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Resposta Imune Inata e Adaptativa

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Imunologia 
Resposta imune inata e adaptativa
	Características 
	Inata
	Adaptativa 
	Especificidade
	Não reage em resposta a microrganismos específicos, pois os mecanismos da imunidade inata são para estruturas que são comuns a grupos de microrganismos relacionados e podem não distinguir pequenas diferenças entre os microrganismos
	Reage a um grande número de substâncias microbianas e não microbianas, mas tem a habilidade de distinguir minunciosamente entre diferentes substâncias
	Memória
	Não possui um mecanismo de memória, elas respondem essencialmente da mesma forma para exposições repetidas.
	Possui um mecanismo de memória de forma que tem habilidade de responder mais vigorosamente a exposições repetidas ao mesmo microrganismo. Se “adapta” ao microrganismo.
	Ativação
	Ela consiste em mecanismos de defesa celulares e bioquímicos que estão em vigor mesmo antes da infecção
	São estimuladas pela exposição a agentes infecciosos e aumentam em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição subsequente a um microrganismo particular
	Mecanismos de ação
	Esses mecanismos reagem aos produtos dos microrganismos e células lesionadas, e elas respondem essencialmente da mesma forma para exposições repetidas.
	
	Componentes
	(1) barreiras físicas e químicas, tais como epitélio e agentes antimicrobianos produzidos nas superfícies epiteliais; (2) células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), células dendríticas e células assassinas naturais (NK, do inglês natural killer) e outras células linfoides; e (3) proteínas sanguíneas, incluindo membros do sistema complemento e outros mediadores da inflamação.
	Linfócitos e seus produtos secretados, tais como anticorpos
	Tempo de respostas
	Preparada para responder rapidamente a infecções
	Resposta lenta
	Citocinas*
	
	
A defesa contra microrganismos é mediada pelas reações iniciais da imunidade inata e pelas respostas tardias da imunidade adaptativa
As citocinas constituem um grande grupo de proteínas secretadas com diversas estruturas e funções, que regulam e coordenam muitas atividades das células da imunidade inata e adaptativa. Todas as células do sistema imune secretam, pelo menos, algumas citocinas e expressam receptores específicos de sinalização para várias citocinas. A nomenclatura para as citocinas é inconsistente, com algumas designadas interleucinas, seguida por um número, e outras denominadas pela primeira atividade biológica atribuída a elas, tais como fator de necrose tumoral (TNF, do inglês tumor necrosis factor) ou interferon.
As respostas imunes inata e adaptativa são componentes de um sistema integrado de defesa do hospedeiro no qual numerosas células e moléculas funcionam cooperativamente. Os mecanismos da imunidade inata fornecem defesa inicial efetiva contra infecções. Entretanto, muitos microrganismos patogênicos evoluíram para resistir à imunidade inata e sua eliminação necessita dos mecanismos mais potentes da imunidade adaptativa. Existem numerosas conexões entre os sistemas imunes inato e adaptativa.
A resposta imune inata aos microrganismos estimula as respostas imunes adaptativas e influencia a natureza das respostas adaptativas. Por outro lado, as respostas imunes adaptativas frequentemente trabalham aumentando os mecanismos protetores da imunidade inata, tornando-os mais capazes de combater efetivamente os microrganismos patogênicos
Algumas funções das citocinas:
O crescimento e diferenciação de todas as células imunes;
Ativação de funções efetoras dos linfócitos e fagócitos;
Movimento direcionado de células imunes do sangue para os tecidos e dentro dos tecidos. O grande subgrupo de citocinas estruturalmente relacionadas que regulam a migração e o movimento celular é denominado quimiocinas.
Tipos de resposta imune adaptativa:
Imunidade humoral (principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas)
Imunidade mediada por célula (imunidade celular)
Humoral: é mediada por moléculas no sangue e secreções mucosas (anticorpos). Os anticorpos, produzidos principalmente pelos Linfócitos B, reconhecem os antígenos microbianos, neutralizam a infectividade dos microrganismos e focam nos microrganismos para sua eliminação por vários mecanismos efetores. - Diferentes tipos de anticorpos promovem a ingestão de microrganismos pelas células do hospedeiro (fagocitose), ligação e ativação da liberação de mediadores inflamatórios das células e são ativamente transportados para os lumens de órgãos mucosos e através da placenta para fornecer defesa contra microrganismos ingeridos e inalados e contra infecções do recém-nascido, respectivamente -.
