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A.F.Guimarães www.profafguimaraes.net Volume 1 A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 11 Questão 1 Dados dois vetores yx ˆˆ b e ,ˆˆ zx c determine cbcbcbcb e,25, . Resolução: Sejam os vetores unitários: Figura 1.1 Assim, teremos: xzyzxyyzxxx zyxzxyx zyxyzx xxzxyx zyxzxyx zyx ˆˆˆ,ˆˆˆ,ˆˆˆ,0ˆˆ ;ˆˆˆˆˆˆˆ 0ˆˆˆˆˆˆ ;1ˆˆˆˆˆˆ ˆ2ˆ5ˆ7ˆ2ˆ2ˆ5ˆ525 ˆˆˆ2 cb cb cb cb Questão 2 Dois vetores são dados como 3,2,1b e 1,2,3c . Determine: .,25, cbcbcbcb e Resolução: Utilizando os dados da Figura 1.1, teremos: 4,8,4 3221,1133,23121,2,33,2,1 101322311,2,33,2,1 13,6,1 2,4,615,10,51,2,323,2,1525 4,4,41,2,33,2,1 cb cb cb cb Questão 3 Aplicando o teorema de Pitágoras (versão comum bidimensional) duas vezes, mostre que o comprimento r de um vetor tridimensional zyx ,,r satisfaz 2222 zyxr . Resolução: Figura 3.1 Da figura 3.1, podemos observar que no plano xy, teremos: 222 yxrxy (3.1) Agora, utilizando 3.1, teremos para o comprimento do vetor: 222222 zyxzrr xy (3.2) Questão 4 Um dos muitos usos do produto escalar é na determinação do ângulo entre dois vetores dados. Determine o ângulo entre os vetores 4,2,1b e 1,2,4c através do cálculo do produto escalar entre eles. Resolução: Seja o produto escalar entre eles dado por: cos cbcb (4.1) A. F. GUIMARÃES MECÂNICA CLÁSSICA - VOLUME 1 xˆ yˆ zˆ x y z zz ˆ xx ˆ yy ˆ r A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 12 Em que θ é o ângulo entre os referidos vetores. Para seus respectivos módulos (magnitudes), teremos: 2112421421 222222 cb e (4.2) O produto escalar, por sua vez, é dado por: 121,2,44,2,1 cb (4.3) Utilizando os resultados (4.2), (4.3) em (4.1), teremos: 15,55 7 4 cos 7 4 coscos212112 1 (4.4) Questão 5 Determine o ângulo entre a diagonal do corpo de um cubo e qualquer uma das diagonais de suas faces. [Sugestão: escolha um cubo de lado 1 e com um dos vértices em 0 e o vértice oposto no ponto (1, 1, 1). Escreva o vetor que representa uma diagonal do corpo e o outro que representa a diagonal de uma face, e então determine o ângulo entre elas conforme a questão anterior.] Resolução: As magnitudes das diagonais do corpo e de uma das faces valem respectivamente 3 e 2 . Tomando o produto escalar teremos: 20,1,11,1,1 (5.1) Assim, utilizando o procedimento da questão anterior, teremos: 3,35 3 6 coscos232 (5.2) Questão 6 Utilizando o produto escalar, determine os valores do escalar s para os quais os vetores ysxysx ˆˆˆˆ cb e são ortogonais. (Lembre-se de que dois vetores são ortogonais se e somente se o produto escalar entre eles é zero.) Explique sua resposta esboçando um gráfico. Resolução: Calculando o produto escalar, teremos: 101 0ˆˆˆˆˆˆˆˆ 2 2 ss yysxxysxysxcb Conforme mostra o gráfico abaixo, os vetores se encontram em quadrantes distintos, ou seja o um dos vetores aponta na direção da reta xy e o outro na direção da reta xy . Figura 6.1 Questão 7 Mostre que as duas definições do produto escalar sr como iisrrs ecos são iguais. Uma maneira de mostrar é escolher o eixo x ao longo da direção r . [Estritamente falando, você deve primeiro se assegurar de que o somatório é independente da escolha dos eixos.] y z θ (1, 1, 1) (1, 1, 0) x x y xˆ yˆ yˆ A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 13 Resolução: Sejam os seguintes vetores: 3;ˆ,ˆ,ˆ;0,0,ˆ aszyxaarxa sr e (7.1) O cosseno do ângulo entre os vetores é dado por: 3 3 3 1 cos (7.2) Assim, utilizando os resultados (7.1) e (7.2) para o produto escalar, teremos: 2 3 1 3 aaa sr (7.3) Agora, utilizando o somatório: 2ˆ0ˆ0ˆˆ azayaxaxasr ii sr (7.4) Comparando os resultados (7.3) e (7.4), podemos concluir que: iisrrs cossr (7.5) Questão 8 (a) Use iisr para