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Apostila Eritrograma Veterinário

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Eritrograma
Profª Drª Soraya Sacco Surian
Laboratório Clínico Veterinário
Instituto Federal Catarinense
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
índice
Introdução ao Laboratório Clínico01
Hematopoiese
Compostos do sangue, Eritropoiese, Hemoglobina, Reticulócitos02
Práticas
03 Eritrograma e modificações eritrocitárias
04
05
Anemias e Policitemias
- Circulatório
- Reprodutivo
- Imunológico
- Respiratório
- Nervoso
- Muscular
- Renal
- Digestório
- Hematopoiético
- Tegumentar
Os exames hematológicos estão entre os mais práticos, econômicos e de maior utilidade na prática clínica. Isto
porque o tecido sanguíneo tem por função principal manter a homeostase corpórea; deste modo é um “espelho” do
animal no momento da colheita. O hemograma pode ser considerado um exame de primeira linha ou de triagem
clínica, juntamente com o exame de fezes e a urinálise. Quando bem indicado, com material bem colhido e
acondicionado adequadamente, podem prestar grande auxílio ao clínico, quer seja no diagnóstico, no prognóstico
ou no controle terapêutico.
Hemograma
Indicações
O hemograma atualmente é considerado
um exame semiológico.
É um exame de alta sensibilidade, porém
de baixa especificidade. Portanto, sua
indicação é bastante ampla, podendo ser
útil no diagnóstico, mesmo precoce; na
avaliação de um prognóstico (bom,
reservado ou ruim); na eficácia
terapêutica, determinando se o
tratamento realizado está sendo
adequado; enfim, avaliando o estado de
saúde dos animais.
Quando 
solicitar um 
hemograma?
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO
Contraindicação
Não devemos utilizá-lo separadamente ao exame clínico, e
sim associar os achados do exame clínico com os
laboratoriais.
Posologia
Após quanto tempo devemos repetir um hemograma
sempre é uma questão comum ao clínico. Na realidade o
veterinário pode pedir o hemograma completo ou partes
dele assim que julgar necessário.
Partes do hemograma
O hemograma completo é composto de
eritrograma, leucograma e contagem de
plaquetas. Pode-se ainda determinar a
proteína total plasmática, reticulócitos e o
fibrinogênio.
Resultados
Os resultados variam de acordo com a espécie animal. A
leitura dos mais diversos exames é feita por comparação com
os valores de referência. Esses valores são obtidos tendo
como referência uma população animal. É importante se ter
o conhecimento que 95% dos animais que estão dentro dos
limites são sadios, porém há 5% da população que estão fora
da referência, mesmo não estando doentes. Também há a
possibilidade de ocorrer falso negativo e falso positivo.
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Hematopoiese
Hematologia
Dica
Compostos do sangue
O sangue é composto por uma parte líquida e outra celular. Sendo a parte líquida denominada de plasma,
quando com anticoagulante; ou soro, quando sem o anticoagulante. A parte celular é composta pelos
eritrócitos, leucócitos e trombócitos (as plaquetas dos mamíferos não são células). Os leucócitos são
constituídos pelos granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e os agranulócitos (linfócitos e
monócitos).
A hematopoiese (do grego: haima: sangue e poiein: fazer) é a produção das células do sangue.
Compreende a eritropoiese que é a produção de eritrócitos (hemácias), a leucopoiese que é a produção
de leucócitos e a trombocitopoiese que é a produção de plaquetas.
Com relação à formação das células do sangue, a teoria mais aceita hoje em dia é a da existência, na
medula óssea, de uma célula pluripotencial indiferenciada, chamada de célula-tronco (stem cell). Essa
célula, ao dividir-se, origina duas células filhas: uma célula igual a si própria, formada para manter a
população constante, e uma outra célula chamada de unidade formadora de colônia (UFC).
A UFC pode ser, indiferentemente, uma UFCe ou formadora da linhagem eritrocítica (eritrócitos); uma
UFCmg ou formadora de linhagem megacariocítica (plaquetas) ou UFCmm ou formadora de da linhagem
mielomonocítica, que por sua vez dá origem a duas linhagens a mielocítica ou granulocítica e a
monocítica. A célula-tronco, provavelmente, é também a célula que irá dar origem aos linfócitos.
Depois de formadas, cada uma das UFCs seguem por um processo de amadurecimento acompanhado de
várias divisões, dando origem a clones de células do seu grupo.
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Hematopoiese
1
Hematopoiese pré-natal
A hematopoiese durante a vida intrauterina
inicia-se no saco vitelínico; no entanto, fígado,
baço e medula óssea tornam-se sucessivamente
hematopoieticamente ativos. O saco vitelínico
inicialmente é colonizado por células
pluripotenciais embrionárias, surgindo os
primeiros eritroblastos; neste estágio há o início
da formação vascular. As células pluripotenciais
migram até o fígado, iniciando a produção de
hemácias, leucócitos e plaquetas. A
hematopoiese esplênica se segue, mas na
maioria das espécies é pouco representativa. A
medula óssea assume gradativamente o papel
da hematopoiese, até que ao nascimento torna-
se o principal sítio de produção eritrocitária.
