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Anticolvusivantes (Aula 08-11) São utilizados para o tratamento da epilepsia Nem toda a epilepsia tem convulsão. O ataque epilético é caracterizado por um disparo neuronal sincrônico, não fisiológico e intenso. Causas de convulsões: Traumas, viroses, febre, etc -> excesso de ativação desses neurônios. Ação dos anticonvulsivantes: inibem os neurônios, impedem uma despolarização que não normal nos neurônios. São fármacos cuja ação principal é prevenir ou parasilar a ocorrência de fenômenos motores, psíquicos ou psico-motores da epilepsia. Efeitos colaterais dos anticonvulsivantes: Sedação, fadiga, etc Epilepsia é o distúrbio paraxístico da função cerebral, em conseqüência de breve descarga sincrônica e não fisiológica dos neurônios. Mioclônicas : envolvem tremores nas extremidades ou no corpo todo, de aspecto involuntário, com preservação da consciência durante as crises. Tipos de epilepsia: Generalizada Tônica-clônicas Acinéticas: Não tem discinesia , ou seja, não tem movimentos musculares diversos durante o fenômeno.podem ser acinéticas ou mioclônicas Crises de ausência Parciais Simples = consciência Crises de ausência: Uma pessoa com crise de ausência pode dar a impressão de olhar para o nada durante alguns segundos. Outros sintomas incluem estalar os lábios, vibração da pálpebra e movimentos de mastigação .Complexas = perda de consciência Tabela – tipos de epilepsia Crise Manifestações-chave do EEG durante a crise Principais manifestações clínicas Convulsões parciais simples Descarga local contralateral As convulsões podem ser limitadas a um membro ou grupo muscular, podem mostrar comprometimento seqüencial de partes do corpo (marcha epiléptica), consciência geralmente preservada; podem ser somatossensitivas (alucinações, formigamento, sensações gustatórias); podem ter sintomas ou sinais autônomos como sensações epigástricas, sudorese e dilatação pupilar. Convulsões parciais complexas (epilepsia psicomotora, epilepsia do lobo temporal) Foco unilateral ou bilateral assincrônico, mais frequentemente na região temporal Comprometimento da consciência, pode ter automatismos, flashback (dejá vu, temos): atividade autônoma como dilatação pupilar, rubor, piloereção. Convulsões parciais evoluindo para convulsões generalizadas secundárias Póliponta e onda a 3 Hz Podem se tornar tônicas, clônicas ou tônico-clônicas Crises epiléticas generalizadas de ausência (epilepsia do tipo pequeno mal) Poliponta e onda a 3H z Breve perda de consciência com ou sem comprometimento motor, ocorre na infância e tende a desaparecer após a adolescência Convulsões mioclônicas Poliponta e onda a 3H z Contrações súbitas, breves, semelhantes a choques, da musculatura (abalos mioclônicos) Convulsões clônicas Poliponta e onda a 3H z Contrações musculares repetitivas Convulsões tônicas Atividade rápida (10 Hz ou mais; ondas lentas) Baixa voltagem, atividade rápida Contrações musculares rígida, violenta, com membros fixados Convulsões tônico-clônicas (epilepsia do tipo grande mal) Atividade rápida (10 Hz ou mais) aumentando em amplitude durante a fase tônica, interrompida por ondas lentas durante a fase clônica Perda de consciências; contrações tônicas agudas súbitas dos músculos; queda ao solo, seguida por movimentos convulsivos clônicos, muitas vezes depressão pós-ietal e incontinência Convulsões atônicas Polipontas e ondas Diminuição súbita do tônus de grupos musculares isolados ou perda de todo o tônus muscular, pode ocorrer perda extremamente breve da consciência Mecanismo de ação dos anticonvulsivantes Exacerbação do gaba Fernobarbital, benzodiazepinas, gabapentina, vigabatrina, tobiramato Bloqueio canal de sódio Fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina, lamotrigina, topiramato Bloqueio de canal de cálcio Etossuximida, valproato Atividade sobre receptores de glutamato do tipo NMDA GABA É O