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1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA CENTRO MULTIDICIPLINAR DE ANGICOS CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ONDAS E TERMODINÂMICA COMPONENTES: ALEX MULLER ARAUJO DUMONT AMANDA KAROLINE VARELA DE MEDEIROS ANDRÉ LUCAS BARBALHO DE OLIVEIRA BRUNO DE LIMA MEDEIROS MARCOS VINICIUS AVELINO GOMES WILLIAM IRAI SOARES DA SILVA PRÁTICA 09 MOVIMENTO PERIÓDICO – PÊNDULO SIMPLES PROFESSOR MARCELO NOBRE DOS SANTOS BESERRA 30 DE AGOSTO DE 2018 2 1. INTRODUÇÃO Nosso mundo está repleto de oscilações, nas quais os objetos se movem repetidamente de um lado para o outro. Muitos são simplesmente curiosos ou desagradáveis, mais outros podem ser perigosos ou economicamente importantes. Um Pêndulo Simples é formado por uma partícula que oscila suspensa por um fio de massa desprezível. Para pequenos ângulos, a oscilação do pêndulo pode ser modelada por um movimento harmônico simples. O pêndulo simples é uma classe de oscilador harmônico no qual a força de retorno está associada á gravitação e não às propriedades elásticas de um fio. [1] O estudo e o controle das oscilações são dois objetivos importantes para o nosso experimento e são importantes no estudo da Física e da engenharia. Vamos discutir um tipo básico de oscilação conhecido como Movimento Harmônico Simples em um Pêndulo Simples. O experimento é de extrema importância para se observar na prática como funciona o movimento Periódico em um Pêndulo Simples além disso depois de ver esse assunto seremos capazes de conhecer, associar e descrever o movimento de um oscilador harmônico angular simples e conhecer a sua relação com o os dados analisados. [1] Com o experimento realizado no laboratório espera-se obter o máximo de informações possíveis para que se possa comprovar a teoria através da prática e descrever o movimento de um pêndulo simples, usando os devidos equipamentos necessários para saber aplicar e explicar qual é a relação do movimento harmônico simples em um pêndulo simples de acordo com os conceitos de Física. Os objetivos principais é investigar o movimento harmônico simples em um pêndulo simples e saber determinar a aceleração da gravidade e verificar que o período é independente da massa. Os vários conceitos e as amplas relações entre esse tipo de movimento com a física nos levam a aprofundar cada vez mais o nosso conhecimento sobre o assunto e esperamos ter ao máximo passado nosso aprendizado. 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Um pêndulo simples é definido como uma massa m suspensa por um fio de comprimento L e massa desprezível em relação ao valor de m (veja na figura ao lado). Se afastarmos de um deslocamento d de sua posição de equilibrio e então abandonarmos este corpo, o pêndulo começa a oscilar em torno da posição de equilbrio, por uma componente da força peso na direção do movimento. A trajetória deste movimento é o comprimento de um arco de uma circunferência de raio L. O periódo T é o tempo necessário para a massa m percorrer uma volta completa. Na decomposição de forças, como mostrado ao lado, podemos mostrar que: 𝑷𝒚 = 𝒎𝒈 𝒄𝒐𝒔𝜽 e 𝑷𝒙 = 𝒎𝒈𝒔𝒆𝒏𝜽 , pela segunda lei de Newton: Movimento na direção 𝑦: 𝑚𝑎𝑦 = 𝑇 − 𝑚𝑔 𝑐𝑜𝑠𝜃 , como 𝑎𝑦 = 0 , então 𝑇 = 𝑚𝑔 𝑐𝑜𝑠𝜃;[2] Movimento na direção 𝑥: 𝑚𝑎𝑥 = 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 , como 𝑎𝑥 = 𝑑 2𝑥/𝑑𝑡2 e ainda 𝑥 = 𝜃𝐿 e para ângulos pequenos podemos aproximar 𝑠𝑒𝑛𝜃 ≈ 𝜃 . Assim, a equação para o movimento da massa 𝑚 para pequenos ângulos é dada por: 𝒅𝟐𝜽/𝒅𝒕𝟐 + 𝒈𝒍𝜽 = 𝟎 A solução desta equação é 𝜃(𝑡) = 𝜃𝑚á𝑥 𝑐𝑜𝑠 (𝜔𝑡 + 𝜙), onde 𝜃𝑚á𝑥 é o valor da amplitude angular máxima, 𝜑 é uma fase, 𝜔 é a frequência angular dada por: Ainda podendo ser relacionada com o período de oscilação, pois 𝑇. 