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Raças Bovinas Raça “Raça é um conjunto de indivíduos, da mesma espécie, com origem comum, e possuindo características peculiares, inclusive qualidades econômicas, que as tornam semelhantes entre se, tanto quanto diferentes de outros grupamentos da mesma natureza, e que são capazes de gerar, sob as mesmas condições de ambiente ou semelhantes, uma descendência com os mesmos caracteres morfológicos, fisiológicos e econômicos ou zootécnicos” (DOMINGUES, 1960) . Caracteres Raciais São as características que asseguram feição própria às raças, e contribuem para a formação do padrão racial. • Conformação anatômica que pode exprimir aptidão para produção, sexualidade, ou ainda caracteres peculiares tais como coloração de pelos e pele, posição das orelhas, chifres, perfil cefálico, etc. Caracteres Morfológicos • São menos aparentes, estando ligados aos requisitos de adaptação ambiental, constituição orgânica e estado de saúde. Caracteres Fisiológicos • São ligados ao temperamento, sociabilidade e instinto, os quais poderão influir na produtividade. Caracteres Etológicos ou Comportamentais • São as faculdades de produção, ou conseqüência das atividades fisiológicas e seu aproveitamento. Caracteres Econômicos ou Zootécnicos Variedade, Família e Linhagem Variedade • São agrupamentos de indivíduos que dentro de uma mesma raça apresentam distinções sensíveis de modo a permitir certa diferenciação. Tais variações estão ligadas a poucos caracteres. Família • Conjunto de descendentes diretos e colaterais de um casal, até o 10º grau de sangue, ou seja, até a 5ª geração. Linhagem • É constituída pelos descendentes diretos a partir de um genitor, macho ou fêmea, os quais devem apresentar com fixidez, traços ou qualidades, que lhes foram legados por herança biológica, daquele antepassado comum. Raça é um conceito convencional. Tipo • Refere-se à raça ou tipo racial ou ao conjunto de caracteres exteriores de uma raça. Tipo Étnico • Constitui uma expressão de exterior designando uma conformação que corresponde a certa utilização do animal. Tipo Zootécnico Raça Zebuína Raça Taurina Tipo Leiteiro Tipo Corte Raças Zebuínas Indubrasil Tabapuã Brahman Nelore Gir Guzerá Sindi Kangayam Zebu no Brasil História relativamente recente no Brasil, com pouco mais de 100 anos; Bovinos naturalizados sofrem “azebuamento” por cruzamento contínuo; Absorção das características raciais, produtivas e adaptativas dos zebuínos pelas raças nativas; Origem – Africanos (início do sec. XIX) e Asiáticos (final do sec. XIX); África Região do Nilo e de vários pontos da costa ocidental da África; Malabar (1813) e Guademar (1822) ambos na Bahia; Fazenda Real Santa Cruz de D. Pedro I no Rio de Janeiro. Ásia Índia e Paquistão; Registros oficiais de 6.262 cabeças; Raças existentes - Guzerá, Gir, Ongole, Sindi e Kangayam; Raças extintas - Malvi, Hissar, Tharparkar, Krishna Valley, Mehwati, Dangi e Deoni; Brahman Cangaiam Gir Guzerá Indubrasil Nelore Sindi Tabapuã Registros Genealógicos de Nascimento das diversas raças Zebuínas controladas pela ABCZ (1939 - 2009) Brahman Cangaiam Gir Guzerá Indubrasil Nelore Sindi Tabapuã Registros Genealógicos Definitivos das diversas raças Zebuínas controladas pela ABCZ (1939 - 2009) NELORE Índia • Peso Vivo • Comprimento • Altura machos • 1.000 kg • 177 cm • 170 cm fêmeas • 800 kg • 165 cm • 155 cm Corresponde à raça Ongole do estado de Masdras, na Índia; Representa 80% do rebanho de corte brasileiro; Introduzido em 1878 por Manoel Lemgruber, que trouxe animais do Zoológico de Hamburgo na Alemanha; Outras introduções 1930, 1960 e 1962; Total de 7.000 exemplares introduzidos; 1938 – Registro Genealógico do Nelore padrão; 1969 - Registro Genealógico do Nelore mocho; 1984 – variedade de pelagens • Branca, cinza e manchada de cinza; pele pigmentada, rósea no úbere e região inguinal.Pelagem • Largura e comprimento médios; vista de frente em forma de ataúde; perfil sub-convexo; fronte seca e descarnada; linha média do crânio com depressão alongada (goteira); chanfro reto; focinho negro; olhos elípticos e órbitas salientes; olhar vivo. Cabeça • Cor escura; firmes curtos de forma cônica, mais grosso na base, achatado e de seção oval; nascem para cima, acompanhando o perfil; assemelhando-se a dois paus fincados no crânio; com o crescimento podem dirigir-se para fora, para trás e para cima, ou curvando-se às vezes, para trás e para baixo; ausentes nos mochos. Chifres • Curtas, com simetria entre as bordas superiores e inferiores, terminando em ponta de lança; face interna do pavilhão voltada para a frente; movimentação viva. Orelhas Malhado de Preto Mocho Malhado de Vermelho Pele Rosa Aspectos adaptativos pelagem Branca - pelos brancos sobre pele pigmentada; pelos curtos; mucosas pigmentadas; elevada superfície específica; barbela, cupim e prepúcio bem desenvolvidos; Vacas boa habilidade materna – elevado instinto maternal e razoável produção leiteira; úbere e tetos pequenos; Bezerros bezerros pequenos ao nascimento; temperamento nervoso; muito ativos após o nascimento; realizam a primeira mamada rapidamente; Sistemas Extensivos grande adaptação ao sistema de criação a pasto; elevada eficiência reprodutiva; elevada taxa de sobrevivência de bezerros; bom aproveitamento das forrageiras de clima tropical; desempenho produtivo muito satisfatório. Touros prepúcio ou bainha relativamente curto