2
Hematopoiese pós-natal
A medula óssea de todos os ossos é
hematopoieticamente ativa ao nascimento e
durante a vida neonatal. Esta atividade envolve a
produção vigorosa de eritrócitos e outras células
mielóides.
A fase de crescimento rápido do jovem é associada à
expansão do volume sanguíneo com pesada
demanda na medula por eritrócitos. Como a
demanda por eritrócitos decresce com a
aproximação da maturidade a hematopoiese regride
para apenas partes dos ossos do corpo. Nos demais
locais a medula vermelha hematopoieticamente
ativa é substituída pela amarela. A atividade
hematopoiética continua através da vida nos ossos
chatos como esterno, costelas, vértebras e crânio, e
nas epífises de ossos longos como úmero e fêmur. A
medula amarela, quando há demanda eritrocitária,
pode ser ativada novamente, no entanto, na fase
senil, a medula amarela é fibrosada e de difícil
expansão.
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Hematopoiese
O u t r o s ó r g ã o s e n v o l v i d o s
Espaço 
para 
imagem
Baço:
- Armazena e elimina hemácias (hemocaterese) e
plaquetas;
- Hematopoiese inicial.
Fígado:
- Hematopoiese inicial e reacional;
- Depósito de vitamina B12 e ácido fólico (fatores de 
multiplicação);
- Depósito de ferro na forma ferrosa (fator de maturação);
- Produz fatores de coagulação;
- Produz albumina,  e  globulinas e eritropoietinogênio
(precursor da eritropoietina);
Realiza o metabolismo das bilirrubinas.
Estômago:
- Produz o fator intrínseco que facilita a absorção da 
vitamina B12
(o ruminante sintetiza vitamina B12);
Auxilia na absorção de ferro com produção de ácido 
clorídrico, que transforma a forma férrica em ferrosa.
Linfonodos:
- Atuação dos linfócitos B e T.
Mucosa intestinal:
- Absorção de ferro, vitamina B12 e demais 
nutrientes necessários para a hematopoiese. 
Rins:
- Produz eritrogenina e eritropoietina.
Sistema Monocítico Fagocitário (SMF): 
Macrófagos
- Principal sistema de fagocitose;
- Destroem células sanguíneas;
- Degrada hemoglobina
- Estoque de ferro
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
A eritropoiese é a formação de eritrócitos (hemácias) no organismo. Em condições normais
de saúde, a eritropoiese ocorre no interior da medula óssea, sendo regulada por um fator
estimulante da produção de eritrócitos, chamado eritropoietina. A eritropoietina é um
hormônio produzido pelo rim, sob condições de hipóxia tecidual. Existem evidências que a
eritropoietina seria produzida a partir de um fator precursor produzido pelo fígado,
denominado de eritropoietinogênio. A eritropoietina atua sobre a célula-tronco da medula
óssea, determinando a sua divisão, com a produção da unidade formadora de colônia da
linhagem eritrocítica, ouUFCe. Os demais órgãos que faziam eritropoiese na vida pré-
natal, como o baço, o fígado e os nódulos linfáticos, deixam de fazê-lo quando ao
nascimento, porém guardam essa capacidade pelo resto da vida adulta.
Eritropoiese
Espaço 
para 
imagem
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Insira uma 
imagem 
relacionada com 
seu tema eritrocitário
C I C LO
A eritropoiese normal envolve no mínimo quatro mitoses, uma na fase de rubriblasto, outra no estágio
de pró-rubrícito, e duas no estágio de rubrícito basofílico. O rubrícito basofílico matura-se em rubrícito
policromático, que se transformará em metarrubrícito. O metarubrícito não se divide mais, apenas
amadurece, perde o núcleo e passa a chamar-se reticulócito, que finalmente matura-se dando origem
ao eritrócito. Este processo de eritrogênese leva em torno de 7 a 8 dias para se completar. O núcleo é
expulso e fagocitado por macrófagos locais. A fase de proliferação compreendida da célula
pluripotencial até o metarrubrícito leva de 2 a 3 dias, e o restante é a fase maturativa que leva em
torno de 5 dias.
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
eritropoiese
1
O estímulo fundamental para 
a eritropoiese é a tensão 
tecidual de oxigênio. A 
hipóxia tecidual estimula a 
produção de eritropoietina. 
O rim é o principal órgão na 
produção desse hormônio 
nas diversas espécies e o 
único responsável por essa 
função no cão. 
2
A eritropoietina estimula a 
eritropoiese em vários 
estágios por indução da 
diferenciação das células 
progenitoras eritróides a 
rubriblastos, estimulando a 
mitose de células eritróides e 
reduzindo o tempo de 
maturação, e aumentando a 
liberação de reticulócitos e 
hemácias jovens no sangue 
periférico.
