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PROFESSOR(A): NOME DO PROFESSOR WEBCONFERÊNCIA Nº 5 Revisão ZILMEIRE MARQUES A HISTÓRIA E A GASTRONOMIA História: uma ciência “fechada”. Registro de grandes acontecimentos (época ou nação), pensamentos e escritos de grandes homens. Pouco interesse pelo comer e beber. Início do século XX: “Nova História” – União com outras ciências (Antropologia, Sociologia, Economia, Psicologia). Caminhos da História - Gastronomia A Historia deve se ocupar, de tudo aquilo que diz respeito ao homem, tudo o que ele tocou ou modificou. Dança, canções, folclore, brincadeiras, sentimentos, oralidade, hábitos alimentares. O grego Arquestratus (séc. IV a.C.) - Gastronomia: gaster (estômago) e nomo (lei) – “Leis do estômago”. No Brasil Gilberto Freyre já considerava a alimentação, pelo ponto de vista cultural, uma das grandes áreas intelectuais ao qual o homem deveria se dedicar; isso ainda na década de 1920. Da mesma forma, o folclorista potiguar Câmara Cascudo se dedicou aos estudos da alimentação no Brasil, com a sua monumental História da Alimentação Brasileira. Caça de grandes animais (atividade coletiva). •Consumo de carne valorizado. •Armas de caça e corte. •Coleta de frutas, legumes e raízes. •Nômades. Paleolítico Caça de animais menores. Armas mais elaboradas. Pesca, domesticaçã o de animais e plantio. Uso de animais para trabalho, uso do leite e carne (chifres e couro). Mesolítico Mesolítico Herbívoros que eram inicialmente caçados passam a ser valorizados pela sua força, resistência, pelo leite que produzem e pela sua carne, além de outros derivados, como couro e chifres. Algo semelhante ocorre com as plantas, que são cruzadas entre si para produzir espécies que sejam de interesse ao homem. • Pecuária e agricultura estabelecidas e o nomadismo dá lugar ao Sedentarismo. • Divisão de trabalho: Homens - armas, caçavam e pescavam, e protegiam o grupo; Mulheres - cuidavam dos filhos, plantar, colher e preparar os alimentos. • Excedente da agricultura (Arado): Utensílios de cerâmica para armazenar. Troca de excedentes (comércio). ➢FOGO: Proteção contra animais, Alimentos mais palatáveis, Aumento da variedade de alimentos, Armazenamento de alimento por mais tempo. Neolítico Mesopotâmia “ Criação da escrita cuneiforme – Marcas em forma de cunha que eram impressas sobre tabletes de argila, formando palavras com um alfabeto próprio. com instruções sobre como alguns pratos deveriam ser elaborados e quais ingredientes poderiam ser utilizados.” Egito Antigo • Civilização avançada (jurídico, agricultura, religiosa, engenharia, arquitetura e alimentação). • Delta do Nilo (riachos e bacias): Crescente fértil – humo. • Plantações de cereais – trigo e cevada (cerveja). • Desenvolvimento da pecuária (suíno) e Pesca. • Alimento para mumificação. • Intensa produção de vinho. • Cerveja (Bouza)- “põem-se para fermentar a quente, na água e no trigo triturado, pedaços de pão de cevada ou de trigo malcozidos, a fim de preservar as enzimas da fermentação; em seguida, filtra-se esse líquido espesso, deixando-o descansar em jarros de cerâmica”. ALIMENTAÇÃO NA GRÉCIA ANTIGA Antiguidade Clássica (séc. III a.C. – 476 d.C). Grécia: conjunto de cidades-estados – Mar Mediterrâneo. Pesca: intenso comércio – contato com diversas culturas. Também se alimentavam de carnes (caça, bovina, suínos e aves) – sacrifício. Queijos e frutas (secas e frescas). GRÉCIA ANTIGA Esses povos pescavam e navegavam, inicialmente por cabotagem o que daria origem não apenas a um comércio bastante intenso e lucrativo, mas também a uma troca muito grande entre todas essas culturas, abarcando três continentes diferentes, inclusive uma parte da Ásia ALIMENTAÇÃO NA GRÉCIA ANTIGA • Azeite, vinho e trigo - cultivados há muito tempo em torno do Mediterrâneo. • Bebidas: vinho tinto (melas) e branco (leukos). • Camponeses bebiam Zurrapa (vinagre e água). • Agricultura de subsistência – se alimentavam do plantio. ALIMENTAÇÃO NA GRÉCIA ANTIGA Contribuição Grega para a gastronomia: Criação da profissão de padeiro: além de moer e cozinhar o pão, também misturas com frutas secas, ervas, sementes aromáticas