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ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE resumo 3

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ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE (UNIDADE 3)
PRINCIPAIS DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS LIGADAS AO SEDENTARISMO E A OBESIDADE
ETIOLOGIA - Parte da medicina que trata da causa das doenças.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
O sangue bombeado pelo coração é transportado pelas artérias, veias e capilares para todos os tecidos e órgãos do corpo. Este processo envolve duas fases distintas do batimento do coração: SÍSTOLE E DIÁSTOLE.
SÍSTOLE- é a fase de contração em que o coração impulsiona o sangue pelo corpo. Durante a fase da sístole o sangue invade as artérias e na sua passagem pressiona suas paredes tencionando-as. Esta tensão é medida por um aparelho (esfigmomanômetro) colocado externamente ao vaso, por sobre a pele, a função do aparelho é pressionar no sentido contrário ao do sangue, medindo assim a pressão arterial sistólica.
DIÁSTOLE – é quando o coração “relaxa” brevemente para que suas câmaras sejam enchidas de sangue e reinicie o novo processo de bombeamento. Durante o período de “relaxamento” do coração, conhecido como diástole, conseguimos mensurar a pressão diastólica.
Pressões em torno 120 por 80mmHg (milímetros de mercúrio) são consideradas normais.
FATORES DE RISCO- tabagismo, colesterol alto, alimentação rica em sal e gorduras, estresse e histórico familiar.
ASSISTOMÁTICA - Por não apresentar sintomas claros de sua existência, é conhecida como “assassina silenciosa”. Ela sozinha aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares. Configura-se como um dos principais agravos à saúde no Brasil, elevando sobremaneira o custo médico-social. As medidas de maior eficiência no tratamento estão diretamente associadas ao estilo de vida positivo. Reforçando o quanto este estilo de vida é importante no combate a morbimortalidade causado pelas doenças crônicas.
 MEDIDAS NÃO MEDICAMENTOSO - sem a utilização de medicamentos.
Redução do peso corporal e manutenção do peso ideal (IMC entre 20 e 25 kg/m2).
Redução da ingestão de sódio (ingerir até 6 g/dia de sal, = 4 colheres rasas de café).
Maior ingestão de potássio (dieta rica em vegetais e frutas, entre 2 e 4 g/dia de potássio).
Redução de bebidas alcoólicas (30g álcool/dia, aproximadamente uma cerveja de 600 ml).
Exercícios físicos regulares (30 min. de ativ. física moderada nos dias da semana).
MEDIDAS EFEITO AGUDO: causado imediatamente à atividade física e passageiro.	
Durante os exercícios aeróbios a frequência cardíaca sobe e com ela a tensão arterial, o organismo durante a prática de exercícios físicos entra num estado que chamamos de prontidão para o esforço, neste momento acontece um aquecimento do corpo e um processo dexasodilatação, que é a ampliação do calibre ou luz dos vasos sanguíneos, para facilitar a passagem de suprimento (O2 e glicose) trazidos pela corrente sanguínea para os músculos e demais órgãos. Após o término da sessão de exercício, a pressão arterial cai abaixo dos níveis normais por um período em torno de 20 a 120 minutos, este efeito é que chamamos de agudo e se destaca ainda mais quando a pessoa é hipertensa.
Se esta prática se torna rotineira este efeito começa a aumentar durante a fase pós-exercício, além, é claro, dos efeitos benéficos adicionais, como a redução do peso corporal, a diminuição do stresse,a melhoria do perfil lipídico sanguíneo, a consequentemente melhora do padrão alimentar, entre outros.
DIABETES MELITO
Desordem metabólica diminui a capacidade do organismo em metabolizar (“queimar”) a glicose que é responsável por alimentar de energia as células do nosso organismo. 
Tipo 1 – INSULINO-DEPENDENTE. O pâncreas deixa de produzir insulina e o portador precisa de insulina externa. 
Tipo 2 – NÃO INSULINO-DEPENDENTE. O pâncreas produz insulina, mas as células do corpo ficam insensíveis ao hormônio, o portador só em alguns casos/momentos vai precisar de insulina externa.
