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Caderno SEC - Relações Interpessoais [2 ed - ETEPAC]

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Curso Técnico em Secretaria Escolar 
Educação a Distância 
2019 
 
Relações Interpessoais 
Luciana Viana Simas de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relações Interpessoais 
Luciana Viana Simas de Almeida 
Curso Técnico em Secretaria Escolar 
 
 
 
 
Educação a Distância 
 
2.ed. | jun. 2019 
 
 
Professor(es) Autor(es) 
Luciana Viana Simas de Almeida 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Eliane Azevedo 
 
Design Educacional 
Deyvid Souza Nascimento 
Renata Marques de Otero 
 
Diagramação (2.ed. 2019) 
Jailson Miranda 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Coordenação de Curso 
Terezinha Mônica Sinício Beltrão 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Terezinha Mônica Sinício Beltrão 
 
Coordenação Geral 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da 
Secretaria Executiva de Educação Profissional de 
Pernambuco em junho de 2017, através de 
convênio com o Ministério da Educação 
(Rede e-Tec Brasil) 
 
2.ed. | junho, 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB 
 
A447r 
Almeida, Luciana Viana Simas de. 
Relações Interpessoais: Curso Técnico em Secretaria Escolar: Educação a distância / Luciana 
Viana Simas de Almeida. – 2.ed. – Recife: Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos 
Gomes da Costa, 2019. 
73 p.: il. 
 
Inclui referências bibliográficas. 
Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação 
Profissional de Pernambuco em junho de 2017, através de convênio com o Ministério da 
Educação (Rede e-Tec Brasil). 
 
1. Comportamento social. 2. Psicologia. 3. Relações interpessoais. I. Almeida, Luciana Viana 
Simas de. II. Título. 
CDU – 316.4 
 
 
Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129 
 
 
 
3 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 5 
1. Competência 01 | Aprender a Lidar com os Diversos Tipos de Personalidades ................................ 6 
1.1. Conceito de personalidade ....................................................................................................................... 7 
1.2Teorias da personalidade ............................................................................................................................ 8 
1.3 Personalidade no ambiente de trabalho ................................................................................................. 12 
1.4 Inteligência emocional ............................................................................................................................. 15 
2. Competência 02| Saber Resolver os Conflitos no Ambiente de Trabalho ....................................... 19 
2.1 Conflito ..................................................................................................................................................... 19 
2.2 Tipos de conflitos ..................................................................................................................................... 21 
2.3 Conflito na escola ..................................................................................................................................... 22 
2.4 A comunicação no ambiente de trabalho ................................................................................................ 24 
2.5 Mediação de conflitos no ambiente escolar ............................................................................................ 25 
2.6 Mediador .................................................................................................................................................. 28 
2.7 Perfil do mediador ................................................................................................................................... 29 
3.Competência 03| Desenvolver a Capacidade de Compreender e Incentivar Pessoas, para o Trabalho 
Individual e em Grupo .......................................................................................................................... 32 
3.1 Capacidade de compreender ................................................................................................................... 32 
3.2 Empatia .................................................................................................................................................... 35 
3.3 Motivação ................................................................................................................................................ 39 
3.4 Trabalho individual e em grupo ............................................................................................................... 44 
4.Competência 04 | Compreender a Importância da Boa Relação Interpessoal para Construção de 
uma Gestão Escolar Democrática ........................................................................................................ 48 
4.1 Relação interpessoal ................................................................................................................................ 48 
4.2 Gestão democrática na escola ................................................................................................................. 52 
4.3 O papel do gestor escolar ........................................................................................................................ 54 
 
 
 
4 
5.Competência 05 | Entender a Importância de Cada Segmento da Comunidade Escolar para o Bom 
Convívio com a Diversidade ................................................................................................................. 58 
5.1 O papel da escola ..................................................................................................................................... 58 
5.2 Preconceito, racismo e discriminação...................................................................................................... 59 
5.3 Importância de cada segmento................................................................................................................ 61 
5.4 Diversidade na escola ............................................................................................................................... 65 
Referências ........................................................................................................................................... 71 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 73 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Introdução 
Prezado estudante, 
Seja bem-vindo à disciplina de Relações Interpessoais! 
Nesta disciplina, você estudará situações para o desenvolvimento de habilidades para 
lidar com os diversos tipos de personalidades. Em outras palavras, apresentaremos algumas 
possibilidades de condução dos conflitos no ambiente de trabalho que o auxiliem na capacidade de 
trabalhar com outras pessoas, compreendendo-as e incentivando-as, de forma individual e em grupo. 
Esperamos ainda que você se prepare para colaborar com a gestão escolar, 
compreendendo a importância da boa relação interpessoal e ainda entenda a importância de cada 
segmento da comunidade escolar, contribuindo para a melhoria contínua do bom convívio com a 
diversidade por meio de ações para estabelecer e estimular a boa comunicação. 
No ambiente de trabalho, neste caso, a escola, você se relaciona todos os dias com um 
grupo de pessoas e para isso é importante saber se relacionar com ética e respeito mútuo. Assim, 
você poderá contribuir paraum ambiente profissional, amigável e saudável. 
Vamos começar? 
Bons estudos!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Competência 02 
1. Competência 01 | Aprender a Lidar com os Diversos Tipos de 
Personalidades 
Nesta semana, você vai estudar sobre personalidade. 
 
Mas o que seria PERSONALIDADE? 
 
No senso comum, muitas pessoas têm diversas opiniões sobre o significado dessa palavra. 
Você já deve ter ouvido alguém falar: “Ele tem uma personalidade muito forte” ou “Ela não tem 
personalidade”. Mas será que isso é possível? 
Na tirinha abaixo, Lucy, acredita que sua personalidade não é aparente e que vale a pena 
tentar entendê-la. Será que no ambiente de trabalho dá para esconder a personalidade? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01: Tirinha da turma do Snoopy: 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/423901383657417038 
Descrição: a personagem Lucy conversando com seu amigo Schroeder. Ele tocando piano sentado. Ela quase deitada de 
costas, apoiada no piano, de pernas cruzadas e de costas para ele. Ambos sendo vistos de perfil e com expressão séria. 
 
 
Será que estamos preparados para lidar com os diversos tipos de personalidade com que 
nos relacionamos diariamente em nossos grupos de convivência? Como estão as relações 
interpessoais com a sua equipe de trabalho? 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Competência 02 
Agora tente responder mentalmente sobre o que vem a ser personalidade e depois 
descubra se você está certo. A seguir, discutiremos o conceito. 
 
1.1. Conceito de personalidade 
A palavra “personalidade” vem do grego, “persona”, que é de origem latina. Refere-se a 
personagem, máscara usada pelos atores de teatro. 
 
 
 
 
Figura 02 - Máscaras de teatro. 
Fonte: www.revistachristtal.com.br 
Descrição: duas máscaras de teatro, ambas com metade da face branca e a outra preta. Uma com expressão triste e a 
outra alegre. 
 
Compreendemos que, de certo modo, temos reações diferentes de acordo com cada 
situação que vivenciamos e conforme nossa personalidade. E, isso não significa que usamos máscaras 
ou que temos diversas personalidades. Imagine você em um momento de lazer na praia, alegre, se 
divertindo, descontraído. Depois, em outra situação mais tensa como a primeira viagem de avião, na 
qual poderá ficar ansioso, preocupado, com medo, nada descontraído. Nas duas situações, você 
estará sendo você, apenas com reações diferentes; afinal, as circunstâncias são distintas. 
A concepção de que somos biopsicossociais, ou seja, formados por traços biológicos, 
psicológicos e sociais não nos limita apenas à genética ou ao meio em que vivemos. Se assim fosse, 
estaríamos fadados a sermos ou agirmos igualmente a todos os membros da nossa família ou do 
ambiente em que vivemos. Você é influenciado pelos costumes e crenças, pela forma que foi criado 
e orientado pelos seus pais e também herda a parte biológica da sua família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Competência 02 
 
É o jeito de ser de cada indivíduo e sua estrutura psicológica que o levam a agir de uma maneira ou 
de outra. A forma única e complexa de perceber, agir, sentir, pensar de cada um. 
 
 
Vejamos o que dizem as teorias. 
 
1.2Teorias da personalidade 
A personalidade não é algo simples, ao contrário, é bastante complexa, pois ela integra 
tudo que nós somos. Podemos citar dois fatores que a caracterizam: 
 
TEMPERAMENTO e CARÁTER 
O temperamento, apesar de ser herdado, podemos controlá-lo caso atrapalhe nossas 
relações interpessoais. Já o caráter é resultado das experiências vividas no meio social, como os 
valores morais e culturais. 
 
Personalidade é a junção de características particulares de cada 
pessoa que influenciam o comportamento e a torna um ser humano 
único 
 Todas as pessoas têm personalidade! 
 
