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Intradermoterapia, Preenchimento Facial, T_ B_ C_ M_ e Criolipolise_Final

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Brasília-DF. 
IntradermoterapIa, preenchImento 
FacIal, toxIna BotulínIca, 
carBoxIterapIa, mIcroagulhamento 
e crIolIpólIse
Elaboração
Juliana TIroni Machado
Tais Amadio Menegat
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 6
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 7
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 9
UNIDADE I
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA ................................................................................. 11
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À INTRADERMOTERAPIA .................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA INTRADERMOTERAPIA ............................................................ 18
CAPITULO 3
PROTOCOLOS E TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE INTRADERMOTERAPIA ...................................... 37
CAPÍTULO 4
CLASSIFICAÇÃO DE GORDURA LOCALIZADA .......................................................................... 55
UNIDADE II
PREENCHIMENTO FACIAL ..................................................................................................................... 59
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AO PREENCHIMENTO FACIAL ........................................................................... 59
CAPÍTULO 2
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE PREENCHEDORES .................................................................... 66
UNIDADE III
TOXINA BOTULÍNICA ............................................................................................................................. 74
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À TOXINA BOTULÍNICA ...................................................................................... 74
CAPÍTULO 2
TIPOS DE TOXINA BOTULÍNICA ................................................................................................. 78
CAPÍTULO 3
ANATOMIA ............................................................................................................................. 82
CAPÍTULO 4
RESULTADOS DE APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA .............................................................. 86
UNIDADE IV
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 ......................................................................................................... 95
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE CO2................................................ 95
CAPÍTULO 2
CARBOXITERAPIA E SUAS APLICAÇÕES ................................................................................. 103
CAPÍTULO 3
CARBOXITERAPIA NAS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS ...................................................................... 109
UNIDADE V
MICROPUNTURAS .............................................................................................................................. 130
CAPÍTULO 1
INTRODUZINDO O MICROAGULHAMENTO ............................................................................ 130
CAPÍTULO 2
OS MECANISMOS DA MICROPUNTURA ................................................................................. 135
CAPÍTULO 3
APLICAÇÃO DA MICROPUNTURA .......................................................................................... 145
UNIDADE VI
CRIOLIPÓLISE .................................................................................................................................... 151
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À CRIOLIPÓLISE .............................................................................................. 151
CAPITULO 2
OS MECANISMOS DA CRIOLIPÓLISE ..................................................................................... 155
CAPÍTULO 3
INDICAÇÕES DE CRIOLIÓLISE ............................................................................................... 158
UNIDADE VII
ENDERMOLOGIA – DERMOTONIA ...................................................................................................... 164
CAPÍTULO 1
ENTENDENDO A ENDERMOLOGIA ........................................................................................ 164
CAPÍTULO 2
TÉCNICAS ............................................................................................................................ 168
CAPÍTULO 3
TIPOS DE PROTOCOLO ......................................................................................................... 172
PARA (NÃO) FINALIZAR ................................................................................................................... 175
REFERÊNCIA .................................................................................................................................. 176
6
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
7
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
8
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechosmais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
9
Introdução
Esta sem dúvida é a apostila mais aguardada pelos alunos de Pós-graduação da 
Farmácia Estética. A partir da Resolução que habilitou os profissionais farmacêuticos 
a entrarem na área dos procedimentos injetáveis, esta apostila disponibilizará a 
vocês alunos conhecimentos sobre áreas invasivas até então só estudada por médicos 
e biomédicos. Veremos a seguir o poder dos injetáveis como forma de tratamento 
estético, serão estudados os procedimentos mais utilizados na prática clínica, como por 
exemplo: intradermoterapia ou mesoterapia, preenchimento facial, aplicação de toxina 
botulínica, carboxiterapia, micropuntura e criolipólise. Sendo que estas também serão 
estudas meticulosamente nesta apostila. Além disso, nesta apostila terá uma unidade 
extra que abordará a endermologia.
A partir disso, o aluno poderá então ter conhecimento teórico e domínio sobre as 
técnicas exigidas pelo conselho federal de Farmácia na área de estética, poderá saber 
quais medicações e/ou tratamentos deverão ser usados para uma finalidade específica, 
seja para rejuvenescimento, gordura localizada ou celulite e o porquê disso.
Objetivos
 » Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico 
das técnicas de intradermoterapia, aplicação de toxina botulínica, 
preenchimento facial, carboxiterapia, microagulhamento, criolipólise e 
endermologia. 
 » Compreender mecanismo de ação das técnicas de intradermoterapia, 
aplicação de toxina botulínica, preenchimento facial, carboxiterapia, 
microagulhamento, criolipólise e endermologia. 
 » Compreender método de aplicação mais atual das técnicas de 
intradermoterapia, aplicação de toxina botulínica, preenchimento facial, 
carboxiterapia, microagulhamento, criolipólise e endermologia. 
 » Ter domínio teórico sobre os procedimentos injetáveis.
11
UNIDADE I
MESOTERAPIA 
– INJETÁVEIS 
INTRADERMOTERAPIA
CAPÍTULO 1
Introdução à intradermoterapia
Linha do tempo da mesoterapia
A mesoterapia também é denominada de intradermoterapia, ela é uma técnica bastante 
utilizada pelos habilitados, pois os resultados obtidos são extremamente relevantes 
e sua aplicação é relativamente simples. Porém, com o objetivo de compreender 
melhor os princípios que envolvem os tratamentos que utilizam a intradermoterapia, 
faz-se necessário ter um conhecimento prévio sobre os processos históricos que 
fundamentaram a técnica. 
 » 400 a.C.: Hipócrates teria usado folha de figueira da Barbária (cacto) 
para tratar dores no ombro de um pastor local. No entanto, chineses já 
usavam essa técnica há 2.000 anos com martelos guarnecidos de pontas, 
denominada acupuntura (LE COZ, 2012). 
 » 1793: Foi comprovada a ação terapêutica de substâncias injetáveis, pelo 
Dr. Pravaz (LE COZ, 2012). 
 » 1832: Esse mesmo pesquisador inventa a seringa e a agulha oca (LE COZ, 
2012). 
 » 1900: Na França surge o “Ressuscitador”, aparelho que contém 
numerosas agulhas maciças fixadas, com ajuda de um sistema elástico 
essas numerosas agulhas são espetadas na pele, por unguento (LE COZ, 
2012). 
 » 1910: Na Bélgica, é visto pelo Dr. Lemaire, aplicações de procaína para 
tratar neuralgias, e mais tarde Leriche aplica Procaína em gânglios e 
tendões dolorosos (LE COZ, 2012). 
12
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » 1948 a 1950: Drs. Pistor e Lebel expandem as infiltrações locais de 
procaína para diversas áreas de aplicações (LE COZ, 2012). 
 » 1952: Marco da Mesoterapia – Dr. Pistor trata um sapateiro asmático com 
uma injeção de 10 mL de procaína por via intravenosa, no entanto, não 
há melhora evidente da dispneia, enquanto que a surdez deste diminui. 
Desse modo, Pistor teve a ideia de injetar localmente, ou seja, próximo ao 
lóbulo da orelha, doses baixas de procaína que resultou em diminuição 
substancial da surdez (LE COZ, 2012). 
 » 1953: A técnica de Pistor é divulgada e muitos o procuram, no entanto ele 
observa que a técnica não é eficaz para todos os pacientes surdos que ele 
trata, entretanto, ele observa melhora em outros aspectos, por exemplo: 
dores da articulação temporomandibular são eliminadas, eczemas do 
conduto auditivo desaparecem e que os zumbidos são reduzidos (LE 
COZ, 2012). 
 » 1953 a 1958: Os locais de injeção se multiplicam, promovendo a descoberta 
de outras indicações (LE COZ, 2012). 
 » 1958: O nome Mesoterapia é proposto na imprensa médica em um artigo 
publicado na revista “La Presse Medicale” em 4 de junho, por Pistor. 
Neste artigo, ele destacava as novas propriedades da procaína local na 
patologia humana. Propondo que “A ação sobre os tecidos originários do 
mesoderma é tão significativa que esses tratamentos mereceriam o nome 
global de mesoterapia” (LE COZ, 2012). 
 É interessante ressaltar nesse momento que atualmente a técnica 
não abrange somente tecidos da mesoderme (vasos, tendões, tecidos 
conectivos etc.), mas, por exemplo: lesões dermatológicas (ectoderma), 
patologias digestivas (endoderma) também podem ser amenizadas pela 
mesoterapia (LE COZ, 2012). 
 » 1960: Prof. Bordet pede ao Dr. Pistor que ensine Mesoterapia aos 
estudantes de Medicina Veterinária, isso vai até 1965, quando Bordet 
toma a liderança do ensinamento para os alunos (LE COZ, 2012). 
 » 1961: Primeiro livro publicado de Pistor: La Mésothérapie (LE COZ, 
2012). 
13
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
 » 1964: É criada por Pistor a Sociedade Francesa de Mesoterapia, nomeando 
o Dr. Lebel para a presidência, de primeira instância foram reunidos 16 
médicos (LE COZ, 2012). 
 » 1976: Pistor resumiu a técnica de mesoterapia com as seguintes palavras 
– “POUCO, POUCAS VEZES E NO LOCAL ADEQUADO” (LE COZ, 2012). 
 Ainda nesse ano Pistor reconheceu que suas recomendações eram 
empíricas baseadas em sua própria experiência clínica (LE COZ, 2012). 
 » 1978: Pistor faz uma conferência nos EUA, em Nova York (LE COZ, 2012). 
 » 1980: Pistor cria o multipuntor (seringa com multipunturas) (LE COZ, 
2012). 
 » 1982: Falecimento do Dr. Lebel, sobre quem Pistor disse: “O homem que 
mais ajudou a mesoterapia em seus momentos difíceis acaba de falecer. 