Os valores recomendados de concentração de glicose sanguínea não devem ultrapassar as 110mg/dl (miligramas por decilitros) após 12hs de jejum.
DIABETES TIPO 1- o pâncreas deixa de produzir ou produz em baixa escala o hormônio insulina, que é responsável por permitir a entrada da glicose no interior das células (uma espécie de chave), assim a glicose se acumula no sangue e depois é eliminado pela urina através dos rins. Por razões ainda não bem esclarecidas, as células betas, que são as células pancreáticas responsáveis por produzirem a insulina, são atacadas pelo sistema imunológico e deixam de produzir a insulina, por isso a pessoa acometida por este tipo de diabetes precisa receber insulina para que as concentrações de glicose sejam metabolizadas e o corpo possa receber esta energia tão importante.
SINTOMAS- tipo 1 são facilmente identificáveis, podem aparecer em qualquer idade.
Micção excessiva e frequente, fome insaciável, sede intensa, perda de peso, visão turva, náuseas e vômitos, fraqueza, tontura, irritabilidade e fadiga extrema, dificuldade de cicatrização de pequenos ferimentos ( na gengiva por exemplo).
DIABETES TIPO 2 - tem um mecanismo etiológico diferente. Neste caso, o pâncreas produz a insulina, mas as células do organismo, que precisam da glicose para se alimentar, começam a ficar
insensíveis à insulina, é como se a fechadura, neste caso, os receptores de insulina, não reconhecessem a chave. E o resultado é que começa a se acumular no sangue a insulina e a glicose, sobrando para os rins a difícil tarefa de eliminá-los pela urina. 90% é tipo 2.
SINTOMAS- tipo 2 são mais discretos; são mais lentos e geralmente se pronunciam após os 30 anos e vão aumentando com o passar da idade.
FATORES DE RISCO- sedentarismo, má alimentação e a obesidade. Devido ao efeito tóxico dos níveis elevados de glicose na corrente sanguínea sobre os vasos, nervos e outros tecidos do corpo. 
Cerca de 75% dos casos de óbito por diabetes estão ligadas às doenças cardiovasculares.
MEDIDAS- exercícios, boa alimentação e a adoção de um estilo de vida positivo, combatem o diabetes 2. 90% dos casos podem ser resolvidos com esta mudança no estilo de vida.
Durante o exercício, como já foi colocado anteriormente, o corpo entra em estado de prontidão potencializando o metabolismo para as solicitações de gasto energético.
Durante este período os músculos podem aumentar de 7 a 20 vezes a captação de glicose aumentando a sensibilidade dos receptores na presença, inclusive, de pouca insulina, isso faz com que as taxas de glicose sanguínea caiam abaixo dos patamares normais. 
Este fenômeno, dependendo da duração e intensidade do exercício, pode durar de várias horas até dois dias após a sessão. Se estas sessões se repetem regularmente este efeito pode se tornar crônico trazendo enorme benefício para os diabéticos. 
Se o diabético for insulino-dependente, deve tomar cuidados adicionais com os pés, pois é natural a perda de sensibilidade nas extremidades do corpo. Mas, isso não deve ser impedimento para a prática esportiva dos diabéticos tipo 1. 
COLESTEROL
Substância presente em todas as células do corpo, responsável por várias funções bioquímicas, presente na gordura de origem animal muitas vezes até confundida com ela ou usada como sinônimo de gordura ou lipídio.
Nosso organismo produz para seu próprio funcionamento, E também absorve dos alimentos, principalmente, os de origem animal.
Quando o colesterol total ultrapassa os 200mg/dl é preciso ficar atento para os riscos que pode trazer.
Quando os níveis de colesterol estão elevados uma parte do excesso fica depositado nas paredes das artérias, aumentando, com isso, os riscos de doenças cardiovasculares.
O colesterol, a exemplo do triglicerídeos e de outras gorduras ou lipídeos, é carregado pela corrente sanguínea por transportadores conhecidos como lipoproteínas, que se dividem em lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e de alta densidade (HDL).
