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RELATÓRIO DE VISITA AO CAPS III

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FACULDADE ANHANGUERA DE JOINVILLE
CURSO DE PSICOLOGIA
RITA MARGARETE ALEXANDRE DA SILVA (4ª FASE)
Matrizes do Pensamento em Psicologia – Psicanálise
RELATÓRIO DE VISITA AO CAPS III
JOINVILLE-SC
2019
RELATÓRIO DE VISITA AO CAPS III
Dia 06 de setembro de 2019, nós, alunos de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Joinville fizemos uma visita ao CAPS III de Joinville, localizado na Rua Tubarão, nº 128, no bairro América.
Os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) são instituições que acolhem pessoas com transtornos mentais, realizando acompanhamento clínico, reinserção social, estimulando a interação social e familiar destas pessoas.
O indivíduo com transtorno mental, usuário de drogas, álcool ou outras substâncias pode chegar ao CAPS de forma espontânea. Lá, ele passa por uma triagem com um profissional, que monta com ele uma agenda de atividades que pode realizar dentro da instituição, entre elas, também as chamadas oficinas.
Dentro das oficinas, existem aquelas de caráter grupal que podem envolver a família desses usuários, com psicólogos; tem as oficinas de caráter manual, onde se confeccionam artesanatos, são feitas pinturas, costuras e outros mais; os usuários também podem participar de atividades como teatro, música, coral.
O CAPS conta com uma equipe multidisciplinar formada por terapeuta ocupacional, assistente social, enfermeiro, psicólogo, médico e assistentes administrativos.
O usuário do CAPS tem liberdade, autonomia, eles têm direito de ir e vir quando acharem necessário.
O CAPS III, que visitamos é um ambiente muito harmonioso, espaço e setores bem organizados, com refeitórios, salas de oficinas, área livre com cadeiras, área administrativa na parte superior do espaço, sala de recepção e acolhida, além de um maravilhoso jardim.
Fomos recepcionados com muito carinho, tanto pela equipe que presta serviços ao CAPS, quanto pelos usuários.
O médico Dr. Luiz presta serviços ao CAPS, ele palestrou sobre suicídio, com o tema: Prevenção Suicida e Amor a Vida.
O suicídio é a segunda maior causa de morte no mundo. Não é uma doença e sim um ato. A pessoa que tenta o suicídio na maioria das vezes não quer tirar a própria vida, mas quer matar a dor que sente.
Hoje as principais causas de suicídio estão ligadas a transtornos de humor, como depressão, bipolaridade, esquizofrenia e outros.
A depressão é o maior fator que leva ao suicídio. Ela deve ser tratada, pois pode desencadear comportamentos suicidas. Pessoas idosas, adolescentes (devido a conflitos familiares ou quadros de depressão), usuários de drogas, álcool ou outras substâncias também tem grande possibilidade de cometerem suicídio.
A depressão é a segunda maior causa de incapacitação no mundo. Uma doença extremamente séria, de longa duração, que dificilmente resolve-se em curto espaço de tempo. Quando diagnosticada, não é somente um tipo de sintoma, mas um conjunto, desde sentimento de vazio, desesperança, pessimismo, até mesmo desejo de morrer, levando a ideação suicida.
Muitos acham que depressão é frescura, falta de ter o que fazer, falta de Deus, mas não é. Depressão é coisa séria e precisa ser levada a sério, estima-se que a cada quarenta segundo uma pessoa comete suicídio.
Nove em cada dez pessoas em algum momento da vida já pensaram em suicidar-se e entre os homens a taxa de suicídio é maior.
Há diferença em pensar em suicidar-se e planejar o suicídio. A pessoa que diz, por exemplo: “Eu comprei uma corda, quero acabar com minha vida”, tem maiores chances de consumar o ato, pois este já foi planejado é um caso de alerta, o risco é muito maior.
O diálogo tem grande importância na prevenção ao suicídio. Ao falar com alguém com ideação suicida, é preciso ter uma abordagem acolhedora, sem nenhum tipo de preconceito, mostrar-se disponível, não arrumar desculpas para evitar o assunto, nem usar expressões como: “Isso não é nada”, “tem muita gente numa situação pior”, a pessoa precisa de acolhimento e não de repreensão.
Pessoas com ideias suicidas precisam saber que não estão sozinhas, é importante deixar claro que podem contar com você para desabafar. Às vezes não é o suficiente para resolver o problema, mas dá mais tempo e permite que organizem suas ideias e emoções; indicar a terapia é muito importante, sugerir que a pessoa procure ajuda profissional é essencial; pode-se também indicar o CVV (Centro de Valorização da Vida) que tem atendimento telefônico 24 horas por dia pelo número 188, onde pessoas preparadas para ouvir irão atendê-lo.
O número de pacientes que apresentam algum tipo de transtorno mental vem aumentando, consequentemente o consumo de medicamentos psicotrópicos também. A prescrição e o fornecimento desses tipos de medicamentos também são atividades desenvolvidas pelo CAPS.
Nessa visita ao CAPS, identificamos quadros de esquizofrenia, fobia social, quadros depressivos, transtorno bipolar e certamente se ficássemos mais tempo, outros transtornos seriam identificados.
Alguns usuários eram bem receptivos, outros tinham olhares distantes, uns tinham uma tristeza estampada no rosto, outros conversavam entre si, alguns perguntavam de onde éramos. Cada um com seu mundo interno, de emoções, experiências e sofrimentos, porém, juntos num mesmo ambiente partilhando uma convivência, alguns residem lá temporariamente (por alguns dias), outros vem para utilizar os serviços do CAPS.
Essa visita ao CAPS contribuiu muito com minha formação acadêmica. Fiquei muito impressionada. O ambiente é muito acolhedor, harmonioso, senti uma imensa vontade de ficar mais tempo lá. Sinceramente senti vontade de trabalhar com aquelas pessoas.
Houve apresentações de coral e teatro, no final, distribuíram alguns lírios feitos de papel (dobradura) para os que estavam sentados próximos a equipe que encenava. Na minha frente tinha uma usuária do CAPS que virou-se e entregou-me um lírio, eu agradeci com um sorriso, ela vendo que fiquei feliz, disse que estes lírios foram feitos ali no CAPS, perguntei se ela também havia feito, disse-me que fez apenas um, eu disse a ela que é muito lindo o lírio, então perguntou-me se sou estagiária, eu disse que sou estudante, então, ela sorriu-me e disse: “Que bom que você veio!”.
Senti uma emoção tão grande que parecia não caber no peito.
No final, a procurei com os olhos, gostaria de dar-lhe um abraço. Logo ela passou por mim e não resisti, cheguei a ela e disse: “Tchau, obrigada por tudo!” e fui abraçando-lhe. Ela abraçou-me calorosamente e sorriu.
Confesso que fiquei muito impressionada com essa visita e certamente se tiver outra, quero ser a primeira a ir.

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