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TRATAMENTO DE PACIENTES COM LESÃO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR COM A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA ELETROTERAPIA.
Igor Cardoso Araújo1
Janice Alves da Costa1
Karolayne Carvalho Silvaa1
Wesny Yardley Ferreira Alves Da Silva1
Kenia Mendes Rodrigues Castro2 
RESUMO
INTRODUÇÃO: As lesões ligamentares do joelho estão entre as principais lesões ocorridas nos esportes, sendo raras as lesões combinadas dos ligamentos cruzados e estas lesões normalmente estão associadas com traumas de alta velocidade. A laceração do LCA ocorre como resultado de desaceleração brusca, hiperextensão ou lesão rotacional que geralmente não envolve contato com outro indivíduo (BRODY & HALL, 2012). A lesão do LCA pode estar associada a lesões do LCM, do menisco medial e do menisco lateral, em alguns casos o coto do LCA pode ficar aderido à sinovial do LCP, dando a falsa ideia de um joelho normal. OBJETIVOS: utilizar a eletroterapia como o ultrassom ou TENS para alívio da dor e facilitar a recuperação do ligamento e identificar consequências distintas possíveis após a ruptura ligamentar que irá variar de acordo com o grau da lesão e resposta do paciente, sendo uma delas o bom resultado sem cirurgia a qual o paciente é capaz de levar uma vida normal sem quaisquer dificuldades. METODOLOGIA: Para a coleta de dados realizou-se uma pesquisa na base de Scientific Electronic Library Online (sciELO), Para a pesquisa foram utilizados de forma associada os descritores “Prevenção”, “Tratamento”, “qualidade de vida” e “funcionalidade”, “Ligamento Cruzado Anterior”. Os critérios utilizados para seleção dos artigos foram trabalhos disponibilizados de forma completa e gratuita na língua portuguesa, inglesa, publicados entre 2010 e 2019, que abordem a fisioterapia em pacientes com lesão de Ligamento Cruzado Anterior. CONCLUSÃO: Podemos identificar consequências distintas possíveis após a ruptura ligamentar que irá variar de acordo com o grau da lesão e resposta do paciente, sendo uma delas o bom resultado sem cirurgia a qual o paciente é capaz de levar uma vida normal sem quaisquer dificuldades, na outra já se encontra uma instabilidade tão significativa que o paciente necessitará de reconstrução do ligamento. Deve ser levado em consideração que lesões associadas afetas o programa de reabilitação. RESUTADO E DISCUSSÃO: Um ponto fundamental de extrema importância após a cirurgia é a reabilitação pós-operatória. Durante essa fase, o paciente recupera o movimento normal do joelho, a sua força, sua agilidade e, por fim, a confiança para o retorno ao esporte. O tempo total de fisioterapia não dura menos do que 6 meses. E há uma tendência em prolongar ainda mais esse período, de modo que se considere reabilitar o paciente por 9 meses no total, e só então permitir o retorno completo ao esporte.​
PALAVRAS – CHAVES: Qualidade de vida. Ligamento cruzado anterior. Tratamento. Prevenção.
ABSTRACT
INTRODUCTION: Knee ligament injuries are among the main sports injuries, and combined cruciate ligament injuries are rare, and these injuries are usually associated with high-speed trauma. ACL laceration occurs as a result of sudden deceleration, hyperextension or rotational injury that usually does not involve contact with another individual (BRODY & HALL, 2012). ACL injury may be associated with MCL, medial meniscus and lateral meniscus injuries, in some cases the ACL stump may become attached to the PCL synovial, giving the false idea of ​​a normal knee. OBJECTIVES: To use electrotherapy such as ultrasound or TENS for pain relief and to facilitate ligament recovery and to identify distinct possible consequences after ligament rupture that will vary according to the degree of injury and patient response, one of which is the good outcome. without surgery the patient is able to lead a normal life without any difficulties. METHODOLOGY: For data collection, a search was performed in the database of Scientific Electronic Library Online (sciELO). For the research, the descriptors “Prevention”, “Treatment”, “quality of life” and “functionality” were used. , “Anterior Cruciate Ligament”. The criteria used for the selection of articles were full and free papers published in Portuguese, English, published between 2010 and 2019, which address the physiotherapy in patients with Anterior Cruciate Ligament injury. RESULT AND DISCUSSION: MISSING TO PUT SOMETHING. CONCLUSION: MISSING TO PUT SOMETHING.