LDL- é o mau colesterol, pois influencia no “acúmulo de gordura” nas paredes das artérias.
Os níveis considerados aceitáveis não podem ultrapassar as 130mg/dl (130 miligramas de LDL-colesterolpor decilitros de sangue).
 Seu nível ideal é de 100mg/dl.
HDL- é o bom colesterol, pois leva o excesso até o fígado para ser transformado em bile, às vezes, até para ser eliminado do organismo pelas fezes. Controlando as taxas de colesterol sanguíneo.
A proporção ideal de colesterol seria de 100mg/dl para o LDL e 60mg/dl HDL, ou seja, um colesterol total de 160mg/dl. A notícia ruim é que as pessoas com HDL superior a 60mg/dl são bem raras.
Da mesma forma que exemplificamos a insulina como uma chave que facilita a entrada da glicose da célula, o HDL- seria uma espécie de caminhão de lixo que coleta a gordura pelo organismo e a recicla ou joga fora através do fígado. 
Quando os níveis de HDL-colesterol são elevados (e”60mg/dl), observamos uma redução dos riscos de doenças cardiovasculares.
AUMENTO DE HDL- exercício aeróbio regular aparece em primeiro lugar na ordem de importância para o aumento do HDL, seguido pela redução do peso corporal, interrupção do tabagismo e diminuição do consumo de álcool. 
REDUÇÃO DE LDL- é preciso EXERCÍCIO AERÓBIO, uma reeducação alimentar, principalmente, no tocante à redução do consumo de gordura saturada, tão abundante em alimentos industrializados. 
A interrupção do tabagismo e diminuição do consumo de álcool. 
4. DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Pelo que já estudamos até agora foi possível perceber que as doenças cardiovasculares são as que mais predispõem as pessoas ao quadro de morbimortalidade. Só para termos uma idéia do impacto destas doenças, além de serem responsáveis por mais da metade do total geral de óbitos nos países desenvolvidos, como já observamos na unidade anterior, se elas fossem eliminadas, teríamos um acréscimo de 10 anos na expectativa de vida.
Temos mais de 20 diferentes doenças ligadas ao coração e aos vasos, por isso o termo “doenças cardiovasculares” é entendido de forma genérica.
É inquestionável o papel das doenças cardiovasculares na morbimortalidade no mundo contemporâneo ocidental, tanto para os países desenvolvidos quanto para os em desenvolvimento. As doenças cardiovasculares especialmente a cardiopatia isquêmica e o acidente vascular cerebral são e serão, conforme projeção para 2020, as principais causas de morte, morte prematura e de anos perdidos com
incapacitação (MATOS et. al., 2004).
Cardiopatia isquêmica: acontece quando suprimento de sangue é interrompido causando a isquemia, ou seja, a morte do tecido cardíaco por falta de suprimento sanguíneo.
4.1. Cardiopatia ou doença coronariana
Para estudarmos a doença coronariana, precisamos entender a sua etiologia. Neste contexto, vamos estudar a aterosclerose que, em linhas gerais, é conhecida pela formação de uma placa de substância gordurosa na camada interna dos vasos sanguíneos. É tida como fator subjacente em aproximadamente 85% dos casos de doenças cardiovasculares. A aterosclerose pode desencadear a cardiopatia, o acidente vascular cerebral (AVC) e a doença arterial periférica.
A aterosclerose é tida como fator subjacente em aproximadamente 85% dos casos de doenças cardiovasculares.
Vejamos como se forma a placa aterosclerótica. O mecanismo é bem complexo e controverso, mas vamos abordá-lo superficialmente e de forma didática.