Celular: os microrganismos intracelulares, tais como vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro dos fagócitos e outras células do hospedeiro. A defesa contra essas infecções é uma função da imunidade mediada por células, que promove a destruição de microrganismos que residem nos fagócitos ou a morte das células infectadas para eliminar reservatórios de infecção. Alguns linfócitos T também contribuem para a erradicação de microrganismos extracelulares por meio do recrutamento de leucócitos que destroem esses patógenos e auxiliando as células B na produção efetiva de anticorpos.
Tipos de imunidade:
Imunidade Ativa: é induzida pela exposição ao antígeno e o indivíduo imunizado tem participação ativa na resposta do organismo ao microrganismo. Assim, indivíduos e linfócitos que não encontraram um antígeno particular são ditos como sendo inativos (imaturos ou naïve), implicando que eles são imunologicamente inexperientes e indivíduos que responderam a um antígeno e estão protegidos de exposições subsequentes são tidos como imunes.
Imunidade Passiva: imunidade conferida a partir de transferência de soro ou linfócitos. Desta forma, o recebedor de tal transferência se torna imune a um antígeno particular sem nunca ter sido exposto ou ter respondido àquele antígeno. A imunidade passiva é um método útil para conferir rapidamente resistência, sem ter que esperar pelo desenvolvimento de uma resposta imune. Exemplos: transferência de soro em casos de raiva e picadas de animais peçonhentos, transferência de anticorpos maternos através da placenta para o feto (pois eles ainda não têm o sistema imune bem desenvolvido).
“A imunidade humoral foi originalmente definida como o tipo de imunidade que pode ser transferida para indivíduos não imunizados, ou imaturos, com porções livres de células contendo o anticorpo do plasma (i.e., plasma ou soro) obtido de indivíduos previamente imunizados. Similarmente, a imunidade mediada por célula foi definida como o tipo de imunidade que pode ser transferida a animais imaturos, mas não com plasma ou soro. ”
As células de memória têm características especiais que as tornam mais eficientes em responder e eliminar um antígeno do que os linfócitos imaturos que não foram previamente expostos ao antígeno. Por exemplo, os linfócitos B de memória produzem anticorpos que se ligam aos antígenos com maiores afinidades do que os anticorpos produzidos nas respostas imunes primárias, e as células T de memória reagem muito mais rápido e vigorosamente ao desafio do antígeno do que as células T imaturas.
As contrações ocorrem porque as respostas que são disparadas por antígenos funcionam, para eliminar os antígenos, eliminando um estímulo essencial para sua sobrevivência e ativação, os linfócitos (exceto as células de memória) que são privados destes estímulos morrem por apoptose.
Anormalidades na indução ou manutenção da autotolerância (não reatividade ao próprio) levam a respostas imunes contra o próprio hospedeiro, o que pode resultar em distúrbios denominados doenças autoimunes.
 
Muitas células B secretoras de anticorpos são morfologicamente identificáveis como plasmócitos
Componentes Celulares do Sistema Imune Adaptativo:
Linfócitos B: são as únicas células capazes deproduzir anticorpos. Eles reconhecem antígenos extracelulares solúveis e na superfície celular e diferenciam em plasmócitos secretores de anticorpos, funcionando, assim, como mediadores da imunidade humoral.
Linfócitos T: as células da imunidade mediada por célula, reconhecem os antígenos dos microrganismos intracelulares e auxiliam os fagócitos a destruir esses microrganismos ou matam as células infectadas. As células T não produzem moléculas de anticorpo. Seus receptores de antígenos são moléculas de membrana distintas, mas estruturalmente relacionadas com os anticorpos.
 O início e desenvolvimento das respostas imunes adaptativas necessitam que os antígenos sejam capturados e apresentados aos linfócitos específicos. As células que servem a este papel são as chamadas células apresentadoras de antígeno (APCs).
 Os linfócitos B reconhecem antígenos solúveis e se desenvolvem em células secretoras de antígenos. Os linfócitos T auxiliares reconhecem antígenos nas superfícies das células apresentadoras de antígenos e secretam citocinas, que estimulam diferentes mecanismos de imunidade e inflamação. Os linfócitos T citotóxicos reconhecem antígenos nas células infectadas, matando-as. As células T regulatórias suprimem e previnem as respostas imunes (p. ex., aos próprios antígenos).
