas 1.000 R$ 20,00 R$ 20.000,00 R$ 3.361.000,00 98,56% C Kit do amortecedor 380 R$ 50,00 R$ 19.000,00 R$ 3.380.000,00 99,11% C Mola 52 R$ 350,00 R$ 18.200,00 R$ 3.398.200,00 99,65% C Caixa de direção 10 R$ 800,00 R$ 8.000,00 R$ 3.406.200,00 99,88% C Lâmpadas 400 R$ 10,00 R$ 4.000,00 R$ 3.410.200,00 100,00% C TOTAL R$ 3.410.200,00 Fonte: elaborada pelo autor. Link Para entender melhor, veja mais exemplos de classificação ABC. Acesse: CLASSIFICAÇÃO ABC, TOTVS. Disponível em: <https://www.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/portuguese/ mata290_classificacao_abc.htm>. Acesso em: 19 maio 2017. Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque63/194 Plotando esses resultados no gráfico, perceba que o formato é de uma curva, por isto, curva ABC (ver Figura 9). Figura 9 – Curva ABC por ordem decrescente de venda de peças Fonte: elaborado pelo autor. Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque64/194 Para saber mais Os estoques podem ser uma dor de cabeça ou uma alegria para os empreendedores, tudo de- pende da sua organização. Entenda como a curva ABC pode ajudar na gestão de estoques. TURCI, Daniel. Como utilizar a curva ABC para gestão de estoque. Endeavor Brasil, 5 maio 2016. Disponí- vel em: <https://endeavor.org.br/curva-abc- -gestao-estoque/>. Acesso em: 19 maio 2017. 3. DEMAIS TIPOS DE CLASSIFI- CAÇÃO DE ESTOQUES Método FSN O método FSN é baseado no giro do estoque segundo os critérios fast, slow, and non (FSN), ou seja, rápido, lento e zero. O giro de es- toques ajuda a avaliar a permanência (des- de a entrada até a saída) do produto na em- presa. Esta classificação é especialmente útil para controlar a obsolescência e deterioração dos produtos nos armazéns (SRINIVASAN, 2008). Os critérios de corte para rápido, lento e sem giro são definidos pela equipe e dependem das características dos produ- tos, do seu valor e da sua utilidade para as operações. Método XYZ ou VED Neste método, os itens são segmentados, baseando-se no critério de criticidade, para facilitar as rotinas de planejamento, re- posição e gerenciamento dos estoques. Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque65/194 Classe X - Ordinário: item de baixa critici- dade, cuja falta naturalmente comprom- ete o atendimento de um usuário interno (serviço ou produção) ou externo (cliente final), mas não implica em maiores conse- quências. Classe Y - Intercambiável: criticidade média; é importante para a realização das atividades da empresa ou do cliente, porém pode ser substituído por outros com relativa facilidade. Classe Z - Vital: criticidade máxima; item cuja falta acarreta consequências críticas, tais como interrupção dos processos da empresa ou do cliente. São imprescindíveis, não podem ser substituídos por outros equivalentes. Link Artigo sobre análise conjunta da curva ABC e do fa- tor criticidade em uma farmácia de manipulação. VIMERCATI, M.; MENDONÇA, M. F. A. B.; MIRANDA, M. A. de; SILVEIRA, L. F. V. Análise conjunta da curva ABC e do fator criticidade em uma farmácia de ma- nipulação de Guaçuí – ES. In: SIMPÓSIO DE EXCE- LÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 9., 2012. Anais eletrônicos… 2012. Disponível em: <http://www. aedb.br/seget/arquivos/artigos12/46416629. pdf>. Acesso em: 19 maio 2017. Método 123 Este método auxilia a classificar os produtos quanto ao grau de dificuldade na sua aqui- sição ou produção. Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque66/194 1 – Aquisição Complexa: item de difí- cil aquisição ou produção, por causa de diversos fatores, tais como longo set-up, longo lead time, alta incerte- za quanto à pontualidade, qualidade, poucas fontes alternativas e sazona- lidades. 2 – Aquisição Difícil: envolve poucos fatores, porém, estes são complica- dores que tornam o processo de ob- tenção relativamente difícil. 