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Contrato de Trabalho, nova CLT

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Contrato de Trabalho.
 
1. Noções gerais.
 
 Vínculo jurídico que possui como partes, de um lado, o empregado, de outro, o empregador.
 
 Art. 442, CLT.
 
 Relação de emprego x relação de trabalho – a primeira, integra o gênero representado pela segunda; a primeira é apenas uma das espécies de relação de trabalho, que se configura sempre que estiverem preenchidos os requisitos previstos nos arts. 2º e 3º, da CLT, porém nem todas estão submetidas às seus dispositivos.
 
 
DIREITO DO TRABALHO
 Relação de emprego x contrato de trabalho – a primeira, é relação jurídica obrigacional que vincula, reciprocamente, o trabalhador e o empregador, subordinando aquele às ordens daquele, por meio do contrato individual de trabalho; o segundo é ato jurídico por meio do qual se efetiva a relação de emprego.
Elementos da relação de emprego: pessoalidade, onerosidade, não eventualidade, subordinação e alteridade.
 Natureza jurídica contratual adquirindo, por essa razão, as seguintes características: bilateral, oneroso, comutativo, consensual, contrato de adesão, pessoal, execução continuada, subordinativo.
2. Elementos. 
 Art. 104, CC – elementos aplicáveis aos contratos em geral. 
 
DIREITO DO TRABALHO
 A forma não é elemento essencial dos contratos de trabalho que podem ser firmados de forma tácita ou expressa (art. 442, caput, CLT). Exceções: contratações por órgão público que devem obedecer expressamente forma escrita (concurso público, art. 37, II, CF).
3. Classificação.
 
3.1. Quanto à forma: tácito – resultante do comportamento das partes. Ex: alguém, sem ser solicitado, presta serviços a outrem sem que este se oponha; expresso – pode ser: verbal, quando as partes verbalmente exprimem o acordo de vontades no sentido de firmar um contrato de trabalho, ou escrito, realização de contrato de trabalho escrito por exigência legal. Ex: contrato de atleta profissional, de artistas, de aprendizagem, etc. 
 
DIREITO DO TRABALHO
 3.2. Quanto ao prazo de duração – prazo determinado, há ajuste prévio do termo final do contrato; prazo indeterminado, não é estipulada data para o término do contrato de trabalho.
3.3. Quanto à regulamentação da relação jurídica – comuns, regidos pelas normas gerais da legislação trabalhista; especiais, disciplinados por legislação própria, em razão de aspectos peculiares do serviço prestado, que exigem normas específicas. Ex: bancários, ferroviários, telefônicos, etc. 
 
3.4. Quanto aos sujeitos – singulares, empregador contrata um empregado; plúrimos, os sujeitos ativos e passivos podem ser vários, mas sempre determinados. 
DIREITO DO TRABALHO
 4. Prova do contrato de trabalho. 
 
 Prova principal – CTPS (art. 13, CLT) expedida pela DRT, mediante solicitação do empregado (arts. 15 e 16 da CLT). A CTPS deverá ser apresentada pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48h para anotar a data da admissão, a remuneração, e as condições especiais, se houverem.
 
 Não havendo CTPS assinada, servirão de prova do vínculo empregatício o livro de registro de empregados, e outras provas documentais, testemunhais, periciais ou a confissão do reclamado. 
 
 Ônus da prova – existindo negativa de prestação de serviço pelo reclamado será do reclamante (art. 818, CLT); caso seja admitida a prestação de serviço, mas negado o vínculo empregatício, há a inversão do ônus da prova que passa a ser do reclamado (art. 818, CLT e 373, CPC). 
DIREITO DO TRABALHO
3.1. Empregado e trabalhador autônomo.
 
 Trabalhador autônomo – serviços prestados por conta própria por uma ou mais pessoa, assumindo os riscos da atividade. Distingue-se do empregado pela inexistência de subordinação. Ex: corretor, leiloeiro, o representante comercial, etc. 
 
3.2. Empregado e trabalhador eventual.
 
 Trabalhador eventual – presta seus serviços a vários empregadores ao mesmo tempo, não se fixando a nenhum deles, pois é contratado em razão de situação específica. Há subordinação durante a prestação de serviços. Ex: técnicos em manutenção de elevadores, etc. 
DIREITO DO TRABALHO
3.3. Empregado e trabalhador avulso. 
 
 Figura originada da necessidade de carga e descarga de mercadorias nos portos, em função da qual se desenvolveu uma categoria peculiar de trabalhadores. Ex: estivadores, conferentes, consertadores de cargas, etc. 
 
 A CF/88 estabeleceu a igualdade de direitos entre o empregado e o trabalhador avulso (art. 7º, XXXIV). 
 
 Atividade regulamentada pela MP nº 595/2012, que revogou a Lei nº 8.630/93, que atribuía as seguintes características à atividade avulsa portuária: a) criação do Órgão Gestor de Mão-de-obra-OGMO; b) permissão para que o trabalho portuário seja prestado por trabalhador avulso ou por empregado por tempo determinado; c) a intermediação do sindicato deixou de ser obrigatória.
 
DIREITO DO TRABALHO
Atualmente é regulamentada pela Lei nº 12.023/2009, que não se aplica aos portuários, atualmente disciplinados pela Lei nº 12.815/2013 (Lei de Modernização do Sistema Portuário).
3.4. Empregado e o estagiário. 
 
 Regido pela Lei no. 11.788/2008, não é empregado, recebe como remuneração bolsa de estudos ou outra forma de contraprestação ajustada (art. 12) e a jornada de trabalho deverá ser compatível com seu horário escolar (art. 10).
 
 A contratação deverá obedecer a forma prevista em lei, sob pena de descaracterização da condição de estagiário e adquirindo todos os direitos previstos na CLT (art. 3º, § 2º).
 
 
DIREITO DO TRABALHO
 Requisitos: a) interveniência obrigatória de instituição de ensino; b) contrato-padrão (termo de compromisso) estabelecendo as condições de realização do estágio; c) obrigatoriedade de realização pela empresa de seguro de acidentes pessoais ocorridos no local de estágio; d) encaminhamento do estagiário pela faculdades ou escolas técnicas; e) observância do prazo de duração do estágio. 
DIREITO DO TRABALHO

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