A Resposta Imune Inata Inicial aos Microrganismos
O sistema imune inato bloqueia a entrada de microrganismos e elimina ou limita o crescimento de muitos microrganismos que são capazes de colonizar os tecidos. Os principais locais de interação entre os indivíduos e seu ambiente – a pele, os pulmões e os tratos gastrintestinal e respiratório – são revestidos por um epitélio contínuo, que serve como barreira para prevenir a entrada de microrganismos a partir do meio ambiente externo. Se os microrganismos romperem com sucesso as barreiras epiteliais, eles encontrarão outras células do sistema imune. A resposta imune inata celular aos microrganismos consiste em dois tipos principais de reações: inflamação e defesa antiviral
A inflamação é o processo de recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas do sangue, seu acúmulo nos tecidos e sua ativação para destruir os microrganismos. Muitas dessas reações envolvem citocinas que são produzidas pelas células dendríticas, macrófagos e outros tipos de células durante as reações imunes inatas. Os principais leucócitos recrutados na inflamação são os fagócitos, neutrófilos (que têm vida curta nos tecidos) e monócitos (que se desenvolvem em macrófagos teciduais). Os fagócitos ingerem os microrganismos e células mortas, destruindo-os nas vesículas intracelulares. 
A defesa antiviral consiste em uma reação mediada por citocina na qual as células adquirem resistência às infecções virais e morte das células infectadas por vírus pelas células especializadas do sistema imune inato, as células NK. Os microrganismos que são capazes de resistir a essas reações de defesa nos tecidos podem entrar no sangue, onde são reconhecidos pelas proteínas circulantes da imunidade inata. Entre as proteínas plasmáticas mais importantes da imunidade inata, estão os componentes do sistema complemento. Quando as proteínas do complemento são ativadas pelas superfícies microbianas, os produtos da quebra proteolítica são gerados e medeiam as respostas inflamatórias, recobrem (opsonizam) os microrganismos para aumentar a fagocitose e lisam diretamente os microrganismos. Outras proteínas plasmáticas entram nos locais da infecção durante as reações inflamatórias e auxiliam no combate aos microrganismos nos tecidos extravasculares. 
As reações da imunidade inata são efetivas no controle e mesmo na erradicação das infecções. Entretanto, como mencionado anteriormente, muito microrganismos patogênicos evoluíram para resistir à imunidade inata. A defesa contra esses patógenos necessita de mecanismos mais potentes e especializados da imunidade adaptativa.
A Resposta Imune Adaptativa 
O sistema imune adaptativo utiliza três principais estratégias para combater a maioria dos microrganismos. 
Anticorpos. Os anticorpos secretados se ligam aos microrganismos extracelulares, bloqueiam sua habilidade de infectar as células do hospedeiro e promovem sua ingestão e subsequente destruição pelos fagócitos. 
Fagocitose. Os fagócitos ingerem os microrganismos e os matam, e os anticorpos e células T auxiliares aumentam as habilidades microbicidas dos fagócitos. 
Morte celular. Os linfócitos T citotóxicos (CTLs) destroem as células infectadas pelos microrganismos que são inacessíveis aos anticorpos e à destruição fagocítica.
 O objetivo da resposta adaptativa é ativar um ou mais mecanismos de defesa contra diversos microrganismos que podem estar em diferentes localizações anatômicas, tais como intestinos ou vias respiratórias circulação ou dentro das células.
Células do Sistema Imune 
 Fagócitos 
Os fagócitos, incluindo neutrófilos e macrófagos, são as células cuja função primária é ingerir e destruir microrganismos e se livrar dos tecidos danificados. As respostas funcionais dos fagócitos na defesa do hospedeiro consistem em passos sequenciais: recrutamento das células para locais de infecção, reconhecimento e ativação pelos microrganismos, ingestão dos microrganismos por processo de fagocitose e destruição dos microrganismos ingeridos.
Os neutrófilos, também chamados de leucócitos polimorfonucleares, constituem a população mais abundante de células brancas sanguíneas circulantes e medeiam as fases iniciais das reações inflamatórias. Os neutrófilos podem migrar rapidamente para locais de infecção após a entrada de microrganismos. Após a entrada nos tecidos, os neutrófilos funcionam por somente 1 a 2 dias e, então, morrem.
