Buscar

Relatório Análitico de Instrumental Técnico Operativo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

MEMORIAL DESCRITIVO E ANALÍTICO DO INSTRUMENTAL TÉCNICO 
OPERATIVO UTILIZADO NO CAMPO DE ESTÁGIO 
ESTÁGIO III 
 
Joicimar Pereira de Oliveira Costa 
Prof. Orientador Rita de Amaral Sampaio 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso/Habilitação (SES 0379) – Estágio III 
17/04/2019 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este relatório tem o objetivo de exibir os instrumentos técnicos operativos 
utilizados durante o período dos estágios I, II e III no Centro de Referência de 
Atendimento à Mulher em Situação de Violência-CRAMSV, na área especifica do 
atendimento social, localizado na Casa da Mulher Brasileira. Os instrumentos são os 
materiais utilizados pelos profissionais de serviço social, para realizar um trabalho com 
referencial teórico e colocar em prática as técnicas adquiridas durante o estudo. 
Desse modo, “Na medida que os profissionais utilizam, criam, adequam as 
condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das 
intencionalidades, suas ações passam a ser portadoras de instrumentalidade” (GUERRA, 
2000a, p. 53) 
A profissional de serviço social é responsável por realizar um atendimento sócio 
familiar, de forma a intervir na questão social, para auxiliar na superação e no impacto da 
violência sofrida, e para resgatar a autoestima, autonomia e cidadania das mulheres que 
sofreram violência doméstica. 
Para Battini (2004), enquanto a instrumentalidade é a propriedade de determinado 
modo de ser que uma profissão constrói dentro das relações sociais, no confronto entre 
as condições objetivas e subjetivas do exercício profissional, os instrumentais se referem 
ao conjunto de instrumentos e técnicas que compõem uma prática profissional cotidiana. 
O Projeto Ético-Político do Serviço Social traz implícitas a instrumentalidade da 
profissão e as mediações necessárias para a construção da totalidade, não como simples 
soma de partes, mas no complexo movimento da realidade. Neste relatório irei expor os 
instrumentos utilizados em todo o trabalho realizado durante o estágio realizado no 
serviço social com base na realidade do dia a dia no Centro de Referência de 
Atendimento à Mulher em Situação de Violência-CRAMSV. 
Qualquer que seja um trabalho social possui instrumentalidade construída e 
reconstruída durante sua trajetória profissional. A instrumentalidade na realização da 
atividade profissional do assistente social é a capacidade de se construir e se reconstruir 
no processo sócio histórico. 
 
2 RELATO E ANÁLISE DOS INSTRUMENTAIS TÉCNICOS OPERATIVOS 
UTILIZADOS NO CAMPO DE ESTÁGIO 
 
O cotidiano do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de 
Violência, especificamente no serviço social, é sempre carregado de contradições às 
quais a assistente social vende sua força de trabalho, frequentemente exige de nós 
respostas rápidas e pragmáticas às demandas apresentadas, possibilitando o 
encontro do eixo articulador entre teoria e prática. 
A profissional de Serviço Social está qualificada para atuar nas diversas áreas 
ligadas à condução das políticas sociais públicas, tendo como objetivo responder às 
demandas dos usuários dos serviços prestados, afim de garantir atendimento 
humanizado e efetivação dos direitos. 
Os instrumentos que utilizamos durante o período do estágio no serviço social, 
foram adquiridos com base teóricas, metodológicas, técnicas e éticopolíticas como um 
conjunto articulado permitindo a operacionalização. 
Segundo Sousa (2008, p. 131), “o instrumental é o resultado da capacidade 
criativa e da compreensão da realidade social, para que alguma intervenção possa ser 
realizada com o mínimo de eficácia, responsabilidade e competência profissional”. 
Os instrumentais que foram utilizados durante todo o estágio do serviço social, 
foram: acolhimento, observação, entrevista, escuta qualificada, parecer, 
encaminhamentos, ficha de evolução, reunião, relatórios quantitativos, diários de 
campo, projeto de intervenção entre outros. 
É evidente que para executar um tipo de intervenção social, torna-se primordial 
a articulação do profissional com as dimensões teórico metodológico, técnico operativo 
e ético político. A profissional de serviço social por meio do seu trabalho, realiza suas 
abordagens e utiliza o instrumental numa visão ética política, coligando as outras 
dimensões da prática profissional. 
Durante o estágio I dentro do serviço social do CRAMSV, usou-se a 
observação e anotação dos casos que foram atendidos, no estágio II houve a 
oportunidade de ter acesso aos relatórios quantitativos e no estágio III realizamos a 
entrevista em atendimento com o auxílio da supervisora de campo. 
 