Temos representado o 
estímulo, a formação e a 
ação da eritropoietina:
C O N T R O L E D A
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Eritropoiese
Nutrientes necessários para a 
eritropoiese
- Aminoácidos, ácidos graxos 
essenciais.
- Fatores de Multiplicação: 
vitamina B12, ácido fólico, 
cobalto, ácido nicotínico.
- Fatores de Maturação:
ferro, cobre, piridoxina (B6).
Sobrevida e destruição 
eritrocitária
Os eritrócitos de cada 
espécie possuem meia vida 
intravascular característica.
A perda é balanceada pela 
liberação de reticulócitos ou 
células jovens da medula 
óssea para o sangue 
periférico. A destruição pode 
ser intravascular por 
mudanças na permeabilidade 
da membrana e fragilidade 
celular, ou extravascular pela 
ação do SFM (Sist. Fagocítico
Mononuclear).
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
A hemoglobina é essencial para a manutenção da vida, pois carreia e libera oxigênio 
(O2) para os tecidos.
É uma proteína conjugada composta de frações heme e globina: 4 unidades heme, 
cada uma associada a uma cadeia simples de globina, que possui arranjo espacial em 
α-hélice. Cada heme possui um anel de protoporfirina com um átomo de ferro ferroso 
ao centro.
A hemoglobina é liberada na forma livre quando ocorre hemólise. A hemoglobina 
livre no plasma é rapidamente decomposta por oxidação, e é excretada pelos rins com 
hemoglobinúria, ou destruída pelo SMF. 
Nos macrófagos o ferro da fração heme e os aminoácidos da fração globina são 
reciclados para uso. A protoporfirina é degradada em biliverdina, pela heme 
microssomal oxigenase, na presença de O2 e NADPH. A biliverdina é então convertida 
a bilirrubina pela bilirrubina redutase na presença de NADPH. As aves excretam 
somente biliverdina, pois não possuem bilirrubina redutase.
A bilirrubina liberada no plasma é ligada a albumina para transporte até as células 
hepáticas, onde é conjugada em ácido glucurônico pela UDP-glucuronil transferase. A 
bilirrubina conjugada é normalmente secretada através dos canalículos biliares e 
excretada pela bile na luz intestinal. No trato intestinal a bilirrubina é degrada em 
urobilinogênio para sua excreção via fezes, com reabsorção parcial para a circulação 
geral e re-excreção biliar, no ciclo entero-hepático da bile. Uma pequena quantidade 
de bilirrubina conjugada e urobilinogênio normalmente escapam à re-excreção
hepática e são eliminados na urina.
Hemoglobina
Espaço 
para 
imagem
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Os reticulócitos são hemácias jovens, que possuem ainda algumas organelas citoplasmáticas, como ribossomos, complexo de Golgi e 
mitocôndrias, que conferem a esta célula características especiais de coloração. 
Após a coloração especial com corantes supravitais, como o novo azul de metileno ou azul de cresil brilhante, utilizado na contagem 
de reticulócitos, um arroxeado de ribossomos, mitocôndrias e outras organelas citoplasmáticas aparecem nos reticulócitos com 
cordões (reticulócitos agregados) ou pequenos grânulos esparsos (reticulócitos pontilhados).
Os reticulócitos podem ficar na medula óssea por 2 a 3 dias, antes de adentrarem ao sangue periférico por diapese através das 
células endoteliais que formam os sinusóides medulares. Esta liberação é controlada por diversos fatores de ativação incluindo 
concentração de eritropoietina. Os herbívoros não possuem normalmente reticulócitos circulantes e só raramente são encontrados, 
mesmo em marcadas anemias. Ao contrário cães e gatos respodem vigorosamente com reticulocitose durante a resposta anêmica.
Os reticulócitos maturam-se a eritrócitos dentro de 24 a 48 horas na circulação, ou no baço onde podem ser sequestrados 
temporariamente. O processo de maturação envolve a perda de parte da membrana superficial, ribossomos e outras organelas; 
atingem a concentração final de hemoglobina, maturam o esqueleto celular, reduzem de tamanho e assumem a forma bicôncava.
A contagem de reticulócitos é o melhor indicativo da atividade efetiva da eritropoiese medular, mas sua contagem deve ser 
interpretada em relação às diferentes espécies. 
O parâmetro de avaliação da anemia não deve, no entanto ser a porcentagem direta, mas a porcentagem de reticulócitos corrigida 
para o VG normal. Essa porcentagem pode ser corrigida para o grau da anemia pela fórmula:
Reticulócitos corrigidos (%) = Contagem de reticulócitos observados x VG paciente 
VG médio normal*
*VG normal cão = 45%
*VG normal gato = 37%
Reticulócitos
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Uma contagem corrigida de reticulócitos acima de 1% em cães e gatos indica 
eritropoiese ativa (anemia regenerativa). Usualmente há necessidade de um 
período de 3 a 4 dias para que uma significante reticulocitose seja encontrada no 
sangue periférico após uma hemorragia aguda, e a máxima resposta pode levar de 1 
a 2 semanas ou mais. Em uma severa anemia hemolítica, entretanto, uma rápida 
liberação de reticulócitos pode levar somente 1 a 2 dias, e ser seguida de intensa 
eritropoiese.