O sistema fagócito mononuclear inclui as células circulantes denominadas monócitos e células residentes teciduais denominadas macrófagos. Estas migram para os tecidos, especialmente durante as reações inflamatórias. Os macrófagos respondem tipicamente aos microrganismos mais próximos tão rapidamente quando os neutrófilos o fazem, mas os macrófagos sobrevivem por muito mais tempo nos locais de inflamação. Diferentemente dos neutrófilos, os macrófagos não são terminalmente diferenciados e podem sofrer divisão celular nos locais de inflamação. Dessa maneira, os macrófagos são as células efetoras dominantes dos estágios finais na resposta imune inata, vários dias após uma infecção se iniciar.
Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos Mastócitos
 Todos os três tipos de células apresentam em comum a característica de grânulos citoplasmáticos contendo vários mediadores inflamatórios e antimicrobianos. Outra característica em comum destas células é seu envolvimento nas respostas imunes que protegem contra helmintos e reações que causam doenças alérgicas.
Os mastócitos são células derivadas da medula e presentes na pele e mucosa epitelial, contendo abundantes grânulos citoplasmáticos cheios de histamina e outros mediadores. Os mastócitos expressam receptores de alta afinidade na membrana plasmática para um tipo de anticorpo denominado IgE e, geralmente, são recobertos com esses anticorpos. Quando os anticorpos na superfície dos mastócitos se ligam ao antígeno, eventos de sinalização são induzidos e levam à liberação dos conteúdos dos grânulos citoplasmáticos para dentro do espaço extravascular. A liberação do conteúdo do grânulo, incluindo histamina, promove mudanças nos vasos sanguíneos que causam inflamação. Os mastócitos funcionam como sentinelas nos tecidos, onde eles reconhecem produtos microbianos e respondem produzindo citocinas e outros mediadores que induzem inflamação. Estas células fornecem defesa contra helmintos e outros microrganismos, mas também são responsáveis pelos sintomas das doenças alérgicas.
Basófilos são granulócitos sanguíneos com muitas similaridades estruturais e funcionais com os mastócitos. Assim como os mastócitos, os basófilos expressam receptores para IgE, ligam IgE e podem ser ativados por antígeno ligado à IgE. Como o número de basófilos é pequenonos tecidos, sua importância na defesa do hospedeiro e nas reações alérgicas é incerta.
Os eosinófilos são granulócitos sanguíneos que expressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas que são danosas às paredes celulares de parasitas, mas também podem danificar os tecidos do hospedeiro. Alguns eosinófilos normalmente estão presentes nos tecidos periféricos, especialmente nas coberturas mucosas dos tratos respiratório, gastrintestinal e geniturinário, e seus números podem aumentar com o recrutamento a partir do sangue em uma situação de inflamação.
Células Apresentadoras de Antígenos 
As células apresentadoras de antígenos (APCs) capturam microrganismos e outros antígenos, apresentam-nos aos linfócitos e fornecem sinais que estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos. Por convenção, APC normalmente se refere à célula que apresenta antígenos aos linfócitos T. O principal tipo de APC que está envolvido na iniciação das respostas da célula T é a célula dendrítica. Os macrófagos e células B apresentam os antígenos aos linfócitos T nas respostas imunes mediadas por células e humorais, respectivamente.
As células dendríticas são as APCs mais importantes para a ativação das células T imaturas e têm papel principal nas respostas inatas às infecções e na ligação das respostas imunes inata e adaptativa.
Anatomia e funções dos tecidos linfoides 
Para otimizar as interações celulares necessárias para o reconhecimento do antígeno e ativação do linfócito nas respostas imunes adaptativas, os linfócitos e APCs estão localizados e concentrados em tecidos ou órgãos anatomicamente definidos, que também são os locais para onde os antígenos estranhos são transportados e concentrados.
Os tecidos linfoides são classificados como órgãos geradores, também denominados órgãos linfoides primários ou centrais, onde os linfócitos primeiro expressam os receptores de antígenos e atingem a maturidade fenotípica e funcional, e órgãos periféricos, também chamados de órgãos linfoides secundários, onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e se desenvolvem.
Órgãos primários: Medula óssea (produção de células e semi-maturação do linfócitos B) e Timo (maturação dos linfócitos T)
A medula óssea contém as células-tronco para todas as células sanguíneas, incluindo linfócitos, e é o local de amadurecimento de todos esses tipos celulares, exceto as células T, que amadurecem no timo.