KEY WORDS: Quality of life. Anterior cruciate ligament. Treatment. Prevention.
1 Graduandos do IV Período do Curso de Fisioterapia pela Cristo Faculdade do Piauí – CHRISFAPI
2 Orientadora graduada em Fisioterapia pela Cristo Faculdade do Piauí – CHRISFAPI; Especialização em Osteopatia estrutural e funcional pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Fundação Educacional Lucas M. Brasil (2012); Fisioterapeuta do Hospital Regional Chagas Rodrigues, Brasil.
 
INTRODUÇÃO 
Os atletas profissionais sempre estão expostos ao limite, ou em algumas modalidades, acima do seu limite e por esse motivo estão sempre sujeitos a lesões. As lesões que requerem cirurgia e, a reabilitação desses atletas necessita de um programa diferenciado, pois na maioria das vezes o intuito é fazer com que este atleta volte o quanto mais rápido a realizar a sua atividade e com um desempenho semelhante à anterior a lesão (ARLIANI et. al. 2012).
Uma das articulações mais lesionadas nos esportes é o joelho devido a uma série de fatores. O ligamento cruzado anterior é uma das estruturas que mais é comprometida quando há uma lesão no joelho. O mecanismo de trauma mais comum na lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é a entorse do joelho, caracterizada por uma rotação interna do fêmur e uma rotação externa da tíbia. Geralmente o paciente ouve um estalo no momento da entorse, que vem seguido de forte dor incapacitante (ARAUJO & PINHEIRO 2015).
O futebol está agregado a um índice elevado de lesões, motivadas pelos padrões de movimentos demandados no esporte tais como saltos, mudanças rápidas de direção, contato físico entre os jogadores, chutes, dentre outros (Cohen et al., 1997; Santana & Reis, 2003; Stewien & Camargo, 2005).
A evolução esportiva ocorrida nas últimas décadas exige um nível cada vez mais alto de aproveitamento dos atletas. Os quais ficam muito próximos de seus limites fisiológicos e expostos, então, a um maior risco de lesões nos treinos e jogos. O esforço contínuo e a repetição de movimentos podem levar a uma série de problemas como dores musculares ou lesões.
 São lesões mais complexas que as meniscais, pois os ligamentos são estruturas responsáveis pela estabilização ou “firmeza” da articulação. Temos basicamente quatro ligamentos que são com frequência mais atingidos nas entorses e que tem suas lesões associadas frequentemente ao esporte ou então por trauma direto causado por acidentes.
O joelho é uma articulação complexa, com diversos componentes que a tornam vulnerável a vários tipos de traumatismo. A lesão de joelho é a mais comum entre as lesões graves que ocorrem nos futebolistas, onde se destaca o ligamento cruzado anterior (LCA) como um dos ligamentos do joelho mais constantemente lesados (Brito, Soares, & Rebelo, 2009). 
A fisioterapia tem um papel muito importante na reabilitação dos pacientes que são submetidos à cirurgia de reconstrução do LCA, tanto no pré quanto no pós operatório desse tipo de cirurgia, pois é papel do fisioterapeuta planejar e realizar o tratamento do paciente que se submete a esse tipo de lesão (ARLIANI et. al. 2012). 
As mudanças de movimentos durante a prática esportiva tais como saltar, correr, frear que usam o joelho como um pivot de sustentação é uma das causas das lesões, pois isso leva a uma maior sobrecarga na articulação e em todas as suas estruturas, por que, além de estar sustentando a carga destes tipos de movimento, o joelho recebe um aumento deste sobrepeso durante as mudanças de movimento, podendo gerar lesões (ARLIANI, et. al. 2012). 
Além destes fatores existem também alguns elementos que podem gerar as lesões nojoelho tais como traumas diretos na articulação, que ocorre bastante em esportes de contato como, por exemplo, futebol, basquete, handball e outros. Fatores intrínsecos como idade, lesões anteriores, instabilidade articular, fraqueza muscular, são causas comuns de lesões, além de fatores extrínsecos como sobrecarga de treinos, número excessivo de jogos e equipamentos inadequados (ALMEIDA, et. al. 2013).
