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Universidade Federal do Pampa- UNIPAMPA- Campus Dom Pedrito RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II Dom Pedrito 2019 CLEUSA MARIA DOS SANTOS MANCILIA Relatório do Estágio Supervisionado II apresentado ao Componente Curricular Estágio Supervisionado, do Curso de Ciências da Natureza - Licenciatura, da Universidade Federal do Pampa/ Dom Pedrito. Orientadores: Crisna Daniela Krause Bierhalz ESTÁGIO SUPERVISIONADO II INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BERNARDINO ÂNGELO Dom Pedrito 2019 SUMÁRIO Conteúdo 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 1 2. CONTEXTO DA ESCOLA ............................................................................................................................................ 3 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .................................................................................................................................. 5 4. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II ....................................................................................................... 12 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................ 15 7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................................ 16 1 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho foi idealizado a partir da percepção de que nas ultimas décadas estamos inseridos nas tecnologias, porem pouco se vê a utilização do mesmo como um recurso para o ensino e aprendizagem. Sabe-se que ensinar não é uma tarefa fácil, requer dedicação, tempo, disponibilidade e além de tudo amor pela docência. Demo (2000) afirma que problemas na escola podem acontecer devido à falta de prazer provocada pela inadequação do ambiente escolar às expectativas sociais e culturais do aluno. Embora o interesse em aprender seja responsabilidade do aluno, o professor é parte fundamental no processo de estímulo desse interesse. O interesse pelo tema aqui abordado surgiu a partir de uma componente curricular denominada educação e mídia, em que como o próprio nome diz, utiliza os meios tecnológicos como auxilio para o ensino e aprendizagem. A extensão do tema deu origem ao desejo de utilizar a ferramenta como recurso no ensino de ciências, pois a partir de leituras e estudos feitos sua eficácia ficou evidente, ou seja, filme pode auxiliar na educação e no aprendizado dos mais variados conceitos a serem abordados, desde que seu uso seja de forma adequada. A ideia de educar com o cinema não é novidade, segundo Araújo (2007), desde os primórdios da produção cinematográfica a indústria do cinema sempre foi considerada, inclusive pelos próprios produtores e diretores, um poderoso instrumento de educação e instrução. De acordo com Viana (2010): Por muito tempo, a escola privilegiou o uso da língua escrita, mas a atualidade requer imagens, pois hoje o mundo é da imagem. A invasão da imagem mostra que o estímulo visual se sobrepõe no processo de ensino/aprendizagem, pois a cultura contemporânea é visual. O aluno é estimulado pelas histórias em quadrinhos, videogames, videoclipes, telenovelas, cinema, jogos variados, inclusive do computador, todos com apelos às imagens (p. 3). O cinema e as Ciências andam juntos há muito tempo, tendo registros desse vínculo desde o século XIX, em que neste período, os filmes foram utilizados como forma de entretenimento e divulgação de seus propósitos científicos (OLIVEIRA, 2006). O uso de filmes no ensino permite a contextualização de conceitos de Ciências da Natureza, podendo ser utilizado filmes de diferentes formatos: documentários, ficções, animações, entre outros. Acreditando que o uso de filmes pode auxiliar no aprendizado dos alunos de EF, esta pesquisa, explorará tópicos de Ciências da Natureza a partir de um filme de animação. Sabe-se que nos dias atuais é preciso que haja inovação no ensino para que o aluno se sinta estimulado a aprender, assim, o uso de filmes pode colaborar com este processo de motivação dos estudos por parte dos alunos. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) salienta a importância de fortalecer a autonomia dos adolescentes das séries finais do EF, oferecendo-lhe condições e ferramentas para que os alunos interajam com as diferentes fontes de informações e conhecimentos. 2 Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas nas sociedades contemporâneas. Em decorrência do avanço e da multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e do crescente acesso a elas pela maior disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins, os estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como consumidores (BRASIL, 2017, p. 57). Assim, com esse progresso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), torna-se mais acessível à abordagem de filmes no ensino. Nesse contexto, é importante motivá-los com desafios cada vez mais abrangentes, o que permite que os questionamentos apresentados a eles, assim como os que eles próprios formulam, sejam mais complexos e contextualizados (BRASIL, 2017). Zaragoza e Cassado (1990) reforçam que a aprendizagem é um processo complexo, em que o professor ocupa a função de agente de mudança. Assim, não basta assistir a um filme, o professor deve utilizar este recurso para um objetivo de aprendizagem e após sua exibição, promover diálogos, debates, uso de roteiros, produções textuais e/ou exercícios, conforme seu planejamento. Desta forma, explorando todas as potencialidades da ferramenta. Acreditando que o uso de filmes pode auxiliar no aprendizado dos alunos de EF, esta pesquisa, explorará tópicos de Ciências da Natureza a partir do filme de animação “procurando Dory”. Sabe-se que nos dias atuais é preciso que haja inovação no ensino para que o aluno se sinta estimulado a aprender, assim, o uso de filmes pode colaborar com este processo de motivação dos estudos por parte dos alunos. O roteiro do filme explora as características do fundo do mar, permitindo a abordagem de forma interdisciplinar de conceitos relacionados às Ciências da Natureza, como por exemplo, a flutuabilidade dos peixes que envolvem conceitos relacionados a Biologia - funcionamento da bexiga natatória dos peixes; Física – Princípio de Arquimedes, empuxo; Química – trocas gasosas na respiração. Desta forma, pretende- se com esta pesquisa, fazer uso desta animação em uma turma dos anos finais do Ensino Fundamental (EF), buscando contemplar tópicos de Ciências da Natureza. Assim, com base no que foi estudado, a partir da aplicação do projeto no estágio supervisionado II verificaremos como o uso de filmes pode contribuir no Ensino de Ciências da Natureza, buscando aliar o uso de filmes com o Ensino de Ciências da Natureza. 3 2. CONTEXTO DA ESCOLA Neste tópico será explanado a organização da escola Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo , bem como sua infraestrutura. A escolaé localizada no centro da cidade, Rua sete de setembro, número 1309, DOM PEDRITO-RS. Seu funcionamento é nos turnos manhã, tarde e noite contemplando a Educação Básica Ensino Fundamental ( 1º ano ao 9º ano) no turno da manhã, no turno da tarde o curso normal (Magistério) e Educação infantil (Pré A e Pré B) e a noite EJA ( Fundamental de 5º ao 9º ano e EJA Médio de 1ª série à 3ª série). Atualmente a escola está sob direção da professora Silvana Camponogara Cabrera como vice- diretora no turno da manhã a professora Elidiane Mayer, no turno da tarde a professora Karem Etchichury e no turno da noite a professora Tirzá Madruga Machado. A escola possui cerca de 760 alunos, 12 funcionários, e 62 professores, sendo nove nos anos iniciais e 53 nos anos finais e EJA, distribuídos da seguinte maneira: Séries Iniciais 9 Química 2 Física 1 Matemática 7 Português 8 Biologia 2 Inglês 2 Geografia 5 Ensino Religioso 8 Arte 6 Literatura 3 História 4 Sociologia 4 Filosofia 4 Psicologia 1 Ciências 4 Educação Física 4 Libras 1 Educação especial 1 Didática da Matemática 1 Didática Geral 1 Didática de Ciências da Natureza 1 Didática de Ciências Humanas 1 Didática do Ensino Religioso 1 4 Estrutura e Funcionamento da Educação Básica 1 Didática das Linguagens 1 