3 – Aquisição Fácil: fornecimento ágil, rápido e pontual e/ou o item é uma commodity, com amplas alternativas à disposição no mercado fornecedor. Todos os métodos aqui apresentados po- dem ser utilizados em conjunto, fortalecen- do ainda mais a avaliação e a gestão dos estoques, certificando que os produtos de maior relevância realmente estão tendo destaque pela equipe. O resultado é uma gestão mais eficiente, focando seu tempo e energia nos produtos-chave da organi- zação, gerando redução de custo e maximi- zação do nível de serviço. Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque67/194 Glossário Análise quantitativa: uso de dados numéricos para análise, verificação e validação. Criticidade: característica de crítico; quando algo atinge um nível crítico. Pareto: em 1897, Vilfredo Pareto publicou um estudo sobre distribuição de renda, a “Lei de Pa- reto” ou “Princípio 80-20”. Por meio desse estudo, Pareto observou que 80% dos fenômenos advêm de apenas 20% das causas. Também constatou que existia uma grande concentração de renda, em que 80% da renda estava concentrada em apenas 20% das pessoas. Questão reflexão ? para 68/194 Imagine que na empresa onde atua não existe nenhum método de classificação dos produtos estocados. Como as classificações ABC de estoque podem ser aplicadas a produtos e clientes? Quais são os benefícios e as consi- derações ao classificar o estoque por produto e cliente? 69/194 Considerações Finais • Estratégias de diferenciação de estoques são importante para garantir um melhor nível de serviço para os clientes-chave. • A técnica de classificação ABC consiste em classificar os produtos quanto a sua importância, baseando-se nas quantidades demandadas e em seu valor unitário. • A técnica FSN analisa e classifica os itens estocados conforme seu giro de estoque. • A técnica XYZ analisa e classifica os produtos conforme o grau de criticidade da falta dele em estoque. • A técnica 123 analisa e classifica os produtos conforme a facilidade de aqui- sição. Unidade 3 • Métodos de classificação de estoque70/194 Referências CHING, H.Y.Gestão de estoque na cadeia de logística integrada. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. SRINIVASAN, A. V (Ed.). Managing a Modern Hospital. 2. ed. New Delhi, India: Response Books, 2008. TUBINO, Dalvio F. Manual de Planejamento e Controle da Produção. São Paulo, Atlas Editora, 1997. 71/194 Assista a suas aulas Aula 3 - Tema: Métodos para a Classificação de Estoques. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/520e00b10a840a636dfd1413dae4e855>. Aula 3 - Tema: Métodos para a Classificação de Estoques. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ fc42eec300a9371727cc5e5719a47f42>. 72/194 1. Qual método consiste em separar os itens por classes de acordo com sua importância relativa, levando em conta valor unitário e quantidade deman- dada? a) Classificação 123. b) Classificação VED. c) Classificação XYZ. d) Classificação 70-30. e) Classificação ABC demanda valorizada. Questão 1 73/194 2. Os estoques são responsáveis por uma parcela considerável dos ativos de uma empresa. A Classificação ABC demanda valorizada de produtos é um instrumento para ajudar a gestão de estoques de uma empresa. Assim, os itens classificados como A: a) Devem ser tratados com atenção especial pelos gestores, pois representam cerca de 80% da quantidade total. b) Devem ser tratados com atenção especial pelos gestores, pois representam cerca de 80% do valor total. c) Devem ser tratados com pouca atenção especial pelos gestores, pois representam cerca de 80% da quantidade total. d) Devem ser tratados com atenção especial pelos gestores, pois representam cerca de 20% do valor total. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 2 74/194 3. A empresa Caotics S/A precisa definir critérios prioritários para armazena- gem de seus produtos acabados com itens de vendas regulares. Por decisão de seus administradores, passou a coletar dados de vendas e decidiu utilizar um sistema de classificação ABC para priorização nas proporções de 80%, 15% e 5%, conforme podemos visualizar na tabela abaixo. Quais são os produtos responsáveis por 80% do custo anual? Item Demanda anual Custo (R$) X1 9000 8 X2 59000 6 X3 1075 80 X4 15000 1 X5 4625 4 X6 16000 5 X7 10000 2 X8 13500 1 X9 4750 48 X10 1000 17 Questão 3 75/194 Questão 3 a) X1, X2, X3 e X4. b) X2, X6, X4 e X8. c) X5, X3, X6 e X9. d) X2, X9, X3 e X6. e) X2, X7, X1 e X3. 