Agora, pare um pouco e assista ao vídeo abaixo sobre 
personalidade: 
https://www.youtube.com/watch?v=jpmnbJmOWp8 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Competência 02 
Falando de caráter lembramos também de algo bastante importante que é a ética. 
A ética seria a combinação dos princípios e valores morais que todos devem ter para 
viverem de forma correta, não só no local de trabalho, mas na sociedade de maneira geral. 
Infelizmente, estamos vivendo atualmente um momento onde esses valores não estão nem um 
pouco sendo lembrados no meio político do país. Mas de nada adianta apontarmos os erros dos 
outros se não fizermos a nossa parte enquanto cidadãos. 
No ambiente escolar, devemos ser honestos, justos, íntegros, responsáveis, humildes, ter 
educação, saber respeitar o outro. Enfim, devemos ser éticos no local de trabalho, afinal todos nós 
sabemos o que é certo ou errado. Isso inclui, por exemplo, “não passar por cima de ninguém para se 
dar bem” ou levar para si algo que esteja sobrando (ou não) na escola. Também podemos incluir a 
famosa fofoca no local de trabalho, afinal isso não contribui em nada, pelo contrário não ajuda a 
manter um ambiente harmonioso e ainda nos remete a falta de confiança no outro. 
De nada adianta sermos excelentes na nossa área de trabalho e não termos uma postura 
ética. É através dela que você adquire a confiança e o respeito dos colegas de trabalho. Imagine 
trabalhar com alguém que não mereça credibilidade. 
 
Você é responsável, comprometido e ético no seu trabalho? E fora dele? 
 
Agora, vamos estudar sobre as teorias da personalidade. 
Muitos autores desenvolveram teorias sobre a personalidade, uns descreveram sua 
estrutura conforme seus estudos, outros se basearam em teorias existentes e acrescentaram seu 
ponto de vista dentre eles: Freud, Jung, Murray, Goldstein, Rogers e outros. Abaixo um quadro sobre 
unidades básicas da personalidade do ponto de vista de alguns teóricos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Competência 02 
 
 
Figura 03 - Quadro com definições de personalidade 
Fonte: http://pt.slideshare.net/afcechin/personalidade-1969249 
Descrição: as definições de personalidade refletem as diferentes teorias e a perspectiva que se tem em relação ao 
tópico num determinado momento histórico. 
Unidades básicas da Personalidade 
Sigmund Freud – ego, superego, id 
Anna Freud – ego (mecanismos de defesa) 
Carl Jung – inconsciente coletivo 
Alfred Adler – complexo de inferioridade 
Karen Horney – ansiedade básica 
Erik Erikson – crises psicossociais 
Skinner – condicionamento 
Rogers – self. Auto-realização 
Maslow – auto-atualização 
Piaget - aprendizagem 
 
Existem inúmeras teorias sobre esse assunto e podemos afirmar que não existe a teoria 
completamente certa ou errada, são abordagens diferentes, cada uma explora determinados pontos. 
Fadiman e Frager (1986: 17) fazem a seguinte afirmação sobre os teóricos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Competência 02 
 “O único erro em que a maioria tem incorrido é argumentar que a sua é a melhor e a 
única resposta abrangente”. 
Alguns autores acreditam que fatores externos como o ambiente social também 
influenciam na formação da personalidade, outros dão mais ênfase aos fatores hereditários, 
essencialmente os elementos internos. 
Acreditava-se que a personalidade iria se desenvolvendo na infância e terminava na 
adolescência. Porém, após muitos anos, a psicologia admitiu que a personalidade é uma estrutura 
que se constitui e se constrói ao longo do desenvolvimento do indivíduo, não apenas até determinada 
idade. 
A personalidade não é imutável, mas também não tanto flexível que possa ser mudada 
completamente de uma hora para outra. Seu desenvolvimento é um processo, vamos adquirindo 
conhecimento e vivenciando experiências que influenciam nosso comportamento, sentimento, modo 
de pensar, deagir, de se colocar no mundo. Se prestarmos atenção em como éramos quando crianças 
ou mais jovens, perceberemos algumas mudanças em nossas características individuais. 
Uma abordagem bastante interessante e atual consiste na Teoria sobre Inteligência 
Emocional de Daniel Goleman, que será mais aprofundada posteriormente. Tal abordagem pode ser 
observada no comportamento das personagens da tirinha abaixo: 
 
 
 
 
Figura 04 - Tirinha sobre personalidade 
Fonte: http://sa-tirinhas.blogspot.com.br/2011/04/222-personalidade.html 
 
 
 
 
 
 
 
12 
Competência 02 
Descrição: um menino e uma menina conversando sobre os tipos de personalidade e qual seria a dela, mas ela 
interpreta de forma errada e acha que ele está dizendo que ela não tem personalidade. No primeiro quadrinho estão 
com expressão alegre no rosto. No segundo, ele explica os tipos de personalidade de acordo com as cores em inglês 
com a mesma expressão e ela com olhar atento. No terceiro, ela com cara de triste e ele atento. E no quarto, ela 
chorando e ele com cara de chateado achando que ela é burra. 
 
Agora, iremos tratar de como lidar com os diversos tipos de personalidade no ambiente 
de trabalho. 
 
1.3 Personalidade no ambiente de trabalho 
No trabalho, passamos muitas horas por dia, geralmente por muitos anos com as mesmas 
pessoas e cada uma tem uma personalidade diferente. Algumas são mais fáceis de lidar, outras nem 
tanto, e ainda tem aquelas que são bem difíceis de conviver. 
Sabemos que cada indivíduo tem suas necessidades, valores pessoais, história de vida, 
que fazem com que sejamos únicos. Além disso, cada um tem seus próprios objetivos, sua forma de 
se relacionar, seu jeito de contribuir no trabalho. Tudo isso precisa estar em harmonia com os 
objetivos, relacionamentos e contribuições coletivas na instituição de ensino. 
O que podemos fazer é nos relacionar de forma amigável com todos no grupo, afinal no 
trabalho os objetivos são os mesmos, todos trabalham, ou deveriam trabalhar, para um bem comum. 
Um detalhe importante é que normalmente não escolhemos com quem iremos trabalhar, 
podemos até escolher o local, mas quanto às pessoas, salvo exceções (gestor que escolhe seu vice ou 
um assistente, por exemplo), não temos esse privilégio. 
Você, enquanto profissional inserido na área da educação, assim como todos os 
profissionais, deve ter autocontrole para evitar desentendimentos no ambiente escolar, seja com 
outros funcionários, alunos ou indivíduos de fora da escola. Mesmo as pessoas mais impulsivas 
devem se controlar, afinal devem dar exemplo enquanto educadores que são. Se quisermos que os 
alunos, crianças, jovens e adultos, se comportem e se relacionem bem, precisamos agir de tal 
maneira. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Competência 02 
 
Mesmo assim, nem todos os indivíduos que possuem problemas de relacionamento, 
estão abertos a ouvir a opinião das pessoas sobre seus pensamentos ou atitudes, principalmente por 
não acharem que estão errados ou que incomodam tanto os outros. 
Existem funcionários de escola, que lidam com o público em geral e possuem problemas 
nas relações interpessoais, parece ironia, mas é bastante comum. E nos perguntamos se isso é um 
problema relacionado à falta de educação ou de outra ordem. 
 
E fora dele? Você conhece alguém assim? 
Você se acha assim? 
 
Será que pessoas com dificuldades nas relações pessoais se reconhecem desta forma? Ou 
acreditam que o problema é sempre de alguém que não seja ela? 
 
 
 
A imagem abaixo reflete pessoas com características divergentes. Diferentes 
personalidades, muitas vezes, podem auxiliar e não atrapalhar as relações interpessoais como muita 
gente espera. 
Pessoas diferentes podem se completar na execução de uma atividade ou projeto, por 
exemplo, usando essas diferenças para um bem comum. Existe funcionário que é bastante objetivo 
 Procure fazer críticas construtivas, sem intenção de ofender. 
 
Colocar-se no lugar do outro é um bom exercício para tentar 
entender o que o levou a agir de uma maneira e não de outra. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
Competência 02 
e resolve rapidamente os contratempos do dia a dia. Outros são mais detalhistas e isso é bom em 
trabalhos mais minuciosos, que exigem mais atenção, como preencher tabelas e dados estatísticos. 
 
Figura 05 - Fotos de pessoas diferentes 
Fonte: http://carreiras.empregos.com.br/seu-emprego/6-dicas-para-voce-lidar-com-personali dades-diferentes-no-
trabalho/ 
Descrição: fotos de 15 pessoas com características diferentes. Homens e mulheres jovens, adultos e idosos. Todos (as) 
com expressão alegre no rosto. 
 
Se observarmos o grupo de pessoas com o qual convivemos diariamente no trabalho, 
vamos perceber que, mesmo com perfis semelhantes, até os indivíduos com características mais 
parecidas, não são iguais. Uns são perfeccionistas, gostam de tudo perfeito, outros são prestativos 
demais, querem sempre agradar. Há também os que se dedicam demais ao trabalho, superam todas 
as dificuldades, os que são sensíveis e sentimentais e até o tipo controlador, que sempre quer mandar 
em tudo. 
 
Com qual tipo você se acha mais parecido? 
 
O que não deve acontecer são atitudes extremas por conta dessas características, 
evitando assim, que os conflitos surjam desnecessariamente. 
Quando trabalhamos com as mesmas pessoas por muito tempo, já as conhecemos o 
suficiente para prevermos qual será a reação delas diante de determinadas situações. Já sabemos 
que fulano, que é perfeccionista, não vai reagir bem ao ver a secretaria bagunçada ou que sicrano, 
que tem características de mediador, tentará resolver o conflito caso ele apareça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Competência 02 
 
Agora vamos estudar um pouco sobre a teoria da Inteligência Emocional, que vem sendo 
considerada bastante pertinente no convívio interpessoal. 
 