A fisioterapia normalmente é vista apenas como um tratamento de pacientes já lesionados. No entanto, suas aplicações vão bem, além disso. A fisioterapia preventiva pode ser um importante aliado para evitar lesões decorrentes de atividades intensas ou mal orientado. Isso porque incentiva uma série de medidas e exercícios que fortalecem músculos e articulações. A fisioterapia preventiva promove a realização de alongamentos e exercícios que garantem maior equilíbrio, coordenação, concentração e postura e mobilidade, o que melhora consideravelmente a qualidade de vida de seus praticantes, esportistas ou não. Sendo assim, o conhecimento da anatomia e da cinesiologia do joelho é um dos pré-requisitos essenciais para que se possa ter uma maior dimensão e compreensão dos principais mecanismos de lesão, bem como a efetiva intervenção terapêutica (NEUMANN, 2011).
O uso do enxerto quádruplo do semitendíneo e grácil tem como vantagem a prevenção da retirada de parte do mecanismo extensor do joelho o que pode resultar em prevenção de complicações crônicas ou agúdas da articulação patelofemoral, porem a retirada do enxerto é mais complicada do que os demais (PEREIRA, et. al. 2012). 
Após o tratamento cirúrgico, inicia-se a fase de reabilitação do joelho, onde o conhecimento do tipo de enxerto utilizado na cirurgia deve ser levado em consideração, pois cada enxerto possui suas especificidades (DELAHUNT, et. al. 2012).
METODOLOGIA: 
Para a coleta de dados realizou-se uma pesquisa nas bases de Scientific Electronic Library Online (sciELO), Para a pesquisa foram utilizados de forma associada os descritores “Prevenção”, “Tratamento”, “qualidade de vida” e “funcionalidade”, “Ligamento Cruzado Anterior”. Os critérios utilizados para seleção dos artigos foram trabalhos disponibilizados de forma completa e gratuita na língua portuguesa, inglesa ou espanhola, publicados entre 2010 e 2019, que abordem a fisioterapia em pacientes com lesão de LCA. Foram excluídos artigos que não atendessem aos critérios de inclusão, bem como dissertações, monografias, teses e revisões. 
Neste processo foram encontrados 20 artigos, distribuídos nas bases de dados das seguintes formas: 20 no sciELO. Ao analisar os critérios de inclusão somente 12 artigos se enquadravam na temática abordada. Os artigos foram selecionados de acordo com o objetivo da pesquisa, através da leitura dos resumos. A partir dessa seleção, foi realizada a leitura do material na íntegra e escolhidos para compor a pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para verificar os efeitos do tratamento fisioterapêutico durante para a Lesão de Ligamento Cruzado Anterior, faz-se necessário o conhecimento das complicações ocorridas durante o procedimento cirúrgico e de pós-operatório e das técnicas e recursos que podem ser utilizados neste tipo de paciente em questão, para que então se possam alcançar os objetivos nos resultados. Portanto, foram analisados 12 estudos dos tipos: observacional de corte transversal, estudo qualitativo e quantitativo. Os dados obtidos podem ser analisados na Tabela 1 e 2.
TABELA 1. Descrição dos autores/ano, Título, Revista e Índice de qualificação da revista científica para revisão integrativa.
	Nº
	AUTOR/ANO
	TITULO
	REVISTA
	QUALIS
	1
	Gonçalves et al.
(2012)
	Lesão do ligamento cruzado anterior: tratamento e reabilitação. Perspectivas e tendências atuais.
	Revista Brasileira de Ortopedia.
	B2
	2
	Nonato et al.
(2010)
	Reabilitação pós-operatória dos ligamentos cruzado anterior e posterior - estudo de caso
	Acta Ortopédica Brasileira
	A2
	3
	Pinheiro et al.
(2015)
	Lesão do Ligamento Cruzado Anterior: Apresentação Clínica, Diagnóstico e Tratamento
	Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia
	B2
	4
	Vasconcelos et al.
(2018)
	Treinamento para lesão de LCA em futebolistas: uma breve revisão
	Motricidade
versão impressa 
	B2
	5
	Arliani et al.
(2011)
	Lesão do ligamento cruzado anterior: tratamento e
reabilitação. Perspectivas e tendências atuais
	Revista Brasileira de Ortopedia. 
	B2
Fonte: Próprio Autor, 2019.