Ele era meu mestre e meu amigo. Se a mesoterapia de hoje reúne nomes 
que começam a ser conhecidos, um deles, particularmente insubstituível, 
que está estritamente ligado ao início histórico da mesoterapia e que não 
poderá jamais ser esquecido, é o nome de Mario Lebel” (LE COZ, 2012). 
 Isso porque Lebel teve três ideias e ações principais, as quais foram: 
 › A agulha curta ser o pequeno elo entre todos. 
 › Ter sido o primeiro presidente em 1964. 
 › A difusão da técnica entre os veterinários.
 » Ainda em 1982: criaram o primeiro diploma da universidade de 
mesoterapia pela faculdade de Paris XIII (LE COZ, 2012). 
 » 1991: Dr. Pistor cede seu lugar a frente da Sociedade Francesa de 
Mesoterapia ao Dr. Le Coz (LE COZ, 2012). 
 » 1992 a 2002: Drs Pistor e Le Coz viajam juntos pelo mundo para difundir 
a mesoterapia e ensiná-la aos médicos da América do Sul, Europa e África 
(LE COZ, 2012). 
 » 2001: Surgiram trabalhos indexados no MedLine sobre o uso da 
Intradermoterapia/Mesoterapia para as dermatoses inestéticas (LE COZ, 
2012). 
14
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » 2002: Criação do diploma interuniversitário. Qualificação do ato 
mesoterápico pelo Caisse Nationale d´Assurance Maladie (CNAM) (LE 
COZ, 2012). 
 » 2003: Falecimento do Dr. Pistor (LE COZ, 2012). 
 » 2004: Médicos americanos encontram-se na França (Paris) para estágios 
do Dr. Le Coz e partem para difundir a técnica de origem francesa para 
o outro lado do Atlântico.A partir daí Le Coz é regularmente convidado 
para ir ao Canadá e EUA ensinar a técnica aos colegas (LE COZ, 2012). 
 » 2005: Ásia administra a nova abordagem terapêutica (LE COZ, 2012). 
 » 2007: O diploma interuniversitário de Mesoterapia já compreende cinco 
faculdades (LE COZ, 2012). 
 » 2008: Até o momento o ato mesoterápico introduzido na nomenclatura 
do CNAM ainda não foi numerado (LE COZ, 2012). 
Intradermoterapia na prática farmacêutica
A intradermoterapia é uma técnica minimamente invasiva que consiste em injeções 
intradérmicas ou subcutânea de várias misturas diluídas de extratos naturais de 
plantas, agentes homeopáticos, produtos farmacêuticos, vitaminas e outras substâncias 
bioativas que são infundidas em quantidades muito pequenas que variam de 0,1 mL a 
0,2 mL através de múltiplas punturas dérmicas ao invés de poucas injeções (BROWN, 
2006; TANRIKULU, 2007; KALIL, 2006). Essa técnica também é conhecida como 
mesoterapia, no entanto, este nome não condiz apenas com um tratamento estético em 
específico, e sim, descreve um método de fornecimento de drogas. Além disso, o termo 
mesoterapia é proveniente da mesoderme, uma das três camadas germinativas do 
embrião que origina tecido conjuntivo, muscular, circulatório, entre outros (ROTUNDA, 
KOLODNEY, 2006). 
É interessante ressaltar que antes da mesoterapia ser aceita como uma modalidade 
de tratamento estético, a intradermoterapia era utilizada no tratamento de diversas 
patologias, principalmente para dores e reumatismo (KALIL, 2006). Michel Pistor, 
médico francês, em 1952 foi o primeiro a relatar a utilização da mesoterapia com injeções 
de procaína próximas à orelha de pacientes com deficiência auditiva para melhorar a 
audição, embora essa tenha sido restaurada por um curto período. Foi relatado melhora 
nas articulações, zumbido e eczema na região tratada (ROTUNDA, KOLODNEY, 2006; 
PISTOR, 1964).
15
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Desde então, a intradermoterapia vem se tornando cada vez mais popular no ramo 
estético, principalmente por sua extensa finalidade, pois esta pode ser usada para 
tratamento de rejuvenescimento facial, flacidez, hidrolipodistrofia, ginoide, alopecia, 
redução de medidas e emagrecimento (DUNCAN, ROTUNDA, 2011; ROTUNDA, 2009). 
Mecanismo de ação da intradermoterapia
Segundo Sivagnanam (2010), a derme é uma junção das funções imunológicas, 
circulatórias e neurológicas. Deste modo, ele propõe que a ação medicamentosa da 
técnica de intradermoterapia pode atuar em uma dessas funções desencadeando o 
processo de reparo, seja na flacidez ou estria, produzindo colágeno e elastina ou então 
pela vasodilatação aumentando o processo lipolítico no local, por exemplo.
A pele tem uma propriedade de reservatório, principalmente no nível da camada 
córnea. A função de barreira é assegurada pela camada córnea, cuja eliminação aumenta 
consideravelmente a permeabilidade da pele (WEPIERRE, 1980a). Desse modo, os 
produtos injetáveis ativam os receptores dérmicos e se difundem lentamente, através 
da microcirculação. Não é necessária a presença física do fármaco no órgão alvo, pois 
o produto pode atuar através de receptores responsáveis por desencadear um influxo 
nervoso por liberar mediadores químicos com ações a distância. Esses receptores são 
numerosos, porém variam em quantidade segundo sua localização e profundidade 
(KAPLAN, 1992).
De modo geral, na mesoterapia preconiza-se a aplicação do medicamento na região 
mais próxima do órgão-alvo. É possível pensarmos que o produto injetado localmente 
tenha um valor energético, mais do que químico, em certas condições. Além disso, as 
moléculas grandes e os compostos fortemente lipofílicos são reabsorvidos de forma 
lenta e preponderantemente por via linfática. As moléculas pequenas são absorvidas 
principalmente por via sanguínea (WEPIERRE, 1980b).
A retenção nas estruturas cutâneas e subcutâneas permite ao medicamento permanecer 
concentrado sob a zona de aplicação e produzir efeitos farmacológicos locais, enquanto 
sua difusão periférica permanece reduzida e não acarreta ação sistemática (LE COZ, 
2012).
A persistência de medicamentos nas regiões profundas da pele foi comprovada após 
aplicação de alguns corticoides, de tiroxina, de estradiol, entre outros. Esse experimento 
mostrou que após a absorção, os medicamentos aplicados retornam diretamente ao 
coração sem passar pelo fígado (WEPIERRE J,1980c). Os efeitos secundários por via 
intradérmica são reduzidos com relação às vias subcutâneas e intramuscular, uma vez 
16
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
que estas atingem a grande circulação de forma mais rápida quando comparada à via 
intradérmica (LE COZ, 2012).
<http://www.vichy.pt/international/Lalaborat%C3%B3rios-Vichy/Camada-
granulosa-1cmp1204.aspx>. Acesso em: 25/8/2015 
<http://www.scielo.br/pdf/abd/v86n1/v86n1a13.pdf>
<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000439406&fd
=y>. Acesso em: 28/8/2015
A punctura promove um estímulo no sistema neuroendócrino, dando origem à 
liberação de uma série de neurotransmissores, tais como: a encefalina responsável 
pela modulação da dor, promovendo um efeito anestésico após a sua liberação; a 
betaendorfina responsável pela ação lipolítica e aumento da imunidade, aumentando 
a concentração de linfócitos T, como acontece também na prática de exercícios físicos; 
a substância decapeptidio, envolvida nas respostas inflamatórias, liberada quando 
se provoca uma irritação ao tecido, causando vasodilatação, taquifilaxia, aumento 
da permeabilidade venular (edema), eritema, liberação de aníon superóxido e outros 
mediadores como, histamina, prostaglandinas, enzimas lisossômicas e, finalmente 
induz a reação inflamatória irritativa, desencadeando reflexos somáticos e viscerais. 
A puntura promove também estimulo à produção de colágeno e elastina (recuperação 
tecidual) (MAYA,2007).
Mrejen, em 1992, observou que injetando medicações em diferentes profundidades 
dérmicas, no caso entre 4 mm e 10 mm, havia diferença no tempo de excreção da 
medicação. Aplicando numa profundidade de 10 mm percebeu-se que o produto 
atingia a circulação mais rapidamente e sua eliminação ocorria antes do desejado. 
No entanto, quando o produto era aplicado em uma profundidade de 4 mm o 
tempo que o medicamento ficava disponível na camada era maior. Com isso, 
padronizou-se a aplicação da intradermoterapia em uma profundidade ideal de 4 
mm. Nessa profundidade, após 10 minutos decorrentes da aplicação, a quantidade 
do fármaco no local da aplicação permanece em 50%. Em profundidades 
maiores que 4 mm, após 10 minutos a permanência do fármaco declina para 16% 
(TENNSTEDT, 1976; AMIN et al., 2006).
Dessa forma, é evidente que as injeções intradérmicas se difundem por via sanguínea. 
Assim, concluiu-se que a difusão de um produto em intradermoterapia depende 
da profundidade a que é injetado. Esta diferença pode ser ilustrada com curvas 
de eliminação: o caminho intradérmica superficial teria uma curva de eliminação 
monoexponencial, enquanto que o caminho intradérmica mais profunda iria ter uma 
17
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
curva biexponencial (eliminação inicial mais rápido, correspondendo a uma injeção 
intravenosa, seguida de eliminação mais lenta no reservatório derme) (MREJEN, 1992).