quando comparado a outras raças zebuínas; menor incidência de acidentes especialmente em pastagens “sujas”; favorece a reprodução em sistema de monta natural livre; GIR Índia • Peso Vivo • Comprimento • Altura machos • 700 a 800 Kg • 168 cm • 155 cm fêmeas • 500 Kg • 155 cm • 144 cm Floresta de Gir, Oeste da Índia; Raça com alto grau de pureza; Introduzida em 1906 teve nos anos 50 e 60 seu apogeu; Segundo grupo étnico mais numeroso no Brasil; Seleção baseada no exterior; 1956 – Associação Brasileira de Criadores de Gir – ASSOGIR; 1980 – Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro – ABCGIL 1985 – teste de progênie para a produção leiteira. • Vermelha em suas tonalidades, gargantilha e chitada; amarela em suas tonalidades, gargantilha e chitada; moura de vermelho; moura clara; moura escura; pele pigmentada; rósea no úbere e região inguinal.Pelagem • Comprimento e largura médios, perfil ultra convexo, fronte larga, lisa e proeminente com marrafa jogada para trás; chanfro reto; focinho preto e largo; olhos situados bem lateralmente.Cabeça • Cor escura, médios e simétricos; seção elíptica achatados, grossos na base, saindo para baixo e para trás, podendo dirigir-se um pouco para cima, encurvando-se para dentro com as pontas convergentes; ausência de chifres na variedade mocha Chifres • Comprimento médio e pendentes; começa em forma de tubo, com sua porção superior enrolada sobre se mesma, abrindo-se em seguida gradualmente para fora, curvando-se para dentro e, de novo, estreitando-se na ponta, com a extremidade curvada e voltada para a face (gavião). Orelhas Amarelo Chitado de Amarelo Amarelo Gargantilha Vermelho Chitado de Vermelho Vermelho Gargantilha Moura de Vermelho Moura Clara Moura Escura Vacas habilidade materna – boa produção leiteira e instinto maternal úbere e tetos muito desenvolvidos; “úbere de carne” Bezerros bezerros pequenos aonascimento; pouco ativos após o nascimento; temperamento linfático; demoram a levantar e a realizar a primeira mamada; podem apresentar dificuldade na apreensão do teto; necessitam de cuidados e acompanhamento do tratador; menor taxa de sobrevivência em sistemas extensivos. Touros prepúcio ou bainha muito desenvolvido; maior possibilidade de acidentes e lesões no pênis; Produção de leite Principal grupamento zebuíno selecionado para produção leiteira; Boa produção leiteira, com elevada proporção de gordura e proteína; Temperamento linfático e grande mansidão; Foco da seleção - volume de produção; Conformação da glândula mamária – volume, inserção e ligamentos do úbere; Efetivo populacional relativamente reduzido; Touros são utilizado nos cruzamentos da pecuária leiteira, conferindo resistência aos cruzados, além da aptidão para leite; Gado Girolando – cruzados de animais das raças Gir e Holandesa, nos diversos graus de sangue; Raça GIROLANDA – raça leiteira para as regiões tropicais; GUZERÁ Índia Regiões desérticas do estado de Gujarat - Índia; Denominada Kankrej; 1870 – introdução no Estado do Rio de Janeiro pelo Barão de Duas Barras; 1939 – Numericamente a raça mais importante; Declinou devido ao emprego em cruzamentos; Formador da raça Indubrasil; Núcleos de Cantagalo - RJ e Curvelo - MG; 1952 – Padrão Racial; 1956 – Associação de Criadores de Guzerá do Brasil; Importante na Região Nordeste; • Peso Vivo • Comprimento • Altura machos • 1.000 kg • 175 cm • 164 cm fêmeas • 600 kg • 158 cm • 152 cm • De cinza clara a cinza escura; terços anteriores e posteriores geralmente mais escuros, atingindo, às vezes, o negro; nas fêmeas a cor é mais clara; pele pigmentadaPelagem • Larga, relativamente curta e expressiva; perfil de sub-côncavo a retilíneo; fronte moderadamente larga, com ligeira concavidade entre os olhos e a marrafa; chanfro reto; focinho preto; olhos com órbitas ligeiramente salientes. Cabeça • Desenvolvidos e simétricos; de seção circular ou elíptica na base; dirigem-se horizontalmente para fora ao sair do crânio, curvando-se para cima, em forma de lira ou de torquês, com pontas voltadas para dentro e para trás; a descorna é admitida (1998). Chifres • Pendentes, médias, relativamente largas e de pontas arredondadas; vistas de frente mostram-se medianamente voltadas para a face; face interna de cor alaranjada com ou sem manchas pretas.Orelhas Guzerá Mocho Guzerá Mocho Corte Leite Produção de leite quantitativamente é o segundo grupamento zebuíno selecionado para produção leiteira no país; boa produção leiteira, com elevada proporção de gordura e proteína, muito adequado ao aproveitamento industrial; produção média verificada em Controles Leiteiros Oficiais é de 2.500 a 3.000 kg, a nível de curral; muitas vacas acima de 4.500 kg e várias dezenas acima de 5.000 kg por lactação; vacas recordistas passam de 7.000 kg/lactação teor de gordura do leite é bastante elevado tendo a vaca recordista da raça (Faísca-JÁ) produzido leite com 14,5% de matéria gorda; muitas vacas atingem mais de 10,0% de gordura por Kg de leite produzido. Produção de carne bezerros muito rústicos e com bom desempenho inicial; animais da raça mostram bons desempenhos em termos de produção de carne, tanto em criações extensivas quanto em confinamento; provas de ganho de peso apontam freqüentemente, ganhos médios diários superiores a 1.000 g em condições de confinamento aos dois anos de idade; eficiência de conversão bastante satisfatória, demonstrando em confinamento valor de 7,93:1; rendimento