2.1 ACOLHIMENTO 
 O acolhimento social é um processo de intervenção profissional da assistente 
social, que envolve a escuta social qualificada, e que tem por objetivo identificar o 
problema de determinada situação no âmbito individual ou coletivo, tem como objetivo 
a proteção física e emocional dos usuários e seus dependentes, a articulação com a 
rede de serviços da assistência social e do Sistema de Justiça, a superação da 
situação vivida por meio do resgate da autonomia. 
Durante o período do estágio no serviço social do CRAMSV, acolhemos muitas 
mulheres em situação de violência doméstica, em alguns casos encaminhamos para a 
Casa Abrigo pelo motivo de estar correndo situação de risco de vida sob diretrizes da 
casa. 
 
2.2 OBSERVAÇÃO 
Consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato ou 
conhecimento que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do trabalho da 
assistente social. 
“é encontrar os caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É um 
processo mental e, ao mesmo tempo, técnico” (Souza 1991, p.184 apud Ruaro e 
Lazzarine, 2009, p. 63). 
Durante o estágio I dentro do serviço social no CRAMSV, observamos como 
fazer a abordagem e como realizar uma escuta qualificada sem comprometer o 
atendimento e revitimizar as usuárias que passaram pelo atendimento social. 
 
2.3 ENTREVISTAS 
Técnica utilizada pelos profissionais de Serviço Social, junto aos usuários para 
um levantamento e registro de informações visando compor a história de vida, definir 
procedimentos metodológicos e colaborar no diagnóstico social, a entrevista tem o 
objetivo de colher informações sobre os usuários. 
“a entrevista é um ato do qual devem participar no mínimo duas pessoas ou 
mais, onde se busca compreender, identificar ou constatar uma determinada situação” 
(Ruaro; Lazzarine, 2009, p. 74). 
Durante o estágio III no atendimento social do CRAMSV, realizamos a 
entrevista com as usuárias juntamente com a supervisora de campo, nesta fase 
pudemos sentir a sensibilidade de cada usuária bem como mais experiencia da rotina 
do serviço social. 
 
2.4 ESCUTA QUALIFICADA 
Ser assistente social exige capacidade para se relacionar com seres humanos, 
saber ouvi-los, investigar a realidade social em que o usuário está inserido com o 
compromisso ético-político. 
“À habilidade da escuta, é um questionamento e observação do que não é dito, 
mas que se configura no sujeito para quem se dirige o trabalho do assistente social.” 
(Lewgoy e Silveira, 2007, p.237) 
Por todo período do estágio no atendimento social, utilizamos essa ferramenta 
para observar as demandas que chegavam. 
 
2.5 PARECER 
É um documento onde o profissional de serviço social, vai realizar uma análise 
com base nos seus conhecimentos teóricos e dos dados coletados para a partir desta, 
fornecer sua opinião a respeito do assunto por ele estudado. 
“É uma avaliação teórica e técnica realizada pelo Assistente Social dos dados 
coletados.” (SOUSA, 2008, p.130). 
Durante o estágioIII no atendimento social, tivemos a oportunidade de utilizar 
este instrumento realizando o parecer em ficha individual dos atendimentos que 
participamos. 
 