mostrar que o produto escalar é distributivo, isto é, vrurvur (b) Se sr e são vetores que dependem do tempo, mostre que a regra do produto para derivação de produtos se aplica a sr , ou seja, que srsrsr dt d dt d dt d Resolução: (a) Para o produto escalar teremos: vrurvur vur iiiiiiiiiii vrurvrurvur (8.1) (b) Seja o produto escalar: s rs rsr srsr dt d dt d s dt dr dt ds r dt d dt ds rs dt dr sr dt d dt d sr i ii i i ii i iiii (8.2) Questão 9 Em trigonometria elementar, você provavelmente aprendeu a lei dos cossenos para um triângulo de lados a, b e c, tal que cos2222 abbac , onde θ é o ângulo entre os lados a e b. Mostre que a lei dos cossenos é uma consequência imediata da identidade baba 2222 ba Resolução: A figura abaixo mostra a soma dos vetores a e b: Figura 9.1 Vamos determinar a magnitude da soma dos vetores: cos22 22222 2 abbaba baba bbabbaaabababa (9.1) Lembrando que coscos então, podemos escrever a leis dos cossenos a partir do resultado (9.1): cos2 2 222 2222 abba ba ba bababa (9.2) Questão 10 Uma partícula se move em um círculo (centro O e raio R) com velocidade angular constante ω, no sentido contrário aos ponteiros de um relógio. O círculo está sobre o plano xy e a partícula está sobre o eixos x no instante 0t . Mostre que a a b ba θ α A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 14 posição da partícula é dada por tRytRxt senˆcosˆ r . Determine a velocidade e a aceleração da partícula. Quais são a magnitude e a direção da aceleração? Relacione seu resultado com as propriedades bem conhecidas do movimento circular uniforme. Figura 10.1 De acordo com a figura 10.1, podemos encontrar o vetor posição de acordo com seus componentes nas respectivas direções, ou seja, x e y. tRytRxt senˆcosˆ r (10.1) Para a determinação da velocidade instantânea, temos: tRytRx dt td t cosˆˆ senrv (10.2) E para a aceleração: tRytRx dt td t sen22 ˆcosˆ va (10.3) De (10.2), temos: Rtv ttRtv 222 cos2sen (10.4) Agora, da expressão (10.3), teremos: 2 2222 cos Rta ttRta 2sen (10.5) A aceleração, de acordo com (10.3), aponta para o centro da curva, isto é, para O. Questão 11 A posição de uma partícula em movimento é dada como uma função do tempo por tcytbxt senˆcosˆ r , onde b, c e ω são constantes. Descreva a órbita da partícula. Resolução: Para cb , a partícula descreve uma órbita elíptica em torno da origem do plano xy. Com o eixo maior na direção de x. Caso contrário, o eixo maior estaria na direção de y. A distância do foco até a origem é dada por: 22 cbd (11.1) A excentricidade é dada por: b cb e 22 (11.2) Com o mesmo procedimento da questão anterior, teremos para a velocidade: tcytbxt cosˆˆ senv (11.3) E para a aceleração: tcytbxt sen22 ˆcosˆ a (11.4) A equação da elipse é dada por: 1 22 2 2 c y b x (11.5) E para o período do movimento da partícula 2 . Questão 12 A posição de uma partícula em movimento é dada como uma função do tempo por y A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 15 tvztcytbxt 0ˆˆcosˆ senr onde b, c, v0 e ω são constantes. Descreva a órbita da partícula. Resolução: No plano xy, a partícula descreve uma órbita elíptica, veja questão anterior. Ao longo da direção do eixo z, a partícula descreve um movimento uniforme. Logo, a órbita da partícula com relação ao um referencial na origem do três eixos coordenadas, será uma hélice elíptica com passo igual a 20 v . Figura 12.1 Questão 13 Seja u um vetor unitário fixo arbitrário e mostre que qualquer vetor b satisfaz 222 bubu b . Explique esse resultado em palavras, com o auxílio de uma figura. Resolução: Seja o vetor b segundo uma direção tal que forma um ângulo θ com um vetor unitário u , conforme mostra a figura abaixo. A