PRINCIPAL NEUROTRANSMISSOR INIBIDOR DO SISTEMA NERVOSO CENTRALFelbamato, topiramato Em relação ao receptor GABA Vigabatrina Inibe a enzima GABA T (GABA transaminase), a qual é responsável pela metabolização de gaba, inibindo-a, terá mais gaba Valproato Inibe a GABA T e a enzima succinico semialdeido desidrogenase, a qual também faz parte da metabolização do gaba Tiagabina Inibe o transportador de gaba 1 (GAT-1). Transportador responsável por pegar o gaba da fenda sináptica e leva-lo de volta ao neurônio. Isso aumenta a biodisponibilidade de gaba na fenda sináptica Benzodiapenzínicos Aumenta a frequência de abertura do canal de gaba, permitindo a entrada de mais cloreto (Cl-) Barbituricos Deixa o canal de gaba aberto pro mais tempo, permitindo a entrada de mais cloreto (Cl-) Obs : Jamais utilizar a Carbamazepina em crises de ausência, uma vez que não tem eficácia alguma.O uso prático dos anticonvulsivantes Tipos de epilepsia Fármacos de escolha Crises generalizadas tônico-clônicas (grande mal) Carbamazepina, Valproato, Lamotrigina, Fenitoína, Vigabatrina Crises generalizadas de ausência (pequeno mal) Valproato, clonazepam, etossuximida, Lamotrigina Crises parciais (simples e complexas) Carbamazepina, Lamotrigina, Valproato, Fenitoína, Vigabatrina Crises mioclôncias Clonazepam, Valproato, Lamotrigina Grande mal + Pequeno mal Valproato, Carbamazepina + etossuximida, clonazepam Efeitos adversos dos anticonvulsivantes Movimentos oculares desordenados Sedação Nistagmo Perda do controle muscular durante movimentos voluntários, como andar ou pegar objetosAtaxia Alterações psicológicas: confusão, perda de memória, depressão Efeitos adversos específicos de cada um dos anticonvulsivantes Canais de sódio no coração também podem ser bloqueados pela fenitoína Fenitoína Aumento das gengivasPode alterar o ritmo cardíaco Hiperplasia gengival Hidantoína fetal ( fendas de lábio e palato, doença cardíaca congênita, crescimento mais lento e deficiência mental) Baixa quantidade de leucócitos por volume de sangue circulante Carbamazepina produção insuficiente de células sanguíneas na medula ósseaLeucopenia Aplasia medular Toxicidade hepática Ácido valpróico ( crises mioclônicas e de ausência) Hepatotóxico Lamotrigina Erupções cutâneas graves (maior em crianças) Crises epilépticas de difícil controleUsada como tratamento para a Síndrome de Lennox-Gestaut Suspensão da terapia com anticonvulsivantes Paciente livre de ataques de 2 a 3 anos Suspensão lenta e apenas um fármaco por vez Não intenrromper em crises parciais ou evidências de lesão cerebral: recidiva elevada Não dirigir veículos durante 6-12 meses após a interrupção do tratamento Estado do mal epiléptico Convulsões contínuas ou repetidas com recuperação incompleta da consciência; Potencialmente fatal; Emergência médica; Tratamento imediato = risco de lesão cerebral. No caso do mal epiléptico: DIAZEPAM Infusão intravenosa 10-20mg – 3 a 6 min. Se necessário repetir em 30 min e infusão contínua 100microg/kg/h até 30mg/kg/24h Clometiazol Infusão intravenosa (8mg/mL), 5-10min. Seguimento 1-3mL/min (8-24mg/min)/24h. Funções respiratórias e circulatórias adequadas. Fenitoína Infusão intravenosa 15-18mg/kg (até 50mg/kg). Monitoramento cardíaco. Barbitúricos Fenobarbital 50 mg/min, Infusão intravenosa, até 10mg/kg. Amilobarbital: 50mg/min. Paralisia completa Tiopental com ou sem relaxantes musculares. Anestesista. Interações medicamentosas de anticonvulsivantes Fenitoína com salicinatos ou cimetidina Aumento da concentração plasmática da fenitoína A fenitoína pode aumentar a metabolização dos anticocepcionais e varfarina (anticoagulante); favorece a gravidez indesejada e a formação de trombos.Teratogênico é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez.A fenitoína causa má formação congênita (ex: lábio laporina, palato fendido, etc) -> teratogênese
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