Duas importantes funções compartilhadas pelos órgãos geradores são fornecer fatores de crescimento e outros sinais moleculares necessários para a maturação do linfócito e apresentar os próprios antígenos para o reconhecimento e seleção dos linfócitos em maturação
Os linfócitos B parcialmente maduros na medula óssea entram na circulação, ocupam os órgãos linfoides secundários, incluindo baço e linfonodos, e completam sua maturação principalmente no baço.
Os linfócitos T amadurecem no timo e, então, entram na circulação e povoam os órgãos linfoides periféricos e tecidos
Tecidos periféricos: Baço, linfonodos, sistema imune cutâneo e sistema imune mucoso (MALT) É onde os linfócitos maduros inativos (naive) são apresentados ao antígeno, tornando-se, agora, ativos.
Possui uma organização anatômica que permite que as células T e células B interajam cooperativamente. Além de permitir a liberação de antígenos e a resposta dos linfócitos - iniciando a resposta imune adaptativa.
As células B e T imaturas são linfócitos maduros que não foram estimulados pelo antígeno. Quando encontram o antígeno, eles proliferam e se diferenciam em linfócitos efetores que desempenham funções nas respostas imunes protetoras. Os linfócitos B efetores são plasmócitos secretores de anticorpo. As células T efetoras incluem as células T CD4+ secretoras de citocina e os linfócitos T citotóxicos CD8+.
Timo
O timo é o local da maturação da célula T. Os linfócitos no timo, também chamados de timócitos, são linfócitos T em vários estágios de maturação. A maioria das células imaturas entra no timo (células dendríticas, macrófagos e precursores de linfócitos são provenientes da medula óssea), e sua maturação se inicia no córtex. À medida que os timócitos amadurecem, eles migram em direção à medula, de tal forma que esta contém primordialmente células T maduras. Somente células T virgens maduras existem no timo e entram no sangue e tecidos linfoides periféricos.
Linfonodos 
Os linfonodos são órgãos linfoides secundários, encapsulados, vascularizados e com características anatômicas que favorecem a iniciação das respostas imunes adaptativas aos antígenos carreados dos tecidos pelos vasos linfáticos.
Eventos que ocorrem após a maturação no Linfonodo:
As células T ativadas migram em direção aos folículos para auxiliar as células B ou saem do nódulo e entram na circulação. As células B ativadas migram em direção dos centros germinativos e, após diferenciação em plasmócitos, podem se dirigir para a medula óssea.
Apresentação do antígeno no Linfonodo:
Microrganismos e antígenos de alto peso molecular são presos pelos macrófagos do seio subcapsular e apresentados aos linfócitos B corticais (folículo) logo abaixo do seio. Este é o primeiro passo nas respostas de anticorpos a estes antígenos. Antígenos solúveis de baixo peso molecular são transportados para fora do seio. As células dendríticas residentes estendem processos entre as células que recobrem os conduítes (canal de passagem feito de tec. Reticular que drena para as HEVs) e para dentro do lúmen e capturam e fazem pinocitose dos antígenos solúveis. A contribuição desta via de distribuição de antígeno pode ser importante para o início das respostas imunes da célula T a alguns antígenos microbianos.
Baço
O baço é um órgão altamente vascularizado, cujas principais funções são remover células sanguíneas velhas/senescentes (hemocaterese) e danificadas e partículas (tais como imunocomplexos e microrganismos opsonizados (célula recobertas por anticorpos)) da circulação e iniciar as respostas imunes adaptativas aos antígenos originados no sangue.
O parênquima esplênico é funcional e anatomicamente dividido em polpa vermelha, que é composta principalmente de sinusoides vasculares cheios de sangue, e polpa branca rica em linfócitos
Sistemas Imunes Regionais
O sistema imune associado à pele evoluiu para responder a uma grande variedade de microrganismos ambientais. Os componentes dos sistemas imunes relacionados com as mucosas gastrintestinal e brônquica são denominados tecido linfoide associado à mucosa (MALT) e estão envolvidos nas respostas imunes aos antígenos e microrganismos ingeridos e inalados. A pele e o MALT contêm uma grande proporção de células dos sistemas imunes inato e adaptativo.
Resposta Inflamatória 
A inflamação aguda é mais uma barreira inata. 