Seminário Integrado 1 Literatura Infantil 1 Linguagem Espanhola 2 Didática da Arte 1 Didática da Educação Física 1 A escola possui 11 salas de aula, laboratório de ciências, laboratório de informática, sala de direção, seis banheiros, sendo três feminino e três masculino, sala de multimeios, biblioteca, sala dos professores, supervisão, secretaria, Pátio com quadra poli-esportiva coberta, sala de orientação educacional, sala de materiais para educação física e cozinha. A Escola I.E.E. Bernardino Ângelo é uma escola comprometida com a educação, onde sua prioridade é o aluno, assim percebe-se a dedicação da equipe escolar buscando um ensino de qualidade e responsável superando todas as dificuldades do dia a dia. É uma escola que busca integrar a vida escolar com a família, viabilizando a união pais – escola, pensando nisso, vale ressaltar a 1ª edição do projeto “Escola de Pais”, elaborado pela equipe escolar caracterizado como “uma parceria que da certo”, onde foi convidado os pais dos alunos a participarem da palestra sobre aspectos importantes da comunidade escolar apresentada por uma psicóloga convidada. 5 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Neste tópico busco descrever a atividade desenvolvida na componente curricular Estágio supervisionado II, ministradas pela estagiaria dentro das 10 horas/aulas na turma 91 do 9º ano, para 30 alunos sendo 14 meninas e 16 meninos com idades de variam de 14 a 16 anos, da escola I.E.E. Bernardino Ângelo, disciplina de ciências contando com o auxilio da professora regente Débora Guimarães Sudatti. O desenvolvimento do projeto foi dividido em etapas, que estão a seguir: DATA ATIVIDADE 04-06-2019 APLICAÇÃO DO PRÉ-TESTE 06-06-2019 APRESENTAÇÃO DO FILME “PROCURANCO DORY” 07-06-2019 ELABORAÇÃO DOS MATERIAS DIDÁTICOS 11-06-2019 CRIAÇÃO DOS “LAPBOOKS” 13-06-2019 SAÍDA DE CAMPO E PÓS-TESTE Na primeira etapa foi à aplicação do pré-teste (tabela 1) a fim de saber o que os alunos sabiam sobre o tema a ser pesquisado. Tabela 1: Pré-teste aplicado com os alunos. Fonte: Autora (2019) Esse pré-teste foi aplicado com 25 alunos que estavam presentes em sala de aula. O pré-teste se caracteriza por testar antes o que se sabe sobre o assunto que será trabalhado, com isso foi aplicado a fim de verificar o que eles sabiam sobre o tema da pesquisa. Pré-teste 1. Em rios, lagos ou piscinas é possível visualizar o reflexo dos objetos que se encontram ao redor. Como este fenômeno pode ser explicado? 2. De que forma os peixes podem emergir (subir) e submergir (descer) na água? 3. Você saberia explicar como é a respiração dos peixes? Os peixes sobrevivem fora da água? Por quê? 4. Em sua opinião, qual a importância da água salgada do mar para as espécies marinhas? E o que causaria o excesso de sal nas espécies? 5. De que forma a poluição pode prejudicar os animais marinhos? 6 Na segunda etapa foi à aplicação do filme, onde os alunos foram recepcionados com pipoca e chimarrão. Antes em que o filme (Imagem 1) fosse apresentado solicitei que eles olhassem-no de maneira diferente tentando enxergar ciências nele. Imagem 1: Capa do filme Fonte: google 7 Imagem 2: Alunos assistindo o filme no laboratório de Ciências. Fonte: Autora(2019) Na terceira etapa foi proposta uma aula prática apresentado alguns conceitos de física como o empuxo, e a reflexão, e biologia o funcionamento da bexiga natatória, vale lembrar que tudo que foi trabalhado havia no filme. Então, teve uma breve explanada sobre os conceitos de física óptica (reflexão, refração) a partir do caleidoscópio (Imagem 3), relacionados ao filme, pois na cena em que o Nemo e seu pai estavam procurando a Dory eles refletiam na água, a partir daí foram questionado porque podíamos refletir na água, após eles terem opinado concluiu-se a explicação. Depois de concluído o conceito e física Óptica, foram questionados “porque quando entramos na água nos sentimos mais leves?” como os peixes podem “subir” e “descer” na água, a partir dessas questões pode-se conceituar o empuxo e o funcionamento da bexiga natatória a partir da criação do experimento submarino/ludião (Imagem 