expressão bu representa a magnitude do componente de b paralelo ao vetor unitário cuja magnitude vale cosb . A expressão bu representa um vetor de magnitude senb que é perpendicular ao plano formado pelos vetores bu e . Tal vetor tem a magnitude do cateto oposto ao ângulo θ mostrado na figura 13.1. Assim, aplicando o teorema de Pitágoras, teremos: 222 222 cos bubu b bbb sen (13.1) Questão 14 Mostre que para quaisquer dois vetores ba e , baba [Sugestão: expanda 2 ba e compare o resultado com 2ba ] Explique por que isso é chamado de desigualdade triangular. (Obs.: ba ba e ) Resolução: Para a expansão sugerida temos: 222 cos2 baba bababa (14.1) Em que θ é o ângulo entre os vetores. Do resultado (14.1), podemos concluir que: 22222 2cos2 bababababa (14.2) Assim, podemos escrever: baba baba oubaba 22 (14.3) Sejam os vetores ba e representados na figura 14.1. Pode-se perceber da figura que o comprimento AC do triângulo ABC é sempre menor, ou no máximo igual a soma dos comprimentos dos lados AB e BC. b u θ ⊙ senb cosb Figura 13.1 A C B θ a bba Figura 14.1 A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 16 Questão 15 Mostre que a definição: xyyxz zxxzy yzzyx srsrp srsrp srsrp Para o produto vetorial xrp é equivalente à definição elementar em que sr é perpendicular a ambos, com magnitude senrs e direção dada pela regra da mão direita. [Sugestão: é fato que (embora bastante difícil de provar) a definição acima é independente da nossa escolha de eixos. Portanto, você pode escolher eixos de forma que r aponte ao longo do eixo x e s esteja sobre o plano xy.] Resolução: Sejam os vetores ysxsyr yxy ˆˆˆ sr e . Assim, para o produto vetorial, teremos: zsr srsrsrp srsrp srsrp xy xyxyyxz zxxzy yzzyx ˆ 0 0 p (15.1) O resultado (15.1) mostra que o vetor resultante se encontra na direção do eixo z, que é perpendicular ao plano xy e aponta no sentido decrescente do referido eixo, conforme mostra a figura a seguir. Figura 15.1 A orientação do vetor resultante está de acordo com a regra da mão direita. Questão 16 (a) Definindo o produto escalar sr por 3 1 332211 n nnsrsrsrsr , mostre que o teorema de Pitágoras implica que a magnitude de qualquer vetor r é rr r . (b) Está claro que o comprimento de um vetor não depende da escolha dos eixos coordenados. Logo, o resultado do item (a) garante que o produto escalar rr , como definido anteriormente, é o mesmo para qualquer escolha de eixos ortogonais. Use isso para mostrar que sr é o mesmo para qualquer escolha de eixos ortogonais. [Sugestão: considere o comprimento do vetor sr ] Resolução: (a) Seja r o vetor representado na figura abaixo, com seus respectivos componentes, a saber, zyx rrr e, . O módulo de r , ou seja, sua magnitude será dada de acordo com o teorema de Pitágoras: 2222 zyx rrrr (16.1) De acordo com a definição de produto escalar dada acima, teremos: Figura 16.1 212 222 rrrr rr rrrrrrrrr zzyyxxzyx (16.2) (b) Considerando o vetor sr . Seu comprimento será: xˆ yˆ zˆ r s p y z x zr xr yr r A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 17 2222 zyx srsrsrsrsrsr sr 2 2 22 222222 sr srsrsrsssrrr srsrsrsrsrsr zzyyxxzyxzyx zzzzyyyyxxxx (16.3) Qualquer escolha de eixos ortogonais. Questão 17 (a) Mostre que o produto vetorial sr é distributivo, isto é, que vrurvur . (b) Mostre a regra do produto: srsrsr dt d dt d dt d Tenha cuidado com a ordem dos fatores. Resolução: (a) vrur rvur xxyyyx zzxxxzyyzzzy zzyyxx vurvur vurvurvurvur vuvuvu ;; ,, (17.1) (b) s dt ds r dt dr srsrsrsrsrsr dt d dt d xyyxzxxzyzzy , ;,,sr (17.2) Assim, seguindo a regra do produto para cada componente de produto vetorial, teremos: dt d dt d srsrsrsr dt d yzyzxyzy s rs r sr ; (17.3) Ou