TABELA 2. Descrição da Amostra, Intervenção e Principais Resultados dos estudos utilizados nesta revisão de literatura.
	Nº
	AMOSTRA
	INTERVENÇÃO
	PRINCIPAIS RESULTADOS
	1
	Trata-se de um estudo do tipo descritivo, com aplicação de questionário a uma amostra de cirurgiões de joelho do Brasil. 
Este consistia de 21 questões fechadas, abordando tópicos como os anos de experiência e número anual de reconstruções do LCA realizadas pelos cirurgiões e diversos aspectos relacionados ao tratamento e reabilitação após reconstrução do LCA.
	O questionário foi aplicado a cirurgiões brasileiros de joelho durante os três dias do 42º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia do ano de 2010. Somente ortopedistas que realizavam cirurgias de reconstrução do LCA preencheram o referido questionário. No total, 241 questionários foram preenchidos, sendo que, destes, 15 foram excluídos. Três, devido ao cirurgião pertencer a outro país (Portugal, Bolívia e Peru) e outros 12 em função do preenchimento não completo do questionário. No total, foram 226 questionários completamente preenchidos. 
	Avaliando a frequência dos ortopedistas participantes por região do País, notamos um predomínio de participantes da região Sudeste, apesar do estudo ter sido realizado na região Centro-Oeste (Brasília). Acreditamos que isto possa ter ocorrido em função da existência de um maior número de especialistas em cirurgia do joelho nesta região do Brasil.
Esta pesquisa observou que os tipos de enxerto mais utilizados pelos cirurgiões brasileiros foram os tendões flexores (grácil e semitendíneo) e o terço central do tendão patelar ipsilateral à lesão. Estes também foram os enxertos mais utilizados pelos ortopedistas do Reino Unido em um estudo semelhante realizado em 2001.
	2
	Paciente fisicamente ativo (17 anos, 180 cm de altura e 82 kg), praticante de futebol society e futsal, com uma frequência de 02 a 03 vezes por semana. Encontrava-se jogando futebol society (goleiro) e ao disputar uma bola, caiu com o adversário sobre o seu joelho direito ocasionando um movimento rotacional associado a uma hiperextensão.
	Após ser avaliado recebeu tratamento conservador (Fisioterapia) com o intuito de diminuir o processo inflamatório do joelho e a cirurgia artroscópica foi realizada 20 dias após a lesão. A reconstrução do Ligamento Cruzado Posterior (LCP) foi realizada com o uso de enxerto retirado dos tendões dos músculos semitendíneo e grácil (ST+G), e o Ligamento Cruzado Anterior com enxerto do Ligamento da Patela (LP).
	Na fase trans e pós-operatória o paciente foi submetido ao uso de brace travado em extensão com o intuito de evitar a translação tibial posterior e a descarga de peso foi orientada para ser realizada conforme a tolerância do paciente, com o uso de muletas e com o joelho em extensão. Nesse caso foi estabelecido o protocolo de reabilitação para o LCP. De acordo com esse protocolo, as seis primeiras semanas têm como objetivo diminuir o quadro inflamatório e ganhar amplitude de movimento, e os procedimentos adotados visavam sempre à proteção da translação tibial posterior da tíbia.
	3
	Num estudo com 100 rupturas completas do LCA e que foram aleatoriamente submetidas a enxertos do tendão patelar ou dos isquiotibiais, registaram-se diferenças significativas na flexão do joelho e na força de extensão no 3º mês do pós-operatório.25
Um outro estudo com 120 pacientes encontrou nos enxertos do tendão patelar uma maior prevalência de desconforto pós-operatório na região do joelho, maior área de diminuiçãoda sensibilidade da pele, menor taxa de osteoartrose e maior prevalência de alargamento no túnel femoral. Um trabalho semelhante com 41 pacientes demonstrou que a reconstrução do LCA independentemente do método cirúrgico e da escolha do enxerto apresenta bons resultados clínicos, com retorno a um nível razoável da atividade desportiva e satisfação do paciente.
	O objetivo deste trabalho centrou-se na revisão bibliográfica da lesão do LCA a fim de adquirir os conhecimentos mais recentes nas várias dimensões desta patologia, nomeadamente em nível da epidemiologia, patogénese, apresentação clínica, diagnóstico e tratamento.