e especiarias. Fazia-se três refeições diárias: o akratismon (desjejum), o ariston (almoço) e o deiphon (refeição do fim do dia). ALIMENTAÇÃO NA GRÉCIA ANTIGA Banquetes aos deuses: Dionísio (vinho), Demetér (cereais). Rituais e sacrifícios de animais. Alimentos com maior importância – carne e vinho (facilitador das idéias nos symposions). Simpósios (485 a.C). Iniciaram as profissões de mestre de cerimônias e do especialista em vinhos. ALIMENTAÇÃO NA ROMA ANTIGA Origem: Toscana, Itália. Sistema de cultivo avançado: alqueive – rodízio. Cultivo de cereais e grãos. Farinha de baixa qualidade - atrasou o desenvolvimento de sua panificação. “Mingau”: trigo, água e leite. Pecuária: animais de grande porte eram usados para a tração, movendo moendas e o arado. Consumo: cabras, porcos e galinhas (leite e ovos). ALIMENTAÇÃO NA ROMA ANTIGA No que o Império se expandiu através de sucessivas conquistas militares, ficou cada vez mais difícil manter essa unidade cultural, com províncias que juravam fidelidade ao imperador nos lugares mais afastados, das longínquas ilhas britânicas até a distante Constantinopla. A solução, então, foi conceder uma certa autonomia a estes lugares, de forma que pudessem se governar de forma mais eficiente, desde que mantivessem sua lealdade à Roma. OS HÁBITOS ALIMENTARES O Império realmente se esforçava em manter seus súditos alimentados e até certo ponto satisfeitos, dessa forma evitando que revoltas populares abalassem a paz do governo. ALIMENTAÇÃO NA ROMA ANTIGA Três refeições ao dia: jentaculum (desjejum), cibus meridianus ou prandium e a cena. Obsonium Proteína – grande importância (porco, de cordeiro, de cabrito e de frango). . PONTOS IMPORTANTES ✓ Antiguidade Clássica se iniciou com o desenvolvimento da civilização grega, com suas cidades-estados independentes, sua filosofia e pensamento (até certo ponto) democrático, sua religiosidade politeísta com divindades humanizadas e uma cultura alimentar que valorizava principalmente o trigo, o vinho e o azeite, com a prática da agricultura nas planícies e da pesca no Mar Mediterrâneo. FORMAÇÃO DA GASTRONOMIA BRASILEIRA INDÍGENAS PORTUGUESES AFRICANOS Mandioca 1. Mansa, chamada também de macaxeira, aipim ou doce; 2. Brava, tipo venenoso, que contém alto teor de ácido cianídrico. Com a sabedoria indígena, a mandioca passa por um processo de maceramento feito no tipiti (espremedor de palha). O líquido tóxico é descartado e a massa, transformada em farinha. INFLUÊNCIA PORTUGUESA ✓Dos lusitanos, incorporamos as técnicas culinárias, os doces e as especiarias. Também o cultivo de arroz, hortaliças, frutas e os animais de criação para consumo, como galinhas, porco, boi e outros. ✓Culinária ganha nuances europeias com o estabelecimento da corte portuguesa no Brasil. INFLUÊNCIA PORTUGUESA Refogados com alho e cebola; Alimentos fritos; Cozidos de carne com legumes, sarapatel e buchada; Ovos de galinha; Primeiros bolos brasileiros. AFRICANOS Crescimento da economia da cana de açúcar no século XVII; Novo sabor na cozinha brasileira, tanto dos senhores como nas senzalas; Incrementou elementos culinários de indígenas e Portugueses; A comida afro-brasileira logo foi chamada comida de azeite ou comida de dendê pelo gosto e cor característicos; No Nordeste criaram uma forte cultura do doce. AFRICANOS AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO Nos engenhos de açúcar para onde foram os escravos,as negras eram responsáveis pela alimentação dos senhores brancos. Adaptação da sua maneira de cozinhar aos novos ingredientes. Sociedade miscigenada. CANDOMBLÉ Os alimentos dos rituais do Candomblé da Bahia são sempre reproduzidos, seguindo as tradições de cada nação-de-santo nas festas de seus calendários fixos ou eventuais, mas sempre envolvendo sacrifícios e oferendas, que se entende por comida. A solução para os fazendeiros Oriente médio Japão Europa Os fazendeiros precisavam de trabalhadores, razão pela qual decidiram abrir as portas para imigrantes. Imigração no Sudeste do Brasil ✓Em 1850 foi decretada a proibição do tráfico negreiro no Brasil; ✓Preços elevados dos escravos, a opção mais atraente na ocasião era a