𝜔 = 2𝜋 então: [2] 4 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Primeiramente montamos um pêndulo simples com um dos pesos cilíndricos, com 𝐿 ≈ 30 𝑐𝑚 (0,3 𝑚). Movemos a massa de sua posição de equilíbrio de uma distância 𝑑, ou simplesmente de um ângulo que não excedesse 15°. Soltamos a massa e ela oscilou em torno de sua posição de equilíbrio, medimos o tempo que esta levou para começar a repetir o movimento, ou seja, o período 𝑇 da oscilação. Um melhor resultado foi obtido medindo o tempo de 5 (cinco) períodos de oscilação, o período será este valor dividido por 5. Para a realização da prática com o valor de 𝑑, calculamos o ângulo através da relação 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑑 / 𝐿 (olhe a Figura 01). Anotamos estes valores na Tabela 01 e repetimos este procedimento 4 vezes, calculamos a média destes períodos, 𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜, e com a Equação 03, calculamos a aceleração gravitacional 𝑔. Para um mesmo comprimento 𝐿 e uma mesma massa 𝑚, medimos os períodos para vários valores da distância 𝑑, o que foi o caso, mas podia também medir para vários ângulos 𝜃 (não excedendo 15°). Para uma mesma distância 𝑑, ou um mesmo ângulo 𝜃 (não excedendo 15°) e uma mesma massa 𝑚, medimos os períodos 𝑇 para vários comprimentos 𝐿. Para um mesmo comprimento 𝐿 e um mesmo ângulo 𝜃, de nossa preferência (não excedendo 15°), variamos o valor da massa 𝑚 e medimos o período de oscilação 𝑇. Assim, respectivamente, preenchemos as Tabelas 2,3 e 4 que faltavam. MODELO DO EXPERIMENTO. MATERIAL UTILIZADO • Fio inextensível; • Pesos de massas diferentes; • Régua ou trena; • Cronômetro. 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Seguindo o procedimento experimental conseguimos preencher as Tabelas a seguir: L = 0,3 m m = 0,02435 kg # d(m) 𝜽 T(s) 1 0,02 3,82° 1,02 2 0,05 9,59° 1,07 3 0,07 15,00° 0,88 4 0,08 15,46° 1,20 TABELA 02 L = 0,3 m 𝜽 = 12,22° # T(s) 1 1,01 2 0,99 3 0,80 4 0,93 Tmédio = 0,932s g = 13,63 m/s² TABELA 01 𝜽 = 12,22° m = 0,02435 kg # L(m) d(m) T(s) 1 0,32 0,065 0,942 2 0,35 0,075 1,034 3 0,34 0,073 1,084 4 0,37 0,079 1,126 TABELA 03 L = 0,3 m 𝜽 = 12,22° # m(kg) T(s) 1 0,024 1,01 2 0,030 0,992 TABELA 04 CÁLCULOS AUXILIARES Para descobrir a gravidade da Tabela 01: Para descobrir o ângulo através da distância na Tabela 2: Utilizando T = 0,932s L = 0,3 m 0,932 = 2𝝅 √ 𝟎,𝟑 𝒈 → (0,148) ² = 𝟎,𝟑 𝒈 𝟎, 𝟎𝟐𝟐 . 𝒈 = 𝟎, 𝟑 𝒈 = 𝟎,𝟑 𝟎,𝟎𝟐𝟐 = 𝟏𝟑, 𝟔𝟑 𝐦/𝐬² Utilizando 𝒅 = 𝑳 . 𝐬𝐢𝐧 𝜽 L = 0,3 m 𝑑1 = 0,02 𝑚 𝑑2 = 0,05 𝑚 𝑑3 = 0,07 𝑚 𝑑4 = 0,08 𝑚 Nós fizemos direto na calculadora usando o arco seno; 0,02 0,3 = sin 𝜃 = 3,82° 0,05 0,3 = sin 𝜃 = 9,59° 0,07 0,3 = sin 𝜃 = 15° 0,08 0,3 = sin 𝜃 = 15,46° 6 OBS: A equação 𝒅 = 𝑳 . 𝐬𝐢𝐧 𝜽 também foi usada na Tabela 3, tendo o ângulo e a distância(d) fixos, alterando só o L(m). Em vista, foi o mesmo procedimento. QUESTIONÁRIO 5.1 A partir dos valores obtidos na Tabela 02, comente sobre a dependência do período com o ângulo. 