É uma barreira interna, e não externa como pele e mucosas. Os seus componentes estão localizados ou no tecido ou na corrente sanguínea. No processo inflamatório, podemos observar 2 tipos clássicos de inflamação: aguda e crônica. A aguda é classificada como um mecanismo inato de defesa, com resposta rápida e de curta duração, cujo objetivo é eliminar o antígeno (de natureza química, física ou biológica). Enquanto, a crônica é patológica.
O termo aguda é utilizado também em função da cinética desse mecanismo, do tempo de ativação (horas ou poucos dias/ 24 a 48h). Conta com a participação de células e moléculas, além do componente vascular (sem vasos sanguíneos não existe inflamação) - sinais cardinais da inflamação: calor, rubor, edema, dor e perda da função (não inflamação aguda não ocorre perda da função. Isso acontece na crônica).
O foco aqui é nas inflamações agudas que correm com exposição à antígenos (contaminação), em traumas com rompimento do epitélio.
zEm uma lesão onde ocorre rompimento tecidual (inicia-se o processo inflamatório aqui), abre-se uma porta para entrada de microrganismos. Esses antígenos encontram no organismo um ótimo meio de proliferação, pois os líquidos teciduais apresentam carboidratos,vitaminas, fatores de crescimento.... No entanto, para que essa proliferação, podendo causar uma infecção, não ocorra, já se inicia a ativação de fagócitos residentes de tecido, principalmente macrófagos. 
Com a lesão do tecido, as células que estão passando por sofrimento começam a liberar prostanoides, como as prostaglandinas (provenientes da clivagem do ácido araquidônico). Lembrando que só o trauma mecânico já é capaz de ativar uma fosfolipase A2, que promove a clivagem de lipídios de membrana, que gerarão o ácido, que culminará com a formação da prostaglandina. As prostaglandinas são mediadores inflamatórios. Portanto, causam a ativação do endotélio vascular dos vasos adjacentes, ligando-se a seus receptores. As citocinas pró-inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF-alfa) liberadas por macrófagos, também ativam as células endoteliais. 
A ação dos mediadores inflamatórios sobre os vasos sanguíneos provoca a ativação do vaso (é preciso ativar o vaso para que os sinais cardinais da inflamação apareçam). Ativar significa induzir nas células endoteliais a expressão de uma série de moléculas de adesão celular (proteínas), que vão aparecer na face intravascular. Essas moléculas vão permitir que Leucócitos que estão presentes na luz do vaso possam fazer adesão a parede do vaso utilizando receptores de membrana capazes de se ligarem as moléculas de adesão.
A inflamação aguda, mediante exposição a microrganismos, depende da ativação vascular, cujos vasos vão recrutar leucócitos do sangue para o tecido com o objetivo de fagocitar e eliminar os antígenos. Lembrando que a resposta imune já se iniciou com ativação dos macrófagos, mas como a resposta imune é altamente redundante, são trazidos mais fagócitos para debelar a infeção o mais rápido possível. 
Integrinas e selectinas interagem um com o outro permitindo que um leucócito que estava na luz do vaso sanguíneo possa interagir e aderir a membrana do endotélio. Posteriormente, essa célula vai migrar da parede do vaso para o tecido. Lembrando que essas células são aproximadas da margem do vaso pela ação de um citonina que além de estimular receptores do vaso sanguíneo, também é absorvida (chega ao sangue), a citocina é o TNF-alfa. 
O TNF-alfa na corrente sanguínea é responsável por aumentar a viscosidade do sangue no local da injuria tecidual, o que diminui a velocidade do fluxo sanguíneo naquela região. A medida que a velocidade do fluxo diminui, as células que estavam na luz do vaso começam a precipitar, aproximando-se da margem do vaso. (MARGINAÇÃO). Agora, que estão mais próximos do endotélio, os leucócitos podem interagir com as moléculas de adesão. A primeira interação receptor-molécula de adesão é fraca. Então, essa célula começa a rolar sobre o endotélio, causando mais interações, até que a célula pare por completo. Quando essa ligação estável é formada, o leucócito (neutrófilo, principalmente) consegue emitir pseudópodes, vai caminhando sobre o vaso até achar, via diapedese, um espaço interjuncional, entre uma célula endotelial e outra -espaço formado graças ao aumento da permeabilidade vascular mediado pela ação das prostaglandinas.
Isso tudo ocorre para recrutar os polimorfonucleares para os tecidos. Os neutrófilos são as primeiras células a chegarem ao tecido inflamado, graças as moléculas de adesão que têm grande afinidade com receptores de neutrófilos.

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