Por muito tempo, a base de cada mistura foi a procaína. Atualmente, além da 
procaína utilizamos hoje com muita frequência lidocaína ou soro fisiológico 
como solvente de base. (LE COZ, 2012). Na hora da mistura das medicações na 
mesoterapia é importante saber que estas precisam ser preparadas em uma 
ordem precisa de pH para evitar flóculo.(LE COZ,2012)
18
CAPÍTULO 2
Medicamentos utilizados na 
intradermoterapia
MedicaçõesEm 2012, saiu a Resolução no 4302 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) proibindo o uso de alguns extratos vegetais isolados ou associados com 
outras substâncias, são eles:
1. Chá Verde. 
2. Centella Asiática. 
3. Ginkgo Biloba. 
4. Melilotus. 
5. Castanha da Índia. 
6. Dente de Leão. 
7. Sinetrol. 
8. Ayslim. 
9. Girassol. 
Posteriormente, em 2013, foi publicada outra Resolução no 128 da ANVISA proibindo o 
princípio ativo Tiratricol. Além disso, substâncias alcoólicas e oleosas foram proscritas 
dos tratamentos injetáveis mesoterápicos por apresentarem risco de desenvolvimento 
de necrose tecidual.
Não obstante, a intradermoterapia possui uma vasta variedade de medicamentos que 
podem ser utilizados em diferentes tratamentos. A seguir, estão listados algumas classes 
medicamentosas e os medicamentos que fazem parte delas. 
1. Anestésicos/Paticolíticos. 
2. Venotróficos (Venolinfáticos ou Vasoativos). 
3. Lipolíticos. 
19
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
4. Eutróficos. 
5. Outros. 
Anestésicos/paticolíticos
Na grande maioria dos protocolos de intradermoterapia, os anestésicos, 
preferencialmente utilizados para minimizar a dor do procedimento, são lidocaína 
a 1% (para as condições agudas) ou procaína a 1% (para condições crônicas) sem 
epinefrina. Na França, drogas como buflomedil (vasodilatador) e pentoxifilina também 
são utilizadas, pois se acredita que podem aumentar a microcirculação no tecido local e 
facilitar a eliminação de resíduos metabólicos. (ADELSON, 2005).
Em estudos com animais, a pentoxifilina tem demonstrado que possui efeito 
anti-hiperalgésico. Ervas como alcachofra, ginko biloba, melilotus também são 
utilizados para melhorar a circulação local. (VALE et al., 2004).
Procaína (pH - 5,0)
A procaína é uma amina secundária, pertencente ao grupo éster. É considerada 
um anestésico fraco de curta duração (~ 1h). Sua toxicidade é 110 x maior por via 
intravenosa em relação à via subcutânea. A procaína é utilizada na mesoterapia por 
suas propriedades simpaticolíticas, analgésicas e vasodilatadoras (CALAIS, 1987).
Lidocaína (1% ou 10 mg/mL)
É um anestésico local de pH neutro (6,0-7,5) mais potente que a procaína com potência 
de 60 a 75 minutos, apresenta um período de latência menor que a procaína sendo mais 
estável entre todos os anestésicos conhecidos. É uma amida. Existem várias diluições 
de lidocaína na mesoterapia, sendo a mais encontrada e utilizada a de 1%. Um estudo 
sobre as reações secundárias com 2.839 pessoas que aplicaram injeções de mistura 
contendo lidocaína não mostrou nenhum choque anafilático ou vagal (CAHIER, 1990). 
Anestésicos locais geralmente atravessam a bainha do nervo na forma não ionizada, 
porém interagem com os receptores situados na membrana neural na forma ionizada, 
estabilizando o potencial da referida membrana, bloqueando a condução nervosa. A 
despolarização talvez ocorra devido à interferência com o fluxo de íons Na+ e K+ através 
da membrana plasmática (CAHIER, 1990). A lidocaína assim como outros anestésicos 
locais podem ser ineficazes em áreas inflamadas, pois nestas, o pH por ser mais baixo 
20
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
facilita a ionização das moléculas de lidocaína, dificultando assim sua penetração nas 
fibras nervosas (CAHIER,1990).
Apesar da sua grande utilização na prática clínica, a lidocaína pode apresentar alguns 
efeitos adversos, tais como: reações locais de origem alérgica ou citotóxicas, dores, 
edemas, neurite e dermatite e eczematoide.
Venotróficos (venolinfáticos ou vasoativos)
Os vasoativos são muito usados na mesoterapia, e sua utilização parece ter efeito 
importante. São fármacos responsáveis pelo efeito vasodilatador, permitem uma 
melhor absorção e difusão dos outros fármacos (LE COZ, 2012).
Segundo Mrejen (1992), haveria uma terceira circulação no corpo humano, além da 
sanguínea e a linfática. Existiria uma circulação que ocorreria entre o plasma e o líquido 
intersticial, mais especificamente na substância fundamental amorfa da derme. 
Assim, os medicamentos injetados ficariam no interstício dérmico e seriam absorvidos 
por unidades microcirculatórias, atravessariam a parede capilar e atingiriam 
a circulação linfática ou sanguínea, de acordo com a especificidade do produto 
(HERREROS et al., 2007).
Buflomedil (Alfabloqueador 10mg/mL pH-6,5)
Utilizado nos fenômenos de insuficiência venosa, pois é um vasodilatador arteriolar 
importante para o aporte de oxigênio no tecido. Estimula a drenagem de toxinas. Além 
disso, inibe agregação plaquetária, melhorando o fluxo sanguíneo. Este pode ser usado 
via intradérmica em celulite e alopecia e subcutânea para gordura localizada. Por fim, 
não se vê reações adversas em intradermoterapia devido à baixa dosagem utilizada 
(ADELSON, 2005).
Minoxidil
Promove ação vasodilatadora periférica. É indicado para alopecia, pois estimula 
a microcirculação em torno do folículo piloso auxiliando o crescimento capilar 
(LE COZ, 2012).
21
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Benzopirona (5mg/mL pH-7,0)
Conhecida também como Cumarina, atua principalmente na redução do edema, 
aumentando a resistência da parede dos vasos e diminuindo o conteúdo de 
macromoléculas no interstício (o que faz com que o edema se perpetue). Substância 
marcadora (substância ativa) do Melilotus, diminui a fragilidade dos capilares, otimiza 
o retorno venoso e assim diminui o edema local. Favorece a migração de macrófagos 
para o local do edema e desta forma contribui para a fagocitose de macromoléculas 
impróprias do interstício que desencadeiam o edema (VALE et al., 2004). 
Benzopirona com rutina (pH -0,5%-2,5%)
Atuam em sinergismo melhorando a circulação periférica e diminuem a fragilidade 
capilar, desta forma otimizam o retorno venoso e reduzem o edema. Indicado 
para a realização de protocolos para o eixo vascular. Apresenta ação antioxidante 
(MREJEN, 1992).
A rutina é um flavonoide, age na cadeia do ácido araquidônico diminuindo a inflamação 
e a permeabilidade capilar. Sintetiza colágeno. O uso deste composto é intradérmico. 
Composto considerado vasculoprotetor e venotônico (MREJEN, 1992).
Pentoxifilina (20mg/mL pH-7,0-8,5)
As pentoxifilinas apresentam ação sobre a deformabilidade das hemácias, são 
considerados vasodilatadores periféricos. Além disso, elas são utilizadas em membros 
inferiores por serem considerados medicamentos interessantes para celulite em grau 
III e IV (LANCET, 2002). Além de sua ação vascular, atribui-se a ela propriedades 
anti-inflamatórias, fibrinolíticas e lipolíticas (GEORGE, no 132). 
Medicamentos lipolíticos
São aqueles medicamentos que por meio de diferentes mecanismos de ação, possuem 
a capacidade de quebrar a gordura localizada. Estimulando a lipólise e/ou inibindo a 
lipogênese no nosso organismo (RIBEIRO, 2010).
Sabe-se que a quebra de gordura estocada nos adipócitos é regulada pelos receptores 
α-2 e β-receptores, na superfície da célula adipocitária. A lipólise ocorre por hormônios, 
incluindo estrógeno ou estimulantes químicos, incluindo a cafeína, por exemplo. 
A atividade do β -receptor aumenta a lipólise. Já a atividade do receptor α-2 inibe o 
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UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
β-receptor. Por isso, a ativação β-adrenérgica e a inibição α-2 adrenérgica aumentam a 
lipólise nos adipócitos (MATARASSO, PFEIFFER, 2005).
O número de razão de α-2 e β-receptores nos adipócitos variam em diferentes áreas do 
corpo, por exemplo: quadril e coxa contêm mais α-2-receptores, desse modo, a gordura 
nessas áreas é mais resistente à lipólise, já os β–receptores são encontrados em maior 
quantidade no abdômen (MATARASSO, PFEIFFER, 2005).
É interessantesalientar que a lipólise representa um processo pelo qual os triglicérides 
intracelulares são hidrolisados, ou seja, degradados em ácidos graxos livres e glicerol, 
os quais ficam disponíveis na circulação. No entanto, a lipólise não produz um efeito 
permanente, tais como: apoptose ou necrose celular. Em vez disso, a lipólise dispara uma 
resposta metabólica aguda que é, com toda a probabilidade, transitória (ROTUNDA, 
2005). Devido a isso, deve ser orientado para a paciente tanto durante como após o 
tratamento estético permanecer com a reeducação alimentar e a prática de exercício 
físico, para assim manter por mais tempo os resultados da intradermoterapia. Não 
obstante, estudos já salientaram que o desoxicolato de sódio também é capaz de levar 
o adipócito à morte celular por apoptose e necrose (MATARASSO, PFEIFFER, 2005; 
JAYASINGHE et al., 2013; SCHULLER-PETROVIC et al.,2008).
Os lipolíticos apresentam mecanismos importantes como: diminuição na formação 
de triglicérides (lipogênese); inibição na fosfodiesterase e aumento de AMPc ─ esta 
quando ativada inibe lipólise; bloqueio dos alfa receptores, estímulo dos beta receptores 
e bloqueio dos receptores neuropeptídeos (estes agem principalmente na celulite, 
restabelecendo a macrocirculação local e diminuindo o edema) (RAWLINGS, 2006; 
DUNCAN, 2007; RIBEIRO, 2010). 