de carcaça igual ou superior à dos demais zebuínos, apresentando 55% para animais abatidos com 17 arrobas; 60% da carcaça corresponde aos cortes traseiros; carne com características similares a das demais raças de zebuínos; Dupla aptidão: seleção para carne e leite; Rústico, com grande adaptação ao clima semi-árido; Formador de muitas raças; Cruzamentos com raças zebuínas e européias: BRAHMAN e INDUBRASIL; PITANGUEIRAS; GUZONEL e GUZOLANDO. SINDI ou RED SIND Paquistão • Peso Vivo • Comprimento • Altura machos • 430 – 500 kg • 125 – 135 cm fêmeas • 300 – 380 kg • 115 – 120 cm Região do Kohistan, norte da província desértica de Sind - Paquistão; Introduzida nos anos 30; 1952 – 31 animais trazidos pelo Dr. Felisberto Camargo, para o Instituto Agronômico do Norte em Belém – PA; Produção de leite para nas regiões equatoriais; Paraíba concentra o maior efetivo, com cerca de 10.000 cab.; Principal centro de pesquisa é a EMEPA-PB; Importância crescente na região semi-árida do Nordeste Brasileiro. • Vermelha em suas tonalidades, variando do amarelo alaranjado ao castanho; machos mais escuros, principalmente nas espáduas, cupim e coxas, podendo chegar ao negro; pele pigmentada, rósea nas partes sombreadas. Pelagem • Curta, de tamanho médio e bem proporcionada; perfil sub-convexo; fronte de largura média, com goteira nos machos; chanfro reto; focinho preto e largo; olhos elípticos.Cabeça • Curtos e de grossura média; sai para os lados, ligeiramente para trás e para cima; ausente nos mochos.Chifres • Tamanho médio, largas e um pouco pendentes.Orelhas Raça de pequeno porte não explorada para a produção de carne; Boa aptidão leiteira; Elevada rusticidade e adaptação ao clima tropical; Efetivo populacional muito baixo: dificulta o processo de seleção e progresso produtivo da raça; maior possibilidade de ocorrer cruzamentos consangüíneos. KANGAYAM ou CANGAIAM Índia • Peso Vivo • Comprimento • Altura machos • 480 – 600 kg fêmeas • 320 – 420 kg Região de Tamil-Nadu, distrito de Coimbatore, estado de Masdras, sul da Índia; Introduzida em condição de elevada pureza racial; Apresenta uniformidade e fixidez de características étnicas; Utilizada para transporte leve; Rústica e de baixa aptidão leiteira; 1988 – início do Registro Genealógico; Raça Zebuína com menor efetivo no país; Destacam-se dois criadores – Sérgio Jacinto Costa e João Batista Andrade. • Cor variando de cinza clara a cinza escura, com extremidades quase negras nos machos, mais claro nas fêmeas. Pele pigmentada.Pelagem • Comprimento e largura médios, perfil ligeiramente convexo, fronte larga com depressão entre os olhos; chanfro reto; focinho preto e largo.Cabeça • Simétricos; fortes e grossos nos machos; nascem bem próximos encurvando-se para fora para trás e para frente, formando um meio círculo e aproximando as extremidades; nas fêmeas é mais fino e mais longo.Chifres • Pequenas terminando em pontas.Orelhas INDUBRASIL Brasil • Peso Vivo • Comprimento • Altura machos • 700 – 1.000 Kg • 178 cm • 166 cm fêmeas • 500 – 700 Kg • 162 cm • 152 cm Formada Região do Triangulo Mineiro, por cruzamento e mestiçagem entre animais das raças Nelore, Guzerá, Gir e outras em menor escala; Guzonel (1890–1920): heterose; Gir (1911-1920): aspecto definitivo do “Induberaba”; 1936 – padrão oficial e nome “Indubrasil” Anos 20 a 40 – apogeu da criação, com avanços no Centro- Oeste e Nordeste do Brasil; 1940 – 79,8% dos registros; 1955 – 12,3% dos registros; 1980 – 3,7% dos registros; Raça brasileira mais difundida no exterior – América Latina e EUA. • Cor branca, cinza ou vermelha uniforme; extremidades podem se escuras; pele pigmentada.Pelagem • Largura, comprimento e espessura, médios; perfil de sub-convexo a convexo; fronte média;chanfro reto; focinho preto com narinas bem separadas; olhos elípticos e olhar sonolento.Cabeça • Médios; de cor escura e simétricos, saindo para fora, para trás e para cima, dirigindo-se em seguida para dentro, com as pontas rombudas e convergente.Chifres • Pendentes; de longas a médias, com face interna do pavilhão tendendo para frente; extremidades curvando-se para dentro.Orelhas Produção de carne bainha ou prepúcio muito desenvolvido, favorecendo acidentes em pastagens sujas; ganhos de peso diário de 1.000 g, nas fases de recria e terminação em confinamento; rendimento de carcaça de 54,5%, onde a relação entre traseiro e dianteiro é de 60,5 % e 39,5%; músculo, gordura e ossos representam respectivamente 52%, 34% e 14% da carcaça; cabeça, pés e couro representam cerca de 17,7% do peso corporal; elevada rusticidade; redução de efetivos, aumento de endogamia, progresso genético nulo ou negativo, são alguns aspectos do rebanho Nordestino que indicam desinteresse pela raça. TABAPUÃ Brasil • Peso Vivo • Comprimento • Altura machos • 1.000 kg • 175 cm • 162 cm fêmeas • 600 kg • 160 cm • 150 cm Município de Tabapuã no estado de São Paulo; Em 1940 inicia-se a seleção na Fazenda Água Milagrosa, da família Ortenblad; Cruzamento e mestiçagem entre Guzerá e Nelore, com infusão da raça Mocha Nacional; Touro “Tabapuã” – pilar de formação da raça, com grande prepotência na transmissão de características produtivas e da característica mocha; Acasalamentos consanguíneos garantiram uniformidade na raça; 1969 – Associação Brasileira de Criadores de Mocho Tabapuã; 1971 – Padrão racial; Anos 80 - Grande expansão no Brasil e exterior. • Branca ou cinza e suas nuances; pele