76/194 4. Para a área de gestão de estoques, existe uma ferramenta que auxilia a classificar os produtos quanto ao grau de dificuldade na sua aquisição ou produção. Qual é essa ferramenta? a) Classificação 123. b) Classificação ABC estoque. c) Classificação XYZ. d) Classificação 70-30. e) Classificação ABC demanda valorizada. Questão 4 77/194 5. A análise do giro de estoques ajuda a avaliar a permanência de um pro- duto no armazém. O método desenvolvido para auxiliar na classificação para melhorar o controle de obsolescência e deterioração dos produtos nos armazéns é: a) Classificação 123. b) FSN. c) Classificação XYZ. d) Classificação 70-30. e) Classificação ABC demanda valorizada. Questão 5 78/194 Gabarito 1. Resposta: E. Classificação ABC demanda valorizada uti- liza para cálculo o valor unitário e quantida- de demandada. 2. Resposta: B. Classificação A deve ser priorizada em sua gestão, pois ela representa cerca de 80% da demanda total valorizada. 3. Resposta: D. 4. Resposta: A. Classificação 123 é a ferramenta ideal para analisar o grau de dificuldade na aquisição ou produção dos itens. 79/194 Gabarito 5. Resposta: B. Método FSN é baseado no giro do estoque e auxilia na classificação para melhorar o controle de obsolescência e deterioração. 80/194 Unidade 4 O impacto do nível de serviço no nível de estoque Objetivos 1. Compreender o impacto do nível de serviço no nível de estoque 2. Entender ruptura e custos de vendas perdidas 3. Entender a importância do nível de serviço e seu impacto na receita e nos custos logísticos Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque81/194 Introdução A logística é uma atividade cujo resultado são serviços prestados aos seus clientes e para sua avaliação é necessário um con- junto de indicadores. Eles estão associados à resposta desejada pelo cliente quanto a: disponibilidade de produtos (estoque); con- fiabilidade do serviço (qualidade) e o desem- penho logístico (velocidade e consistência de entregas). A disponibilidade de estoque é um importante indicador que analisa a capacidade de atender as quantidades de- sejadas pelos clientes. Se a empresa precisa ampliar a disponibilidade de seus produtos, significar aumentar os estoques, portanto o custo também se eleva. O aumento das exi- gências de níveis de serviço pode requerer maior nível de estoque, acréscimo de pes- soas envolvidas, implantação de sistemas de informação mais robustos para a gestão. O resultado é o encarecimento dos custos logísticos para oferecer serviços diferencia- dos. Portanto, o papel da equipe é buscar um equilíbrio perfeito entre nível de servi- ço e o custo do estoque, de tal forma que a empresa consiga disponibilizar a quantida- de de produtos que garanta o nível de servi- ço almejado, sem prejudicar seus lucros. Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque82/194 1. RUPTURA E CUSTOS DE VEN- DAS PERDIDAS A gestão do estoque eficiente busca esta- belecer para a empresa alguns parâme- tros, dentre eles, a quantidade adequada Para saber mais Leia mais: considerando a relação rentabilidade de clientes e nível de serviço, veja que, ao conhe- cer os clientes pela rentabilidade que proporcio- nam, é possível ajustar o nível de serviço. FIGUEI- REDO, Kleber. Rentabilidade de clientes e nível de serviço. ILOS, 15 maio 2000. Disponível em: <http://www.ilos.com.br/web/rentabilida- de-de-clientes-e-nivel-de-servico/>. Acesso em: 19 maio 2017. de estoque ao giro apropriado, a quantida- de a comprar e com que frequência. A sua ineficiência pode provocar duas situações: estoques obsoletos e ruptura de estoques. Lembrando que o objetivo principal do ge- renciamento dos estoques é assegurar que o produto esteja disponível no tempo e nas quantidades desejadas aos consumidores, sem que ocorra ruptura ou falta de esto- ques (BALLOU, 2006). O índice de ruptura refere-se à porcentagem de produtos