Não é recomendado o uso de terapias que estimulem a circulação periférica logo 
após o procedimento nem mesmo a realização de atividades físicas. O aumento 
da circulação periférica induz à perda de medicamento do tecido para a corrente 
sanguínea, contrariando o princípio da técnica. 
Algumas medicações e mesclas medicamentosas, assim como formas de 
aplicações, podem vir a causar uma discreta reação de resposta celular no 
nível do panículo adiposo que reveste o plano muscular. Trata-se de um 
pequeno afluxo de células linfoides diversas (fibrócitos, histiócitos, macrófagos, 
plasmócitos) localizados na periferia das grandes células vasculares de gordura. 
Nota-se também uma vasodilatação dos capilares. 
23
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Tipos de medicamentos lipolíticos
Cafeína (250mg/mL, 5% ou 50mg/mL, pH- 7,0)
A cafeína ou 1,3,7-trimetilxantina é lipossolúvel e, quando ingerida, é rapidamente 
absorvida pelo trato gastrointestinal; sua metabolização acontece no fígado, iniciando 
com a retirada dos grupos metila 1 e 7, reação catalisada pelo citocromo P450 1A2, 
levando à formação de três grupos metilxantinas. Sua ação lipolítica se deve à mobilização 
dos ácidos graxos livres dos tecidos ou estoques intramusculares. Atua ainda como 
competidor dos receptores de adenosina e como estes atuam inibindo a lipólise, tem-se 
um aumento nos níveis de AMPc, que ativa as lipases hormônios sensíveis, promovendo 
a lipólise (MELLO; KUNZLER; FARAH, 2007).
Sua ingestão pode contribuir para o aumento da perda de peso e para a manutenção 
deste, por meio da oxidação da gordura e termogênese (DUNCAN, 2007). Seu efeito 
estimulante sobre o sistema nervoso central se dá pelo aumento da concentração 
plasmática de noradrenalina, assim estimula o processo lipolítico ao inibir a 
fosfodiesterase, aumentar a meia-vida do AMPc e, consequentemente, a atividade da 
proteína quinase A (PKA) e da lipase hormônio sensível (LSH) (CURI et al., 2003). 
Adicionalmente, parece aumentar os níveis de proteínas desacopladoras do tipo 3 
(UCP-3) no tecido adiposo branco. As proteínas desacopladoras estão presentes nas 
mitocôndrias das células e têm a capacidade de desacoplar a fosforilação oxidativa 
por dissipar na forma de calor, o gradiente eletroquímico que foi gerado pelo processo 
respiratório. É através desse processo que nos mantemos aquecidos durante o inverno, 
a chamada termogênese. Foi demonstrado que animais transgênicos que expressavam 
essas proteínas além do normal apresentaram redução do tecido adiposo. Portanto, 
esta seria outra ação da cafeína na lipodistrofia localizada e no fibro edema geloide 
(RAWLINGS, 2006; MORI et al., 2009). 
A cafeína também é encontrada no mercado na forma combinada com a sinefrina, 
que é extraída da laranja amarga, recebendo o nome comercial de Amarashape®. A 
sinefrina tem estrutura semelhante à adrenalina, ela se liga a receptores adrenérgicos 
dos adipócitos e aumenta a quantidade de AMPc intracelular levando à lipólise. 
Considerando que a cafeína é a substância lipolítica mais conhecida, que atua inibindo 
a fosfodiesterase (que faz a quebra do AMPc), a junção desses dois princípios aumenta 
a quantidade de AMPc e, consequentemente, a atividade lipolítica (TERRA; MININ; 
CHORILLI, 2009). 
24
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
A teofilina, outra metilxantina, tem taxa de permeação cutânea inferior à cafeína, baixa 
solubilidade em água e efeitos secundários marcantes, mas o ácido teofilino acético, um 
derivado da teofilina, é hidrossolúvel e seguro para uso tópico (RIBEIRO, 2010). 
Resumindo, a cafeína inibe a fosfodiesterase, aumenta o AMPc intra-adipocitário e 
consequentemente estimula a lipólise. Faz parte da família das xantinas. Indicada para 
tratamentos com gordura localizada e celulite (hidrolipodistrofias) e estimula o SNC. 
(MORI et al., 2009).
Além disso, aumenta a termogênese e a oxidação das gorduras (maior metabolização dos 
ácidos graxos). Geralmente utilizada nas hidrolipodistrofias, mas favorece claramente 
os hematomas. É preferível, portanto, injetá-la em subcutânea com dose baixa, diluída 
(MORI et al., 2009).
No entanto, pode ser visto este composto em aplicações intradérmicas (para gordura 
localizada) e intramuscular (melhora o desempenho físico, pois ativa o metabolismo) 
também (MORI et al., 2009).
Na aplicação intramuscular pode apresentar reações como taquicardia, insônia 
em pacientes mais sensíveis, além disso, podem ocorrer interações em pacientes 
fumantes metabolizando mais rápido o composto ou em pacientes que fazem uso de 
anticoncepcional retardando a metabolização (RIBEIRO, 2010). 
Contraindicado: para pacientes que apresentam hipersensibilidade às xantinas, 
hipertensos e cardiopatas (RIBEIRO, 2010). 
Substâncias da família das xantinas como cafeína, aminofilina entre outras são 
estimulantes lipolíticos, ou seja, aumentam os beta-receptores dos tecidos 
adiposos promovendo a lipólise no local tratado (VELASCO et al., 2008; 
MORIMOTO et al.,2001).
Pentoxifilina (pH-7,0)
Como já falado no tópico dos venotróficos, esta xantina apresenta efeito benéfico na 
microcirculação por inibir a agregação plaquetária, melhorar a deformidade dos 
eritrócitos diminuindo a viscosidade do sangue e por apresentar efeito vasodilatador 
sobre os capilares (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Indicada para tratamentos com gordura localizada e celulite. As reações adversas que 
podem apresentar são urticária e prurido no local da aplicação, mas regride ao término 
do tratamento (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Aminofilina (pH-9,0)
Esta última xantina apresentada também tem ação lipolítica aumentando a produção 
de AMPc e consequentemente quebrando os triglicérides em ácidos graxos e glicerol. 
Inibe a produção de prostaglandinas e liberação de histamina e leucotrienos diminuindo 
o processo inflamatório. Também é indicada para tratamento de celulite (GUIRRO; 
GUIRRO, 2007).
Pode apresentar dor no local da aplicação e sensação de calor. É contraindicada para 
aplicação intramuscular em cardiopatas (GUIRRO; GUIRRO, 2007).
Ioimbina (0,5%, 5 mg/mL, pH-5,0)
Alcaloide da planta Pausinistalia yoimbina, antagonista de receptor alfa adrenérgico 
em adipócitos. Este antagonismo induz a lipólise intra-adipocitária. Em outras palavras, 
se liga a receptores alfa 2 adrenérgicosaumentando a disponibilidade de ligação da 
norepinefrina a receptores beta 2 adrenérgicos, consequentemente aumentando a 
lipólise e diminuindo a lipogênense (RASCOVSKI,2000).
É indicado para tratamento com gordura localizada, nas mulheres: quadril e coxa; 
homens: região lateral do tronco (RASCOVSKI, 2000). Não deve exceder dose máxima 
de 10 mg/mL por sessão (RASCOVSKI, 2000).
Não associar este composto com cafeína (xantinas) e a outras substâncias de pH 
alcalino - preciptação.
As reações locais podem ser ardor no momento da aplicação e por ter uma ação 
vasodilatadora podem ocorrer hematomas. É contraindicado para pacientes 
com hipersensibilidade à ioimbina, hipertensão ou problemas cardíacos. Essa 
medicação apresenta complicações na maioria dos pacientes, muitos relatam 
sentir reações como calafrios e náuseas por 3 horas após a aplicação, geralmente 
recomenda-se ao paciente não se alimentar por 2 horas antes de aplicar este 
composto (RASCOVSKI, 2000).
L-carnitina (30%, 300mg/mL, pH-7,0)
É um aminoácido sintetizado nos tecidos, que favorece a hidrólise total da molécula 
de ácido graxo na mitocôndria. Aumenta o ATP nos músculos quando associado ao 
exercício físico (KEDE; SABATOVICH, 2009; RIBEIRO, 2010).
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UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Responsável por transportar os ácidos graxos livres do citosol para as mitocôndrias para 
assim serem oxidados. Além disso, pode ser usado via intradérmica e intramuscular. As 
reações causadas podem ser ardor no local da aplicação (KEDE; SABATOVICH, 2009; 
RIBEIRO, 2010).
Outros aminoácidos podem também ser utilizados, como L-ornitina associado 
com L-arginina atuam na mobilização de gorduras do organismo. L-taurina evita 
a degradação das proteínas favorecendo o uso de gorduras como fonte de energia 
e aumentando a insulina, o qual melhora o metabolismo da glicose. Na aplicação 
intramuscular é interessante associar com inositol trifosfato (KEDE; SABATOVICH, 
2009; RIBEIRO, 2010).
Para melhorar o desempenho recomenda-se fazer restrição de carboidratos e gorduras 
na dieta, fazer exercícios físicos e é interessante utilizá-la com outros lipolíticos trifosfato 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
Mesoglicano (pH-7,0)
Apresenta ação lipolítica estimulando a lípase e inibindo e dificultando a deposição 
de gordura, ideal para tratamento de celulite graus III e IV tem tendência a causar 
hematomas, é interessante associar com benzopirona. Além da sua ação lipolítica o 
mesoglicano apresenta ação fibrinolítica e anti-edema por lisar as traves fibrinogênicas 
e por reorganizá-las (CHORILLI et al, 2007). 
Desoxicolato de sódio (4,75% pH-7,0)
O desoxicolato de sódio é um sal biliar solúvel em água que promove a lise celular, 
levando à redução do tecido adiposo subcutâneo (ROTUNDA et al., 2004), além 
disso, também tem sido mostrado na redução de lipomas (ROTUNDA et al., 2005). 