	O tratamento conservador é utilizado nas rupturas parciais, sendo que nas rupturas completas opta-se pelo método cirúrgico ou conservador, dependendo das características do paciente. Ambos os tratamentos são eficazes e apresentam bons resultados dependendo do tipo de lesão. 
	4
	Nesse contexto, a presente revisão tem como objetivo identificar qual o tipo de treinamento prescrito como forma de prevenção e reabilitação das lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) em jogadores de futebol.
	O treinamento proprioceptivo é capaz de melhorar o equilíbrio, auxiliando na estabilidade corporal por meio de mínimos deslocamentos do centro de pressão, obtendo assim uma recuperação mais rápida (Bonfim & Barela, 2007; Lemos, 1992; Silvestre & Lima, 2003). Lemos (1992) afirma ainda que, com o treinamento proprioceptivo se obtém uma reeducação postural de proteção, onde o atleta alcançará uma evolução no restabelecimento do equilíbrio, em um período curto de tempo.
	Diante disso, com um programa de treinamento adequado, ocorrerá um controle corporal maior durante o esporte, prevenindo e reabilitando dessa forma a lesão de LCA. Portanto, para Mendes (2012). De uma maneira geral, deve ser incluídos no treinamento como forma de prevenção e reabilitação da lesão de LCA, exercícios como de equilíbrio, flexibilidade, exercícios pliométricos, de fortalecimento muscular, dentre outros, seguidos de uma adequação postural e acréscimo da propriocepção, bem como um programa de aprimoramento do desempenho do atleta.
	5
	No total, 226 cirurgiões de joelho preencheram completamente. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, com aplicação
de questionário a uma amostra de cirurgiões de
joelho do Brasil. 
	O questionário foi elaborado e aprovado pelos autores de maneira que o mesmo estivesse bastante compreensivo e simples. Este consistia de 21 questões fechadas, abordando tópicos como os anos de experiência e número anual de reconstruções do LCA realizadas pelos cirurgiões e diversos aspectos relacionados ao tratamento e reabilitação após reconstrução do LCA
	Vários estudos, no entanto, demonstram não haver diferenças significativas nas medições de frouxidão ligamentar e degeneração articular entre ambos os enxertos. No entanto, outros estudos – inclusive uma meta-análise – mostraram que a reconstrução com tendão patelar quando comparada com tendão flexores levou a joelhos mais estáveis, com menos frouxidão anterior do joelho e menos instabilidade rotacional. Os métodos de fixação mais utilizados pelos cirurgiões foram o pino transverso e o parafuso de interferência metálico no fêmur e parafuso de interferência absorvível ou metálico na tíbia.
Fonte: Próprio Autor, 2019.
Na maioria dos casos de lesão do LCA em atletas profissionais, o tratamento cirúrgico é optado, pois a intenção é de que o atleta sempre possa retornar a modalidade exercida com um rendimento semelhante ao que o profissional possuía antes da lesão. (EITZEN, et. al. 2010). 
Devido ao grande número de cirurgiões ortopédicos atualmente, existem várias técnicas de realização da cirurgia de reconstrução ligamentar, onde o enxerto utilizado para substituir o ligamento lesado pode variar (JANSSEN, et. al. 2011).
 Na opinião de Pereira, et. al. (2012) as técnicas mais utilizadas para reconstrução do LCA são: enxerto quádruplo do semitendíneo e grácil e o ossotendão-osso do 1/3 médio do tendão patelar. Enfatiza ainda que cada tipo de enxerto possui suas vantagens e desvantagens.
Apesar de apresentarem vantagens significativas cada tipo de enxerto possui suas vantagens relacionadas à cicatrização e qualidade de fixação mas também possuem desvantagens que são levadas em consideração no momento da escolha do enxerto (DELAHUNT, et. al. 2012).
O uso do enxerto quádruplo do semitendíneo e grácil tem como vantagem a prevenção da retirada de parte do mecanismo extensor do joelho o que pode resultar em prevenção de complicações crônicas ou agúdas da articulação patelofemoral, porem a retirada do enxerto é mais complicada do que os demais (PEREIRA, et. al. 2012). 
Após o tratamento cirúrgico, inicia-se a fase de reabilitação do joelho, onde o conhecimento do tipo de enxerto utilizado na cirurgia deve ser levado em consideração, pois cada enxerto possui suas especificidades (DELAHUNT, et. al. 2012).