utilização dos serviços dos imigrantes europeus; ✓O porto de Santos permitiu que milhares de imigrantes de nacionalidades distintas aportassem em solos brasileiros, como espanhóis, sírios, libaneses, lituanos e outros. O café e a imigração do sudeste A exportação do café foi influenciando o crescimento das cidades, a construção de infraestrutura – por exemplo, as ferrovias e o porto de Santos –, propiciando o aquecimento do comércio e, mais tarde, o nascimento das indústrias. O café foi um produto de exportação que intensificou o desenvolvimento econômico do país. Chegaram com esperanças de que o trabalho nos cafezais pudesse transformar suas oportunidades de vida. São Paulo e o polo gastronômico Acolhe sabores e técnicas de diversas partes do mundo, processo que acontece desde a colonização e que resultou na cozinha mais globalizada do país. Considerada a capital brasileira da gastronomia. Comida Brasileira • O trabalho domestico, culinária e o artesanato. • As índias criavam cabaças para beber água, cuias para se alimentarem, panelas, potes de barro e peneiras como as urupemas, feitas de fibra vegetal. • O moquém e o biaribi. • Os indígenas eram muito sábios, especialmente quando o assunto são as ervas medicinais e como utilizá-las para cura. Esses conhecimentos São utilizados até hoje pelas indústrias farmacêuticas. • A mandioca, milho, raízes, algumas folhas, palmito, cocos, carnes de caça, peixes, castanhas e frutos silvestres. Influência indígena Cultura africana e lusitana. Os conventos portugueses carregavam suas tradições doceiras, chamadas de doçaria conventual, em geral preparações que levam açúcar e ovos. Os negros chegaram escravizados da África e foram submetidos no cultivo da cana-de- açúcar, pela Zona da Mata nordestina. Os portugueses trouxeram animais de caça e aves como vacas, bois, touros, ovelhas, cabras, porcos, galinhas, pombos e gansos. Dos africanos herdamos o azeite de dendê, pimenta malagueta, coco e outros ingredientes. A história açucareira. O desmatamento da Mata Atlântica. Somos considerados os maiores fabricantes de cachaças de alta qualidade. Os portugueses fizeram do Brasil o maior fornecedor da cana-de- açúcar do mundo. A rapadura tem importante valor, não somente apreciada como sobremesa, mas sobretudo como alimento aos homens do campo, uma vez que o produto tem alto teor nutritivo e longa durabilidade. As regiões brasileiras A cultura do Sudeste e Sul foi fortemente influenciada por imigrantes. O prato do dia a dia do povo brasileiro geralmente composto de arroz, feijão, mandioca, bem como pelo churrasco, pelo chimarrão, pela macarronada, pelas caldeiradas e pelos doces. O Norte e o Nordeste carregam uma grande herança afro-indígena. O Sul e ao Sudeste têm em sua cultura uma forte influência europeia. A herança dos negros O dendê é uma das marcas da cozinha genuinamente africana. Geralmente utilizavam açafrão, óleo de dendê, pimenta e o leite de coco. Os alimentos dos rituais do Candomblé da Bahia são sempre reproduzidos seguindo as tradições de cada nação-de-santo. A entrada da gastronomia africana no processo alimentar brasileiro garante seu lugar nas refeições do povo desde o século XVIII. Prova disso é que muitos pratos típicos do cardápio africano, como o acarajé, o acassá, o vatapá e o abará ainda são vendidos na Bahia e em outras cidades brasileiras. A comida brasileira A feijoada é um prato genuinamente brasileiro, saboreado de norte a sul do país. O milho tem uma festa de comemoração praticamente dedicada a ele em junho. Atualmente, o milho e seus pratos servem aos orixás. PONTOS IMPORTANTES 1. Em Roma buscava-se não apenas prevenir as doenças, mas efetivamente curá-las pela ação do alimento, sendo o jejum considerado uma opção inviável. 2. Existem aspectos subjetivos que levam certos grupos sociais a desenvolverem predileções ou rejeições por determinados alimentos. 3. Mandioca braba extraem o caldo de tucupi que é cozido em fogo brando com pimentas de cheiro durante horas (até evaporar o ácido cianídrico) para só então o utilizarem. 4. A mandioca 5. Egito, Grécia e Roma.
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