No intestino, ele é capaz de emulsificar a gordura proveniente da alimentação, sendo 
também um produto metabólico de bactérias intestinas (JAYASINGHE et al., 2013). 
Brown em 2006 discutiu o possível papel do desoxicolato de sódio no tecido adiposo. 
Ele sugeriu que este composto dentro do tecido subcutâneo poderia desempenhar 
quatro diferentes formas, a micela, vesículas e/ou monômeros e cristais. Deste modo, 
o desoxicolato de sódio em forma de vesículas e/ou monômeros leva à necrose celular, 
quando na forma de micela, poderia resultar na mobilização da saída da gordura 
dos adipócitos, e por fim, na forma de cristal poderia ser prejudicial às células, isso 
dependeria da sua concentração (BROWN, 2006). Matarasso (2009) relata que a 
associação de desoxicolato de sódio com vasodilatadores resulta em uma rápida 
absorção do desoxicolato de sódio para dentro da célula.
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Sua aplicação deve ser subcutânea. Se aplicado via intraderme causa necrose, 5% dos 
pacientes têm chances de formação de nódulos doloridos, sua duração persiste de 
7-15 dias. As reações comuns da aplicação deste composto são vermelhidão, prurido, 
inchaço (até 5 dias), leve incômodo no local, este incômodo é persistente durante todo 
o tratamento (BROWN, 2006).
Para tratamentos com desoxicolato de sódio, aconselhe seu paciente a fazer 
semanalmente drenagem linfática, sempre espaçando 48 horas da aplicação. 
Caso ocorra nódulo indique na hora do banho para que massageie o local ou 
então com uma compressa de água quente faça a massagem no local. Para 
que ocorra o menos possível de nódulo é essencial aplicar 0,1 mL por ponto, 
no entanto, não é só isso que fará ocorrer o nódulo, já que esta faz parte do 
mecanismo de ação do composto.
Este produto deve ser usado sempre com um anestésico e venolinotrófico. 
Não fazer retroinjeção com desoxicolato de sódio.
Figura 1. Após duas sessões de intradermoterapia com o protocolo desoxicolato de sódio, L-carnitina, buflomedil, 
lidocaína, cafeína, houve uma redução de 13 cm na circunferência abdominal total.
Fonte: Machado JT, liberada pelo paciente da autora da apostila, 2015.
Figura 2: Complicações com desoxicolato de sódio após má conduta na aplicação – Necrose tecidual.
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UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Fonte: <http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2012/08/mulheres-feridas-ao-eliminar-gordura-em-clinica-ficam-sem-
medicamento.html>acesso 14/09/15
Silício orgânico (0,5%, ou 5 mg/mL, pH6,0)
Apresenta ação lipolítica pelo aumento de AMPc, consequentemente bloqueado a 
enzima fosfodiesterase como também apresenta ação eutrófica regenerando as fibras 
dérmicas. É elemento estrutural do colágeno, elastina, proteoglicanos e glicoproteínas, 
apresenta ação anti-fibrótica e antioxidante, opondo-se à peroxidação lipídica. É 
indicada para lipodistrofias, celulite, mesolifting facial, hidratante, anti-inflamatória, 
antienvelhecimento e estrias (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Eutróficos
São responsáveis por melhorar o tecido conjuntivo, desse modo, agem estimulando as 
produções de fibras colágenas, reorganizam as já existentes e contribuem também para 
a formação da matriz extracelular deste tecido (LE COZ, 2012).
Fatores de crescimento
Os fatores de crescimento são proteínas reguladoras, mediadores de vias de sinalização 
no interior das células e entre elas. Eles são encontrados em vários tecidos em fase 
de cicatrização e renovação celular (ZOE, 2009). São mediadores biológicos naturais 
que atuam sobre os processos de reparo e regeneração. Os fatores de crescimento 
podem ser aplicados em cicatrização e cura de ferimentos, ação anti-anting, estímulo 
de crescimento capilar, inibição de crescimento de pelos, crescimento de cílios 
e tratamento para manchas, sendo utilizados com o intuito de remover células 
epidermais danificadas, estimular a produção de novas células e nutrir as existentes 
(BEN et al., 2006).
São indicadas para estrias, flacidez e rejuvenescimento facial:
1. IGF: aumenta níveis de colágeno e elastina, estimula a mitose celular, 
estimula os folículos capilares a produzirem um cabelo mais denso e 
forte. Importante papel no crescimento capilar (BEN et al., 2006). 
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
2. EGF: melhora a aparência de cicatrizes e manchas, reduz e previne rugas 
pela ativação de novas células da epiderme (BEN et al., 2006). 
3. TGFb3: estimula novas células da epiderme, reduz rugas e estrias pelo 
estímulo da síntese de colágeno e elastina (BEN et al., 2006). 
4. b-FGF: melhora a elasticidade da pele e a circulação periférica (BEN et 
al., 2006). 
5. VEGF: estimula o crescimento capilar, facilita a nutrição do folículo e 
induz a angiogênese (BEN et al., 2006). 
Ácido alfa-lipoico (0,05%)
O ácido alfa-lipoico é sintetizado naturalmente pelo organismo, com atuação nofígado, 
rins e coração. Foi descoberto em 1951, por sua atividade nos processos de síntese de 
energia como coenzima atuando na descarboxilação oxidativa do ácido pirúvico e dos 
alfas cetoácidos. Mais tarde suas propriedades antioxidantes foram descobertas e então, 
sua utilização foi voltada para a redução de processos inflamatórios e em combate ao 
envelhecimento. Atualmente é utilizado para tratamentos em estrias, flacidez e rugas, 
é um importante antioxidante, anti-inflamatório e lipotrópico. É contraindicado para 
pessoas com hipersensibilidade aos componentes da formulação (PERRICONE, 2001). 
O ácido alfa-lipoico apresenta dupla solubilidade (em água e em gordura - lípides), 
dessa forma consegue penetrar facilmente em todas as partes e estruturas da célula 
protegendo-a contra a ação dos radicais livres. Por ser um elemento sintetizado 
naturalmente pelo organismo, o ácido alfa-lipoico exerce diversas funções no organismo, 
dentre as quais podem ser citadas: regulação do metabolismo lipídico e carbônico, 
ação lipotrópica, ação anti-inflamatória, atuando como: antioxidante metabólico por 
controle de radicais livres. E, restituição das funções mitocondriais devido à atividade 
antioxidante e por fazer parte do complexo de enzimas presentes nesta categoria 
(PERRICONE, 2001).
Benefícios após aplicação:
 » Redução da inflamação. 
 » Melhora do aspecto da elasticidade e tônus da pele. 
 » Diminuição de rugas finas. 
 » Diminuição das dimensões, coloração e profundidade das estrias. 
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UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » Prevenção do eritema causado pela exposição ao sol. 
 » Alisamento do relevo das cicatrizes hipertróficas e normotróficas. 
 » Suavidade das rugas profundas.
Sugestão de protocolo de aplicação
Aplicação ponto a ponto ou retroinjeção uma vez por semana durante seis semanas a 
depender da avaliação/anamnese. 
Ácido glicólico (1%)
O ácido glicólico é um agente ceratolítico de pH 3,5 extraído da cana-de-açúcar 
pertencente ao grupo dos alfa-hidroxi-ácidos. É constituído por dois átomos de carbono 
que lhe conferem uma rápida difusão a nível intercelular por ser hidrofílico e por não 
necessitar de proteínas plasmáticas para exercer sua função é indicado para tratamentos 
como foto envelhecimento, mesolifting facial, estrias jovens e flacidez (HERNANDEZ; 
FRESNEL, 1999).
O ácido glicólico apresenta ação ceratolítica por diminuir a coesão de corneócitos 
por interferência na formação de ligações iônicas, destruindo a proteína que une 
um corneócito a outro. Além disso, atua na síntese de glicosaminoglicano e outras 
substâncias da matriz intracelular da derme (HERNANDEZ; FRESNEL, 1999).
Os glicosaminoglicanos promovem uma intensa hidratação devido à grande 
capacidade de absorção de água. Por esta razão, preenche as lacunas deixadas nas 
estrias, rugas, flacidez cutânea. Histologicamente, observa-se aumento na espessura 
do estrato granuloso na epiderme na adesão da união dermoepidérmica e do número 
de fibras elásticas, colágenas e seu reordenamento, reposicionando-as paralelamente 
(HERNANDEZ; FRESNEL, 1999). Consequentemente estimula a síntese de colágeno 
e elastina. Aumenta a incorporação de prolina no colágeno (HERNANDEZ; FRESNEL, 
1999).
Ácido mandélico (pH- 5,0)
Apresenta as mesmas propriedades que o ácido glicólico, só difere no tamanho da 
molécula sendo esta última maior. É contraindicado para pessoas com hipersensibilidade 
aos componentes da formulação e aos alfa-hidroxi-ácidos (GARG et al., 2009)
31
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Glucosaminoglicanos (GAG)
Gel amorfo constituído por condroitin sulfato, queratan sulfato, heparan sulfato e 
dermatan sulfato. Apresenta forte agregação às proteínas de ligação, é uma estrutura 
organizada e estimula a síntese de matriz extracelular, promove efeito esponja na derme 
(CHORILLI et al, 2007).
É indicado para preenchimento transitório, flacidez dérmica facial e corporal, estrias 
jovens e antigas (CHORILLI et al., 2007). 
Ácido hialurônico (40mg/2mL ou 2,5% ou 60mg/mL)
O ácido hialurônico é um polissacarídeo aniônico (anteriormente chamado de 
mucopolissacarídeo de alto peso molecular, presente naturalmente na matriz 
extracelular do tecido conjuntivo, liga-se a proteínas, outros polissacarídeos aniônicos 
atraindo moléculas de água formando uma matriz em forma de gel, dando sustentação 
aos tecidos, aumenta a espessura derme-epiderme mantendo sua elasticidade e 
auxiliando em suas trocas metabólicas. Principal glicosaminoglicano da pele. É 
indicado para tratamentos como flacidez facial e corporal, mesolifting facial e estria, 
por apresentar poder hidratante, cicatrizante e hidroscópico (CHORILLI et al, 2007; 
HERREROS, 2011).
