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O papel da escola na sociedade

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O Papel da Escola na Sociedade
A escola tem uma função a cumprir socialmente e essa função só se realiza
na ação individual dos profissionais que ali atuam. A escola, historicamente, é
o lugar, por excelência, da mediação do conhecimento sistemático, científico
elaborado ao longo dos tempos pelo conjunto de sujeitos sociais. 
A função da escola então é realizar a mediação entre o conhecimento prévio
dos alunos e o conhecimento formal, sistematizado, possibilitando formas de
acesso ao conhecimento científico. Logo a definição de objetivos, a seleção
de conteúdos, a proposta metodológica e o processo avaliativo devem ser
alicerçados na reflexão filosófica como já foi citado anteriormente. 
Dessa reflexão e seleção é que se configurará a prática educativa mediada pela
ação pedagógica do professor com os alunos, ou seja, é a ação que faz com
que o currículo escolar se efetive. Assim a escola deve manter uma lógica, uma
coerência entre os documentos que manifestam a ação refletida do conjunto de
pessoas que ali atuam. 
Luckesi (1992, p.119), explica que o ato de planejar não pode relegar nenhum pro‐
cedimento de análise, uma vez que esse ato deve ser ao mesmo tempo político,
social, científico e técnico. [...] político-social, na medida em que está comprome‐
tido com as finalidades sociais e políticas; científico, na medida em que não se
pode planejar sem um conhecimento da realidade; técnico, na medida em que o
planejamento exige uma definição de meios eficientes para obter os resultados. 
Para se atingir o grau de reflexão necessária na totalidade do processo educativo
da escola, os sujeitos envolvidos devem ter um nível de conhecimento que
possibilite essa compreensão. As formações iniciais, a graduação, nem sempre
exploram esse conhecimento subsidiando o acadêmico para esse debate e
vivência. Logo a escola deve proporcionar momentos de formação continuada
almejando qualificar o trabalho ali desenvolvido. 
Assim o gestor escolar precisa oferecer condições para que haja estudos em
grupo, promoção de palestras, aquisição de acervo bibliográficos e periódicos que
auxiliem a coordenação pedagógica na organização da formação continuada.
Esse é um dos papéis fundamentais da coordenação pedagógica na escola. 
Planejar o processo educativo é planejar o indefinido, porque a educação
não é um processo, cujos resultados podem ser totalmente pré-definidos,
determinados ou pré-escolhidos, como se fossem produtos decorrentes de uma
ação puramente mecânica e impensável. 
Devemos, pois, planejar a ação educativa para o homem, não lhe impondo
diretrizes que o alheiam. Permitindo, com isso, que a educação ajude o homem a
ser criador de sua história. (MENEGOLLA; SANT’ANNA, 2002, p. 23). 
O professor, a coordenação pedagógica e a gestão escolar para serem “criadores
de história” precisam se respaldar nos conhecimentos elaborados, conhecer a
política educacional e as legislações nacionais e do sistema de ensino que a
escola está inserida, dominar a estrutura organizacional da escola, qualificar
a participação nos diferentes momentos de discussão sabendo argumentar,
dialogar, trabalhar em grupo, dentre outros aspectos que fazem com que os
sujeitos do processo de organização pedagógica e administrativa da escola
exerçam autonomia e atribuam identidade ao grupo.
A análise das condições para se efetivar o planejamento fundado na reflexão
filosófica e capaz de promover uma educação crítica, nos leva a questionar: como
o planejamento está organizado na escola? 
A organização do planejamento, geralmente, é feita na escola por ano/série de
aprendizagem. A coordenação pedagógica estabelece o horário do planejamento
de acordo com a carga horária dos professores, como, por exemplo, reunir os
professores da educação infantil, pré-escola, professores do 1º ano do ensino
fundamental, do 2º ano e assim por diante. 
Há os momentos em que a coordenação pode reunir os professores em
sequência, ou seja, os que atuam na pré-escola com os que atuam no 1º ano.
Esse tipo de organização garante a sequência dos conteúdos e a troca de
informação sobre o rendimento dos alunos, a partir da aprendizagem, além de
possibilitar a previsão e a prioridade das ações. 
O momento de planejamento dos professores é garantido por lei e são dispostos
no calendário escolar. O artigo 67, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, nº 9394/96, expressa, 
“Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação,
assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira
do magistério público: [...] V - período reservado a estudos, planejamento e
avaliação, incluído na carga de trabalho; [...].” 
Há sistemas de ensino ou escolas que organizam a semana de planejamento em
conjunto, geralmente no início de cada período letivo, início de cada semestre,
por exemplo. São momentos em que se realizam debates sobre a organização
pedagógica e administrativa da escola. 
Ocasiões em que os profissionais que atuam na escola podem conhecer os
documentos que norteiam o seu trabalho, como o projeto pedagógico, currículo
escolar e o regimento escolar. A partir disso, os profissionais, nos diferentes
segmentos que atuam, passam a ter condições de planejar atendendo as
necessidades da escola.
Última modificação: 2 de set de 2019

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