pigmentada.Pelagem • Comprimento e largura médios; forma de ogiva; mais curta e larga no machos, e mais comprida e estreita nas fêmeas; perfil sub-convexo ou retilíneo; fronte moderadamente larga nos machos e estreita nas fêmeas; chanfro reto; focinho preto e largo; olhos elípticos e vivos. Cabeça • Inexistentes.Chifres • Médias e relativamente largas; vistas de frente mostram-se voltadas para a face.Orelhas Produção de carne touros e vacas com características de exterior similares à da raça Nelore que favorece a criação extensiva; vacas com úberes e tetas de desenvolvimento médio; ganhos de peso da ordem de 1.200 g/dia em condições de confinamento; boa conformação para o corte; rendimento de carcaça de cerca de 53,5% onde o traseiro corresponde a 59% da carcaça; carne com características similares a das demais raças de zebuínos; raça formou-se de modo semelhante ao Brahman americano, mas com grande preocupação na fixação de características de exterior que dão feição própria à raça. BRAHMAN EUA • Peso Vivo • Comprimento • Altura machos fêmeas Sul dos EUA, sendo o nome uma expressão genérica aplicada pelo criador norte americano a animais zebuínos; Fruto da mescla de diversas raças, especialmente, Guzerá, Nelore, Krishna Valley, Gir, Red Sindhi e Indubrasil, introduzidos em diferentes épocas; Os mestiços sofreram forte seleção funcional buscando a produção de carne; 1994 – introdução no Brasil; Grande expansão no Brasil nos últimos anos. •Cor branca ou cinza em suas diferentes tonalidades; vermelha uniforme em suas diferentes tonalidades; Terço anterior e posterior geralmente mais escuros nos machos; fêmeas mais claras; Pelo pigmentada, sendo rósea no úbere e região inguinal. Pelagem •Tamanho e comprimentos médios; perfil reto ou sub-convexo; fronte larga; chanfro reto; focinho preto com narinas bem separadas; olhos pretos e elípticos, bem separados e órbitas ligeiramente salientes.Cabeça •Cor escura e simétricosChifres •Médias, relativamente largas com pontas arredondadas.Orelhas Produção de carne ótima conformação e aptidão para produção de carne; prova de ganho de peso realizada no Brasil, com 112 dias de duração mostrou média de 1.523 g/dia, para 22 animais, sendo que os 5 primeiros ganharam 1,786 gramas/dia; resultados de desempenho sob condições nacionais ainda muito restritos; Raça Idade ao primeiro parto Intervalo entre partos Nº de OBS Média Nº de OBS Média Nelore 507 38,9 916 14,0 Gir 7.749 45,7 15.572 16,2 Guzerá 882 43,9 1.335 15,1 Sindi 151 37,6 265 15 Idade ao primeiro parto e Intervalo entre partos de fêmeas de Raças Zebuínas selecionadas para a produção leiteira. VERNEQUE et al. (2.001) adaptado Raça Nº de obs Produção corrigida 305 dias Produção total Duração da lactação Nelore 1.978 1.573 1.621 241 Gir 29.101 2.653 2.884 290 Guzerá 3.019 2.263 2.347 280 Sindi 461 2.276 2.319 237 Produção de leite (Kg) corrigida e total, ajustadas à idade adulta, e duração da lactação (dias) de vacas Zebuínas selecionadas para a produção leiteira. VERNEQUE et al. (2.001) adaptado Gordura Proteína Raça Nº de OBS Média Nº de OBS Média Max. Gir 142.936 4,52 4.724 3,44 Guzerá 9.072 4,72 641 3,68 Sindi 2.456 4,90 - - Teor de gordura e proteína do leite (%) de vacas de rebanhos de Raças Zebuínas selecionados para a produção leiteira. VERNEQUE et al. (2.001) adaptado Raças Européias - Corte Hereford Shorthorn Aberdeen Angus Devon Charolês Limousin Blonde d’Aquitaine Blanc Bleu Belge Chianino Marchigiano Romagnolo Piemotês Raças Européias de Corte no Brasil Participação muito limitada na pecuária de corte brasileira; Efetivos populacionais restritos aos estados do Sul do país. Baixa tolerância ao ambiente tropical: reduzida capacidade em dissipar calor; ausência de cupim, barbela e prepúcio desenvolvidos, diminuindo a superfície específica; glândulas sudoríparas em menor quantidade, menos desenvolvidas e menos ativas; pele despigmentada e pelos longos; alta suscetibilidade a ectoparasitos como o carrapato; Desempenhos produtivo e reprodutivo insatisfatórios nos trópicos. Emprego das raças européias de corte Cruzamentos – Simples ou Industrial ou de Primeira Geração; Formação de raças Sintéticas e/ou Compostas; Facilidade na aquisição de sêmen e emprego da Inseminação Artificial; Raças Européias de Corte no Brasil Inseminação ou cobertura da vacada zebuína; Conseqüências do emprego de sêmen de animais taurinos de corte ou de reprodutores taurinos no rebanho zebuíno: heterose; melhora do desempenho produtivo do rebanho; obtenção de bezerros mais pesados ao nascimento; possibilidade de aumento da freqüência de partos distócicos; maior ganho de peso, com redução da idade de abate dos animais, tanto em condições extensivas quanto intensivas, nos confinamentos; facilita a produção de novilhos “Precoce” e “Super Precoce”; maior rendimento de carcaça dos animais cruzados; melhor acabamento de carcaça; deposição mais precoce de gordura, especialmente subcutânea protegendo as carcaças da queima pelo frio; produção de carne com maior marmoreio e menos fibrosa; Principais Raças Européias de Corte criadas no Brasil Britânicas • Hereford • Shorthorn • Aberdeen Angus • Devon Francesas e Belga • Charolês • Limousin • Blonde d’Aquitaine • Blanc-Blue-Belge Italianas • Chianina • Marchigiana • Romagnolo • Piemontesa HEREFORD Origem: Condado de Hereford –Inglaterra. SHORTHORN Origem: Condados de Durham, York eNorthumberland – Inglaterra. Variedades: Shorthorn-Aberdeen (Escócia) e Red Lincoln. ABERDEEN ANGUS Origem: Condados de Aberdeen, Banff Kincardine e Forfar – Angus, Escócia. Variedades: Black Angus e Red Angus. DEVON Origem: Condados de Devon, SommersetCornwalle Dorset – Inglaterra. Variedades: Sussex e South Devon. CHAROLÊS Origem: Departamentos de Saône-et-Loire, Nièvre, Indre e Vendée – maciço central, França. LIMOUSIN Origem: região de Limoges – França. BLONDE D’AQUITAINE Origem: surge da fusão de três outras raças: Garonnaise, Quercy e Bonde dês Pyrenees – França. BLANC-BLEU-BELGE Origem: formada a partir de bovinos belgas sem padrão racial e animais das raças Shorthorn e Charolês – Bélgica. CHIANINO Origem: Arezzo, Siena, Florença, Pisa, -Grosseto, Livorno, Perusa e Viterbo –Itália. Variedades: Calvana, Valdarno, Perusa e Vale do Chiana. MARCHIGIANO Origem: Marcas, Lácio, Câmpania, AnconaMacerata, Abruzzos, Benevento – Itália. ROMAGNOLO Origem: Forli, Ravena, Bolonha, Faenza,Pezaro, Rovigo, Pádua e Veneza – Itália. PIEMONTESA Origem: Piemonte, Lingúria e Lombardia –Itália. Raças Européias – Dupla Aptidão Red Poll Normando Simental Pardo Suíço Pinzgauer Raças Européias Mistas ou de Dupla Aptidão no Brasil Apresentam equilíbrio entre a produção de carne e leite; Mediana produção leiteira com razoáveis capacidade de ganho de peso e características de carcaça; Baixa tolerância ao ambiente tropical: incompatíveis com condições de altas temperaturas e umidade relativa do ar e intensa irradiação solar do ambiente tropical; alimentação e nutrição inadequadas em pastagens de clima tropical; alta suscetibilidade a ectoparasitos; Animais puros demonstram desempenhos produtivo e reprodutivo insatisfatórios sob condições do ambiente tropical; Emprego das raças européias de dupla aptidão no Brasil são exploradas suas faculdades como produtores de carne ou de leite isoladamente, raramente a dupla função produtiva; Corte: maior ganho de peso, melhoram rendimento e características da carcaça, favorecem a habilidade materna (aptidão leiteira); Leite: aumentam a produção de leite e a persistência da lactação; Formação de raças Sintéticas e/ou Compostas; PARDO SUIÇO Origem: Cantão de Schwyz – Suiça. Peso Vivo: Machos: 800 Kg. Fêmeas: 636 Kg. Características Raciais: Pelagem: pardo cinza uniforme; indo do cinza claro ao bastante escuro; pelos claros ao redor do focinho, pavilhão interno da orelha e linha dorso-lombar; pele pigmentada. Cabeça: larga e curta; chifres pequenos, voltados para fora. Corpo: peito profundo; costelas arqueadas; linha dorso lombar reta; posterior largo, bem musculado; úbere bem desenvolvido, com tetos bem conformados. Membros: bem musculados, com patas fortes. PARDO SUIÇO Características Produtivas raça considerada rústica, dócil, fecunda e longeva; idade à primeira cria entre 26 e 30 meses; peso médio ao nascimento: 43,5 Kg; baixa incidência de distocia; machos atingem 300 Kg aos 12 meses e 585 Kg aos dois anos; fêmeas atingem 250 Kg aos 12 meses e 400 Kg aos dois anos; boa capacidade de ganho de peso, que varia de 850 g a 1.050 g por dia; novilhos de 18 meses são abatidos com 485 Kg de peso vivo; novilhas mais eradas e vacas podem atingir até 800 Kg de peso vivo; rendimento de carcaça entre 55 e 58%; carcaças com 20 a 25% de ossos; carne de boa qualidade, com baixo teor de gordura. PARDO SUIÇO Características Produtivas aptidão leiteira da raça tem sido bastante explorada no país, através da utilização de linhagens selecionadas tanto no Brasil quanto nos EUA e Canadá; produção leiteira oscila conforme as condições de criação; média das lactações no Brasil é de 5.122 kg em 305 dias com 3,8% de gordura animais POI apresentaram lactações de 6.160 Kg com 3,79% de gordura; animais PO apresentaram média de produção de 5.711 Kg/lactação, com igual teor de gordura; boa persistência de lactação; produção máxima de leite é alcançada entre os 7 a 8 anos de vida; longevidade: 37,1% de vacas com mais de quatro lactações; PARDO SUIÇO Características Adaptativas raça de clima temperado de altitude; pele mais pigmentada que garante proteção à irradiação solar tanto em regiões de altitude quanto no ambiente tropical; taxa respiratória mais acelerada, como adaptação às condições de rarefação do ar nas regiões de altitude, favorece as trocas de calor através da respiração no ambiente tropical. Utilização no Brasil a aptidão leiteira da raça é predominantemente explorada; segundo grupamento racial de origem européia mais utilizada nos cruzamentos da pecuária leiteira brasileira; são pontos fortes da raça: elevada aptidão das linhagens leiteiras, maior capacidade de tolerância ao ambiente tropical, a relativa rusticidade e porte avantajado das vacas. LAVÍNIA. SIMENTAL Origem: Cantão de Berna - Suíça. Peso Vivo: Machos: 1.150 Kg. Fêmeas: 650 Kg. Características Raciais: Pelagem: amarelo alaranjado ao vermelho sobre fundo branco. Cabeça: média com fronte e focinhos largos; chifres curtos e medianamente grossos. Corpo: grande, atarracado, robusto e pesado; peito largo e profundo; abdômen volumoso. Membros: médios; cascos fortes. Originariamente chamada Bernesa, a raça evoluiu e chegou a vários países. Na Alemanha formou a raça nacional chamada Simental Alemã ou Fleckvieh. SIMENTAL Características Produtivas utilizado inicialmente para tração, foi selecionado para produzir leite e carne; idade ao primeiro parto: 27 – 30 meses; elevada