1.4 Inteligência emocional 
Uma das principais causas das divergências no ambiente de trabalho, de maneira geral, 
são as relações interpessoais. Atualmente sabe-se que não é necessário apenas competência na área 
de atuação para ser um bom profissional e se sair bem no local de trabalho. 
O ideal é que os funcionários de escola saibam administrar suas emoções na resolução 
dos diversos problemas que surgem diariamente na rotina escolar. Em todos os ambientes há pessoas 
mais fáceis e outras mais difíceis de lidar, o ideal é que tenhamos um bom relacionamento com todos 
e isto não significa que devamos ser “melhores amigos de todos”, afinal nos identificamos mais com 
uns do que com outros por razões diversas. 
No artigo sobre Relação entre habilidades da Inteligência Emocional e desempenho 
profissional, Mônica Correa, profissional na área de Recursos Humanos resume como surgiu o termo: 
O termo Inteligência Emocional foi proposto pela primeira vez em um artigo semanal, 
publicado em 1990, pelos pesquisadores Peter Salovey e John D. Mayer; embora 
alguns autores digam que o primeiro uso do termo é atribuído a Wayne Payner, citado 
em sua tese de doutorado em 1985. Mas foi só em 1995 com a publicação do livro 
“Inteligência Emocional” escrito pelo Ph.D, psicólogo, Daniel Goleman que o conceito 
se popularizou, ainda que o autor afirme neste mesmo livro campeão em Best-Sellers 
que “o crescimento dessa área de estudo se deve muito a Mayer e Salovey” 
(GOLEMAM, 2007, p.12). 
 
 
Saiba mais em: 
Os Tipos de Personalidade Humana e o Trabalho em Equipe 
http://www.aguiacontabilidade.cnt.br/pdf/os_tipos_de_personalida
de.pdf 
 
Leia o artigo completo acessando o link: 
http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/relao-entre-
habilidades-da-inteligncia-emocional-e-desempenho-
profissional16 
Competência 02 
A inteligência emocional contribui para que as relações interpessoais ocorram de maneira 
mais saudável. 
 
Mas o que é inteligência emocional? 
 
Lendo sobre inteligência lembramos imediatamente de inteligência intelectual, pois é 
geralmente a esta que nos referimos, mas a inteligência emocional vai além. Como? 
Uma explicação simples e objetiva para a inteligência emocional é que esta pode ser 
descrita como a capacidade de lidar com as próprias emoções e a dos outros. São aquelas pessoas 
que interagem facilmente com os grupos de forma positiva, mesmo o grupo sendo muito 
heterogêneo, ajudando-o nas relações conflituosas e no bom andamento do trabalho. Desta forma, 
a interação no ambiente de trabalho se torna mais saudável e construtiva. 
 Algumas pessoas possuem a capacidade de lidar com diferentes tipos de personalidade 
sem nenhuma dificuldade. São pessoas que se adaptam rapidamente em ambientes diferentes e 
fazem amizade fácil. 
Observe a complexidade da inteligência emocional no diagrama abaixo, segundo 
Goleman (2007): 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 06 - Diagrama Inteligência Emocional 
Fonte: http://coachmarcogarcia.com.br/como-ter-inteligencia-emocional-no-trabalho/ 
Descrição: diagrama com um círculo preto no meio escrito Inteligência emocional e 5 balões tipo pensamento de 
história em quadrinho, cada um de uma cor escrito: Autoconsciência, Habilidades sociais, Motivação, Empatia e 
Controle emocional. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Competência 02 
De acordo com o diagrama, uma pessoa com Inteligência Emocional possui as seguintes 
características: 
 
▪ Autoconsciência: Conhecer a si mesmo e ter consciência de seus sentimentos; 
 
▪ Habilidades Sociais: Promover a capacidade de se relacionar com o outro; 
 
▪ Motivação: Tornar o trabalho prazeroso e eficiente, por meio da automotivação; 
 
▪ Empatia: Reconhecer os desejos e necessidades do outro; 
 
▪ Controle Emocional: Lidar com as emoções, controlar as tristezas, irritações, ansiedades, 
mas sem reprimi-las. 
 
 
Então, caro cursista, você percebe que a compreensão das emoções é importante à 
medida que nos faz refletir sobre como agir melhor nas diversas situações e obstáculos que nos 
deparamos todos os dias. Ter inteligência emocional é saber adequar-se a diversos ambientes, se 
relacionar bem e ter autocontrole. Como dizemos popularmente muitas pessoas acabam “metendo 
os pés pelas mãos” e depois se arrependem por terem agido por impulso, ou seja, não souberam 
controlar seu comportamento. 
A boa notícia é que é possível aprimorar essa habilidade, ou seja, podemos desenvolver 
nossa Inteligência emocional para que possamos nos relacionar de forma positiva no ambiente de 
trabalho. Da mesma forma que nos capacitamos cognitivamente, também podemos nos esforçar e 
desenvolver nossa capacidade de perceber e compreender nossas emoções e sentimentos. 
 
Agora, pensemos um pouco sobre sua experiência: você trabalha ou já trabalhou com pessoas 
que se dão bem com todos no trabalho? 
E o que você acha: é mais fácil lidar com pessoas assim? 
 
Mentalmente relacione as características que essas pessoas apresentavam. 
Após esse exercício reflita um pouco sobre as características abaixo. 
São pessoas que geralmente: 
 
• Entendem como funcionam suas emoções e utilizam esse conhecimento a seu favor; 
 
 
 
 
 
 
 
18 
Competência 02 
• Sabem separar os problemas pessoais do trabalho; 
• Não atribuem a culpa de seus problemas a outros; 
• Diante de um problema ou conflito tentam achar a solução ao invés de ficar magoado 
ou com raiva. 
Não estamos dizendo que mesmo com problemas devemos fazer de conta que está tudo 
bem para agradar os outros, não é isso. Mas não é justo tratarmos mal os colegas de trabalho ou os 
alunos por conta disso. 
 
Você acha que tem a capacidade de identificar suas emoções e controlar seu comportamento? 
 
Vejamos a seguinte situação: um funcionário está atendendo um pai de aluno na escola 
e dá uma informação errada. Por conta disso, o servidor é maltratado. Sabendo que tem um perfil 
emocional mais intolerante, sua reação poderia ser partir para agressão, independentemente de 
estar no local de trabalho. Ou, identificando que está ficando nervoso, se retiraria e pediria para que 
outra pessoa atendesse esse pai evitando que as coisas piorassem. 
Nem preciso perguntar qual comportamento seria mais adequado, mesmo sabendo que 
não é simples ou fácil passar por situações desse tipo, pois independentemente de qualquer coisa 
temos o direito de sermos respeitados e não podemos esquecer que temos o dever de respeitar. Um 
episódio de agressão física seria inadmissível no ambiente de trabalho. 
Ser inteligente emocionalmente é compreender nossas emoções e a do outro e a partir 
daí, agir adequadamente diante das diversas situações que nos deparamos no dia a dia. Desta forma 
estaremos contribuindo para nosso crescimento pessoal e um melhor desempenho profissional. 
 Diante do exposto, acreditamos que uma educação de qualidade se constrói através de 
relações saudáveis onde a escola é um dos cenários mais importantes para a criação desse ambiente. 
 
 
 
 
Para finalizar, assista ao filme de animação, que se encontra no link 
a seguir: 
Controlando Emoções com Angry Birds (Inteligência Emocional) 
https://www.youtube.com/watch?v=bSKGUhGMTMQ 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Competência 02 
2. Competência 02| Saber Resolver os Conflitos no Ambiente de Trabalho 
Nesta segunda semana da nossa disciplina, estudaremos sobre conflitos no ambiente de 
trabalho. Por isso é importante que você fique atento aos fóruns, às atividades e aos vídeos da 
semana. 
Saber resolver conflitos no ambiente de trabalho nem sempre é uma tarefa simples, 
principalmente por lidarmos com pessoas com diferentes personalidades e temperamentos, e com 
opiniões diversas. Independente do local de trabalho, conviver com pessoas é viver situações diversas 
todos os dias. Afinal, não somos iguais e que bom que é assim. 
2.1 Conflito 
Você sabe o que significa CONFLITO? 
 
Em direito o termo conflito é utilizado com significado negativo na maior parte das vezes, 
mas na educação precisamos fazer com que o lado positivo seja valorizado e que todos possam 
aprender com as suas experiências e com as experiências do outro. 
Se colocarmos a palavra “conflito” em um site de busca, aparecerão muitas definições 
como: 
 
 
 
 
 
Mas será que apenas isso define conflito? 
O conflito é sempre algo negativo e ruim? 
Você já pensou sobre isso? 
 
1.profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes. 
"c. de gerações" 
 
2. s.m. Oposição de interesses, sentimentos, ideias. Luta, disputa, 
desentendimento. Briga, confusão, tumulto, desordem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 07 - Conflito no trabalho 
Fonte: http://www.blogdogasparetto.com.br/maneiras-certas-e-erradas-de-administrar-um -conflito/ 
Descrição: representação de conflito: uma mulher e um homem com luvas de boxe em posição de luta, com traje social, 
blazer e paletó pretos. 
 