O ácido hialurônico devido à grande capacidade de absorção de água (cada molécula de 
ácido hialurônico consegue reter de 200 a 500 moléculas de água). Quando aplicado 
por via intradérmica também ocorre hidratação intensa, preenchendo as lacunas 
deixadas pela estria e a flacidez cutânea. O ácido hialurônico incorpora-se à matriz 
onde proporciona elasticidade, tonicidade e maciez à pele. Além disso, devido a sua 
ação anti-inflamatória impede a criação de cicatrizes e aderências. É contraindicado 
para pacientes alérgicos a polissacarídeos. Deve-se evitar aplicações próximas a áreas 
vascularizadas (irritação e inflamação) (CHORILLI et al, 2007; HERREROS, 2011).
Ácido hialurônico com condroitin (XADN)
O condroitin também é um polissacarídeo que auxilia no equilíbrio do tecido conjuntivo 
(HERREROS, 2011).
Essa associação XADN é indicada para flacidez por melhorar a hidratação da pele, o 
uso intradérmico, e em estrias devido à ação anti-inflamatória do condoritin, melhora 
a cicatrização, uso por retroinjeção. É contraindicado para pessoas que têm alergia aos 
componentes da fórmula (HERREROS, 2011).
32
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Colágeno (1%)
O colágeno é uma das proteínas que formam as fibras do organismo. Constituído 
principalmente pelos aminoácidos glicina hidroxiprolina, hidroxilisina e prolina. 
O colágeno está presente em grande quantidade nos tendões, pele, ligamentos e 
músculos. Suas fibras formadas por um arranjo regular de moléculas de tropocolágeno 
são praticamente inextensíveis e têm como característica principal a resistência a 
tensões. É indicado para tratamentos de flacidez facial e corporal e estrias, devido seu 
poder hidratante e eutrófico do tecido conjuntivo (MACIEL; OLIVEIRA,2011; KEDE; 
SABATOVICH, 2009).
Quando aplicado por via injetável exerce o eritema de preenchimento em locais no qual 
as fibras de colágeno e elastina estão danificadas como em estrias, sulcos e regiões que 
apresentam flacidez (MACIEL; OLIVEIRA, 2011; KEDE; SABATOVICH, 2009).
DMAE (3%)
DAMAE ou 2-Dimetil Aminoetanol é um composto que funciona como estabilizadora e 
antioxidante da membrana plasmática celular e eficaz anti-aging. Possui excelente ação 
tensora a curto e em longo prazo. Sendo precursor da acetilcolina, o neurotransmissor 
responsável pela contração muscular. Além disso, estimula a produção de fibroblasto 
na síntese de matriz extracelular (PERRICONE, 2001).
Apresenta efeitos lifting antirrugas, anti-idade, diminuindo os sinais do envelhecimento. 
Desse modo é indicado para o tratamento de flacidez dérmica e muscular tanto facial 
quanto corporal (abdômen, parte interna de braços e pernas) (PERRICONE, 2001). 
Deve ser injetado uma vez por semana ponto a ponto, em todo o rosto, mesmo ao redor 
dos olhos e pálpebras superiores e inferiores e pescoço. O efeito lifting dura em torno 
de 3-4horas, no entanto, há efeito acumulativo com o uso (PERRICONE, 2001).
A reação adversa pode ser coceira e vermelhidão. Este tratamento é contraindicado 
para pacientes queusam botox, por possuir efeito antagônico (PERRICONE, 2001). 
Elastina (1%)
A elastina é uma das proteínas que formam as fibras do organismo. Sendo indicada 
para flacidez corporal e facial e estrias, apresenta grande poder hidratante e nutritivo 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
33
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Com o envelhecimento vários processos ocorrem na derme e epiderme que podem 
danificar as fibras colágenas, tais como: ação de radicais livres, associação de lipídeos aos 
grupamentos hidrofóbicos e aumento de conteúdo de cálcio e magnésio. Estes fatores 
formam as fibras mais espessas e frágeis, fato que leva à perda de sua flexibilidade 
com risco de consequente rompimento. Alterações bruscas de peso, que promovem 
o chamado “efeito sanfona” também podem romper essas fibras, provocando o 
aparecimento de estrias, linhas de expressão e flacidez na pele (MACIEL; OLIVEIRA, 
2011; KEDE; SABATOVICH, 2009).
Silício orgânico (1mg pH-7,0)
O silício orgânico apresenta efeito Lipolítico, como também antioxidante e eutrófico 
no tecido conjuntivo. É indicado para tratamentos de flacidez facial, estrias, gordura 
localizada, celulite associada à flacidez e rugas ─ geralmente associado a um venotrófico 
(KEDE; SABATOVICH, 2009).
No organismo humano constitui um elemento estrutural do tecido conjuntivo atuando 
como um blocatalizador, intervindo em diferentes processos enzimáticos (KEDE; 
SABATOVICH, 2009).
O silício orgânico participa da constituição das macromoléculas que formam o tecido 
conjuntivo como a elastina, colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas evitando sua 
degeneração e favorecendo e estimulando sua regeneração induzida e regulando a 
proliferação dos fibroblastos (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Atua também como regulador, normalizador, estimulante e protetor dos processos 
metabólicos e de divisão celular atuando como agente antioxidante, opondo-se à 
peroxidação lipídica reorganizando os fosfolípides da membrana. Dessa forma, o silício 
participa do envelhecimento precoce (KEDE; SABATOVICH, 2009).
O silício induz e regula a produção de fibroblastos no tecido conjuntivo, atua como 
antioxidante inibindo a formação de radicais livres por participar da constituição das 
macromoléculas que formam o tecido conjuntivo, reduz a degeneração das fibras de 
colágeno e elastina e estimula sua regeneração (KEDE; SABATOVICH, 2009).
Não deve ser aplicado em pessoas que apresentam alergia aos componentes da fórmula 
e aos salicilatos e seus derivados (KEDE; SABATOVICH, 2009). DMAE está citado nos 
artigos científicos para uso tópico na sua forma base (líquida).
34
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Vitamina C (20% ou 222mg/mL, pH-6,0)
Trabalhos demonstram que embora a capacidade proliferativa e a síntese de colágeno 
sejam idade-dependentes, o ácido ascórbico é capaz de estimular a proliferação celular 
bem como, a síntese de colágeno pelos fibroblastos dérmicos independente da idade. A 
vitamina C atua também como importante co-fator para enzimas (PERRICONE, 2001). 
É essencial para a formação do colágeno, não é produzido pelo organismo. À medida 
que a pele envelhece a derme torna-se fina e seu colágeno diminui. Essas alterações 
aceleram-se ainda mais com a exposição a raios UVA e UVB de forma crônica 
(PERRICONE, 2001). 
Por sua ação na biossíntese do colágeno e por seu efeito redutor de radicais livres, 
a possibilidade de liberar doses farmacológicas de ácido L-ascórbico via percutânea 
apresenta-se como uma interessante e importante terapêutica (PERRICONE, 2001). 
Benefício:
 » Potente ação antioxidante. 
 » Restaura a luminosidade da pele fotoenvelhecida. 
 » Estimula a síntese de colágeno e elastina.
Uso intradérmico, sua principal indicação é flacidez, mesolifting facial e estrias. 
Apresenta reações como ardor no local da aplicação momentâneo. 
Outros tipos de medicamentos utilizados
São aqueles fármacos que não se enquadram em nenhuma das categorias citadas 
anteriormente ou por possuírem mecanismo de ação diferente.
Mesoglicano (pH- 7,0)
Além do que já é observado nos comentários do tópico lipolítico o composto 
mesoglicano apresenta ação fibrinolítica, seu estímulo se dá pela lípase advinda das 
lipoproteínas. Desse modo, inibe depósito de lípides e melhora o endotélio vascular. 
Seu uso é intradérmico. Tem efeito adverso por causar hematoma quando associado à 
benzopirona. É contraindicado a pessoas que tenham hipersensibilidade a heparinoiddes 
(CHORILLI et al, 2007).
35
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Hialuronidase (pH-5,5)
É uma enzima proteolítica. Este produto parece poder ser degradado pela 
aplicação de antisséptico alcoólico. Concedeu-se a ele uma responsabilidade de 
“descompartimentação” na celulite. Atribui-se a esse produto propriedades de 
estimulação dos fibroblastos. No entanto, ele pode causar reações locais intensas 
imediatas ou retardadas. É capaz de mudar a permeabilidade do tecido conjuntivo, 
diminuir edema, seu uso pode ser intradérmico para celulite ou subcutâneo para 
gordura localizada (CHORILLI et al, 2007).
Há necessidade de fazer teste cutâneo
As reações que podem vir a causar são processos alérgicos (eritema, prurido, 
vermelhidão) até depois da 4a aplicação. 
A aplicação deve ser feita intralesional numa concentração de 200UTR por local 
onde foi feito o preenchimento irregular. 
Frasco: 3000URT em 10mL soro
200UTR = 0,7mL 
Ácido tranexâmico
Age nos compostos que atuam na diferenciação dos melanócitos inibindo-os e assim 
evitando a formação de mais células produtoras de melanina.
É indicado na redução da pigmentação do melasma; na remoação de hemossiderina; na 
remoção da hiperpigmentação da pele resultante de cicatrizes de acne; manchas senis; 
hormonais, medicamentosas e por exposição solar e para tratamento para olheiras 
(ALBUQUERQUE, 2005).
Ácido kójico
Despigmentante natural, não é fotossensível e não causa alergia, diminui a produção de 
melanina pela tirosinase (MAYUMI et al., 2007).
Associando dois despigmentantes na fórmula de ação sinérgica otimiza os resultados 
(MAYUMI et al., 2007). 
