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HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL P ág in a1 INSPEÇÃO DE CARNE INSPEÇÃO ANTE-MORTEM • Animal vivo → abate • Veterinário (credenciado do MAPA – SIF) o Examina estado geral o Estado de saúde o GTA: nº de animais, quantidade de fêmeas e machos o Boletim sanitário: nº do animal, quantidade de fêmeas e machos, prenhes, tempo da última parição, abortos, vacinas obrigatórias, mortes ou doenças no lote nos últimos dias, teste de tuberculina no lote, brucelose, horário de suspenção da dieta, uso de medicamentos e quando foi a última dose. • É proibido o recebimento dos animais nos abatedouros sem o boletim sanitário e sem o GTA. Quem autoriza a entrada dos animais no abatedouro é um veterinário, que deve ficar esperando o lote em currais externos. DECISÕES ANTE-MORTEM a) Autorização para o abate: animal saudável, sem defeitos na pele ou doenças. b) Abate ou matança de emergência imediata: casos em que o animal está passando por sofrimento (fraturas, eviscerações) c) Abate ou matança de emergência mediata ou Abate com precauções especiais: é feito abate dos outros animais primeiro e por ultimo esses, pois não estão saudáveis mas não estão em sofrimento d) Adiamento da autorização para o abate: para casos em que houve estresse de viagem. É feito o descanso, alimentação, reposição hídrica e espera-se 2 a 3 dias para o abate → evita DFD e) Reprovação para o abate: não se pode abater o animal junto aos outros animais para evitar a contaminação das outras carcaças. Estes animais vão para uma sala separada → Departamento de necrópsia. Alguns não podem ir para a necrópsia e vão direto para o forno crematório (ex.: doenças infectocontagiosas) INSPEÇÃO POST-MORTEM • Carcaças e vísceras → consumo humano • Veterinário (credenciado do MAPA – SIF) • Agente fiscal do MAPA (funcionário nível médio) → irregularidades são desviadas para DIF (Departamento de Inspeção Fiscal) para ser inspecionado pelo veterinário • Todas as carcaças e vísceras → exame individual DECISÕES POST-MORTEM a) Aprovação para o consumo b) Aproveitamento condicional: situação em que a carne pode ser aproveitada desde que passe por uma condição HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL P ág in a2 a. Calor: melhor método → embutidos cozidos: salsicha, mortadela presunto, passam por calor mais brando (85ºC) e enlatados em conservas a um calor mais intenso (130ºC) b. Frio métodos brandos usados para doenças parasitárias c. Salga c) Reprovação parcial: parte da carcaça com lesão é descartada e o resto é aproveitado d) Reprovação total para o consumo (humano): destino da carcaça varia com o tipo da doença. a. Ração b. Adubo c. Forno crematório: agentes muito resistentes, contamina o solo HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL P ág in a3 TOMADA DE DECISÃO PARA O DESTINO DAS CARCAÇAS • Estado geral da carcaça • Grau de comprometimento da carcaça • Agente/doença o Caquexia o Icterícia o Carbúnculo hemático e sintomático Condenação total de carcaça o Septicemia o Anemia Estado geral Comprometimento da carcaça Destino Bom Localizado Aproveitamento Ruim Localizado Condenação Bom Generalizado Condenação Exemplo: Animal com tuberculose → Se o estado geral for bom e comprometimento da carcaça é localizado, o aproveitamento é condicional. Mas se o comprometimento da carcaça é generalizado, é feito a condenação total de carcaça porque a carga bacteriana será maior, e visto que a esterilização é 99,99% eficaz, ainda sobra 0,01% do total de microorganismos, podendo ser um número alto. Animal com magreza → se a carcaça não tiver lesões nem ante e nem post mortem, será encaminhado para o setor de salsicharia, da qual passará por processos de calor. Se houver dúvida entre icterícia e adipoxantose → resfriamento da carcaça por 24 horas → se o amarelado (por conta da gordura) desaparecer, é a adipoxantose e então a carne é aprovada; se continuar amarelada, então é uma icterícia e a carcaça deve ser condenada. Em casos de septicemia, a carcaça deve ser condenada totalmente sem nenhum tipo de aproveitamento. CARBÚNCULO HEMÁTICO Carbúnculo hemático (Antraz nos humanos): é causado por um bacilo esporulado, extremamente resistente e zoonótico. Quando o animal sofre morte súbita por carbúnculo hemático (ante-mortem), é preciso esperar 24 horas para que o resto do lote seja mandado para o abate. Caso algum outro animal sofra morte súbita, é preciso esperar outras 24 horas, e assim em diante, até que essas mortes súbitas sessem. Os animais que sofrem morte súbita devem ser descartados e incinerados sem passar por necrópsia, e o local deve ser higienizado a fim de evitar possíveis contaminações.
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