Os valores normais se encontram na tabela:
corrigidos
R E T I C U LÓ C I TO S
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
O eritrograma é o exame realizado com o sangue periférico colhido com 
anticoagulante, com o objetivo de obter informações a cerca dos glóbulos 
vermelhos, no momento da colheita. É composto de: número global de 
hemácias/µL, hemoglobina (g/dL), volume globular ou hematócrito (%), 
VCM (fl), CHCM (%), proteínas plasmáticas totais (g/dL), reticulócitos (%), 
metarrubrícitos/100 leucócitos e observação do esfregaço como presença de 
anisocitose, policromasia, hemoparasitas, etc.
Hematócrito
O hematócrito é um dos mais úteis exames laboratoriais, e com ele podemos 
obter inúmeras informações como o volume globular (%), coloração do 
plasma, capa leucocitária, etc.
Eritrograma
Tabela para leitura
Centrífuga
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
hematócrito
C O M P O N E N T E S D O
Espaço 
para 
imagem
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Tamanho das hemácias
Anisocitose: diferença patológica no tamanho das hemácias. Quantomais grave a anemia, 
maior a ocorrência.
Macrocitose: predominância de hemácias grandes. Geralmente hemácias jovens, recém-
produzidas. Ocorre no hipertireoidismo, deficiência nos fatores de multiplicação (vitamina B12, 
ácido fólico, niacina e cobalto), raça (Poodle toy), idade (cães jovens).
Microcitose: predominância de hemácias pequenas. Anemia crônica, principalmente ferropriva. 
Quanto maior a quantidade, mais grave. Fisiológico em animais idosos e algumas raças (Akita).
Coloração das hemácias
Normal: avermelhada clara ao microscópio.
Hipercromia: provável erro de contagem, pois não é possível aumentar a capacidade 
eritrocitária. Na esferocitose pode ocorrer hipercromia relativa, pela redução do volume 
globular.
Hipocromia: Hemácias “descoradas”, com áreas centrais muito pálidas, pois possuem menos 
hemoglobina que o normal, pode ocorrer na deficiência de ferro ou piridoxina, idade, e quando 
é discreta indica anemia regenerativa (reticulocitose).
Policromasia: hemácias azuladas (resíduo de RNA), grandes, representando os reticulócitos. 
Presentes quando há aumento da atividade eritropoiética. 
Eritrocitárias 
M O D I F I C A Ç Õ E S 
Espaço 
para 
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Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Forma das hemácias
Normal: discóide e bicôncava, tem esse formato para facilitar a troca de O2 e CO2, pois assim possui maior 
superfície. 
Acantócitos ou células em espora: eritrócitos de contorno irregular, espiculados. Cães com hemangioma, 
hemangiossarcoma esplênico, doença hepática, hiperbilirrubinemia, dietas ricas em colesterol.
Codócitos ou células em alvo (target cells): célula com área central de hemoglobina densa. Cães com 
deficiência de ferro, colestase hepática, pós-esplenectomia.
Equinócitos: espiculados, com várias projeções regulares. Geralmente artefato de técnica, amostras velhas, 
excesso de EDTA, CID, uremia.
Esferócitos: formas esféricas, reduzidas e com intensa coloração. Anemia hemolítica autoimune primária ou 
induzida por drogas, transfusão incompatível, etc.
Esquisócitos: fragmentos irregulares das hemácias. Deficiência renal, mielofibrose, glomerulonefrite, 
deficiência crônica de ferro, turbulento fluxo sanguíneo. 
Picnócito ou Excentrócito: hemácias com hemoglobina concentrada em uma área da célula. Provavelmente 
resultado de injúria oxidativa, cães intoxicados com paracetamol ou cebola.
Poiquilócitos: alterações morfológicas indistintas (hemácias de várias formas). Defeito na produção, com 
perda crônica de sangue (anemia ferropriva).
Eritrocitárias 
M O D I F I C A Ç Õ E S
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Outras alterações
Aglutinação: aglomeração espontânea dos eritrócitos. Indica anticorpos contra eritrócitos.
Corpúsculo de Lentz: são inclusões esféricas azuladas, geralmente maiores que o Howell-Jolly, 
que são agregados de capsídeos virais, ocorre na cinomose.
Corpúsculo de Heinz: são grânulos arredondados ou ovais na periferia da hemácia, resultam da 
desnaturação oxidativa da hemoglobina. Normal em gatos (até 50%) e raro em cães saudáveis, 
podendo acontecer em cães esplenectomizados e em terapia com glicocorticóides e em gatos 
com doenças intestinais.
Corpúsculo de Howell-Jolly: inclusões esféricas azul-escuras que representam restos nucleares. 
Resposta da medula óssea ao estado anêmico, função esplênica reduzida, glicorticóides para 
cães.
Metarrubrícitos: eritrócitos imaturos nucleados, contados na unidade de /100 leucócitos. 