36
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Tripeptídeo – 41
Derivado do fator de crescimento TGFβ, é um produto nanolipossomado, desse modo, 
apresenta facilidade na absorção. É indicado para tratamentos de gordura localizada e 
celulite (ROVER et al., 2001; CHORILLI et al, 2007). 
O tripepdeo-41 ativa o NFKb, o qual aumenta a produção de citocinas pró-inflamatórias 
como o TNFα. Ele aumenta o AMPc em adipócitos e bloqueia o PPAR-γ (estes são 
receptores importantes na adipogênese). Reduz a expressão de C/EBP (fator de 
transcrição essencial na adipogênese) e por último, mas não menos importante, reduz 
o acúmulo de triglicérides pela inibição de PPAR-γ e C/EBP (ROVER et al., 2001; 
CHORILLI et al, 2007). 
37
CAPITULO 3
Protocolos e técnicas de aplicação de 
intradermoterapia
Sugestões de protocolos de intradermoterapia
Os protocolos são essenciais no nosso dia a dia, no entanto para que possamos 
desenvolvê-los da melhor forma possível precisamos ser capazes de dominar a técnica. 
Além disso, precisamos saber avaliar o real problema do nosso paciente. Pois, dessa 
forma, saberemos qual melhor protocolo deve ser utilizado para obter os melhores 
resultados. 
A seguir, são apresentados alguns exemplos de protocolos interessantes a serem usados 
no cotidiano, contudo, na prática acabamos desenvolvendo nossos próprios protocolos, 
sem contar que em muitos casos é necessário o desenvolvimento de protocolos 
personalizados, o que os diferenciará no mercado de trabalho.
Despigmentante
Aplicação intradérmica por toda a extensão da mancha a ser tratada, adicionar 0,1mLpor ponto durante 12 semanas, sendo realizada 1x/semana.
 » Ác. Tranexâmico 8mg. 
 » Ác. Kójico 20mg. 
 » Lidocaína 8mg. 
 » Veículo qsp 2mL. 
Flacidez corporal ou facial ou estrias
 » ADN (ácido hialurônico 10% + condroitin 2,5%) 2mL. 
 » Elastina 1% 2 mL. 
 » Lidocaína 1% 2mL. 
 » Silício orgânico 1mg/2mL. 
 » DMAE 3%/2mL. 
38
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Rugas e linhas de expressão
 » Ácido hialurônico 40mg/4mL. 
 » Glucosamina 20%/4mL. 
 » Silício Orgânico 1mg/2mL. 
Flacidez corporal
 » Ácido hialurônico 10%/2mL. 
 » DMAE 3%/2mL. 
 » Condroitin Sulfato 200mg/2mL. 
Flacidez facial I
 » Ácido glicólico 1%/2mL. 
 » DMAE 3%/2mL. 
 » Ácido Hialurônico 40mg/2mL. 
 » Lidocaína 1%/2mL. 
Flacidez facial II
 » Condroitin sulfato 10%. 
 » Ácido hialurônico 0,06%. 
 » Silício orgânico 0,5%. 
 » DMAE 2,5%. 
 » Lidocaína 1%. 
Rejuvenescimento facial I
 » DMAE 7%. 
 » Lidocaína 2%. 
39
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Rejuvenescimento facial II
 » IGF. 
 » TGP2. 
 » EGF. 
 » Ácido Mandélico. 
 » Ácido Kójico. 
 » GAG. 
Estria vermelha
 » IGF. 
 » Vit. C 20%. 
 » Ácido hialurônico 1% + Condroitin 2,5% (XADN). 
 » Silício Orgânico 10mg/mL. 
 » Glicerinol. 
 » Lidocaína 1%. 
Estria branca
Mescla I
 » IGF. 
 » Vit. C. 
 » Polidocanol 0,5% - 0,5mL.
 » Silício Orgânico 10mg/mL. 
 » Componente Isolado - Gluconato de Cobre 0,28% - 0,5mL. 
Mescla II
 » Ácido hialurônico 0,06%. 
40
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » Buflomedil 1%. 
 » Sulf. magnesio 10%. 
 » Silicium P 3%. 
 » Lidocaína 1%. 
Flacidez corporal
Mescla I
 » Silício Orgânico 10mg/ml. 
 » Colágeno 2%. 
 » IGF. 
 » TGF. 
 » Ácido hialurônico 1%. 
Mescla II
 » DMAE 2,5%. 
 » Silício orgânico 0,5%. 
 » Polidocanol 0,5%. 
 » Lidocaína 1%. 
 » GAG 17,2%. 
Celulite
 » Benzopirona + Rutina 1mg/2mL. 
 » Cafeína 50 mg/2mL. 
 » Mesoglicana. 
 » Lidocaína 2%. 
41
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Celulite grau II
 » Loimbina 0,5%. 
 » Buflomedil 1%. 
 » Crisina 100mcg. 
 » L-carnitina 30%. 
 » Lidocaína 10%. 
Celulite grau III
 » Desoxicolato 122mg. 
 » Pentoxifilina 2%. 
 » Crisina 100mcg. 
 » Silício Orgânico 0,5%. 
 » Lidocaína 1%. 
Para gordura localizada
Mescla I
 » Desoxicolato de sódio 4,75%. 
 » Cafeína 100mg/2mL. 
 » Silício orgânico 10mg/mL. 
 » Bbuflomedil 10mg/2mL. 
 » Lidocaína 1%. 
Mescla II
 » Tripeptideo -41 1,2% 2mL. 
 » Cafeína 10mg/2mL. 
 » Lidocaína 1%. 
42
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » Silício orgânico 10mg/2mL. 
 » Aminofilina 40mg/2mL. 
Intramuscular – emagrecimento
 » Aminofilina 20mg. 
 » Furosemida 5mg. 
 » Lidocaína 40 mg. 
 » Cafeína 100 mg. 
 » Inositol 100mg. 
 » Veículo qsp 5mL. 
Emagrecimento grau I
Mescla I
 » Picolinato de cromo 200mcg. 
 » L-ornitina 150mg. 
 » L-fenilalanina 50mg. 
 » Inositol + Taurina 200mg. 
 » Lidocaína 10 mg. 
Mescla II
 » Vit. B12 + Metionina + inositol + colina 2mL. 
 » L-cornitina 600mg. 
 » L-ornitina 150mg. 
 » L-fenialanina 2,5%. 
 » Lidocaína 2%. 
43
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Mescla III
 » L-carnitina 600mg/ 2mL Emagrecimento grau II e III. 
 » L-Fenilalanina 2,5%/ 2mL. 
 » L-ornitina 150 mg / 2mL. 
 » Lidocaína 1% 2mL. 
Técnicas manuais de aplicação
As técnicas manuais de aplicação são realizadas por via parenteral, sendo as mais 
utilizadas na intradermoterapia ou mesoterapia a intradérmica, subcutânea e 
intramuscular, lembrando que a aplicação intramuscular não é considerada uma 
técnica mesoterápica, uma vez que Pistor relata que a técnica consiste em injeções 
intradérmicas ou subcutâneas de um fármaco ou de uma mistura de vários produtos 
denominado, melánge ou mesclas.
Outras técnicas conhecidas e utilizadas na aplicação são as técnicas, ponto por ponto, 
descrita pela primeira vez por Pistor, a qual envolve a aplicação da mescla no volume 
de 0,02 a 0,05mL perpendicular a pele (4 mm de profundidade) com uma distância de 
1 a 2 cm entre os pontos. Sendo injeções com pouco volume sempre perpendicular à 
pele em uma profundidade precisa na derme profunda, distanciando em torno de 1 a 2 
cm, como relatado acima, esta técnica é usada principalmente para redução da gordura 
localizada (ADELSON, 2005). 
A técnica Nappage é uma técnica mais superficial (2 mm de profundidade), ocorre 
pressão constante sobre o êmbolo durante a aplicação, como se imitasse uma máquina 
de costura em um ângulo de 45°, com uma agulha de 4 mm. Este procedimento é um 
dos mais desconfortáveis ao paciente, geralmente esta técnica é utilizada no couro 
cabeludo e na celulite (ADELSON, 2005). 
Nesta técnica de Nappage, o profissional, com um movimento de vibração rápido no 
pulso, vai produzir múltiplos impactos invisíveis no nível da epiderme. O gesto deve 
ser perfeitamente dominado para evitar escoriações cutâneas durante o mesolifting 
assim como o sangramento. O produto depositado nessas multipucturas é absorvido 
rapidamente. Isso porque esta técnica permite estimular as seguintes estruturas 
sub-basais e basais, como (LE COZ, 2012):
1. Unidade microcirculatória: importante efeito vasoativo (alternância 
cruzada de vasoconstrição e vasodilatação) (LE COZ, 2012). 
44
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
2. Unidade de competência nervosa: efeito mecânico direto da ponta da 
agulha sobre os receptores sensitivos da camada córnea (LE COZ, 2012). 
3. Unidade de competência imunitária: efeito farmacológico dos 
medicamentos utilizados na camada basal para a imunoestimulação (LE 
COZ, 2012). 
4. Unidade de competência fundamental: a absorção cutânea dos produtos é 
rápida. Ela segue uma passagem transdérmica. A substância fundamental 
é supostamente visada por essa passagem (LE COZ, 2012). Esta técnica é 
realizada em toda a extensão da face e pescoço, principalmente. 
A técnica epidérmica será relatada no tópico a seguir.
Figura 3. Ângulos de inserção da agulha segundo a via de administração: intramuscular (IM), subcutânea (SC) e 
intradérmica (ID).