5.2 Faca o gráfico de 𝑻 (ordenada) versus 𝑳𝟏/𝟐 (abscissa) com os dados da Tabela 03. Através do método da regressão linear calcule os parâmetros 𝒂 e 𝒃 da reta 𝒚 = 𝒂𝒙 + 𝒃. Sabendo que 𝒈 = ( 𝟐𝝅 𝒂 ) 𝟐, calcule a aceleração da gravidade. Valores que foram usados para construção do GRÁFICO: 𝑳𝟏/𝟐(m) 𝑻(𝒔) 0,566 0,942 0,591 1,034 0,583 1,04 0,608 1,126 Gráfico do Período (T) versus o Comprimento modificado (L1/2) O período depende do comprimento do cordão e a aceleração devido a gravidade, então notou-se que quando o ângulo aumenta gradualmente o período também aumenta de forma proporcional, ou com valores aproximados. 7 REGRESSÃO LINEAR X Y X . Y X2 0,566 0,942 0,533172 0,320356 0,591 1,034 0,611094 0,349281 0,583 1,04 0,60632 0,339889 0,608 1,126 0,684608 0,369664 𝛴x= 2,348 𝛴y= 4,142 𝛴x.y= 2,435194 𝛴x2= 1,37919 a = 2,435194 – 1/4 x 2,348 x 4,142 1,37919 – 1/4 x (2,348)2 a= 2,435194 – 2,433154 0,000914 a= 0,00384 0,000914 = 4,2 b = 4,142 – 4,2 x 2,348 = -1,43 4 y = 4,2x – 1,43 a = 4,2 e b = - 1,43 CÁLCULO PARA DESCOBRIR A GRAVIDADE: 𝒈 = ( 𝟐𝝅 𝒂 ) 𝟐 → 𝒈 = ( 𝟐 . 𝟑, 𝟏𝟒 𝟒, 𝟐 ) 𝟐 → 𝒈 = 𝟗, 𝟒 𝒎/𝒔² 8 5.3 Uma massa de 𝟏𝟓𝟎 𝒈 é concentrada na ponta de um fio inextensível de comprimento 𝟏, 𝟓 𝒎, sabendo que 𝒈 = 𝟗, 𝟖 𝒎/𝒔𝟐 calcule o período de oscilação e a frequência angular deste pêndulo para pequenos ângulos. 𝑇 = 2𝜋 . √ 𝐿 𝑔 → 𝑇 = 2𝜋 . √ 1,5 9,8 → 𝑇 = 2,46 𝑠 𝜔 = 2𝜋 𝑇 → 𝜔 = 2𝜋 2,46 → 𝜔 = 2,55 𝑟𝑎𝑑/𝑠 5.4 A partir dos valores obtidos na Tabela 04, comente sobre a dependência do período com a massa 𝒎. Notou-se que o período diminui com o aumento da massa, também de forma proporcional. 5.5 Um pêndulo simples, de comprimento 𝑳 e massa 𝒎, oscila com amplitude angular 𝜽. Quais são os pontos onde as energias cinéticas e potenciais são mínimas e máximas? 5.6 Dê um exemplo de pêndulo simples visto em nosso cotidiano. Os ponteiros de um relógio, um balanço de criança num parquinho, barcos oscilando no cais, os pneus de um veículo em movimento, a órbita da Terra em seu próprio eixo. A energia de um oscilador se alterna entre as formas cinética e potencial, onde sua soma é a energia mecânica. A energia cinética é máxima no ponto mais baixo e nula no ponto mais alto. Já a energia potencial é nula no ponto mais baixo e máxima no ponto mais alto. [3] 9 5. CONCLUSÕES Analisando todos os resultados possíveis podemos concluir que o movimento periódico em um pêndulo simples pode ser calculado e demonstrado na prática junto com a teoria, observamos que a falta de precisão dos materiais utilizados mudou um pouco o resultado da gravidade, chegando a um valor muito aproximado. Em nossa análise tivemos intervenções no tempo visto que pode ter sido influenciado pelas oscilações devido ao cronômetro não ser tão preciso na hora de medir os tempos, por isso, esse valor desproporcional foi aceito de forma esperada pelo grupo de acordo com as interferências no decorrer das medições. Também concluímos que as forças que agem sobre o peso são a força gravitacional e a tenção do fio e a componente tangencial da força gravitacional é a força restauradora que tende a levar o pêndulo de volta para a posição central. 10 6. REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Fundamentos de Física, volume 2: gravitação, ondas e termodinâmica / David Halliday, Robert Resnick, Jearl Wolker; tradução Ronaldo Sérgio de Biasi, - 10ª ed. – Rio de Janeiro: LTC; 2016. [2] Sears & Zemansky, Young & Freedman, Física ll, Ondas e Termodinâmica, 12ª Edição, Person 2008. [3] CARDOSO TONIOL, Lucas. Movimento Harmônico Simples : Física Movimento Harmônico Simples. 2010. Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/fisica/movimento-harmonico-simples>. Acesso em: 27 ago. 2018.