fertilidade; peso ao nascimento: 40 Kg para machos e 38 Kg para fêmeas; bons ganhadores de peso; rendimento de carcaça de 63%; carne e gordura representam 71% e 10%, respectivamente; produção leiteira de 3.921 Kg de leite por lactação, com 3,98% de gordura; 20% das vacas registradas mostraram produções superiores a 4.990 Kg de leite, com 4,2% de gordura em 310 dias de lactação; Características Adaptativas raça de clima temperado. Utilização cruzamentos da pecuária de corte. RED POLLED Origem: Conadados de Norfolk e Sufolk – Inglaterra. Formou-se pelo cruzamento do gado pequeno e mocho de Suffolk com o gado vermelho e chifrudo de Norfolk. NORMANDO Origem: Departamentos de Mancha e Calvados – Noroeste da França. PINZGAUER Origem: Província de Salzburgo – Áustria. Raças Européias - Leite Holandesa Jersey Guernsey Ayrshire Dinamarquesa Sueca Vermelha Raças Européias de Leite no Brasil Raças européias especializadas na produção de leite é estratégia fundamental para a exploração leiteira no Brasil; Rebanhos zebuínos tem seleção para produção leiteira relativamente recente no país, revelando produtividade mais baixa, além de efetivo populacional muito reduzido; Raça Holandesa é de longe a mais importante dentre as raças leiteiras criadas no Brasil, pois garante a produtividade dos rebanhos leiteiros; Raças especializadas européias são de baixa tolerância ao ambiente tropical, demonstrando desempenhos produtivo e reprodutivo insatisfatórios quando em condições de pureza racial; Aclimatação Indireta através de Cruzamentos; Emprego das raças européias leiteiras Cruzamentos: Alternado ou Recíproco – busca a manutenção do grau de “sangue” próximo do ½ sangue (50% Europeu 50% Zebu), equilibrando produtividade leiteira com tolerância ao ambiente tropical; Formação de raças Sintéticas e/ou Compostas. HOLANDESA Origem: Noord Holland, Zuid Holland, Drethe e Frísia - Holanda Peso Vivo: Machos: 950 Kg. Fêmeas: 680 Kg. Características Raciais: Pelagem: malhadas de preto e branco ou vermelho e branco; ventre e vassoura da cauda branca; pele fina e pregueada; pêlo fino e macio. Cabeça: média, seca; face um pouco longa; fronte larga entreos olhos e estreita entre os chifres; olhos salientes; chifres pequenos e curtos. Corpo: volumoso, comprido, largo profundo e anguloso, na forma clássica de cunha; Membros: médios e afastados; bem aprumados; ossatura forte. HOLANDESA Características Raciais: Úbere: • muito volumoso, indicando grande capacidade; • quatro quartos devem ser igualmente desenvolvidos; • deve apresentar bons ligamentos; • boa textura que indica glandulosidade; • tetas simetricamente dispostas e desenvolvidas; • boa irrigação sanguínea pela presença de veias mamárias volumosas, tortuosas e ramificadas. * Problemas de ligamentos tornando o úbere pendente, má implantação, tetos demasiadamente grandes e desarmonia são alguns aspectos que são trabalhados pela seleção. HOLANDESA Variedades FAO relacionou, nos anos 50, três tipos de gado Holandês, cada uma com seu próprio registro genealógico; Frísia preta e branca com a variedade vermelha e branca - cerca de 80% do total de animais; Meuse-Rhine-ljssel (MRIJ) vermelha e branca - cerca de 18%; Groningen cabeça branca - cerca de 2% do total de animais. Raça originariamente de dupla aptidão (Frísia), passou a ser selecionado para a produção leiteira no final do sec. XIX nos EUA; Introduzida em várias regiões do mundo é a raça mais cosmopolita da atualidade, sofrendo seleção específica em cada país; HOLANDESA Variedades no Brasil a raça Holandesa malhada de preto encontra-se disseminada em todos os estados sendo utilizada predominantemente nos cruzamentos da pecuária leiteira, especialmente nos estados de temperaturas médias mais elevadas; até o início de 1980, o Brasil foi o detentor do maior rebanho mundial de HVB (Holandês Vermelho Branco); pelagem malhada de vermelha pode ser característica de interessante no ambiente tropical pela menor absorção de calor em relação à preta; causas do declínio: falta de disponibilidade de reprodutores provados geneticamente e pela não aceitação das cobrições de vacas VB por touros PB. HOLANDESA Características Produtivas idade para a primeira cobertura: 16 a 18 meses; idade ao primeiro parto: 25 a 27 meses; duração da gestação: 261 dias a 293 dias (média de 280 dias); peso ao nascimento: 45 Kg para machos e 40 Kg para fêmeas; intervalo entre partos: 15 a 17 meses; maior volume de leite produzido dentre todas as raças leiteiras; média brasileira de produção leiteira foi de 8.130 kg na idade adulta, com duas ordenhas e 305 dias de lactação (ano de 2.002); Record de produção mundial: vaca La Foster Blackstar Lucy 607 – 34.144 Kg de leite/lactação. HOLANDESA Características Produtivas leite de baixa qualidade com reduzido teor de gordura: 3,66%; teor de proteína do leite: 3,06%; baixa qualidade do leite é compensada pelo volume de produção leiteira que garante grande quantidade de gordura e proteína por lactação; notável melhoramento alcançado em volume (Kg) dos componentes gordura e proteína; elevada persistência da lactação: 260 a 360 dias ou mais; dóceis e de temperamento linfático; diversidade de material genético existente possibilitando a escolha de sêmen de centenas de reprodutores provados de distintas famílias e linhagens; HOLANDESA Características Produtivas raça de grande porte pode ser utilizada para a produção de carne; é a principal