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Um discurso sobre as ciencias na transição para uma ciencia pós-moderna

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
JOSÉ EDUARDO PINHEIRO MACHADO
RESUMO: UM DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS NA TRANSIÇÃO PARA UMA
SOCIEDADE PÓS-MODERNA
MATINHOS
2019
JOSÉ EDUARDO PINHEIRO MACHADO
RESUMO: UM DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS NA TRANSIÇÃO PARA UMA
SOCIEDADE PÓS-MODERNA
Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura em
Educação Física, Setor Litoral, Universidade
Federal do Paraná, a pedido da Professora da
matéria de Processo de Aprendizagem I.
Professora Dr. Suélen Barboza Eiras de Castro
MATINHOS
2019
UM DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS NA TRANSIÇÃO PARA UMA CIÊNCIA
PÓS-MODERNA
De acordo com o professor Santos, o paradigma dominantes surgiu e se
desenvolveu durante os seculos XVI e XIX, que versava sobre a ciências das coisas
naturais. Sua principal característica é a negação de todo conhecimento que não
tenha uma base científica e que não seja mensurável, como por exemplo o
conhecimento empírico, além de se manifestar contra pensamentos religiosos e
dogmas anteriores. Se basei no dualismo das ideias e tem como base de todas as
suas produções de conhecimento a matemática, que lhe serve de instrumento
básico para quantificar todos os dados por ela produzida. Formula leis que explicam
como determinada coisa funciona, mas não sabe o motivo, e nem tão-pouco o que
poderá dali se desenvolver, se concentra apenas naquele exato momento, não
levando em conta fatores externos (determinismo mecanicista).
Esse determinismo mecanicista foi colocado também para quantificar o
validar os dados das ciências sociais, e se deu de duas maneiras: aplicando o
mesmo modelo das ciências naturais as coias; e com desenvolvimento de modelo
próprio, a primeira aceita que existam diferenças entre os fenômenos naturais e os
sociais e que esta última demore mais a se desenvolver. A segunda
maneira/vertente leva em conta que a ação humana é subjetiva e com várias
particularidades, fazendo com que as ciências sociais adotem o método qualitativo,
e não o quantitativo.
Segundo o autor, o paradigma da ciência moderna vem apresentando traços
de que está entrando em crise. Ele aponta que ideias de pensadores como Newton,
Einstein e tantos outros cânones do passado vem apresentando contradições, pois
os instrumentos e os métodos da época já não seriam mais capazes de medir toda a
informação que vinha surgindo.
O autor ainda menciona o surgimento de um novo movimento científico, que
vem das mais novas ideias difundidas na época, agora passa a não se estudar o
momento mas além dele, o que causou tal momento e o desenrolar do mesmo.
Ainda afirma que o atual modelo científico tem se desregulado, onde os
cientistas transformaram-se em meros proletariados de grandes nações e empresas,
a informação produzida não traz bem-estar ou não pode ser aplicada no dia a dia da
população, não é uma ciência útil para a maioria das pessoas.
O sujeito, segundo o autor já não é mais a parte importante do estudo, e sim
o objeto; os estudos são separados por partes, que passam a integrar uma
totalidade, e cada parte com mais incontáveis problemas e dúvidas; o caráter
probabilístico das leis, considerando muitas poucas variáveis, chegando perto do
próximo e provisório; a natureza passa a ser considerada um automato, o que
prejudica o cientista ao reduzir o seu diálogo experimental.
Dados todas esses dados o autor afirma que o paradigma dominante está
em fase de transição, e apresenta um novo paradigma, que ele mesmo
desenvolveu, através de segundo ele mesmo “via especulativa”. 
Segundo ele, este novo paradigma gira em torno de três máximas: todo
conhecimento científico-natural é científico social: não há a separação das vertentes
do conhecimento e sim uma interdisciplinaridade entre todos os conhecimentos,
conhecimento esse tanto natural quanto científico, não sendo mais necessário a
quantificação do conhecimento, tão somente a sua qualificação; todo conhecimento
é local e total: o conhecimento será difundido de maneira que possa se aplicar ao
dia a dia, contará com conhecimento relativamente imetódico, a “pluralidade
metodológica”; todo conhecimento é autoconhecimento: para santos não há a
separação do sujeito e objeto nas ciências sociais/naturais, o conhecimento é usado
para o bem-estar do ser, de como ele pode interagir com a natureza de maneira
equilibrada. Desse ponto de vista entende que, mais do que controlado, o mundo
deve ser contemplado. 
Finalizando Santos considera que o paradigma emergente é ao mesmo
tempo científico e social, pois a partir desse tipo de conhecimento a pessoa passaria
a ter um conhecimento prudente para uma vida decente.
SANTOS, Boaventura de Souza. Um discurso sobre as Ciências na transição para
uma ciência pós-moderna. In: SANTOS, Boaventura de Souza. Estudo Avançados.
S. L.: S.n., 198-. p. 46-71. 
ALVES, Henrique Napoleão. Resumo: “Um discurso sobre as Ciências”, de
Boaventura Sousa Santos.2016. Disponível em:
<https://velhotrapiche.wordpress.com/2016/09/06/resumo-um-discurso-sobre-as-
ciencias-de-boaventura-sousa-santos/>. Acesso em: 18 maio 2019.