4). Foram selecionados esses dois experimentos, pois a aula se tornaria mais didático tornando possível ao aluno visualizar e compreenderem melhor os conceitos de Ciências. Com o caleidoscópio pode-se trabalhar a reflexão e refração a partir da associação de espelhos. Já na elaboração do ludião pode-se compreender que água exerce uma força vertical (empuxo) sob um corpo, por esse motivo nos tornamos mais leves dentro da água. Também foi possível utilizar o ludião para explicar o funcionamento da bexiga natatória dos peixes, demonstrando que quando os peixes sobem a bexiga natatória enche de ar e quando eles descem eles murcham a bexiga natatória, isso acontece, pois eles se tornam menos denso que a água e mais denso que a água. Para que essa prática se concretizasse a turma foi dividida em 10 trios onde 5 elaborariam o ludião e os outros 5 o caleidoscópio. 8 Imagem 3: Alunos criando o caleidoscópio Fonte: Autora (2019) Imagem 4: Alunos criando o ludião Fonte: Autora(2019) 9 Na quarta etapa foi à elaboração do lapbook (Imagem 5), que se caracteriza por ser um livro de dobraduras, onde possuem recortes, mini livros enfim, em sua criação pode-se usar a criatividade. Esse instrumento vem sendo utilizado por várias escolas e universidades, porem pouco se vê em artigos, por isso torna-se difícil referencia-lo. Imagem 5: Alunos criando o Lapbook Fonte: Autora (2019) Na quinta e ultima etapa foi a saída de campo até a Universidade onde os alunos participaram de uma palestra ( imagem 6) sobre as diversidades de peixes bem como suas característicase influência, sempre relacionando com os personagens do filme. Após a palestra os alunos participaram de uma aula prática (Imagem 7) de peixes conhecendo sua anatomia e testando a salinidade da água, bem como o ph, amônia(imagem 8) e suas influências na vida marinha. Por fim a aplicação do pós-teste (tabela 9) a fim de verificar o que se aprendeu com a aplicação da pesquisa. 10 Imagem 6: Alunos Participando da palestra Fonte: Autora (2019) Imagem 7: Alunos participando da aula prática(ANATOMIA DOS PEIXES) com a equipe NACQUA Fonte: Autora(2019) 11 Imagem 8: Alunos participando da aula prática (química) com a equipe NACQUA. Fonte: Autora (2019) Figura 9: Pós-teste Fonte: Autora (2019) Pós-teste 1. Em rios, lagos ou piscinas é possível visualizar o reflexo dos objetos que se encontram ao redor. Como este fenômeno pode ser explicado? 2. De que forma os peixes podem emergir (subir) e submergir (descer) na água? 3. Você saberia explicar como é a respiração dos peixes? Os peixes sobrevivem fora da água? Por quê? 4. Em sua opinião, qual a importância da água salgada do mar para as espécies marinhas? E o que causaria o excesso de sal nas espécies? 5. De que forma a poluição pode prejudicar os animais marinhos? 12 4. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II A formação docente é um processo que envolve a concretização das situações que se fazem presentes no âmbito escolar onde atuaremos, para isso o estágio se faz importante na formação, pois é nessa etapa em que o acadêmico tem a oportunidade de ver aliadas a teoria e a prática, possibilitando estabelecer ligações entre elas, construindo assim seus saberes e sua formação profissional. O estagio permite ao acadêmico conhecer, analisar, e refletir sobre o ambiente escolar. É necessário que o aluno de estagio vivencie a pratica discente que tanto é falado ao longo do curso, para que assim possa enfrentar a realidade, assim pode-se refletir a partir da prática que observa, de experiências que viveu e que vive enquanto aluno, das concepções que carrega sobre o que é ensinar e aprender, além das habilidades que aprendeu a desenvolver ao longo do curso de licenciatura que escolheu. Dessa forma, “considerar o estágio como campo de conhecimento significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supere sua tradicional redução à atividade prática instrumental.” (PIMENTA e LIMA, 2012, p.29). Pimenta e Lima (2012) ressaltam que o estágio como campo de conhecimento e eixo curricular central nos cursos de formação de professores possibilita