O homem como um ser sociável que é, sente a real necessidade de viver em grupos. Na 
sociedade atual, convivemos em grupos diversos, como: a família, a vida acadêmica, o trabalho, a 
religião, entre outros. 
Desde a antiguidade existem os conflitos entre as pessoas, pois viver em grupo não é 
simples e isso pode ser considerado como algo importante para o crescimento pessoal dos 
envolvidos. O conflito pode oportunizar transformações nas relações interpessoais quando se 
aprende a lidar com ele de forma madurae positiva. A opinião do outro pode sim ser diferente da 
nossa, mas devemos aprender a respeitar mesmo quando não concordamos, e isso não impede que 
possamos debater sobre essa divergência. 
Pensando no ambiente escolar, veremos que é um local propício a vivermos sentimentos, 
emoções, decepções, afetos e conflitos. São muitos os envolvidos: crianças, adolescentes, adultos; 
educandos e educadores; pais e funcionários de maneira geral. Além disso, podemos considerar 
idades, pensamentos, posições, classes sociais e personalidades diferentes. Enfim, há relações de 
todos os tipos. Mas na escola, que é um ambiente de aprendizagem, pode-se também aprender a 
lidar com os conflitos de maneira construtiva. 
 
CONFLITO ENTRE DUAS PESSOAS 
CONFLITO EM GRUPO / COLETIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Competência 02 
A falta de conflito pode até ser considerada como algo bom, mas será que essa ausência 
de conflito reflete um ambiente perfeito e saudável? É possível vivermos sempre sem conflitos? Às 
vezes, o conflito pode ser suprimido, mas isto não quer dizer que ele não exista. O contrário não deve 
ser considerado como ideal, ou seja, quando se vive em conflito constante, também não é saudável. 
 
2.2 Tipos de conflitos 
De acordo com NASCIMENTO (2002) temos: 
• O Conflito Social: ...hoje, se vive numa sociedade altamente evoluída do ponto de 
vista social e tecnológico, mas bastante precária em termos de capacidade para 
negociações. E a violência tem sido no decorrer da história da humanidade, um dos 
instrumentos mais utilizados para resolver conflitos. 
• Conflitos Tradicionais: aqueles que reúnem indivíduos ao redor dos mesmos 
interesses, fortalecendo a solidariedade. 
 
Você pode observar abaixo, que a partir dos aspectos ou reações negativas de qualquer 
conflito, podem surgir consequências positivas: 
 
Figura 08 - Quadro aspectos negativos x positivos do conflto 
Fonte: arquivo pessoal 
Descrição: quadro azul com aspectos negativos do conflito que podem levar a algo positivo: 
Negativo Positivo 
GUERRA 
BRIGA 
DISPUTA 
AGRESSÃO
TRISTEZA 
VIOLÊNCIA
PERDA
RAIVA
PROCESSO 
PAZ
ENTENDIMENTO
SOLUÇÃO
COMPREENSÃO
FELICIDADE
AFETO
GANHO
CRESCIMENTO
APROXIMAÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
22 
Competência 02 
Guerra Paz 
Briga Entendimento 
Disputa Solução 
Agressão Compreensão 
Tristeza Felicidade 
Violência Afeto 
Perda Ganho 
Raiva Crescimento 
Processo Aproximação 
 
Ao pensar em conflito, o que vem primeiro à mente? 
 
Se você estiver vivendo uma situação de conflito que reações podem ocorrer? 
• Reações Fisiológicas (sudorese, náusea); 
• Reações Emocionais (raiva, medo); 
• Reações Comportamentais (agressão verbal, física). 
 
 
2.3 Conflito na escola 
No ambiente escolar nos deparamos com diversos tipos de conflitos e os funcionários das 
escolas, como educadores que são, devem estar preparados para tentar resolvê-los da melhor 
maneira possível, independente da função que exercem. Observam-se relações conflituosas entre 
toda comunidade escolar. É comum vermos brigas entre alunos, alunos desrespeitando professores 
e vice-versa, conflitos entre funcionários, pelos mais diversos motivos. 
 
 
Videoaula: Agora, dê uma pausa na leitura e assista a um dos 
vídeos gravados para primeira semana da disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Competência 02 
 
Figura 09 - Diagrama sobre conflito 
Fonte: arquivo pessoal 
Descrição: diagrama com círculos representando os tipos de conflitos que podem existir na escola: círculo do centro 
com a palavra conflito e mais 5 círculos ao redor escritos: aluno, professor, pais, funcionários e gestor. 
 
Há algum tempo atrás não era comum vermos notícias de violência na escola. Esse cenário 
vem mudando com o tempo e as situações se tornaram mais habituais, mas nem por isso, 
consideradas normais. Infelizmente, acontecem conflitos inadmissíveis como ameaças, agressões, 
desrespeito, aluno que agride professor e vice-versa. Isso mesmo, o contrário também ocorre, pais 
ameaçando professores e funcionários das escolas, alunos sofrendo bulling, etc. Quando a situação 
fica fora do controle, é necessária uma mudança de paradigmas, de pensamentos e atitudes frente 
aos problemas. 
Tanto crianças, quanto adolescentes necessitam de orientações e direcionamentos 
democráticos para a construção da cidadania. Infelizmente, a família, em alguns casos, não faz a sua 
parte e o fardo fica mais pesado para a escola. Mas, independentemente, a escola deve fazer o seu 
papel e de outrem, até mesmo para o bom direcionamento das relações no ambiente escolar. 
Todos que fazem parte da escola são responsáveis por manter um ambiente de paz e 
respeito. A escola não apenas tem por obrigação cumprir a proposta curricular, mas também formar 
cidadãos. Conflitos sempre existirão e estes, quando trabalhados de maneira correta, podem ser 
instrumentos para uma educação democrática. O que não é aceitável para uma educação de 
qualidade é a violência e, nestes casos, a busca por estratégias pacificadoras deve estar na pauta da 
escola. 
CONFLITO
ALUNO 
PROFESSOR
PAISFUNCIONÁRIOS
GESTOR
 
 
 
 
 
 
 
24 
Competência 02 
Enfim, que as relações conflituosas ocorrem isso é fato, o que precisamos saber é porque 
ocorrem e como devemos lidar com elas. 
 
2.4 A comunicação no ambiente de trabalho 
Uma das coisas que podem contribuir para que haja conflito no trabalho é a comunicação, 
ou melhor, as dificuldades na mesma. Opiniões diferentes sobre a mesma situação geralmente são 
motivos de conflito, principalmente se estas não forem respeitadas. 
A comunicação no ambiente de trabalho nem sempre se dá de maneira eficaz e pacífica. 
É comum presenciarmos conflitos decorrentes da falha na comunicação entre as pessoas, isso ocorre 
principalmente porque os indivíduos não são iguais, pensam e agem de maneiras diferentes. Todos 
nós já passamos por situações desse tipo e conhecemos bem a história do “telefone sem fio”, que 
nos mostra a falha no repasse de uma determinada informação que pode acontece com qualquer um 
na escola (estudantes, professores, funcionários, pais). 
 
Figura 10 - Telefone sem fio 
Fonte: http://www.agendor.com.br/blog/comunicacao-no-ambiente-de-trabalho/ 
Descrição: representação de comunicação: uma mulher e um homem segurando um telefone sem fio de brinquedo 
feito com duas latinhas e um barbante. Ele com a lata em direção a boca, como se tivesse falando e ela com a lata em 
direção ao ouvido. Ambos sorrindo 
 
 
Atualmente há lugares em que a tecnologia é mais usada como meio de comunicação do 
que o diálogo face a face. Quase todos os ambientes de trabalho, incluindo a escola, criam grupos em 
aplicativos de celular. Nesses grupos, que muitas vezes deveriam ser usados para alguma 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Competência 02 
comunicação, entre os funcionários, esporadicamente, acaba virando regra e os encontros em grupo 
se tornam exceção. 
Entendemos que muitas vezes a comunicação se torna até mais rápida e eficaz, pois 
sabemos quem recebeu ou não a informação em tempo real, mas se analisarmos por outro lado, 
acaba virando vício e isso pode refletir negativamente sobre o grupo de trabalho. Por exemplo, 
alguma informação da gestão para os demais funcionários pode ser interpretada de diversas 
maneiras e causar algum conflito. Ou, alguéminforma que vai se atrasar e acaba gerando comentários 
sobre essa pessoa. Podem ocorrer até mesmo brigas e discursões no grupo que são levadas para o 
lado pessoal e que em nada contribui para o relacionamento interpessoal no trabalho. 
Um profissional por mais competente, qualificado e inteligente que seja se não tiver 
habilidade na comunicação acaba não sendo reconhecido nem consegue desempenhar bem suas 
funções no trabalho. 
 Devemos saber respeitar todos no ambiente de trabalho e garantir uma boa 
comunicação para que possamos evitar conflitos desnecessários e negativos. Às vezes uma conversa 
pessoalmente resolve e evita situações de mal- entendido que podem a curto ou longo prazo 
tornarem-se sérios conflitos. 
 