abastecedora do mercado de carnes nos países baixos; embora a função leiteira tenha sido a mais melhorada a raça apresenta alguns aspectos de interesse para a produção de carne; porte, velocidade de crescimento desenvolvimento muscular e capacidade de conversão são muito satisfatórios; boa qualidade de carcaça com escassa cobertura de tecido adiposos; engorda pode ser alternativa para exploração de bezerros leiteiros nas granjas; vacas velhas e novilhas descartadas são encaminhadas ao abate, oferecendo ao criador esta última receita. Características Adaptativas raça de clima temperado com baixíssima tolerância às condições adversas do ambiente tropical; constitui um real problema para o desenvolvimento da pecuária leiteira nas regiões tropicais; HOLANDESA grande entrave para o desenvolvimentoda raça na maior parte do território brasileiro; alternativas: • condições artificiais de ambiente através da estabulação; • aclimatação indireta através dos cruzamentos. Utilização imprescindível para a pecuária leiteira brasileira; criada em situação de pureza racial nos estados do sul ou em regiões de altitude onde o clima é mais ameno; animais puros podem ser criados em condições de estabulação nas regiões onde o clima mostra-se mais inóspito; touros ou sêmen de touros Holandeses são utilizados nos cruzamentos da pecuária leiteira, com animais zebuínos especialmente com o Gir formando o gado leiteiro brasileiro que recebe a denominação de gado Girolando; RAÇA GIROLANDO; HOLANDESA JERSEY Origem: Ilha de Jersey – Reino Unido. Peso Vivo: Machos: 600 a 700 Kg. Fêmeas: 350 a 400 Kg. Características Raciais: Pelagem: amarela variando do cinza ao pardo escuro; mais clara em volta do focinho; manchas escuras na face e extremidades dos membros; manchas brancas no úbere, ventre, flanco e peito; pele amarela; pelos curtos. Cabeça: pequena, curta e larga; perfil concavilíneo; órbitas proeminentes; chifres pequenos, finos e voltados para frente. Corpo: peito profundo; costelas arqueadas; posterior largo; forma de cunha típica; úbere desenvolvido. Membros: finos. JERSEY Características Produtivas menores bovinos dentre as raças especializadas; ocorre aumento de porte conforme as condições de criação e seleção; seleção americana induziu o aumento do porte e da produção leiteira; animais de menor porte são mais econômicos, podem ser criados em ambientes mais pobres com menor quantidade de recursos alimentares; elevada precocidade sexual, produzindo a primeira cria aos 24 meses, e o primeiro cio antes dos 12 meses; peso ao nascimento: 28 Kg para machos e 25 Kg para fêmeas; baixa incidência de partos distócicos; considerada de exploração muito econômica por sua longevidade e elevada conversão alimentar; ideal para pequenas propriedades; excelente tipo leiteiro; Em 1763 foi proibida a entrada de qualquer bovino na ilha de Jersey a não ser para abate imediato; Raça formada em condição de segregação geográfica, e alto grau de consangüinidade, é muito uniformidade e prepotente; JERSEY Características Produtivas média de produção de leite de 7.306 Kg por lactação; recordista mundial - HASES BABES LAD CHARO produziu 17.938 kg de leite, 783 kg de gordura e 640 kg de proteína em 365 dias, aos 5 anos . leite de altíssima qualidade, com 4,6% de gordura, apresentando-se com glóbulos grandes e forte coloração amarela, ideal ao fabrico de manteiga; raça classificada como manteigueira; leite rico também em sólidos totais, sendo muito interessante aos lacticínios; raças desprovida de aptidão para o corte, pelo porte reduzido, pobreza muscular e gordura corporal fortemente amarela, embora a carne seja considerada saborosa; perde espaço na pecuária pela baixa produção de carne, limitando de sua utilização em cruzamentos e utilização de machos para o corte; JERSEY Características Adaptativas raça de clima temperado; estudos de tolerância climática apontam a raça como uma das mais tolerantes ao ambiente tropical; pele pigmentada e porte reduzido permitem tolerar a irradiação solar dos trópicos e perder calor corporal com mais facilidade Utilização segundo grupo racial leiteiro mais disseminado no mundo; terceiro grupo racial europeu mais utilizado na produção leiteira do Brasil; baixa aceitação da raça pelo criador brasileiro; nos cruzamentos pode melhorar a qualidade do leite produzido; JAMAICA HOPE (Jamaica) GUERNSEY Origem: ilhas de Guernsey e Alderney – Reino Unido. AYRSHIRE Origem: condado de Ayr – Escócia. Raça teve na sua formação a infusão de sangue de animais Shorthorn e Holandês. DINAMARQUESA Origem: Dinamarca. SUECA VERMELHA Origem: Suécia. Raças Naturalizadas Caracu Mocho Nacional Curraleiro Pantaneiro Crioulo Lageano Junqueira Patuá Raças Naturalizadas do Brasil Abrange os grupos genéticos taurinos introduzidos ao longo do período de colonização do país, que sofreram processo de seleção predominantemente natural, com aclimatamento do tipo degenerativo; Aclimatamento degenerativo resulta em animais que se reproduzem, mas produzem mal, pois o processo de adaptação não se estendeu às funções produtivas; As raças naturalizadas atuais ou “Crioulas” derivam principalmente das raças provenientes da península Ibérica; A maioria das raças encontra-se em franco declínio decorrente da introdução de raças Zebuínas a partir do final do sec. XIX e do pouco interesse pelos animais nativos menos produtivos; A raça Caracu é a que demonstra os melhores