Anemia regenerativa, com reticulocitose. Doenças mieloproliferativas ou hemangiossarcomas
(com reticulopenia).
Ponteado basofílico: aparecem como múltiplos pontos azul-escuros, representa o RNA 
ribossômico encontrado em reticulócitos e, portanto está relacionada primariamente com 
anemias regenerativas. Também está relacionada à intoxicação por chumbo.
Rouleaux: hemácias empilhadas. Normal em equinos, pode indicar desidratação ou inflamação 
em outras espécies.
Parasitas: Babesia, Haemobartonella, Anaplasma, entre outros.
Eritrocitárias 
M O D I F I C A Ç Õ E S 
Espaço 
para 
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Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
Anemia
A anemia é definida como a presença de 
hemácias e /ou hemoglobina abaixo dos 
valores normais para a espécie.
A anemia é raramente uma patologia 
primária, geralmente é consequência de um 
processo patológico generalizado. A suspeita 
da anemia surge mediante os sinais clínicos 
característicos e histórico do paciente. 
Quando uma anemia é detectada, sua causa 
ou patogênese deve ser investigada para se 
determinar qual terapia deve ser instituída. O 
tratamento não é dirigido diretamente à 
anemia, exceto como medida emergencial.
Os sinais clínicos da anemia são resultantes da 
redução na capacidade de carreamento do 
oxigênio, e dos ajustes fisiológicos designados 
para aumentar a eficiência do reduzido número 
de hemácias circulantes. Os sinais mais comuns 
incluem dispnéia, baixa tolerância a exercícios, 
palidez de mucosas, taquicardia, às vezes sopro 
sistólico, depressão e síncope. Na anemia 
hemolítica aguda inclui-se ainda icterícia, 
hemoglobinemia, hemoglobinúria e febre. Na 
perda crônica de sangue o organismo consegue 
manter a homeostase circulatória, e em alguns 
casos mesmo com menos que 50% da 
hemoglobina normal pode não apresentar sinais 
clínicos.
A anemia pode ser classificada 
como relativa ou absoluta. A 
relativa pode ser resultado de 
expansão plasmática, como em 
gestantes e neonatos ou após 
fluidoterapia. A absoluta é 
clinicamente importante e deve 
ser investigada. Para que se 
possam determinar os 
mecanismos patofisiológicos e 
suas possíveis causas a anemia 
pode ser classifica de três formas: 
classificação patofisiológica, 
classificação morfológica e 
classificação conforme a resposta 
da medula óssea.
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
PATOFISIOLÓGICA
C L A S S I F I C A Ç Ã O
Espaço 
para 
imagem
Perda sanguínea ou anemia hemorrágica:
Perda aguda de sangue
• Procedimento cirúrgico ou traumas
• Lesões hemostáticas, desordens da 
coagulação (intoxicação dicumarínicos, CID)
• Trombocitopenias
• Parasitas (Haemonchus, Ancylostoma sp, 
coccídeos)
Perda crônica de sangue
• Lesões gastrointestinais (neoplasia, úlceras, 
parasitismo)
• Neoplasia com sangramento cavitário
(hemangiossarcoma no cão)
• Desordens da coagulação (deficiência de 
vitamina K, hemofilia A)
• Trombocitopenias
• Parasitas (ectoparasitas: carrapatos, pulgas)
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
PATOFISIOLÓGICA
Anemia hemolítica
Parasitas sanguíneos, agentes virais, 
bacterianos e riquétsias (Anaplasma, Babesia, 
Haemobartonella, Ehrlichia canis, Leptospira
sp, mastite estafilocócica, anemia infecciosa 
equina)
Drogas e químicos (cobre, chumbo, zinco)
Plantas tóxicas e acidentes ofídicos
Doenças metabólicas
Defeitos intraeritrocitários (membrana, 
enzimas, frações heme e globina)
Desordens imunomediadas (isoeritrólise
neonatal, reação transfusional)
Outras causas (intoxicação por água em 
bovinos, heparinização)
Anemia hipoproliferativa ou depressão
Anemia por deficiência nutricional: proteínas; 
minerais (ferro, cobre, cobalto, selênio); 
vitaminas (A, E, B12, ácido fólico, niacina, 
piridoxina, tiamina, ácido ascórbico)
Anemia por doença inflamatória
Desordens orgânicas ou teciduais (nefrite com 
uremia, neoplasia, endócrinos como 
hipotireoidismo, hipoadrenocorticismo e doenças 
hepáticas)
Doenças parasitárias
Anemias hipo ou aplásicas (irradiação, 
intoxicação, estrógenos)
Desordens mieloproliferativas (Leucemias)
C L A S S I F I C A Ç Ã O
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
MORFOLÓGICA
C L A S S I F I C A Ç Ã O
É baseada na morfologia eritrocitária, utilizando dois índices: o volume corpuscular médio (VCM) e a concentração de hemoglobina corpuscular média(CHCM). Esta caracterização pode ser 
confirmada pela microscopia através da observação da população eritrocitária. A classificação morfológica não é específica quanto à causa da anemia, mas auxilia na interpretação do mecanismo 
patofisiológico. 
