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Coledocolitíase Epidemiologia Não segue tanto a regra dos 5 Fs. Geralmente pacientes na quinta ou sexta décadas de vida, afetando igualmente homens e mulheres. 10% dos pacientes com colelitíase (migra para colédoco). Tipos ➔ Primária: cálculos são do próprio colédoco. São marrons, moles, amorfos e não possuem matriz cristalina. ➔ Secundária: cálculos oriundos da vesícula. Têm forma definida e matriz cristalina e são endurecidos. Podem ser de colesterol, cálcio ou mistos. Os cálculos podem flutuar (história normal do cálculo do colédoco), obstruir o fluxo da bile (parte distal do colédoco tem o menor calibre) ou passar para o duodeno. Quadro clínico ➔ Se obstruir, o paciente vai ter sintomas e sinais de colestase extra-hepática = icterícia, acolia e colúria. Isso é o que diferencia da colecistite. ➔ Tem dor em HCD, mas não é em cólica (colédoco não faz peristaltismo). ➔ Pode ter pancreatite aguda associada/como complicação e colangite (bactérias). Diagnóstico • Quadro clínico + laboratório + imagem (CR). Tratamento o Endoscópico: é o preferível. Tenta remover o cálculo pela CPRE. o Papilotomia endoscópica e depois coloca dreno em T (de Kehr). o Cirúrgico: se não tem endoscopia ou material. o Coledocolitotomia: retira cálculo por laparotomia. Deixa dreno depois. o CL + anastomose bilio-digestiva (duodeno/jejuno): se o colédoco estiver muito dilatado (> 2 cm). Faz isso pra permitir passagem de futuros cálculos. o Se suspeita de cálculo secundário, tem que tirar vesícula. Complicações • Colangite: infecção do conteúdo da via biliar. • Abscesso hepático, geralmente resultado da colangite. • Cirrose biliar: se o fígado ficar muito tempo obstruído. • Pancreatite: cálculo que obstrui também o ducto pancreático. • Hemobilia (raro): sai sangue junto com a bile, o paciente tem melena. • Papilite. Doença causada por cálculos na via biliar principal (ducto hepático e ducto colédoco). Laboratório Enzimas canaliculares alteradas (GGT, FA). Se algum grau de colangite: altera enzimas hepáticas. FA é o melhor preditor para coledocolitíase, é a enzima que mais altera na obstrução. Imagem • USG = em geral não mostra cálculo no colédoco, tem baixa acurácia, porque ele está atrás do duodeno. • CPRE = quase não faz mais para diagnóstico, é mais para terapia. Pode dar uma pancreatite pós-CPRE. • Colangiorressonância = padrão ouro. Sem radiação e não invasivo. o Colédoco normal: até 4 mm (6 mm em longilíneos).
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