2.6 ENCAMINHAMENTO 
É um procedimento de articulação do serviço social com outros serviços de 
rede a partir da necessidade do usuário com a oferta de serviços oferecidos, sendo 
que os encaminhamentos devem ser sempre formais e sair do atendimento social. 
No estágio III no atendimento social do CRAMSV, encaminhamos algumas 
usuárias para o CREAS, com o objetivo de atendimento multidisciplinar com a equipe 
competente, haja visto que o CREAS tem um suporte de atendimento para toda 
família. 
 
2.7 FICHA DE EVOLUÇÃO 
A finalidade deste instrumento é deixar registrado a evolução do caso que já 
teve o primeiro atendimento social, fica assim anotado em ficha anexa, todo 
procedimento realizado pelo profissional de acordo com a quantidade de vezes que o 
usuário retornou e suas necessidades. 
 Durante o período do estágio III no atendimento social, registrei algumas fichas 
de evolução, informando sobre estado da usuária e verificando a necessidade de 
intervenção do profissional para um novo encaminhamento de rede ou atendimento 
interno no CRAMNSV. 
 
2.8 REUNIÃO 
A reunião é um instrumento presente no cotidiano de trabalho do assistente 
social, seja na atuação com grupos, nos encontros com usuários das políticas públicas 
ou nas reuniões de equipe, tem como característica, promover e intervir em espaços 
coletivos provocando uma reflexão crítica. 
“Assim como a dinâmica de grupo, as reuniões são espaços coletivos, 
encontros grupais tem como objetivo a tomada de uma decisão sobre algum assunto”. 
(Sousa, 2008, p.127). 
Durante o período do estágio no CRAMSV dentro do serviço social, 
participamos de reuniões com equipes externas e internas com a proposta de articular 
serviços em rede e estruturar a rotina da casa entre as equipes de trabalho. 
 
2.9 RELATÓRIOS QUANTITATIVOS 
São documentos onde a assistente social, registra as informações, 
observações, pesquisas, investigações, fatos, e que varia de acordo com o assunto e 
as finalidades, é utilizado para importante decisões no âmbito do serviço social. 
“Os relatórios são bastante utilizados na prática profissional do assistente 
social porque serve como registro importante capaz de subsidiar decisões”. (Lopes 
2010). 
No período do estágio dentro do serviço social do CRAMSV, fiz alguns 
relatórios conforme as diretrizes da casa e sob orientação da supervisora de campo. 
 
REFERÊNCIAS 
 
Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – CRAMSV 
 
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1995. 
 
Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS 
 
BATTINI, Odária. A dimensão técnico-operativa no exercício profissional do assistente 
social. Texto elaborado para o Curso de Atualização sobre a Instrumentalidade no 
Trabalho do Assistente Social, realizado na PUCPR em junho de 2001. Mimeo. 
 
RUARO, Gisele de Cassia Galvão; LAZZARINE Juliana Maria. Estratégias, técnicas e 
instrumentos da ação profissional I. Indaial: Uniasselvi, 2009. 
 
LEWGO Y, Alzira Maria Baptista; SILVEIRA, Esalba Carvalho. A entrevista no 
processo de trabalho do assistente social. Revista Virtual Textos & Contexto 
n. 8, ano 6, dez. 2007. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/os-
instrumentaistecnico-operativos-na-pratica-profissionaldo-servico social/36921/. 
 
SOUZA, Charles Toniolo de A prática do assistente social: conhecimento, 
instrumentalidade e intervenção profissional. S.1 p. 127-130 
 
LOPES, Joilda. Os instrumentos técnicos operativos na prática profissional do serviço 
social. Disponível em: <http://cadujoilda. blogspot.com.br/2010_10_01 
archive.html>. Acesso em: 24 abr. 2012 
 
FREITAS, André Sales. Projeto Sociais. Porto Alegre: Alvorada, 2000. 
 
OS INSTRUMENTAIS técnicos operativos na prática profissional do serviço social. 
Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/os-instrumentaistecnicooperativos-
na-pratica-profissional-doservicosocial/36921/#ixzz22WB3DLX>.

Continue navegando