TAMANHO (VCM) COR (CHCM)
Normocítica Normocrômica
Microcítica Hipocrômica
Macrocítica (Hipercrômica)
O VCM e o CHCM são calculados através das seguintes fórmulas:
VCM (fentolitros) = VG (%) x 10
Hemácias
CHCM (%) = Hemoglobina (g/dL) x 100
VG (%)
As alterações, segundo esta classificação, estão esquematizadas ao lado.
VCM (fl) CHCM (%) Características
Macrocítica Hipocrômica Sempre regenerativas
Normocrômica Perda aguda de sangue/anemia 
hemolítica aguda
Microcítica Hipocrômica Deficiência de ferro por perda: 
Perda crônica de sangue: tumores, 
úlceras.
Parasitas: Ancylostoma, Haemonchus
Deficiência de ferro por fatores que atuam 
no seu uso: Piridoxina, riboflavina e cobre.
Microcítica Normocrômica Doença infecciosa crônica
Nefrite com uremia
Hemorragia sem resposta
Leucemias: invasão da medula óssea
Anemias hipoplásicas: radiação, 
antibióticos
Intoxicação, chumbo, drogas
Normocítica Normocrômica
Hipocrômica
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
A eritropoiese é regulada pela eritropoietina, em resposta à hipóxia tecidual. A síntese de 
eritropoietina é inversamente proporcional à massa de eritrócitos e à concentração de 
hemoglobina. Baseado na resposta eritropoiética da medula óssea, as anemias podem ser 
classificadas como regenerativas ou arregenerativas. Esta última caracteriza-se por diminuição da 
produção de eritropoietina, inadequada resposta do tecido eritróide a estímulo apropriado ou 
aumento de eritropoiese ineficaz (com falhas em alguma etapa de formação).
Os principais sinais de boa resposta medular são:
- Policromasia
- Reticulocitose
-Presença de corpúsculos de Howell-Jolly
-Metarrubrícitos
resposta da 
medula óssea
C L A S S I F I C A Ç Ã O S E G U N D O A
REGENERATIVA
- Perda sanguinea
Traumas ou cirurgias
Intoxicação por dicumarol
CID
- Hemólise
Hemoparasitas: Tristeza 
parasitária
Anemia imunomediada
Reação transfusional
ARREGENERATIVA
Doença renal crônica
Neoplasias crônicas e/ou metastáticas
Leucemias
Erlichiose: destroem células pluripotenciais
Panleucopenia felina
Hiperestrogenismo
Hipoadrenocorticismo
Linfossarcoma
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Policitemia
Espaço 
para 
imagem
O inverso da anemia, ou seja, aumento no 
número de eritrócitos e/ou de 
hemoglobina, indica policitemia, também 
chamada de poliglobulia. A policitemia
pode ser classificada como relativa ou 
absoluta. Sendo ainda que a policitemia
absoluta pode ser dividida em primária e 
secundária. A policitemia relativa é 
comumente encontrada nos animais como 
resultado da redução do volume 
plasmático pela desidratação, quer seja 
pela inadequada ingestão como pela perda 
excessiva.
A policitemia absoluta primária ou 
policitemia vera é uma doença 
mieloproliferativa, ou seja, uma desordem 
clonal da célula pluripotencial
que resulta numa expansão das células 
progenitoras, primariamente da linhagem 
eritróide.
A policitemia absoluta secundária não é 
acompanhada por aumento da contagem 
leucocitária ou plaquetária, e 
normalmente ocorre por uma alta 
produção de eritropoietina. Os níveis de 
eritropoietina aumentam como uma 
resposta fisiológica compensatória pelos 
rins à hipóxia tecidual; ou ainda como 
resultado de neoplasias, independente da 
oxigenação dos tecidos. 
Ao lado temos representado 
resumidamente as policitemias e suas 
causas:
Mudanças que ocorrem na massa do eritrócito e volume de plasma nas anemias e policitemias
P
O A
L B
I S
C O
I L
T U
E T
M A
I
A
1. Primária Policitemia Absoluta ou policitemia vera
2. Secundária
a) Hipóxia aumentando a produção de eritropoietina
Reduzida atmosfera de O2
Hipóxia pulmonar
Doença cardio-vascular
Reduzido transporte de O2 pela hemoglobina
b) Aumento autônomo da produção de
eritropoietina
Doenças renais não neoplásicas: cistos, hidronefrose
Doenças neoplásicas: tumores renais, hepatoma
POLICITEMIA
RELATIVA
1. Desidratação:
Ingestão inadequada
Perda excessiva: diarréia, vômitos, PU/PD, exercícios
1. Contração esplênica
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aula prática
Ro t e i r o d e
Soraya Sacco Surian| IFC Concórdia-SC
SANGUE VENOSO PERIFÉRICO
1
Conter o animal de forma 
que possa ser realizada uma 
colheita rápida e segura.