que sejam trabalhados aspectos indispensáveis à construção da identidade, dos saberes e das posturas específicas ao exercício profissional docente. Assim o estágio docência colabora para a construção da identidade, e essa construção acontece de forma continua à medida que o estagiário vai se adaptando a rotina escolar. O estagio por ser um momento de aprendizado e reflexão cabe salientar que cada experiência vivida fará parte da construção de um futuro professor, “sendo o estágio, por excelência, um lugar de reflexão sobre a construção e o fortalecimento da identidade”. (PIMENTA e LIMA, 2012, p.62). A relevância do estágio supervisionado II... Foi um grande desafio propor e aplicar esse recurso houve imprevistos em que pude constatar que é necessário ter um segundo plano. O estágio é uma importante etapa da vida acadêmica, pois mais do que ganhar experiência, possibilita conhecimento, competência e uma relação prática com a sala de aula. O estágio é uma etapa muito importante, pois proporciona experiência profissional levando o acadêmico ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à prática do que é estudado. Em relação às aprendizagens adquiridas... Estagiar é se inserir no espaço escolar, conhecer a realidade, identificar problemas, buscar soluções, participar da gestão escolar, ensinar, instigara aprendizagem do aluno e isso foi aprendendo ao longo do desenvolvimento do estágio. As principais aprendizagens que foram adquiridas esta o planejamento das etapas, o controle do tempo, saber lidar com qualquer tipo de imprevisto, entender que o planejamento está sempre aberto pra modificações até o momento da aplicação, e principalmente saber lidar com os diferentes tipos de alunos. A auto avaliação... 13 Auto avaliação é uma prática de muita importância no ensino, pois “é capaz de conduzir o aluno a uma modalidade de apreciação que se põe em prática durante a vida inteira” (SANT’ANNA, 2014. p.94). Poder-me Auto avaliar-me não foi uma tarefa simples, porém foi sendo desenvolvida ao longo em que as etapas iam se concretizando. Tendo em vista em que os professores possuem um papel fundamental na concretização de tais desígnios, a avaliação do seu desempenho tornou-se “uma necessidade institucional, profissional e pessoal” (PACHECO, 2009, p. 47). Essa necessidade justifica-se por a qualidade do desempenho docente ser condição primordial para uma educação escolar de qualidade (CASSETTARI, 2014). Assim avaliar meu desempenho docente permitiu-me refletir de forma aprofundada sobre minhas atividades ao longo do estágio, sobre as práticas e estratégias que foram utilizadas, o quanto chegamos com um pensamento definido e saímos com outro, os resultados obtidos pelos alunos, e o ensino em geral. Contribuições do Estágio supervisionado II... O estágio supervisionado na formação de professores se caracteriza como um conjunto de atividades pedagógicas em que o estagiário em formação desenvolve para experimentar e vivenciar sua futura profissão. Assim pode-se confirmar que o estagio contribui grandemente para a formação de um futuro professora de Ciências da Natureza, pois assim pude me inserir no âmbito escolar, planejar, elaborar e aplicar minhas próprias aulas propondo minhas próprias ideias. Pude colocar em prático o que vinha aprendendo ao longo da minha formação, vivenciar a relação professor-aluno, podendo aprimorar as ideias ao longo das aplicações, inovar no ensino, mesmo não sendo uma tarefa fácil. Em relação à Escola... A Escola Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo é uma escola extremamente receptiva e aberta a propostas, onde estão sempre prontos para ajudar no que foi necessário, é uma escola em que apoia o estagiário em qualquer situação. Nesta escola encontram-se pessoas compromissadas com a educação e que priorizam seus alunos, entregando-lhes sempre o melhor. Recomendo essa instituição de ensino para os estagiários, pois lá encontraram pessoas em que estarão dispostas a auxilia-los e orienta-los a desenvolver suas aulas com êxito. A função do professor orientador de estágio... O professor orientador