Logo após evolui-se para exercícios de elevação da perna estendida tanto excêntrico quanto isométrico, pois eles tem mostrado bastante eficaz no ganho de força na musculatura do quadríceps, uma das musculaturas que mais sofrem perda de força e volume muscular no procedimento cirúrgico. O paciente, neste tipo de protocolo, irá começar a pisar no solo de forma gradativa sem forçar o joelho e evitando assim os movimentos de flexão e valgo, para que não coloque em risco o enxerto, em fase de remodelamento. No segundo mês de tratamento começam os exercícios de ganho de força muscular e controle motor, alongamentos gerais e retirada das muletas, treinamento de marcha e cargas progressivas nos exercícios isométricos (PEREIRA, et. al. 2012).
Foram encontrados na literatura alguns estudos com o objetivo de avaliar as perspectivas e tendências no tratamento e reabilitação de pacientes com lesão do ligamento cruzado anterior. No entanto, não foram encontrados estudos semelhantes na literatura nacional. Um estudo recente foi realizado no Brasil, porém, com o intuito de avaliar os métodos de tratamento utilizados na entorse lateral do tornozelo.
A presença de alterações sensoriais no pós-operatório da reconstrução do LCA, devidas à lesão do ramo infrapatelar do nervo safeno durante a retirada do enxerto de tendão flexores, pode atingir até 74% dos pacientes. Alguns estudos demonstraram que a incisão utilizada na coleta do enxerto pode alterar a frequência dessas lesões. 
Outro estudo comparando reconstruções com estes dois enxertos concluiu que os enxertos dos tendões isquiotibiais têm maior incidência de infecção do que os auto e ao enxertos de tendão patelar. Ainda não existe um consenso sobre o tema, mas já sabemos que é possível obter excelentes resultados com ambos os enxertos.
	Devido às alterações encontradas durante as avaliações de marcha e corrida, desenvolvemos um treinamento dando ênfase ao fortalecimento excêntrico do quadríceps e glúteo médio, iniciando em cadeia cinética aberta e evoluindo para cadeia cinética fechada. O fortalecimento excêntrico de quadríceps e isquiostibiais devem ser incorporados nos programas de condicionamento muscular para facilitar as atividades funcionais dos pacientes como, sentar, desacelerar o movimento, mudar de direção e agachar.
Um ponto fundamental de extrema importância após a cirurgia é a reabilitação pós-operatória. Durante essa fase, o paciente recupera o movimento normal do joelho, a sua força, sua agilidade e, por fim, a confiança para o retorno ao esporte. O tempo total de fisioterapia não dura menos do que 6 meses. E há uma tendência em prolongar ainda mais esse período, de modo que se considere reabilitar o paciente por 9 meses no total, e só então permitir o retorno completo ao esporte.​
O sucesso desse processo de reabilitação pode estar relacionado a um conjunto de fatores como: a fase de reabilitação antes da cirurgia, ao sucesso da cirurgia, a assiduidade e adesão ao tratamento, e aos métodos de avaliação adotados para que a equipe de reabilitação pudesse ter mais credibilidade natomada de decisões.
CONCLUSÃO
Podemos identificar consequências distintas possíveis após a ruptura ligamentar que irá variar de acordo com o grau da lesão e resposta do paciente, sendo uma delas o bom resultado sem cirurgia a qual o paciente é capaz de levar uma vida normal sem quaisquer dificuldades, na outra já se encontra uma instabilidade tão significativa que o paciente necessitará de reconstrução do ligamento. Deve ser levado em consideração que lesões associadas afeta o programa de reabilitação.	
Este estudo demonstra que existem claras tendências em evolução no tratamento e reabilitação do ligamento cruzado anterior no Brasil. No entanto, mais estudos prospectivos controlados são necessários para avaliar o benefício clínico e científico destas tendências.
No tratamento fisioterapêutico, foram propostos diversos tipos de intervenção, como os exercícios isométricos, o treino proprioceptivo e uso da eletrotermofototerapia, todos se mostraram eficazes tanto no pré quanto no pós-operatório. Deve-se lembrar de que ao propor os protocolos e as condutas fisioterapêuticas o tipo da lesão e a necessidade de cada paciente devem ser levados em consideração para que se obtenham bons resultados.
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