Segundo Nieman (1999), o processo tem início na lesão da parede do vaso ocasionada por vários fatores associados, entre eles podemos destacar:
o nível elevado de colesterol e as lipoproteínas oxidadas, a pressão arterial elevada, o tabagismo, a má alimentação, entre outros. Em resposta a esta lesão, os monócitos são atraídos para o local, se acumulam no revestimento interno do vaso (conhecido como íntima) e se transformam em macrófagos
(células comedoras). Estes macrófagos, ao realizarem a fagocitose, liberam proteínas que estimulam a produção de colágeno e de outras substâncias que formam o tecido fibroso da placa aterosclerótica. Como resultado deste processo, temos um estreitamento progressivo da luz do vaso, que, por
conseguinte, pode desencadear um ataque cardíaco, um AVC ou até uma doença arterial periférica (varizes).
Então, você já está percebendo porque colocamos as doenças cardiovasculares nesta sequência. Veja só os fatores de risco para o surgimento da doença coronariana, principal doença cardiovascular. Antes, porém, precisamos dividir estes fatores em primários e secundários para entendermos
melhor o quanto os fatores associados podem predispor a pessoa a esta doença tão perigosa e também, quanto o estilo de vida positivo pode contribuir na prevenção e no combate a esta doença.
Segundo Pollock & Wilmore (1993), os fatores primários podem ser alteráveis, basta a pessoa se esforçar e modificar seu estilo de vida. São eles:
• a hipertensão arterial.
• os lipídeos sanguíneos (LDL-C elevado e HDL-C reduzido,
triglicerídeos elevado).
• tabagismo.
Lipoproteínas oxidadas:neste processo o LDL pode ser oxidado pelo fumo e/ou pela ausência das vitaminas antioxidante (A, E e C).
Monócitos: leucócitos ou glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo.
Fagocitose: é a ingestão e destruição de uma partícula de microrganismo por uma célula, conhecida como fagócito.
Fatores de risco primário: já amplamente comprovados, em que não há mais dúvidas de sua participação na etiologia da doença
Fatores de risco secundário: tão importante quanto os primários ainda precisam passar por mais estudos para uma melhor compreensão no mecanismo etiológico da doença.
Já os fatores secundários são divididos em alteráveis e inalteráveis.
Alteráveis:
• diabetes.
• estresse.
• sedentarismo.
• obesidade.
Inalteráveis:
• idade.
• gênero masculino e hereditariedade.
Ainda segundo estes renomados cientistas, a hipertensão tornou-se a principal preditora da doença coronariana, especialmente, quando associada a outros fatores aqui apresentados.
4.2. Acidente Vascular Cerebral – AVC
Outra doença muito perigosa é o acidente vascular cerebral, conhecido simplesmente como AVC ou ainda derrame.
O nosso cérebro requer aproximadamente 25% do volume de sangue bombeado pelo corpo e ainda 75% da glicose presente no sangue. Então, não se assuste com a fome que sentimos quando estamos estudando, mas é que realmente precisamos nos alimentar bem nesta hora, mas não vamos
exagerar!
Diferente de outros órgãos do corpo, como, por exemplo, os músculos, o cérebro não possui energia armazenada em forma de glicogênio e se ficar privado de sangue por pouco tempo já será suficiente para perder a função da região afetada e as consequências podem ser irreversíveis ou até fatais.
Os AVCs podem ser isquêmicos onde o suprimento sanguíneo é interrompido e a área afetada sofre uma necrose. Ou hemorrágico (derrame) onde acontece o sangramento dentro do cérebro.
Este primeiro tipo de acidente pode ser transitório, quando um coágulo ou trombo sanguíneo interrompe transitoriamente a passagem do sangue ou, ainda, o definitivo quando esta interrupção causa a morte da região afetada por falta de sangue.
No caso do hemorrágico, acontece o rompimento da artéria cerebral e o vazamento do sangue para outras regiões do cérebro, este tipo é mais raro, mas muito mais fatal.
Em ambos os casos, a aterosclerose e a hipertensão são os fatores subjacentes.
Como sempre, a boa notícia é que os fatores de risco, como a hipertensão, a obesidade, além da má alimentação, do tabagismo e do estresse, podem ser combatidos pela mudança do estilo de vida de sedentário para ativo, esta
doença também pode ser evitada com atitudes simples e econômicas.

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