é aquele em que dá suporte, proporciona ideias e intervenções, corrige e encoraja, auxilia no planejamento e nas atividades que serão desenvolvidas. As relações orientadoras e estagiárias possuem um caráter pedagógico, de aconselhamento, de partilha de saberes, de complementação de práticas pedagógicas, de busca de solução para os problemas e de diálogo entre os profissionais reconhecidos e o aluno estagiário. Nessa perspectiva é que Pimenta e Lima (2004) ponderam que as atividades de orientação do estágio “requerem aproximação e distanciamento, partilha de saberes, capacidade de complementação, avaliação, aconselhamento, implementação de hipóteses de solução para os problemas que, coletivamente, são enfrentados pelosestagiários” (p. 114) 14 Em meio a tantas atividades definidas aos orientadores devemos citar a fundamentação teórica, a organização dos materiais de ensino-aprendizagem, as observações das regências dos estagiários, a troca de experiências com os estagiários, o diálogo a partir dos relatos e dos diários dos estagiários. Não somente as atividades referentes ao componente de estágio, os orientadores possuem são responsáveis por outras componentes curriculares e também desenvolvem suas atividades docentes. Segundo Zabalza (2004) os professores universitários “desempenham, na realidade, um conjunto de funções que ultrapassa o exercício da docência” (p. 109). Esse conjunto de funções apontadas por Zabalza (2004) dizem respeito às atividades de pesquisa, de administração, de negociações, de relações institucionais, entre outras. Portanto a orientação de estágio é um trabalho exigente ao professor universitário, pois, dentre outros, requer um planejamento distinto, requer uma responsabilidade um tanto quanto maior por ultrapassar os limites da universidade atingindo Secretarias e/ou Coordenadorias de Educação e escolas. 15 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através do estágio supervisionado II foi possível aprender e acumular experiências, onde cada momento foi um aprendizado. Foi possível vivenciar a rotina corrida da escola, a dedicação e interesse dos alunos para o novo, a colaboração da equipe diretiva em todos os aspectos. Busquei em cada etapa dessa pesquisa me dedicar ao máximo ultrapassando qualquer barreira Posso confirmar que o estagio contribui grandemente para minha formação de futuro professora de Ciências da Natureza, pois assim pude me inserir no âmbito escolar. Pude colocar em prático o que vinha aprendendo ao longo da minha formação, vivenciar a relação professor-aluno, podendo inovar nas metodologias em que jamais havia sido utilizada, ficando em evidência aos professores da escola. Pude desenvolver uma relação de extrema importância coma regente da turma e a equipe diretiva no qual quando necessário me davam suporte no que precisasse. Ter realisado esse estágio pode concretizar o que vim trabalhando ao longo da caminhada acadêmica, pois dediquei-me ao máximo em cada segundo que estive no ambiente escolar , vale ressaltar a afeição em que se cria relacionado aos alunos. Devo ressaltar que todas as reflexões citadas nesse relatório foram feitas a partir de situações vivenciadas no âmbito escolar, onde me desafiei a ser uma professora de Ciências na qual fizesse a diferença. Ser professor vai alem de estar dentro da sala de aula, é gostar do sujeito, é se importar com a história de cada um vivenciada, é aprender a todo instante, é inspirar, é ser dedicação, é ser paciência, é cativar, enfim é preparar e moldar gente para o futuro. 16 7. REFERÊNCIAS ARAÚJO, S. A. Possibilidades pedagógicas do cinema em sala de aula. Revista Espaço Acadêmico, n.º 79, Mensal, Dezembro/2007. BLOOM, B. S.; HASTING, T. e MADAUS, G. Manual de avaliação formativa e somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Editora Pioneira, 1983. Bueno, R. S. M. & KOVALICZN, R. A. O ensino de ciências e as dificuldades das atividades experimentais. (2009). Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/23- 4.pdf BRASIL. Base Nacional Comum Curicular. 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