Realizar antissepsia local com 
álcool iodado e, em cães de 
pelo longo, tricotomia a fim 
de facilitar o acesso a veia a 
ser puncionada. A veia 
indicada para a maioria das 
espécies é a jugular devido ao 
seu calibre e acesso fácil.
Fazer garrote imediatamente 
proximal ao local de 
introdução da agulha, que 
após transfixar a pele é 
posicionada no sentido da 
veia já distendida.
2
Conectar seringa descartável 
graduada e colher lentamente 
o sangue em volume 
correspondente a quantidade 
de anticoagulante contido no 
frasco de acondicionamento
Após completar o volume 
desejado, desfazer o garrote e 
retirar a agulha, comprimindo 
o local da punção com 
algodão embebido em álcool 
iodado.
. 
3
Desconectar a agulha da 
seringa e transferir o sangue 
da seringa para o frasco com 
anticoagulante derramando 
lentamente pela parede do 
mesmo a fim de evitar 
hemólise. Fechar o frasco e 
homogeneizar imediatamente 
por inversão.
C O L H E I TA D E
COLHEITA
LO C A I S D E
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Espécie animal Local de venopunção Tamanho da agulha
Cão Cefálica, jugular, safena 25x7*; 25x8
Gato Cefálica, jugular, safena 25x7; 25x8
Bovino Jugular, caudal, mamária 40x12; 40x16
Equino Jugular 40x12; 40x16
Ovinos e caprinos Jugular 40x10; 40x12; 40x16
Suínos Cava anterior, marginal da orelha 40x12; 40x16
Coelhos Marginal da orelha, cardíaca 25x7; 40x12
Ratos/camundongos Sinus orbital Micro-capilares
Locais e agulhas mais utilizados na colheita de sangue das espécies domésticas:
*25x7: 25 mm de comprimento e 0,7 mm de calibre.
Evitar a colheita de animais recém-alimentados. O ideal é o jejum de 12 horas, quando não se teria lipemia
pós-prandial que, além de facilitar a hemólise, interfere na determinação da hemoglobina.
Realizar uma colheita com o mínimo de estresse do animal (ambiente calmo e silencioso, poucas pessoas, 
presença do proprietário/tratador). Os equinos são muito sensíveis a mudanças de ambiente e pessoas 
estranhas, o que leva ao estresse. Essa espécie pode ter uma elevação no VG de 10 a 15% por 
esplenocontração.
Não utilizar tranquilizantes, sedativos ou anestésicos gerais, pois estes diminuem o VG e a contagem 
plaquetária por sequestro de sangue decorrente do relaxamento da cápsula esplênica.
Proceder uma colheita rápida, evitando garrote prolongado e introduções sucessivas da agulha.
Eliminar causas de hemólise, como: as causadas por seringas ou agulhas molhadas ou quentes; descarga 
violenta de sangue para o frasco ou realizada sem retirar a agulha; homogenização violenta de sangue; calor 
excessivo.
Colher uma quantidade de sangue compatível com o anticoagulante contido no frasco, a fim de evitar diluição 
da amostra, alterações morfológicas por excesso de EDTA ou, por outro lado, a coagulação da amostra. 
Manter o frasco fechado para evitar a concentração dos elementos do sangue por evaporação.
acondicionamento
C U I D A D O S N A C O L H E I TA E
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Diferentes graus de hemólise
Anticoagulantes
1
EDTA (Etileno diamino tetra 
acetato de sódio ou de potássio)
Modo de ação: reage através de 
seus dois radicais ácidos com o 
cálcio plasmático, formando um 
quelato com elementos 
alcalinos-terrosos, tornando-seinsolúvel.
Uso: Recomendado para rotina 
hematológica porque não 
interfere na morfologia celular, 
preservando-a por até 4 horas 
quando refrigerado 
adequadamente. É pouco 
solúvel, e o sal de potássio é 
mais solúvel e mais caro. A 
diluição é realizada a 10%, usa-se 
0,1mL de EDTA para 5 mL de 
sangue.
2
Fluoreto de sódio
Modo de ação: quelante
de cálcio, com a formação 
de sais insolúveis.
Uso: como impede a 
glicólise sanguínea, 
realizada “in vitro”, 
principalmente pelos 
eritrócitos, é indicado 
para determinação da 
glicose. Há produto 
comercial pronto para 
uso, na medida de 1 gota 
para cada 3 mL de sangue.
3
Heparina
Modo de ação: atividade 
como inibidor da 
trombina e 
tromboplastina
Uso: Alguns 
bioquímicos. Como 
interfere na coloração 
do esfregaço sanguíneo, 
não é recomendado para 
hemograma. A diluição é 
de 0,1 mL da solução a 
1% para não coagular 5 
mL de sangue. A 
heparina retarda a 
coagulação do sangue 
apenas 8 h.
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4
Citrato de sódio
Modo de ação: 
quelante de cálcio, 
com formação de sais 
insolúveis.