em falta com relação ao total de itens de uma organização. Por exemplo, se uma empresa possui como limite aceitá- vel de rupturas de 3%, portanto o nível de serviço desejado quanto ao atendimento de pedidos será de 97%. A ruptura pode cau- sar um custo de venda perdida por falta de Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque83/194 estoque, portanto ela será uma parcela do índice de ruptura (podendo chegar a 100% deste índice). Segundo os dados da Ne- oGrid (2016), em junho de 2015, o varejo brasileiro teve um índice próximo a 10% de ruptura, dos quais 5% representavam ven- das perdidas. As principais causas para a ruptura dos es- toques são: • erro do marketing – erros de previsão de demanda, processamento lento de pedidos e falha na comunicação de campanhas; • erros do planejamento de estoques no estabelecimento de parâmetros; • erro dos fornecedores/suprimentos – atrasos na entrega, alto índice de re- jeição dos produtos e erro de pedido de compra gerando falta de materiais; • erro da produção – atrasos na produ- ção, erros de qualidade e baixa produ- tividade; • erro de distribuição – baixa produti- vidade de separação, baixaqualidade dos serviços e erros de armazenagem. Todos os erros que levam a empresa a um índice alto de ruptura, portanto a prejuízo financeiro, devem ser levantados, analisa- dos e eliminados (reduzidos). O monitora- mento do nível de estoque dos produtos da empresa e a reposição de estoque rápida são ações necessárias que contribuem para redução do índice de ruptura. Quão antes prever uma possível falta de produto no Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque84/194 2. DETERMINAR O NÍVEL DE SER- VIÇO Disponibilizar para seu cliente um bom ní- vel de serviço possui um impacto na sua efi- ciência operacional. Para exemplificar essa afirmação, vamos pensar em um mercado. Se o nível de serviço dos fornecedores des- te mercado for alto, ou seja, entregando nas quantidades certas e no prazo correto con- forme os pedidos realizados, o gestor deste mercado terá alta confiança na sua rede de abastecimento. Essa confiança pode abran- dar os controles de incerteza, reduzindo, por exemplo, o estoque de segurança, re- sultando em impacto positivo no seu fluxo de caixa. armazém ou na prateleira de um ponto de venda, maiores as chances de conseguir re- por a quantidade em tempo hábil, sem pre- judicar o consumidor final. Link Estudo de caso que teve como objetivo avaliar o nível de serviço logístico de uma empresa distri- buidora de autopeças. CARDOSO, F. G.; VIEIRA, J. G. V.; SILVA, J. E. A. R.; FIGUEIREDO, A. M. Avaliação do nível de serviço logístico de uma empresa dis- tribuidora de autopeças. Revista Produção Onli- ne, Florianópolis, v. 14, n. 4, p. 1348-1377, out./ dez. 2014. Disponível em: <https://www.pro- ducaoonline.org.br/rpo/article/view/1657>. Acesso em: 19 maio 2017. Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque85/194 Em contrapartida, se a consistência do abastecimento do mercado for baixa, irá ocasionar au- mento dos seus custos – ou pela falta de produtos, gerando custo de vendas perdidas, ou pelo aumento de custos de manutenção de estoques de segurança. Para saber mais Figueiredo et al. (2007) contribui com bom levantamento junto a 486 encarregados de compras de su- permercado e hipermercados. A finalidade dessa análise foi investigar a identificação de segmentos de clientes varejistas da indústria brasileira quanto às expectativas de nível de serviço logístico prestado por seus fornecedores. FIGUEIREDO, K.; GOLDSMID, I. K.; ARKADER, R.; HIJJAR, M. F. Segmentação logística: um estudo na relação entre fornecedores e varejistas no Brasil. Revista de Administração. Contemporâ- nea, Curitiba, v. 11, n. 4, out./dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=s- ci_arttext&pid=S1415-65552007000400002>. Acesso em: 19 maio 2017. No entanto, os custos com o nível de serviço não podem resultar em prejuízos para a empresa, devendo esta encontrar um ponto de equilíbrio entre ambos. Dois fatores devem ser considera- dos