IM – INTRAMUSCULAR
SC – SUBCUTÂNEA
IV – INTRAVENOSA 
ID – INTRADÉRMICA
FONTE:<http://dlb-network.com/photographyomn/intramuscular-injection-technique> acesso: 17/9/2015
45
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Intraepidérmica
A mais superficial (1 mm de profundidade) de todas as técnicas, em que a camada basal 
da pele não é penetrada. As agulhas de calibres 27-31 são usadas com o bisel orientado 
para longe da pele e arrastado ao longo com uma leve pressão positiva aplicada ao 
êmbolo, feito de um padrão de grelha, a intervalos de 1 cm ao longo de toda a área 
afetada. Esta técnica é útil para pacientes com baixo limiar de dor e é ideal para o 
rejuvenescimento facial (ADELSON, 2005).
Múltiplas injeções de pequenas doses de medicamentos, em locais precisos, em uma 
única sessão exigem muito do terapeuta. Para superar esta difícil tarefa, muitos 
profissionais usam um dispositivo chamado Mesogun. Os benefícios da Mesogun 
incluem injeções mais rápidas, entrega precisa da dose, profundidade consistente de 
penetração e mais conforto para o profissional e o paciente. (LEIBASCHOFF, 2006)
Além das tradicionais agulhas e seringas para o tratamento, também podem ser utilizadas 
sofisticadas pistolas de mesoterapia. Essas pistolas possuem injetores eletrônicos 
de múltiplos pontos que permitem a quantificação do volume e da profundidade da 
aplicação. A desvantagem no uso da pistola está na dificuldade de esterilização de todoo conjunto, uma vez que somente a agulha é descartável (HERREROS et al., 2011; 
ROHRICH et al., 2005).
Nesta técnica de injeção utiliza-se uma agulha de 13 mm de comprimento com um 
diâmetro de 0,29 mm (30 G) (LE COZ, 2012). A agulha é colocada superficialmente à 
pele, ou seja, a 15º aproximadamente com o bisel para cima. 
A técnica tradicional pode ser utilizada para tratamento de estrias, flacidez e 
rejuvenescimento facial, nestes procedimentos é necessário fazer uma pápula para 
administrar a medicação, também a 15º. Na estria esse tratamento deve ser aplicado 
dentro dela, na flacidez em toda a extensão e no rejuvenescimento em pontos chaves 
para a produção de colágeno e elastina da área tratada (LE COZ, 2012).
Quando for aplicar a técnica de intradermoterapia para rejuvenescimento na face e 
pescoço, os principais pontos a considerar serão:
 » Oval do rosto pescoço e colo. 
 » Músculo plastima. 
 » Músculo orbicular oral. 
 » Zona dos malares. 
46
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
 » Músculo orbicular ocular. 
 » Músculo prócero. 
 » Músculo corrugador do supercílio. 
 » Zona da testa. 
 » Profundidade das injeções 0,5 a 4,0 mm. 
Intradérmica
Utiliza-se a mesma agulha 30 G, no entanto, aplica-se a 45º, acometendo um plano mais 
profundo quando comparado à via epidérmica (LE COZ, 2012). Os lugares possuem 
poucos pelos, pouca pigmentação e pouca vascularização, por exemplo: face (LE COZ, 
2012).
Geralmente é injetado em torno de 0,05 a 0,1mL por ponto. Em aplicações intradérmicas, 
duas técnicas são bastante usadas: a ponto por ponto e a múltiplos pontos. (ADELSON, 
2005).
A técnica de múltiplos pontos necessita precisamente do posicionamento do ângulo da 
agulha a 45º, fazendo-a penetrar de 0,5 a 2 mm de profundidade (derme superficial). É 
interessante salientar que somente 1/3 da dose propelida é injetada (ADELSON, 2005).
A escolha da técnica de múltiplos pontos é guiada pela noção de 
“INTERFACE-MESO” – definida pelo Dr. Kaplan, que diz: A ação de 
estimuloterapia local e a ação farmacológica local ou sistemática da 
mistura injetada vão depender do número de receptores ativados, que é 
nomeado de nociceptores cutâneos, de unidades microcirculatórias ou 
de unidades de competências imunológicas (KAPLAN, 1992).
Desse modo, a superfície de contato entre a mistura injetada e o tecido-hospedeiro é 
bem maior em reconstrução do que em injeções contínuas ponto por ponto. Assim, para 
1 mL de líquido injetado em 10 pontos de 0,10 mL, a interface-meso será de 10 cm2, mas 
se para o mesmo volume, injetar em 200 pontos a reconstrução será de 0,005mL e 
então, a interface-meso será de 28,5 cm2 (KAPLAN, 1992).
RESUMINDO: A INTERFACE-MESO – seria a superfície de contato estabelecida entre 
os produtos injetados e o tecido injetado. Assim, quanto mais fragmentada a substância 
(por múltiplos pontos, com menor quantidade de substância), maior a interface-meso e 
maior o número de nociceptores/receptores dérmicos ativados (KAPLAN, 1992).
47
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Já na injeção intradérmica profunda, feitas entre 1 a 3 mm de profundidade sem pápula, 
com dose variando de 0,1 a 0,2 mL por ponto.
Figura 4. Esquematização de aplicação intradérmica na técnica de intradermoterapia (Figura A e B). 
Fonte:<http://enfermagemcontinuada.blogspot.com.br/2011/02/medicacao-via-intradermica.html> acesso:14/9/2015 - 
<http://slideplayer.com.br/slide/350077/> acesso:16/9/2015
Hipodérmica – subcutânea
Absorção é lenta, através dos capilares ocorre de forma contínua e segura. As regiões de 
aplicação podem ser, por exemplo: braço (apresenta velocidade média de absorção da 
medicação), abdome e flancos (velocidade rápida), perna e subglúteo (velocidade lenta). 
O local da aplicação deve ser revezado quando for aplicado por período indeterminado 
(LE COZ, 2012).
Essas injeções podem variar de 4 a 13 mm de profundidade em função das localizações, 
a aplicação ocorre com a agulha no ângulo de 90º dependendo da prega adipocitária, se 
o paciente for muito magro, deve-se fazer ângulo de 45º, no entanto, padroniza-se usar 
agulha 30 G para tratamentos de gordura localizada (LE COZ, 2012).
Complicações que a técnica hipodérmica pode 
apresentar
 » Infecções inespecíficas. 
 » Formação de tecido fibrótico. 
 » Embolias por lesão de vaso ou uso de drogas oleosas ou em suspensões. 
 » Lesão de nervos. 
 » Úlcera ou necrose de tecidos.
48
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Figura 5: Esquematização da aplicação subcutânea na técnica de intradermoterapia. 
Fonte:< http://www.acervosaude.com.br/videos_enf_24.html> acesso: 16/9/2015
Intramuscular - IM
A aplicação IM é de rápida absorção. O músculo escolhido dever ser bem desenvolvido 
de fácil acesso, não possui grandes calibres e nem nervos.
Os músculos e volumes injetados são:
 » DELTOIDE – de 2 a 3 mL. 
 » GLÚTEO – de 4 a 5 mL. 
 » MÚSCULO DA COXA (quadríceps – vasto lateral) - de 3 a 4 mL. 
Aplicação do músculo glúteo
Dividir o glúteo em quatro quadrantes e aplicar no quadrante superior externo.
Complicações que a técnica intramuscular no músculo 
glúteo pode apresentar
As complicações que podem ocorrer na aplicação IM são: embolia, infecção e abscessos. 
O profissional deve tomar cuidado com o nervo ciático na aplicação na região glútea.
49
MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Figura 6: Ilustrações A, B, C, D e E da aplicação intramuscular para a técnica de intradermoterapia na região 
glútea. 
Fonte: <http://instrumentalenfermero.blogspot.com.br/2012/12/dentro-del-musculo-via-intramuscular.html> acesso: 27/8/2015 
- <www.youtube.com/watch?v=_KBVuy-92QI> acesso: 27/8/2015 <http://mariaspaces.bligoo.es/asociacion-espanola-de-
pediatria>acesso: 27/8/2015
Aplicação do músculo deltoide
5 a 6 cm depois do final do ombro (~ 4 dedos).
50
UNIDADE I │ MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA
Complicações que a técnica intramuscular no músculo 
deltoide pode apresentar
Vásculos-nervosas com paralisia muscular.
Figura 7: Ilustração da aplicação intramuscular da técnica de intradermoterapia na região deltoide.
Fonte: <http://pt.slideshare.net/jlassala/administrao-de-medicamentos-44264270> acesso: 27/8/2015
Aplicação no músculo da coxa
Distanciar um palmo a partir do joelho até o vasto lateral.
Complicações que a técnica intramuscular no músculo 
da coxa pode apresentar
Nesta aplicação o Farmacêutico(a) Esteta deve tomar cuidado com o nervo 
fêmuro-cutâneo. Podendo causar abscessos, nódulos e dores. 
Figura 8. Ilustração da área proposta para a injeção intramuscular na região ântero-lateral da coxa, utilizando-se 
a metade distal do quadrilátero (área hachurada) como local de escolha para a aplicação desta injeção (IM). 
Fonte: Rocha et al., 2002.
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MESOTERAPIA – INJETÁVEIS INTRADERMOTERAPIA │ UNIDADE I
Figura 9. Ilustração da área preconizada pela literatura para realização da injeção IM na região ântero-lateral da 
coxa.
Fonte: Rocha et al.,2002.
Seringas utilizadas na intradermoterapia
Lembre-se que é estéril, descartável, em plástico é utilizada uma para cada paciente em 
cada sessão. Todos os tipos de seringa podem ser usados com um tipo de aparelhagem 
específico para o seu tamanho. Seu tamanho varia, por exemplo (LE LOZ, 2012): 
I. Seringas com volume de 1 a 2,5 mL, geralmente usadas para intervenções 
na face ou sobre o couro cabeludo, pois as graduações são mais precisas e 
a pressão na injeção menor. 
II. Seringa de 5 mL geralmente para intervenções manuais de áreas médias. 
III. Seringa de 10 mL na maioria das vezes é utilizada para grandes áreas, 
para tratamento de gordura localizada, celulite, flacidez (dependendo da 
região),

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