Uso: Provas de 
coagulação (tempo 
de trombina, tempo 
de tromboplastina 
parcial ativada) e 
determinação do 
fibrinogênio pelo 
método 
colorimétrico. Seu 
emprego é feito na 
proporção de 10%, 
ou seja, 0,5 mL para 
4,5 mL de sangue.
esfregaço sanguíneo
Preparar duas lâminas novas e 
desengorduradas, sendo uma sem os 
cantos (lâmina extensora)
Homogeneizar por inversão o sangue no 
frasco (mínimo 12 vezes), preencher o 
tubo de micro hematócrito, 
aproximadamente 2/3 do capilar e, antes 
de fechá-lo, colocar uma gota de sangue 
na lâmina.
Colocar a lâmina extensora à frente da 
gota de sangue num ângulo de 
aproximadamente 45º.
Fazer um movimento ligeiro para trás até 
o sangue se espalhar pela lâmina 
extensora, e com um movimento 
uniforme para frente, fazer esta lâmina 
deslizar sobre a outra. O sangue se 
estenderá sobre a lâmina, formando o 
esfregaço.
Agitar o esfregaço até secar. Identificar 
com lápis na borda mais espessa do 
esfregaço.
Corar com panótico (solução comercial 
pronta para uso).
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P R E PA R O E C O LO R A Ç Ã O D O
volume globular (VG)
D e t e r m i n a ç ã o p e l a t é c n i c a d o m i c r o h e m a t ó c r i t o
Espaço 
para 
imagem
Princípio: Sedimentação dos elementos figurados do sangue, obtendo-se a proporção 
destes elementos em relação ao plasma.
• Tomar o frasco do sangue com anticoagulante e homogeneizar.
• Pegar o tubo capilar e por capilaridade preencher 2/3 do tubo.
• Fechar a extremidade seca em chama de bico de Bunsen, girando o tubo, ou 
ainda com massinha de modelar.
• Centrifugar o tubo a 12.000 rpm por 5 minutos
• Ler em tabela que acompanha a centrífuga, obtendo-se o resultado em %.
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Após a centrifugação do capilar e da leitura do VG, quebrar o capilar entre a capa
leucocitária e o plasma.
Colocar o plasma sob o refratômetro (tomar cuidado com os cacos do capilar)
Fazer a leitura no refratômetro (escala em g/dL)
Proteína plasmática
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D e t e r m i n a ç ã o d a
número total de hemácias
Utilizando pipeta automática
Tomar o frasco do sangue com anticoagulante 
e homogeneizar.
Colocar em um tubo de ensaio 4 mL de 
solução de Gower (para ruminantes) e 
Marcano (para carnívoros)
Com auxílio de pipeta automática pegar 20µL 
de sangue e limpar a parte externa da 
ponteira suja de sangue com gaze ou papel.
Diluir esse sangue na solução e homogeneizar 
por inversão (colocar papel-filme no tubo de 
ensaio)
Montar uma câmara de Neubauer (colocar 
lamínula em cima)
Preencher um lado da câmera com a diluição
Contar as hemácias dos cinco quadrados 
médios centrais ou das quatro extremidades e 
um do centro e multiplicar por 10.050
Utilizando a pipeta de Thoma
Tomar o frasco do sangue com anticoagulante e 
homogeneizar.
Com a pipeta de Thoma para glóbulos vermelhos 
aspirar o sangue até a marca 0,5.
Limpar o sangue da parte externa da pipeta com 
gaze ou papel.
Aspirar o diluente (Gower, Marcano, solução 
fisiológica tamponada, etc.) até a marca 101
Agitar, desprezar as primeiras gotas e encher a 
câmara de Neubauer por capilaridade
Contar as hemácias dos cinco quadrados médios 
centrais ou das quatro extremidades e um do 
centro e multiplicar por 10.000
D E T E R M I N A Ç Ã O D O
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Cálculo:
Área central: 1 mm2 Volume da área central: 1/10 mm3
Profundidade: 1/10mm Volume de cada  médio central: 1/250mm3
Número dos  s médios centrais contados: 5
Diluição da pipeta: 1/200
Portanto: 5 x 1 = 5 = 1 .
250 200 50.000 10.000
Ou seja, o fator é 10.000 (número total de hemácias contadas/µL).
Newbauer
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C â m a ra d e
Método da cianometahemoglobina
Princípio: Diluição do sangue em solução contendo cianeto de potássio e ferrocianeto de 
potássio (Reativo de Drabkin), que convertem a hemoglobina em cianometahemoglobina.
Procedimento técnico:
Tomar o frasco do sangue com anticoagulante e homogeneizar.
Pipetar 5 mL do reativo de Drabkin .
Pipetar 20µL de sangue e limpar a parte externa da ponteira suja de sangue com 
gaze ou papel.
Homogeneizar o tubo.
Deixar repousar durante 3 min (dependendo do fabricante).
Fazer a leitura em espectofotômetro a 540nm, usando-se tubos específicos.
Multiplicar pelo fator determinado pelo padrão de hemoglobina.
hemoglobina
D E T E R M I N A Ç Ã O D A
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