na definição do nível de serviço: estabelecer o limite negociável de custo e, após isto, atender às necessidades de serviço dos clientes. No caso de aumento do nível de serviço que já se en- contra em patamares elevados, primeiro deve-se analisar detalhadamente a viabilidade desta Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque86/194 melhoria, pois seu aumento pode levar em redução de lucro. Segundo Ballou (2006), o objetivo da ges- tão da cadeia de suprimentos é alcançar o equilíbrio entre custo e nível de serviço ao cliente que maximize o lucro da mesma. A Figura 10 é formada por dois eixos, o eixo horizontal, representando o nível de ser- viço, e o eixo vertical, o custo ou as vendas (receita). Observa-se nesta figura que con- forme se aumenta o nível de serviço ofer- tado, tanto o valor dos custos logísticos quanto da receita elevam-se. Porém, veja que o comportamento da curva de receita e do custo são diferentes. A curva da receita possui formato em “S”, em que, a partir de certo nível de serviço, o valor da receita ten- de a se estabilizar, independentemente do incremento do nível de serviço. Já a curva de custos é sempre crescente, dado aumento do nível de serviço. Portanto, a organização deve identificar a receita e os custos logísti- cos de cada nível de serviço, de forma a es- tabelecer o nível de serviço ótimo, ou seja, aquele que irá maximizar a contribuição do lucro da empresa. Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque87/194 Figura 10 – Comportamento dos custos logísticos e receita versus nível de serviço Fonte: Ballou (2006, p.106. Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque88/194 O aumento do nível de estoque para au- mentar a sua disponibilidade incrementa os custos, principalmente o custo de manu- tenção de estoque e custo de obsolescência. Porém, esta é uma decisão que cabe à em- presa realizar em detrimento das exigências do mercado e dos custos de manter deter- minado estoque para garantir alto índice de abastecimentos dos pedidos dos clientes. Para exemplificar, vamos utilizar o exemplo fictício do caso da empresa Multiplus cle- an, que vende diversos tipos de produtos de limpeza para shoppings, pequenos mer- cados, hospitais e escolas. Em um cenário muito competitivo, a taxa de pedidos entre- gues por completo é que determina a fide- lidade dos seus clientes. O nível de estoque do centro de distribuição da empresa é ava- liado para atender diferentes taxas. Utili- zando a base histórica de vendas, a equipe de logística fez diversas análises e proje- ções de nível de estoque para atendimento dos pedidos, como também do impacto dis- to nos custos e vendas da empresa. O resul- tado encontra-se na Tabela 2. Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque89/194 Tabela 2 – Comparativo de índices de nível de serviço, custos e receitas da empresa Multiplus clean Porcentagem média de pedidos totalmente entregues 100% 99% 95% 90% 85% 80% Vendas anuais estimadas (milhões) R$ 15 R$ 14,5 R$ 13 R$ 10 R$ 8 R$ 5 Custo logístico total (milhões) R$ 15 R$ 13 R$ 9 R$ 7 R$ 5,5 R$ 3 Fonte: elaborada pelo autor. Fazer a diferença das vendas anuais pelo custo logístico para cada tipo de índice de nível de ser- viço (Tabela 2) permite concluir que o nível de serviço que proporciona melhor lucro para a em- presa (R$4 milhões), está na faixa de 95%, na qual cerca de 5% dos pedidos não teriam suas quantidades totalmente atendidas. Esta atividade não é fácil, tornando-se um desafio para o profissional da logística, entretanto é um processo de aprendizagem, no qual se aprende continuamente com a verificação dos valores de nível de serviço, vendas e custos que foram projetados com os realizados, fazendo os ajustes necessários com o tempo. O importante é entender que o nível de serviço impacta nas vendas e nos custos logísticos e que a empresa deve fazer boa gestão para obter sua vantagem competi- tiva frente aos concorrentes. Um bom detalhamento dos processos logísticos auxilia na identificação de problemas e, em se- guida, a implementar soluções que melhoram o serviço e reduzem custos. Essa metodologia de- nomina-se Lean. Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque90/194 Para saber mais Sobre uma logística eficiente, que busca constan- temente maximizar o nível de serviço e reduzir os custos por meio de planejamento para excelência em centros de distribuição, utilizando metodolo- gias conceituadas e investimento em automação, leia este artigo. BANZATO, Eduardo. Planejamen- to para excelência em centros de distribuição. Revista Logística on-line, Seção Especialistas. Disponível em: <http://www.imam.com.br/ logistica/especialistas/eduardo-banzato/ 2405-planejamento-fulfillment-e-commer- ce-lean-cd>. Acesso em:19 maio 2017. Link Veja como funciona o centro de distribuição da Whirlpool. Whirlpool CD EUA IMAM. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?- v=BFEwpzr84xY&feature=youtu.be>. Acesso em: 19 maio 2017. Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque91/194 Glossário Curva “S”: é uma função sigmoide, cuja curva apresenta forma de “S”. Muitas vezes, a função sigmoide refere-se ao caso especial da função logística. Lean: metodologia desenvolvida pela Toyota, porém difundida mundialmente, cuja essência é a capacidade de eliminar desperdícios continuamente e resolver problemas de maneira sistemá- tica. Serviço: é o resultado de uma atividade ou processo que satisfaz determinada necessidade, po- rém não assume uma forma física. Questão reflexão ? para 92/194 Analise novamente o exemplo da Multiplus clean; se você fosse responsável pela gestão de estoque dessa empre- sa, o que faria se um concorrente que oferecia um nível de serviço de 85% passasse a oferecer a 95%? Explore os conceitos apresentados e as referências extras para formular sua resposta. 93/194 Considerações Finais • O aumento das exigências dos clientes por níveis de serviços elevados pode requerer da empresa um aumento no seu nível de estoque, resultando in- cremento não desejado dos custos logísticos. • O índice de ruptura é um importante indicador que se refere a porcentagem de produtos em falta em relação ao total de itens de uma empresa. • O papel da equipe é buscar um equilíbrio perfeito entre nível de serviço e o custo do estoque. • A empresa busca constantemente melhorar seus processos, de tal forma a disponibilizar a quantidade de produtos que garanta o nível de serviço al- mejado, sem prejudicar nos lucros da mesma. Unidade 4 • O impacto do nível de serviço no nível de estoque94/194 Referências BALLOU, R, H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, Organização e Logís- tica Empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. COMO melhorar o indicador de ruptura? NeoGrid, 27 jan. 2015. Disponível em: <https://blog. neogrid.com/como-melhorar-o-indicador-de-ruptura/>. Acesso em: 10 nov. 2016. FIGUEIREDO, K.; GOLDSMID, I. K.; ARKADER, R.; HIJJAR, M. F. Segmentação logística: um estudo na relação entre fornecedores e varejistas no Brasil. Revista de Administração. Contemporânea, Curitiba, v. 11, n. 4, out./dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1415-65552007000400002>. Acesso em: 19 maio 2017. 95/194 Assista a suas aulas Aula 4 - Tema: O Impacto do Nível de Serviço no Nível de Estoque. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/120b1288d1a4895e72f8baf8d4514eb3>. Aula 4 - Tema: O Impacto do Nível de Serviço no Nível de Estoque. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 0c3bb11a51e5804598aa1c065bd068d6>. 96/194 1. O aumento do nível de serviço impacta positivamente: a) Nos custos de manutenção de estoques. b) Na redução do nível de estoque. c) Na disponibilidade de produtos para os clientes. d) Na redução do espaço do armazém. e) Na redução das vendas. Questão 1 97/194 2. Qual é o indicador que se refere a porcentagem de produtos em falta em relação ao total de itens de uma empresa? a) Disponibilidade de produtos. b) Índice de entrega no prazo. c) Índice de entrega completa. d) Índice de ruptura. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 2 98/194 3. O objetivo da gestão da cadeia de suprimentos é alcançar o equilíbrio entre custo logístico e o nível de serviço ao cliente para que se obtenha: a) Maximização do lucro. b) Maximização da receita. c) Minimização do custo de produção. d) Maximização dos processos logísticos. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 3 99/194 4. Analisando a tabela abaixo, qual é a porcentagem de pedidos entregues por completo que a empresa deve oferecer para seus clientes? Porcentagem de pedidos en- tregues por completo 99% 95% 90% 85% Vendas anuais estimadas (mi- lhões) R$25 R$22,5 R$20 R$17 Custo de distribuição/trans- porte, estoque e processa- mento de pedidos (milhões) R$21 R$16,5 R$13 R$11 a) 99%. b) 95%. c) 90%. d) 85%. e) Abaixo de 85%. Questão 4 100/194 5. Existem diversas causas para a falta de produtos para atendimento dos pedidos dos clientes. Qual é a que está relacionada com baixa produtivi- dade de separação e erros de armazenagem: a) Erro de marketing. b) Erros do planejamento de estoques. c) Erros dos fornecedores/suprimentos. d) Erros da produção. e) Erros de distribuição. Questão 5 101/194 Gabarito 1. Resposta: C. O aumento do nível de serviço impacta no aumento da disponibilidade de produtos para os clientes. 2. Resposta: D. O resultado da porcentagem de produtos em falta em relação ao total de itens de uma empresa refere-se à quantidade de itens em ruptura no estoque. 3. Resposta: A. Maximização do lucro busca o equilíbrio en- tre custo logístico e o nível de serviço. 4. Resposta: C. A empresa deve oferecer 90% dado ser o maior retorno ao ponderar Vendas – Custo de Distribuição. 5. Resposta: E. Produtividade de separação e erros de ar- mazenagem referem-se às atividades de distribuição. 102/194 Unidade 5 Definindo o lote econômico de compra Objetivos 1. Compreender os conceitos de lote econômico e sua obtenção 2. Compreender o cálculo do ponto de reposição 3. Entender a importância das métricas para o planejamento de estoques Unidade 5 • Definindo o lote econômico de compra103/194 Introdução Neste tema, iremos abordar a importância do lote econômico para o melhor planeja- mento de reposição de estoque repetitivo, ou seja, para os pedidos que se repetem ao longo do tempo, sendo sua reposição reali- zada quase que de forma instantânea. A fi- nalidade é fornecer as abordagens clássicas de previsão de níveis de estoque e de rea- bastecimento. Como discutido anteriormente, todos os itens que permanecem no estoque sem uso geram custo de manutenção. Se levar esse conceito ao seu extremo, faria sentido com- prar exatamente quando fosse preciso. Po- rém, múltiplas compras de menor quanti- dade do mesmo item certamente aumenta- riam as despesas associadas à realização e acompanhamento das compras, conhecido como custo de aquisição. 1. REABASTECIMENTO DE ESTO- QUE Quando a demanda é independente, contí- nua e a sua taxa essencialmente constante, os controles de níveis de estoques podem ser realizados pelo cálculo do lote econômi- co de compra. Planejar é determinar quanto e quando pedir dos fornecedores ou fábri- cas. O controle de estoque é o processo de monitorar o que foi planejado e corrigir os parâmetros conforme as mudanças ocor- ram durante o processo. A seguir analisamos a forma clássica de res- ponder as suas perguntas: quanto e quando. Unidade 5 • Definindo o lote econômico de compra104/194 LEC A quantidade a ser pedida a seu fornecedor ou fábrica para reabastecimento do esto- que é determinada pelo tamanho do pe- dido de compra. Em 1915, F. W. Harris, da General Electric, desenvolveu a fórmula de Lote Econômico de Compra (LEC), também conhecido como Economic Order Quantity (EOQ), para ajudar os gestores a determinar quantos itens comprar. O cálculo do LEC é encontrado a partir da análise do menor custo total, consideran- do somente o custo de manutenção de es- toques e de aquisição. A Figura 11 auxilia no entendimento, perceba que conforme o valor da quantidade de pedido aumenta, o custo de armazenagem de estoque também
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