ainda, srsrsr dt d dt d dt d (17.4) Questão 18 Os três vetores cb,a, são os três lados de um triângulo ABC com ângulos ,, conforme figura abaixo. (a) Mostre que a área do triângulo é dada por qualquer uma destas três expressões: accbba 2 1 2 1 2 1 Área (b) Use a igualdade dessas três expressões para mostrar a chamada lei dos senos, cba ceba sen c sen b sen a ,, Resolução: (a) A área de um triângulo é obtida tomando a magnitude de sua base multiplicada pela magnitude de sua altura e dividindo por dois. Assim, tomando o vetor b como sendo a base, pode-se tomar a magnitude da projeção vertical do vetor a, por exemplo. Logo: ba 2 1 2 1 2 1 senabsenabÁrea (18.1) Ou ainda, pode-se adotar outro vetor como base e utilizar a projeção de outro vetor em uma direção perpendicular ao primeiro. (b) Utilizando as duas primeiras igualdades das expressões da área, teremos: sen c sen a sencbsenba cbba (18.2) E assim, por diante. ac b A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 18 Questão 19 Se avr e, denotam posição, velocidade e aceleração de uma partícula, mostre que: rvarva dt d Resolução: Utilizando o resultado da questão 8, teremos: rvarvarva dt d dt d dt d (19.1) Agora, utilizando o resultado (17.4): raravvrvrvrv dt d dt d dt d (19.2) Em que 0 vv . Substituindo o resultado de (19.2) em (19.1), teremos: rvaraarva dt d dt d (19.3) Mas, em (19.3), 0 raa , pois tais vetores são perpendiculares entre si. Logo: rvarva dt d dt d (19.4) Questão 20 Os três vetores CBA, e apontam da origem O para os vértices de um triângulo. Use o resultado da questão 18 para mostrar que a área do triângulo é dada por: BAACCB 2 1 triângulodoárea Resolução: Considere a figura 20.1 em que os vetores CBA, e apontam para os vértices do referido triângulo. Figura 20.1 De acordo com o resultado da questão 18, a área do triângulopode ser encontrada com a seguinte relação: CABC 2 1 trianngulodoar rea (20.1) Utilizando as propriedades de produtos de vetores, temos: BABCAC CBCABCCABC (20.2) Utilizando (20.1) e (20.2), teremos: BAACCB 2 1 triângulodoárea (20.3) Questão 21 Um paralelepípedo (um sólido de seis faces com as faces opostas paralelas) tem um vértice na origem O e as três arestas que partem de O definidas pelos vetores cb,a, . Mostre que o volume do paralelepípedo é cba . Resolução: Sejam os vetores: zaycxb ˆˆ,ˆ acb e . Assim, o produto vetorial zcb ˆcb será paralelo ao vetor a, em que cb representa a magnitude da área da face. O volume é dado pelo produto da altura, vetor a, pela área da face, logo: cba Vol (21.1) A B C CA BC y xO A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 19 Questão 22 Os dois vetores a e b estão sobre o plano xy e fazem ângulos e com o eixo x. (a) Calculando ba de duas formas [a saber, usando 3 1 332211cos n nnsrsrsrsrsr sr ], mostre a identidade trigonométrica bem conhecida sensen coscoscos (b) Calculando similarmente ba , mostre sensensen coscos . Resolução: A figura 22.1 mostra a disposição dos vetores no plano xy. Figura 22.1 (a) Para o produto escalar, temos: sensen sensen coscoscos coscos cos 2211 ab baba abba (22.1) Em que: sen sen bbb aaa bbb aaa y y x x 2 2 1 1 ; ;cos ;cos (22.2) (b) Para o produto vetorial: sensensen sensen sen coscos coscos 2112 ab baba abba (22.3) Questão 23 O vetor desconhecido v satisfaz vb e cvb , onde cbe, são fixos e conhecidos. Determine v em termos de cbe, . Resolução: Tomando o produto vetorial, temos: cbvbbcvb (23.1) Vamos utilizar em (23.1) a seguinte propriedade: BACCABCBA (23.2) Logo: bbvvbbvbb (23.3) De (23.1) e (23.3) temos: 2 2 b b cbb v cbvb cbbbvvbb (23.4) Questão 24 Caso você não tenha estudado nada sobre equações diferenciais anteriormente, introduzirei