índices produtivos despertando interesse nos criadores e mantendo seus efetivos populacionais preservados; Todas as demais correm risco de desaparecer sem que haja investigações mais detalhadas sobre suas potencialidades e a possível contribuição para os programas de melhoramento de bovinos. Bovinos Crioulos do Brasil Ancestral predominante provável Tipos ou populações Bos taurus aquitanicus Caracu Mocho Nacional Junqueira Franqueiro Pedreiro Colonião ou Colonão Bos taurus ibericus Curraleiro ou Pé-Duro Pantaneiro ou Cuiabano Crioulo do Sul ou Crioulo Lageano Igarapé, Patuá Nanica ou Guarapeva EXTINTOS PRIMO (1993) CARACU MOCHA NACIONAL CURRALEIRO PANTANEIRO CRIOULO LAGEANO JUNQUEIRA PATUÁ Raças Sintéticas e Compostas Santa Gertrudis Canchin Ibajé-Brangus Pitangueiras Simbrasil Aquitânica Montana Girolando O que é raça Sintética e raça Composta ? • raça formada pelo envolvimento de somente outras duas. Raça Sintética • raça cuja formação é fundamentada em maior número de raças. Raça Composta ou Composto • raça cujo trabalho de formação foi estruturado tendo como intuito exclusivo a capitalização nos efeitos aditivos dos genes. Raça Sintética • raça cujo trabalho de formação foi estruturado tendo como intuito a utilização da heterose além, obviamente, da capitalização nos efeitos aditivos dos genes. Raça Composta ou Composto SANTA GERTRUDIS Origem: Texas – E.U.A. Composição: 5/8 Shorthorn 3/8 Brahman. Aptidão Produtiva: corte Outros aspectos: Primeira raça sintética a ser formada; mucosas sem pigmentação e prepúcio muito desenvolvido, são características negativas para nossas condições de criação. Esquema de formação do 5/8 Bos taurus 3/8 Bos indicus 1/2 Taurino 1/2 Zebuíno 1/4 Taurino 3/4 Zebuíno 5/8 Taurino 3/8 Zebuíno Raça TaurinaRaça Zebuína X X X 5/8 Taurino 3/8 ZebuínoX F1 F2 F3 BIMESTIÇO 5/8 Taurino 3/8 Zebuíno Raça Zebuína Raça Taurina F4 CANCHIM Origem: São Paulo - Brasil Composição: 5/8 Charolês 3/8 Nelore Aptidão Produtiva: corte BRANGUS-IBAJÉ Origem: Rio Grande do Sul - Brasil Composição: 5/8 Aberdeen-Angus 3/8 Nelore Aptidão Produtiva: corte PITANGUEIRAS Origem: São Paulo – Brasil Composição: 5/8 Red Polled 3/8 Guzerá Aptidão Produtiva: carne e leite. LAVÍNIA Origem: São Paulo – Brasil Composição: 5/8 Pardo Suíço 3/8 Guzerá Aptidão Produtiva: carne e leite. SIMBRASIL Origem: Espírito Santo - Brasil Composição: 5/8 Simental 3/8 Zebu Aptidão Produtiva: corte. BRAVON Origem: São Paulo – Brasil Composição: 5/8 Devon 3/8 Brahman Aptidão Produtiva: corte. AQUITÂNICA Origem: Rio Grande do Sul – Brasil Composição: 5/8 Blond d’Aquitaine 3/8 Caracu Aptidão Produtiva: corte. Ambas as raças pertencem ao mesmo tronco Bos taurus aquitânicus. MOCHO GUAPORÉ Origem: Mato Grossso – Brasil Composição: Nelore, Nelore Mocho, Tabapuã, Limousin e Chianina – 92,18% de grau de sangue zebuíno. Aptidão Produtiva: corte. MONTANA Origem: Brasil Composição: 4 tipos biológicos (NABC) – (N) Nelore; (A) Taurino adaptado aos trópicos - Bonsmara, Senepol, Caracu, etc; (B) Taurino Britânico - Red Angus ou South Devon; (C) Taurino Continental – Simental, Limousin, Charolês, Chianina, etc. 25%N;50%A;25%BC Aptidão Produtiva: corte. PURUNÃ Origem: Paraná – Brasil Composição: ¼ Charolês, ¼ Caracu, ¼ Aberdeen Angus, ¼ Canchim. Aptidão Produtiva: corte. Outros aspectos: em processo de reconhecimento pelo MARA. BRAFORD Origem: Flórida - EUA Composição: 5/8 Hereford 3/8 Brahman Aptidão Produtiva: corte. BONSMARA Origem: África do Sul Composição: 5/8 Hereford ou Shorthorn 3/8 Afrikaner Aptidão Produtiva: corte. GIROLANDO Origem: Brasil a raça surge da prática dos cruzamentos utilizada pelos criadores de gado de leite que casalam animais das raças Gir e Holandesa visando associar a tolerância ao ambiente tropical e produtividade leiteira, na formação do gado leiteiro brasileiro. Composição: 5/8 Holandes 3/8 Gir. Aptidão Produtiva: Gado leiteiro tropical. GIROLANDO Evolução da Raça: antecedentes – Raça Turina; anos 40 – primeiras referências ao gado; vulgarização do cruzamento Holandês X Gir na pecuária leiteira; 1987 – ASSOGIR solicita a adoção do nome Girolando ao MARA; 1989 – traçadas as normas para formação da Raça Girolando pelo MARA e Assoleite; 1989 – início do Registro Genealógico; 1996 – Associação Brasileira de Criadores de Girolando; 1996 – aprovado o padrão da raça e implantado o Teste de Progênie de Touros em convênio com a EMBRAPA - CNPGL. O cruzamento: resistência e produtividade; complementaridade entre as raças; tipo Alternado – mantêm o rebanho próximo do ½ sangue Holandês:Gir; Vigor Híbrido ou Heterose; Esquemas de formação da raça da Raça Girolando.GIROLANDO Esquemas de formação da raça da Raça Girolando.GIROLANDO GIROLANDO Características Produtivas: A Associação de Criadores define a raça como “Produtora de leite pela funcionalidade e produtora de carne pela adaptabilidade”; elevada viabilidade espermática; vacas de boa eficiência reprodutiva e período de serviço curto; período de gestação de 285 dias; baixa incidência de partos distócicos; peso ao nascimento: 35 Kg; produção leiteira de 3.600 Kg/lactação (305 dias; 2X), com 4% de gordura; período de lactação: 280 dias; pico de lactação: entre 30 e 100 dias; permite a ordenha sem o bezerro; aceita a ordenha mecânica; adapta-se aos mais diversos sistemas de produção, em especial à pasto; machos são adequados para o corte.
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