O que podemos fazer para contornar as situações de conflito? Será que isso é possível 
 
2.5 Mediação de conflitos no ambiente escolar 
 
Figura 11 - Placa de trânsito 
Fonte: https://mediadoresdeconflitos.pt/ 
Descrição: imagem 10: Representação de mediação de conflitos: uma placa tipo de trânsito escrito “MEDIAÇÃO DE 
CONFLITOS” e abaixo escrito “outros caminhos” com uma seta apontando para baixo. A placa tem fundo azul 
 
 
 
 
 
 
 
26 
Competência 02 
Após o conflito estar instalado, nem sempre os protagonistas estão dispostos a chegar a 
um consenso ou acordo. No ambiente escolar isso geralmente se faz necessário para que a ordem e 
o respeito sejam mantidos e inclusive por ser mais uma oportunidade de aprendizagem para o 
desenvolvimento da cidadania, independente da posição ocupada pelas partes envolvidas. 
Imagine uma discussão entre dois funcionários da escola, por exemplo, onde entre si não 
conseguem chegar a um acordo. O ideal seria que conseguissem resolver o conflito através do diálogo 
e não precisassem da ajuda de outrem. Mas nem sempre é desta forma. Em determinadas situações, 
é necessária a intervenção de uma terceira pessoa, para que haja a mediação do conflito. 
E como você ajudaria neste caso? Será que você está preparado para mediar conflitos na 
instituição de ensino? 
De acordo com Ortega, (2002:147): 
A mediação é a intervenção, profissional ou profissionalizada, de um terceiro – um 
especialista – no conflito travado entre duas partes que não alcançam, por si mesmas, 
um acordo nos aspectos mínimos necessários para restaurarem uma comunicação, um 
diálogo que, é necessário para ambas (...) com o reconhecimento da responsabilidade 
individual de cada um no conflito e o acordo sobre como agir para eliminar a situação 
de crise com o menor custo de prejuízo psicológico, social ou moral para ambos os 
protagonistas e suas repercussões em relação a terceiros envolvidos. 
A escola é uma instituição viva e dinâmica que ao longo dos anos vem tentando se 
modernizar como a tecnologia e a ciência, e isso inclui as ciências humanas. Os funcionários da escola 
devem estar preparados para resolver os problemas que a aflige, de forma moderna e eficaz. Não só 
punir, mas, ir além, e aprender a usar as situações conflituosas como uma oportunidade de 
construção permanente de uma política de paz e respeito no ambiente escolar. Toda comunidade 
escolar é responsável direto por uma reflexão coletiva para buscar discutir sobre as dificuldades 
encontradas nas relações interpessoais, tornando a instituição respeitosa e democrática. 
Quando se trata de alunos, na maioria das vezes a hierarquia predomina e as soluções 
para os conflitos são determinadas pelos professores ou funcionários das escolas, perdendo assim, a 
oportunidade dos envolvidos refletirem sobre suas atitudes e resolverem os problemas de 
convivência que geralmente são recorrentes quando não trabalhados da forma correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Competência 02 
 
Figura 12 - Charge sobre violência 
Fonte: http://tirocerto.homestead.com/charges.html 
Descrição: charge representando a violência nas escolas. Figura de uma mãe e um balão escrito: Pronto, filhinha! Agora 
você já pode ir para escola...A filha está vestida com um colete a prova de balas, um caderno na mão esquerda e uma 
bolsa branca com uma cruz vermelha, tipo primeiros socorros, pendurada no ombro direito. 
 
Em meio a tanta violência e indisciplina, não podemos esquecer que as dificuldades nas 
relações humanas devem e podem ser resolvidas a partir de uma abordagem pedagógica. Buscar 
formas de pacificação é imprescindível e para isso são necessárias algumas atitudes por parte da 
escola como já falamos: 
 
• Diálogo: Buscar sempre o diálogo antes de qualquer coisa para que os 
indivíduos ou grupos se conscientizem de que esta é uma das principais formas 
de solucionar os impasses; 
• Consenso democrático: Através de reuniões, assembleias, conselhos, etc. em 
que os próprios envolvidos participem das decisões de maneira consensual e 
acima de tudo democrática. Também é importante a conscientização dos 
direitos e deveres; 
• Conflito positivo: visualizar os conflitos de forma positiva aproveitando para 
construir valores que são necessários para uma boa convivência em sociedade 
de maneira geral. A escola é lugar para isso; 
 
 
 
 
 
 
 
28 
Competência 02 
• Prevenção: prevenir agressões físicas e verbais e caso ocorram resolver de 
forma educativa. 
 
A escola pode desenvolver um projeto de mediação de conflitos com o objetivo de 
intermediar os conflitos de forma direta e imparcial, para isso é necessário que haja indivíduos 
capacitados para assumir o papel de mediador. O ideal seria que as diversas representações da 
comunidade escolar (educandos, educadores, pais e funcionários em geral) sejam contempladas com 
a formação do projeto e aprendam técnicas de mediação de conflitos. Podem ser ofertados cursos, 
palestras, debates, vivências através de jogos, entre outros e inclusive serem abertos à comunidade 
de maneira geral, afinal, muitas vezes a comunidade e/ou família são conflituosas. 
 
E quem seria esse indivíduo? 
 
2.6 Mediador 
 
Figura 13 - Mediador 
Fonte: https://danielabertolieroventrice.wordpress.com/tag/mediador/ 
Descrição: Representação de Mediador de conflitos. Imagem de dois bonecos brancos sendo separados por um boneco 
vermelho, com os braços abertos e cada mão em um dos ombros de cada boneco branco, impedindo-os de chegarem 
perto um do outro. 
 
O mediador pode ser um aluno, professor ou qualquer outro funcionário da escola que 
esteja disposto a ser um facilitador no processo de mediação de conflitos. Disposto sim, afinal é uma 
ação voluntária onde o sujeito se proponha a fazer o que for preciso de forma ética e democrática 
nesta mediação. 
Vejamos algumas características importantes do mediador de conflitos: 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Competência 02 
2.7 Perfil do mediador 
VOLUNTÁRIO É necessário que haja o desejo 
IMPARCIAL Ser neutro e não tomar partido 
BOM OUVINTE Saber ouvir as partes, sem induzir ou julgar é imprescindível 
CAPACITADO Receber formação para exercer essa função 
COMPETENTE Estar preparado psicológica e metodologicamente 
EMPATIA Se colocar no lugar do outro 
AUTORIDADE Mas sem autoritarismo 
 
Um bom mediador deve ser ético e pacificador, ele atua como intercessor na resolução 
dos conflitos, onde os próprios envolvidos são os protagonistas das decisões a serem tomadas. Há 
uma escuta pedagógica, não aleatória e sim com um propósito. A partir do momento que cada um 
conta sua versão dos fatos, acaba ouvindo e refletindo sobre os motivos e posições do outro. Quando 
o indivíduo dentro da escola sabe ouvir sem julgar ou tomar partido, ajuda as partes a refletirem 
sobre possíveis opções para solucionar o confronto e até preveni-los. Para que isso ocorra de maneira 
saudável é necessáriauma preparação. Uma das preocupações na implantação de um projeto de 
mediação de conflito na escola deve ser a capacitação do mediador. Primeiro há vontade, mas não 
podemos esquecer que sem a devida preparação, o mediador não poderá auxiliar de forma correta e 
imparcial. 
Ao dar a oportunidade aos conflitantes de serem ouvidos, o mediador, também dará a 
responsabilidade aos mesmos de serem autores no processo da solução do problema. Afinal, os 
maiores interessados são os envolvidos. 
 
 
Leia a Cartilha: 
Projeto Escola de Mediadores, como montar este projeto na minha 
escola? 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/exposicoes/sociedade/publicacoes/noos/
proj_esc_azul.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
Competência 02 
 
 
Figura 14 - Quebra de braço 
Fonte: http://www.midiaria.com/comunicacao-e-midias-sociais/gestao-de-conflitos-10-dicas-para-gerir-conflitos-entre-
a-equipe/ 
Descrição: representação de conflito entre funcionários. Imagem de dois homens em pé, de frente para o outro, com 
um dos cotovelos sobre uma mesa e de mãos dadas para uma quebra de braço, a outra mão de cada um deles está 
apoiada na mesa. Estão com expressão séria e olhando-se nos olhos. Estão vestindo camisa social e gravatá. 
 
 
Pode parecer que estamos falando apenas de conflitos entre alunos na escola, mas esse 
projeto de mediação de conflitos pode e deve contemplar todos os funcionários/educadores da 
unidade escolar que normalmente também entram em conflito no ambiente de trabalho, afinal, os 
problemas nas relações interpessoais ocorrem independente da posição que se ocupa na escola ou 
na sociedade como um todo. Essa oportunidade de mediação é para todos, e todos, envolvidos 
diretamente ou não, aprendem ao longo do tempo, através do diálogo e da reflexão, a lidar e resolver 
os conflitos sozinhos, respeitando os direitos do outro e se conscientizando dos seus deveres 
enquanto cidadão e educador. 
De acordo com Nascimento (2002, p.54), os seguintes passos são considerados de suma 
importância: 
a) criar uma atmosfera afetiva; 
b) esclarecer as percepções; 
c) focalizar em necessidades individuais e compartilhadas; 
d) construir um poder positivo e compartilhado; 
e) olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado; 
f) gerar opções de ganhos mútuos; 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Competência 02 
g) desenvolver passos para a ação a ser efetivada; 
h) estabelecer acordos de benefícios mútuos. 
 
