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I - RESUMO O sistema de acumulação flexível consiste pelo u so da f orça de trab alho polivalente e eficiente, dando consistência a um pa drão que se apoia na valorização do capital. A polivalência e a flexibilidade se tornam comp onentes importantes de sse modelo de produção, onde o trabalhador deve desenvolvê -la no uso de suas atividades no trabalho, rompendo com o modelo f ordista, sendo este substituído pela flexibilidade. Contudo, não quer dizer que o fordismo tenha ac abado, essas m udanças não ocorreram de modo similar em todas as áreas, não sendo uma açã o regular, mas, uma propensão, p ois, o fordismo a inda prossegue e m outros setores de produção. O conteúdo qualitativo do trabalho ganha importância com as novas tecnologias de informação e comunicação. Através do traba lho o s conhecimentos são praticados e assim, o indivíduo volta sua compe tência para programação e co ntrole, fazendo com que se co nsidere a formação contínua do sujeito para o trabalho, apoiado em p ressupostos pós-fordistas, d e onde estão sendo requisitadas novas capacidades. Torna-se de extrema relevância discutir os limites e possibilidades da proposta de educação corporativa, tida como a “educação sob medida” nas organizações em relação aos interesses dos trabalhadores. Esta proposta, qualificada por Dias (2007) como pragmática, utilitária e voltada para a ambiência empresarial, tem suas bases na polivalência dos tr abalhadores e na ampliação da sua qualificação, entre outros aspectos, à medida que os sistemas de produção flexíveis exigem profissionais com maior produtividade, iniciativa e flexibilidade para se adaptar às mudanças t ecnológicas. Por outro lado, “as exigências de formação geral e abrangente vêm, também, ao encontro das reivindicações dos trabalhadores”. (DELUIZ, 1995. p. 19) É crescente o aumento das exigências de h abilidades p ara o trabalho, tendo em vista um suporte de conhecimentos mais abrangentes. Ainda que não seja adequado a primordial idade do trabalho qualificado. 2 em algumas empresas, não quer dizer que a qualificação do sujeito não tenha uma função fundamental, so bretudo se considerarmos as atuais necessidades da organização integrada e flexível que vem exigindo do trabalhador novos conhecimentos e habilidades. No paradigma flexível, destaca-se a importância do modelo de competências para integrar e orientar esforços no que se refere às pessoas para desenvolver e sustentar competências necessárias à organização visando a consecução de seus objetivos. Neste contexto, no âmbito da formação profissional, surgem as trilhas de aprendizagem como estratégia para desenvolver as competências dos indivíduos com base não só nas expectativas da organização como também nas conveniências, necessidades e aspirações profissionais das pessoas. (FREITAS e BRANDÃO, 2006). A ca pacitação não representa apenas p reparar o profissional para lidar com a s novas tecnologias, ou ampliar sua capacidade de liderança, comunicação, decisão e outros, ma s, sobretudo percebendo a educação de maneira mais abrangente, fortale cendo os sentidos políticos, sociais, econômicos e históricos. O co nhecimento é elemento de fundamental dife renciação do mercado, do me smo modo que a po uca instrução, se to rna obstáculo para inserção no mercado de trabalho, no entanto precisa ser seguido de um ensino que oportuniza o homem uma e struturação de si mesmo através do trabalho. Assim o trabalho passa a ter novo sentido. A T eoria do Capital Humano afirma q ue um aumento na escolarização implica d iretamente melhorias da q ualidade de vida dos indivíduos, em f unção de um aumento de renda que decorre, diretamente, da sua melhor qualificação para o desempenho no mercado de trabalho. “Em outras palavras, o incremento da produtividade – decorrente do aumento da capacitação – levaria a q ue o indivíduo também se beneficiasse pelo aumento dos seus salários.” (FRIGOTTO, 1989 apud OLIVEIRA, 2001, s/p.). Levando em conta, que o desenvolvimento de aprendizagem dever ser 3 contínuo e constante, em razão d a atual demanda d e novos conhecimentos, ele necessita prosseguir dentro da organização, podendo ser dirigido pela ed ucação corporativa. O campo educacional se torna essencial para as m udanças necessárias no campo de produção. Deste m odo, toda s as pessoas que estão envolvidas com fo rmação, treinamento e educação devem estar prontas para se tornarem agentes sociais de formação e transformação. Precisam ser levadas em conta na ocasião da elaboração de um p rojeto de formação todas as faces da qualificação. Os pad rões de treinamento rápido, apoiado no exemplo fordista devem ser deixados, e a brir novas portas para o diálogo e o conhecimento, contribuindo assim, para a construção do saber e da cidadania. A qualificação e a cooperação devem estar sempre integradas, sendo intensificadas na s ações m útuas, sobretud o em meio às empresas que constituem uma cadeia produtiva. A formação do trabalhador deve ser recebida pela educação como uma nova fo rma no perfil de qualificação, não deixando de lado a formação voltada para diferentes práticas, distinta do vinculo salari al, no sentido de que competência e qualificação não representam de m odo necessário uma colocação. Sendo que, deve atender a s questões referentes a cidadania, retomando um ambiente que antes era controlado e explorado pelo modelo taylorista/fordista. Assim, há u m grande espaço a ser e xplorado pela educação e os profissionais voltados à formação do trabalhador, desdobrando -se para uma transformação que possibilita a constituição de um trabalho mais flexível em uma organização mais humanizada. 4 II- Plano de Ação As açõe s que serão desenvolvidas pela empresa estão voltadas para o conceito de gestão do con hecimento, pois o con hecimento vai além do que o sujeito ou muitos sujeitos sabem. O im portante é pa ssar essa s idéias, atualizando e requalificando as pessoas em suas competências básicas e sobre seu ca rgo, para um melhor desempenho na empresa e na sua própria form ação pessoal como um cidadão consciente e crítico. Sendo assim, a educação continuada persegue os seguintes objetivos: Desenvolver habilidades para ampliar a excelência profissional e organizacional, Fortalecer uma cultura de aprimoramento em gestão, Of erecer treinamento de aprimoramento técnico e de liderança, Oferecer treinamento aos funcionários no que diz respeito no atendimento ao cliente, Oferecer aprendizagens oportunas que desenvolvam competências para aperfeiçoar o desempenho das pessoas e da empresa. As ações serão através de eventos, palestras, reuniões, aulas transmitidas on-line, e divulgação de depoimentos coletados. Os treinamentos serão oferecidos anualmente e sua duração será de acordo com o cronograma do RH da empresa, setor que é responsável e está engajado na educação continuadas de seus prof issionais, no sentido de inseri-los nas competências acima. 5 III- Reflexões Através d a educação corpo rativa, espe ra -se preparar pessoas com competênciaspara promover uma cultura empresarial voltada para a valorização do funcionário e sua fo rmação pessoal, originando assim, conceitos e prop ostas criativas de condu ta colaborativa, tendo responsabilidade, bom relacionamentos e comprometimento por escolhas e propósitos, tendo controle do próprio desenvolvimento ind ividual e p rofissional; e assim contribuir n a organização de um mundo mais justo. Essas capacidades e compo rtamentos são contraídos e interiorizados com ma is compreensão quando o sujeito a vivencia, po dendo observar e refletir sobre os conhecimentos
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