as ideias necessárias à medida das necessidades. Aqui, temos um simples exercício para você iniciar: determine a solução geral da equação diferencial de primeira ordem fdtdf para uma função desconhecida tf . [Há várias formas de se fazer isso. Uma é reescrever a equação como dtfdf e então integrar ambos os lados.] Quantas constantes arbitrárias a solução geral contém? [Sua α β x y a b O A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 110 resposta deve ilustrar o importante teorema de que a solução para qualquer equação diferencial de ordem n (para uma classe muito ampla de equações “razoáveis”) contém n constates arbitrárias.] Resolução: De acordo com a sugestão temos: ttCCt Aefeefef CCtf dt f df dt f df arbitrar riaconstante:;ln (24.1) Em que CeA . Para essa equação de 1º ordem temos uma constante arbitrária. Questão 25 Responda como a questão anterior, a seguinte equação diferencial: fdtdf 3 . Resolução: Seguindo os passos da questão 24, teremos: tAef Ctf dt f df f dt df 3 3ln 33 (25.1) Em que CeA . Questão 26 A marca de um referencial inercial é que qualquer objeto que esteja sujeito a uma força resultante nula irá percorrer uma trajetória retilínea com velocidade constante. Para ilustrar isso, considere o seguinte: estou em pé no plano da origem de um referencial inercial S e chuto um bloco sem atrito na direção norte ao longo do plano. (a) Escreva as coordenadas x e y do bloco como função do tempo de acordo com o referencial inercial. (Use os eixos x e y apontando para leste e norte, respectivamente.) Agora, considere dois observadores, o primeiro em repouso no sistema S’ que se desloca com velocidade constante v na direção leste com respeito a S, o segundo em repouso no sistema S’’ que se desloca com aceleração constante na direção leste com respeito a S naquele exato momento.) (b) Determine as coordenadas x’ e y’ do bloco e descreva a trajetória do bloco conforme visto de S’. (c) Faça o mesmo para S’’. Qual dos referenciais é inercial? Resolução: Figura 26.1 A figura 26.1 mostra as direções solicitadas na questão. (a) Seja 1v a velocidade do bloco com relação à origem de S. Assim, teremos: Figura 26.2 tvyx 111 0 e (26.1) (b) Agora com relação ao referencial S’. Para esse referencial, o bloco possui dois componentes de velocidade, a saber: a velocidade no eixo y, 1v , e velocidade no eixo x, v , para o oeste. Assim, teremos: tvyvtx 111 e (26.2) O y x 1v Trajetória com relação ao referencial S. A.F.Guimarães Volume1 www.profafguimaraes.net Mecânica Clássica - 111 Utilizando as expressões em (26.2), teremos a equação da trajetória do bloco com relação ao referencial S’: 1 1 1 xv v y (26.3) E a velocidade relativa do bloco para o referencial S’ é dada por: 22 1 11 vvv vvvvv r r (26.4) A figura 26.3 mostra a trajetória para o referencial S’. Figura 26.3 (c) Referencial S’’. O bloco terá uma aceleração na direção do eixo x apontando para o oeste, ou seja, a . Logo, para as coordenadas teremos: tvy at x 11 2 1 2 e (26.5) Isso nos fornece a equação da trajetória do bloco para o referencial S’’, um arco de parábola: 2 1 2 1 1 2 v ya x (26.6) Além disso, o bloco terá velocidade na direção de x, para o oeste, dada por: atvx (26.7) A velocidade do bloco com relação ao referencial S’’ será dada por: 2211 atvvvvv rxr (26.8) A figura 26.4 mostra a trajetória do bloco com relação ao referencial S’’. Figura 26.4 Das figuras 26.2 e 26.3, podemos concluir que os referenciais S e S’ são inerciais. E da figura 26.4, podemos concluir que o referencial S’’ não é inercial. Trajetória com relação ao referencial S’. O y’ x’v 1v Trajetória com relação ao referencial S’’. O y’’ x’’a 1v www.profafguimaraes.net