Diante do exposto, acreditamos que uma educação de qualidade se constrói através de 
relações saudáveis onde a escola é um dos cenários mais importantes para a criação desse ambiente. 
É necessária, antes de tudo, uma transformação coletiva diante de situações de violência e conflitos 
negativos que vêm se tornando “normais” na comunidade escolar. Já não se pode admitir a tamanha 
falta de respeito com o ser humano e se conformar com tal situação, acreditando que o problema 
seja do outro e não nosso. Realmente é mais fácil atribuir a culpa ao meio social, ao descaso familiar 
ou qualquer outra coisa e se isentar da responsabilidade que temos como educadores que somos. 
Devemos ter a consciência e acreditarmos que com a ajuda de todos, é possível mudar a realidade 
atual, buscando e estudando possíveis estratégias que já são utilizadas em outras escolas e dão certo. 
E como cada realidade é diferente da outra, as ideias podem e devem ser moldadas à necessidade de 
cada ambiente escolar. 
É urgente haver mudança de atitudes, de valores e crenças para que a educação possa 
acontecer na mais plena liberdade de expressão, respeitando as opiniões e promovendo uma 
aprendizagem significativa e positiva. 
Toda comunidade escolar é responsável direto por uma reflexão coletiva para buscar 
discutir sobre as dificuldades encontradas nas relações interpessoais, tornando a instituição 
respeitosa e democrática. 
Para encerrar, veja essa reportagem bastante interessante sobre esse tema, para ajudar 
nos estudos. 
 
 
 
 
 
 
Assista ao vídeo Mediação de Conflito na Escola - Fantástico 
(editada): 
https://www.youtube.com/watch?v=KwOec19EEps 
 
 
 
 
 
 
 
32 
Competência 03 
3.Competência 03| Desenvolver a Capacidade de Compreender e 
Incentivar Pessoas, para o Trabalho Individual e em Grupo 
Nesta terceira semana da nossa disciplina, estudaremos sobre a capacidade de 
compreender e incentivar o outro no ambiente de trabalho. Por isso, é importante que você fique 
atento aos fóruns, às atividades e aos vídeos da semana. 
 
Você acha que compreender a si mesmo é fácil? 
E compreender as outras pessoas? 
 
Talvez você nunca tenha refletido sobre isso... Será? 
Ou imagina que todos nós obrigatoriamente conhecemos a nós mesmos. 
Agora pense um pouco e responda: alguma vez você já reagiu ou tomou alguma atitude 
que até você mesmo não se reconheceu? 
Se em algum momento podemos achar que não compreendemos a nós mesmos, imagine 
o outro? 
Vivemos em uma época em que a maior parte das pessoas se relaciona e se comunica 
muito mais virtualmente que pessoalmente. Dessa forma, não nos surpreende que podemos saber 
muito sobre alguém distante de nós, como um artista famoso por exemplo, e quase nada sobre uma 
pessoa que está ao nosso lado. Isso inclui as pessoas em nosso ambiente de trabalho. 
 
3.1 Capacidade de compreender 
Compreender a mim mesmo, minhas atitudes, comportamentos e sentimentos é muitas 
vezes o primeiro passo para entender o outro. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Competência 03 
 
Figura 15 - Tirinha de Mafalda sobre conhecer a si mesmo 
Fonte: http://revistaogrito.ne10.uol.com.br/page/blog/2014/09/29/mafalda-de-quino-completa-50-anos-e-ga nha-
novas-edicoes-no-brasil/ 
Descrição: Mafalda questiona Filipe o que ele acha da frase “conhece-te a ti mesmo” e ele diz que acha excelente e vai 
começar a se conhecer, mas fica preocupado se após se conhecer ele não gostar de si mesmo. 
 
Você acha que conhece e compreende todos que trabalham com você? 
Consegue dizer do que eles gostam? 
Entende suas atitudes? 
 
 
 
 
Além disso, ser compreendido também é fundamental. Há pessoas em nosso convívio 
social que querem ser compreendidas e têm esse direito, mas que possuem dificuldade em 
compreender. Isso acaba gerando problemas de relacionamento uma vez que acreditam que só seus 
pensamentos e atitudes são justificáveis. 
Observe a figura a seguir, ela ilustra bem nossa tendência a vermos o mundo da nossa 
maneira, no local de trabalho isso é bastante comum. 
 
 
Ser compreensivo é de grande importância para as relações 
interpessoais 
 
 
 
 
 
 
34 
Competência 03 
 
Figura 16: Diferentes formas de compreender a mesma coisa 
Fonte: http://www.designculture.com.br/a-empatia-no-processo-de-design/ 
Descrição: representação de compreensão: um número no chão e dois homens olhando de ângulos diferentes, um diz 
que é 6 e o outro diz que é 9. 
Essa capacidade de compreender o ponto de vista dos nossos colegas faz toda a diferença 
no dia a dia no trabalho. No ambiente escolar incluem professores, pais, alunos, enfim todos que 
participam do cotidiano da escola. 
Para quem trabalha ou já trabalhou em escola, é bastante comum vivenciar ou presenciar 
situações onde cada um tem sua opinião e versão dos fatos. A divergência pode ser entre alunos, 
entre funcionários, entre aluno e funcionário, enfim acontece com todos. E isso não significa que 
alguém está mentindo ou vendo de maneira errada, simplesmente a visão de cada um muda de 
acordo com o lado em que se está. 
Vejamos uma situação hipotética: o professor acha que as tarefas do gestor ou do 
secretáriosão mais simples por não estarem lidando diretamente com os alunos, mas quando estes 
não se fazem presentes na unidade escolar por algum motivo, sua falta é sentida. O contrário também 
pode acontecer: o secretário acha que é a situação do professor é mais confortável, pois só precisa 
dar conta da sala de aula e toda a parte burocrática fica com ele, afinal cada função tem sua 
importância e faz parte de um todo. Nossa tendência é olharmos apenas a partir do nosso ângulo. 
Para que possamos compreender e entender os demais, precisamos muitas vezes deixar 
nossos próprios problemas e sentimentos de lado, isso pode parecer que estamos dando prioridade 
ao outro e deixando de nos ajudar. Mas se pararmos para pensar que nunca deixaremos de ter 
problemas e situações para resolver, e isso se aplica ao nosso trabalho, em que momento 
ajudaríamos o próximo que talvez esteja precisando com mais urgência. 
Vejamos um exemplo simples: estamos fazendo nosso trabalho de rotina e um colega de 
trabalho novato começa a se atrapalhar com a atividade dele. A sua atividade pode ser mais 
 
 
 
 
 
 
35 
Competência 03 
importante, mas se alguém nunca parar para auxiliar o novato como ele concluirá a tarefa? Alguém 
um dia parou o que estava fazendo para ajudá-lo em suas atividades. Se não lhe ajudaram e você 
aprendeu da pior maneira, relembre como deve ter sido ruim ou que poderia ter sido mais fácil para 
você caso tivesse recebido auxílio. 
É importante que nos esforcemos para tentar compreender as pessoas com quem 
trabalhamos, pois desta forma vamos entendê-lo e consequentemente nos relacionar melhor. 
Dizem que quando seu parque estava sendo construído, Walt Disney costumava ficar de 
joelhos para vê-lo da mesma forma como uma criança veria afinal, ela seria o objetivo maior do 
parque. 
 
 
 
3.2 Empatia 
O site Significados conceitua a palavra empatia da seguinte forma: 
 
 
 
Colocar-se no lugar do outro faz com que seu campo de visão amplie 
e desta forma você pode somar em vez de ver as coisas apenas de 
um ponto de vista. 
 
“Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria 
uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por 
ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, 
procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente 
outro indivíduo.” 
 
 
 
 
 
 
36 
Competência 03 
 
Figura 17 - Filme “Se eu fosse você” 
Fonte: https://www.forquilhinhanoticias.com.br/grandes-licoes-profissionais-filmes-sucesso/ 
Descrição: representação de empatia: imagem do filme “Se eu fosse você”, com as fotos dos atores, Glória Pires e Tony 
Ramos. Ela colocando batom e ele fazendo a barba. 
 
 
O filme “Se eu fosse você” fala da importância da empatia nas relações pessoais de 
maneira geral e no trabalho de forma bastante divertida. Na comédia, a empatia é o se colocar no 
lugar do outro, literalmente. 
No filme, os atores Tony Ramos e Glória Pires são casados e por estarem tão preocupados 
com seus problemas, acreditam que o outro tem uma vida melhor e menos complicada que a sua. 
Não dão importância ao trabalho e as preocupações do outro e desejam viver a vida do cônjuge. 
Como mágica seus desejos são realizados e ao acordarem eles percebem que trocaram de corpo. 
Apesar de ser uma comédia, o filme trás à tona um assunto bastante importante que é a empatia. Ao 
se perceberem no lugar do outro, vivenciando as dificuldades de cada um na vida e no trabalho eles 
passam a compreenderem melhor as questões e os problemas que cada um enfrenta diariamente. 
 
 
É claro que o que acontece no filme é só ficção, pois não precisamos estar dentro do corpo 
do outro para entendê-lo. Mas será que na vida real podemos adquirir essa capacidade de sentir ou 
tentar compreender o que o outro sente? 
 
Assista ao filme SE EU FOSSE VOCÊ, que será utilizado em uma 
atividade posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
37 
Competência 03 
Essa aprendizagem é possível sim. Para que isso ocorra é necessário que exercitemos 
algumas habilidades como: 
 
 
 
 
 
Imagine-se contando uma situação a alguém e este não dê a devida atenção e ainda por 
cima dizer que não vê problema algum enquanto você está sofrendo e preocupado com o fato. Como 
você se sentiria? Nada bem, não é? 
Acho que todos já passamos por algo parecido e provavelmente já agimos desta forma 
com alguém. 
Se pararmos um pouco para refletir, veremos que podemos nos esforçar para prestar 
mais atenção às pessoas que estão a nossa volta, devemos escutá-la com atenção quando estão nos 
relatando algum problema no trabalho ou até mesmo de ordem pessoal. Além disso, tentar resolver 
junto com ela, dando sugestões do que você faria caso estivesse no lugar dela. Valorizando e dando 
importância ao que ela nos trás. 
 
OUVIR: Capacidade de prestar atenção ao que o outro está falando, 
inclusive através de gestos e atitudes. Nem sempre no trabalho é fácil as pessoas 
expressarem claramente o que sentem através de palavras. Isso pode ocorrer por falta 
de habilidade mesmo, ou por acharem que não serão compreendidas. Enfim, por vários 
motivos podemos perceber o outro através de suas atitudes ou expressões e não 
verbalmente. 
RESPEITAR: Saber respeitar as diferenças entre as pessoas, independente 
de raça, cor, sexo, religião, cultura, opinião. Podemos discordar de alguma opinião ou 
forma de agir, mas jamais deixar de respeitar um colega por isso. Em relação aos outros 
itens não temos nem o que discutir, pois já ultrapassa o desrespeito, sendo considerado 
preconceito, racismo e assim por diante. 
SENTIR: Perceber o que o outro sente ou está passando para entendê-lo 
melhor. Uma reação ou atitude nunca é isolada, sempre há uma história por trás, uma 
explicação para uma determinada ação. Desta forma podemos tentar compreender o 
porquê em vez de julgar os que fazem parte do nosso ambiente de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
38 
Competência 03 
 
Devemos ter cuidado com isso, pois não podemos tirar a autonomia e responsabilidade 
do outro. Há pessoas que querem que sempre resolvam seus problemas por elas e, desta forma, 
acabam nunca assumindo suas obrigações e responsabilidades. 
Exercitar a empatia requer tempo e atualmente o mundo está cada dia mais acelerado, 
reclamamos que não temos tempo para nada e nessa correria do dia a dia acabamos não dando a 
devida atenção às pessoas que fazem parte da nossa vida. Esse tempo aparentemente perdido por 
darmos atenção aos que estão ao nosso redor é na verdade um ganho, afinal, desta forma estaremos 
estreitando as nossas relações pessoais e evitando sim a perda de tempo com problemas na 
comunicação, conflitos de relacionamentos e assim por diante. 
 
Devemos exercitar a empatia para que as relações interpessoais no local de trabalho 
ocorram de forma harmoniosa, saudável, com respeito mútuo, onde no final todos saem ganhando, 
afinal o desempenho da equipe de trabalho se tornará bastante satisfatório. 
 
 
E você está motivado em relação ao seu trabalho? Ou está precisando de um incentivo? 
Vamos refletir um pouco sobre essa questão agora? 
 ATENÇÃO: ajudar não quer dizer necessariamente fazer pelo outro. 
 
Ao praticar a empatia não devemos fazê-lo por caridade ou de forma 
forçada como uma obrigação, essa prática deve ocorrer de forma 
natural, por vontade própria. 
 
Pare um pouco agora para assistir esse rápido vídeo sobre 
Como ter mais empatia no trabalho de Rubens Pimentel, sócio 
da Ynner Treinamentos. 
https://www.youtube.com/watch?v=Uz2CM-4B2YQ 
 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
 
3.3 Motivação 
 
 
O conceito acima éa definição básica de motivação. Mas não ficaremos apenas por aí. 
 
Vejamos outro conceito: 
Para Chiavenato (1999), motivação: 
 
É tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma, ou, pelo menos, 
que dá origem a uma propensão a um comportamento específico. Esse impulso pode 
ser provocado por um estímulo externo e pode também ser gerado internamente nos 
processos mentais do indivíduo. 
Conforme a definição de Chiavenato, a motivação pode estar associada a um estímulo 
interno ou externo, o que devemos descobrir é qual deles está nos movendo no trabalho por 
exemplo. Afinal, estar motivado no ambiente de trabalho é de grande importância tanto para o 
funcionário quanto para o trabalho de maneira geral. Quando há a motivação, as coisas fluem com 
mais facilidade. 
A pessoa desmotivada muitas vezes desempenha suas atividades de qualquer forma, sem 
se preocupar com resultados e o que pode acontecer são consequências indesejadas como, por 
exemplo, um erro em uma declaração, que pode acabar gerando perda de algum prazo para quem 
pediu, podendo gerar um transtorno ou até um conflito. Isso não significa que a pessoa motivada não 
possa errar, afinal, enquanto humanos, cometemos erros sim. 
Os fatores motivacionais podem ser diversos e variam de pessoa para pessoa, pois, como 
já vimos em outros capítulos, somos únicos. Vejamos algumas teorias sobre o assunto: 
 
• Hierarquia das Necessidades de Maslow 
 Motivação: “O que motiva as pessoas para ação”. 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
Teoria de Abraham Maslow, psicólogo que ficou conhecido por seus estudos sobre as 
necessidades humanas. Ele acredita que a motivação se origina de um conjunto de necessidades e a 
partir do momento que as necessidades básicas são satisfeitas ele passa para outras mais complexas. 
Há uma hierarquia. 
 
Maslow criou uma pirâmide com os níveis de necessidades do ser humano, na base estão 
as necessidades mais básicas, que são as fisiológicas e no topo as necessidades mais elevadas, de auto 
realização. 
 
Figura 16 - Pirâmide de Maslow 
Fonte: http://segurancasaude.blogspot.com.br/2012/11/abordagem-administrativa-junto-aos.html 
Descrição: representação da pirâmide de Maslow. Uma pirâmide dividida em 5 partes com cores diferentes com os 
níveis de necessidades: na base “fisiológicas” e subindo “segurança”, “social”, “estima” e “auto-realização” 
 
Segue resumo: 
Fisiológicas:comer, beber, sono, abrigo, excreção. 
Segurança: do corpo, da família, da moralidade, da residência, 
Social: família, amigos, grupos. 
Estima: autoestima, respeito, reconhecimento. 
Auto realização: solução de problemas, realizações. 
 
Se por acaso uma pessoa está com fome no trabalho, talvez a sua estima não seja tão 
importante até que ele satisfaça primeiro essa necessidade básica. Ou ainda, alguém que não se sente 
parte do grupo de trabalho ou não se sinta reconhecido pelo mesmo, não estará pensando em auto 
realização, até que as necessidades anteriores sejam satisfeitas. 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
 
• Dois Fatores de Herzberg 
Frederic Herzberg, professor de gestão empresarial e psicólogo, criou a Teoria dos Dois 
Fatores que explica que os fatores higiênicos e os fatores motivacionais são responsáveis pela 
motivação e satisfação das pessoas no trabalho. 
 
Segue resumo: 
 
 
Higiênicos: salário, benefícios, estrutura física, condições de trabalho. 
Motivacionais: realização, oportunidade de crescimento, autonomia, reconhecimento. 
 
Os fatores higiênicos são os referentes às condições de trabalho, eles não vão fazer com 
que o funcionário se sinta mais motivado, mas geram satisfação. Porém, caso não sejam ofertados 
deixam o mesmo insatisfeito. 
A pessoa que tem seu salário todo mês atrasado, não ficará nada feliz com isso e seu 
rendimento pode cair. 
Os fatores motivacionais por sua vez, realmente motivam o indivíduo e quando não 
existem ou estão em falta, desmotivam e causam insatisfação. 
Sem dúvida, a oportunidade de realização profissional e o reconhecimento, por exemplo, 
fazem a pessoa trabalhar com mais dedicação e, consequentemente, bem mais satisfeita. Por 
conseguinte, o local de trabalho também sai ganhando, afinal o benefício é para ambas as partes. 
E então? O que você achou das teorias? Pense um pouco sobre a sua realidade e veja se 
as teorias fazem sentido para você. 
 
 
 
Podemos refletir sobre motivação começando sobre o que leva uma 
pessoa a estar ou não motivada. 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
Será que alguém pode ser motivado por outro indivíduo? 
No artigo “Motivação no Trabalho” (2012), a autora Débora Silva faz a seguinte referência: 
“Oliveira (2008) aborda em seu artigo que a motivação ocorre de dentro para fora, ou 
seja, o indivíduo é motivado a fazer determinado trabalho de acordo com aquilo que ele deseja 
alcançar, aquilo que seja motivacional para ele...” 
 
Como as pessoas são diferentes, também constatamos que os motivos mudam tanto de 
indivíduo para indivíduo quanto para mesma pessoa. O que me motiva hoje pode não me motivar 
amanhã. 
O que motiva uma pessoa ou outra é algo individual, parte das necessidades, 
personalidade, vivências de cada um, por isso é difícil motivar o outro. 
Devemos ficar atentos ao que pode nos desmotivar no trabalho para evitarmos que isso 
aconteça. Os gestores também devem estar atentos aos motivos que podem gerar insatisfação no 
grupo ou de forma individual e desta forma, promover um ambiente onde os colaboradores 
satisfaçam suas necessidades e não fiquem desmotivados. 
Estamos sempre buscando motivações diferentes e no ambiente de trabalho, os fatores 
que podem nos incentivar são diversos, vejamos alguns: 
▪ O local de trabalho em si: às vezes a mudança de ambiente pode deixar o 
funcionário mais estimulado. Isso pode incluir uma mudança na arrumação, 
melhoria da estrutura física ou até mudança de um local para outro. 
▪ Relações interpessoais: Quando convivemos de forma harmoniosa com nossos 
companheiros de trabalho, os objetivos são alcançados mais facilmente. Do 
contrário, se só vivemos em conflito ou se somos hostilizados, nosso 
rendimento não será o mesmo. 
 
Sendo a motivação essencialmente interna, então podemos concluir 
que ninguém motiva ninguém. 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
 
 
 
 
 
Antigamente, acreditava-se que apenas a parte financeira impulsionava os funcionários, 
principalmente quando as atividades eram repetitivas, os patrões achavam que um incentivo 
financeiro faria com que trabalhassem mais motivados. Atualmente sabe-se que esse pensamento 
mudou. 
 
 
Ter autonomia no trabalho, ser reconhecido enquanto profissional, ter um bom 
relacionamento com a gestão da escola e os demais colegas de trabalho, enfim, ser valorizado 
enquanto trabalhador da educação aumenta o desempenho dos mesmos. 
A valorização profissional inclui capacitações que muitas vezes são ofertadas apenas a 
equipe pedagógica: professores, coordenadores e até gestores, deixando o profissional da equipe 
administrativa e de serviços gerais de fora. Isso pode causar insatisfação aos funcionários levando-os 
ao baixo rendimento no ambiente profissional. 
É perfeitamente normal nos sentirmos mais ou menos motivados em determinados 
momentos, nem sempre nossos motivos são satisfeitos e isso gera mudança no nosso 
▪ Sentido no que fazemos: Se conseguirmos achar sentido no que fazemos, se 
nos sentimos úteis, se gostamos do que fazemos, se temos objetivo, 
provavelmente nossa satisfação no trabalho aumentará. 
 
Pense em mais fatores que podem contribuir para que você e/ou seu 
grupo de trabalhonão fique desmotivado. 
 
As relações humanas, os motivos sociais são muito mais importantes 
para o trabalhador 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
comportamento também. Nem por isso devemos deixar de trabalhar e cumprir nossas obrigações. 
Mas devemos observar o que nos tirou a motivação para buscarmos outras e assim por diante. Ou 
ainda, se possível reformularmos nossos objetivos e desta forma nos sentirmos motivados 
novamente. 
Nem sempre é fácil lidar com algumas frustrações, por exemplo, mas quando 
continuamos a fazer o que nos é proposto, uma hora essa ação vai motivar-nos novamente. Não 
devemos ficar inertes, pois a ação possivelmente vai gerar alguma satisfação. É aquela velha história 
de sabermos que algo está errado e não buscarmos a solução. 
 
 
Abordaremos agora o trabalho individual e em grupo. 
 
3.4 Trabalho individual e em grupo 
Você prefere trabalhar de forma individual ou em grupo? 
 
Há pessoas que preferem trabalhar de forma individual e isso depende da personalidade 
de cada um. Alguns “funcionam” melhor trabalhando sozinhos e dependendo da característica da 
tarefa, fica mais produtivo trabalhar de forma individual mesmo. 
Já no trabalho em grupo, dependemos uns dos outros e várias pessoas pensando juntas 
podem tornar o trabalho mais completo e eficiente. Saber trabalhar em grupo demonstra nossa 
maturidade e isso é uma característica de grande importância para qualquer profissional. A troca de 
experiências dentro do grupo faz com que os objetivos sejam alcançados mais rapidamente. Porém, 
devemos lembrar alguns pontos para que o trabalho em equipe funcione de maneira eficaz: 
 
O que é indiscutível é que pessoas satisfeitas no trabalho possuem 
um alto índice de produtividade e desempenho, alcançando seus 
objetivos e os do local de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
 
 
 
Tente elencar mais alguns, você consegue! 
 
 
Você sabe como ajudar seu colega de trabalho a se manter motivado? O que o desmotiva? 
Para sabermos essas respostas, precisamos conhecer esses colegas. São essas relações 
que fazem a diferença no ambiente de trabalho e tornam o trabalho melhor e mais prazeroso para 
todos. Quando pessoas a minha volta estão motivadas, com certeza o clima melhora, afinal, quem 
não se sente melhor trabalhando com colegas assim? 
Isso é de grande importância para o trabalho individual e em grupo. 
Sabemos que nem tudo que me motiva irá motivar o outro, sobretudo se temos funções, 
tarefas, formações acadêmicas diferentes. Mas sabemos que como equipe o trabalho de um 
complementa o do outro e nenhum é mais ou menos importante. 
Nós precisamos da escola e dos colegas de trabalho para desenvolvermos nossas funções. 
Uma escola só funciona com pessoas que desenvolvem suas atividades com excelência, atingindo os 
objetivos e metas traçados. Para isso, precisam estar motivadas. O funcionário quando está 
motivado, realiza suas atividades da melhor maneira possível, para ser reconhecido no trabalho. 
Envolvimento 
Confiança 
Motivação 
Comunicação 
Respeito 
Colaboração 
Participação 
Objetivo 
 
 
Mesmo que o profissional tenha mais habilidade para trabalhar de 
forma individual, não podemos esquecer que no trabalho escolar 
geralmente não estamos sozinhos. Sendo assim, saber trabalhar em 
grupo e motivado pode fazer toda diferença. 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
Os recursos humanos são considerados o que há de mais importante no trabalho, afinal 
são as pessoas que constroem o ambiente e não a estrutura física, móveis e papéis. Se as relações 
humanas não fluem como deveriam, o trabalho em si também não acontece de forma satisfatória, 
gerando problemas e até prejuízos. Se alguém não faz a sua parte, com certeza isso atrapalhará o 
trabalho do restante da equipe. 
Tanto o trabalho individual quanto o trabalho em grupo são de suma importância para 
que os objetivos sejam alcançados. Na unidade escolar isso é bastante claro. Não só o coordenador 
ou o professor darão conta da escola, eles devem dar conta da parte pedagógica, mas, igualmente 
importante tem também toda a equipe administrativa, equipe gestora e equipe de serviços gerais. 
Cada um com suas atribuições e qualidades é parte de um todo. 
Como já falamos os gestores podem e devem, a partir de observações em grupo e 
individuais, promover um ambiente saudável que deixe os funcionários satisfeitos. Todo gestor 
conhece, ou deveria conhecer, a sua equipe para entender o que desmotiva essa ou aquela pessoa 
no ambiente escolar. 
 
Figura 18 - Charge de motivação 
Fonte: http://www.diegomaia.com.br/blog/quem-quer-mudanca-charge-edomingo-diegomaia/ 
Descrição: charge sobre motivação no trabalho: um homem que pode ser a representação de um chefe, perguntando 
aos funcionários: “Quem quer mudança”? Todos de mãos levantadas, ou seja, todos querem. E logo abaixo pergunta: 
“Quem quer mudar”? E ninguém levanta a mão. 
 
Em se tratando de escola, lembramos que geralmente existem muitas dificuldades em 
relação a estrutura física, recursos materiais, problemas de relacionamento, enfim, nada disso deve 
 
 
 
 
 
 
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Competência 03 
levar a falta de motivação dos funcionários. Ao contrário, deve provocar neles motivo para querer 
mudança, e querer apenas não é suficiente. Se um apenas se movimentar para que o ambiente 
escolar seja transformado, vai contagiando os demais e desta forma as coisas acontecem. E tanto os 
alunos quanto os funcionários saem ganhando. 
Quando alguém não se sente satisfeito com determinada situação, não necessariamente 
ele está desmotivado. Um funcionário insatisfeito pode estar motivado a mudar essa mesma situação 
e trabalhar cheio de vontade e determinação para que haja mudança. 
 
Isso ocorre no seu local de trabalho? Você já foi ou é agente de mudança em seu trabalho? 
 
Quando nos comprometemos com o trabalho, estamos assumindo a responsabilidade 
sobre ele e saber que somos capazes de realizá-lo com excelência nos traz confiança, valorização e 
reconhecimento profissional. 
 
 
 
 
 
Para encerrar, veja a animação no link abaixo sobre trabalho em 
equipe: 
Trabalho em Equipe, Liderança e Motivação - Animações 
https://www.youtube.com/watch?v=XqvgSJQt_OI 
 
 
 
 
 
 
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Competência 04 
4.Competência 04 | Compreender a Importância da Boa Relação 
Interpessoal para Construção de uma Gestão Escolar Democrática 
Nesta semana você vai estudar sobre a importância da boa Relação Interpessoal para 
uma Gestão Democrática. 
 
O que você entende por Relação Interpessoal? 
Você acha que em seu ambiente de trabalho há boas relações interpessoais? 
Será que no ambiente escolar isso influencia em alguma coisa? 
Vamos ver? 
 
4.1 Relação interpessoal 
O que vem a ser Relação Interpessoal? 
 
Como o próprio termo já diz, é a relação entre duas ou mais pessoas. Sendo assim, as 
relações interpessoais ocorrem na família, no trabalho, na comunidade, nos ambientes de estudo; 
enfim, nos relacionamos em vários locais. 
É quase impossível convivermos no ambiente de trabalho todos os dias sem nos 
relacionarmos. Por mais difícil que seja a convivência entre algumas pessoas, por motivos diversos, 
há sim uma relação. Desta forma, devemos nos esforçar para mantermos boas relações no local de 
trabalho, uma vez que, além de passarmos muito tempo juntos todos os dias, o trabalho em si se 
torna mais produtivo e prazeroso. Quando há relação conflituosa, o lado profissional é afetado 
causando prejuízos emocionais e gerando baixa produtividade. 
Como já falamos sobre conflitos em outra semana, vamos em frente. 
É sabido que normalmente

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